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Tutoria 02- Transtornos de Personalidade

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Tutoria 2
1-Diferenciar personalidade, caráter e temperamento.
2-Descrever a classificação e características clínicas de cada um dos Transtornos de Personalidade.
3- Identificar os mecanismos de defesa nos portadores de Transtorno de Personalidade.
4-Analisar o insight e seus graus nos TP.
5- Propor abordagens terapêuticas para os TP.
TRANSTORNOS DA PERSONALIDADE
Personalidade: conjunto integrado de traços psíquicos, consistindo no total das características individuais, em sua relação com o meio, incluindo todos os fatores físicos, biológicos, psíquicos e socioculturais de sua formação, conjugando tendências inatas e experiências adquiridas no curso de sua existência.
Os transtornos de personalidade são comuns, crônicos, ocorrendo em ate 20% da população. Cerca de 50% dos pacientes psiquiátricos possuem algum dos transtornos, e o transtorno da personalidade também é um fator predisponente para outros transtornos psiquiátricos (p. ex., uso de substância, suicídio, transtornos afetivos, do controle de impulsos, alimentares e de ansiedade).
O transtorno da personalidade foi, ao longo dos últimos dois séculos, nomeado de diversas formas: insanidade moral, monomania moral, transtorno ou neurose de caráter, etc. Entretanto, o termo que mais se tornou popular entre os profissionais de saúde mental foi psicopatia. Tal vocábulo foi, infelizmente, utilizado de modo muito impreciso, ora se identificando psicopatia com personalidade sociopática, ora com transtornos da personalidade em geral. 
Dados internacionais apontam que estes TP se encontram mais presente em áreas urbanas e em indivíduos que estão em contato constantemente com os serviços de saúde. Além disso, constatou-se que cerca de dois terços dos criminosos encarcerados apresentam algum nível de alteração da personalidade. Uma maior prevalência é referida em homens.
Segundo a classificação atual do CID-10, esses transtornos são definidos pelas seguintes características: 1. Geralmente surgem na infância/adolescência e tendem a permanecer relativamente estáveis; 2. Manifestam comportamentos e relações afetivas desarmônicas (afetividade, controle de impulsos, o modo e o estilo de relacionamento interpessoais, etc.); 3. Essas manifestações são de longa duração e não limitado ao episódio de doença mental associada (como uma fase maníaca ou depressiva, um surto esquizofrênico, etc.); 4. O padrão comportamental inclui muitos aspectos do psiquismo e da vida social; 5. Padrão comportamental é mal adaptativo, produz uma série de dificuldades para o indivíduo; 6. Condições não relacionadas diretamente à lesão cerebral evidente ou a outro transtorno psiquiátrico; 7. Levam a algum grau de sofrimento (angústia, solidão, sensação de fracasso pessoal, dificuldades no relacionamento vividas com amargura), que pode ser percebido apenas tardiamente em sua vida; 8. Contribui para o mau desempenho ocupacional e social, mas isso não é um critério obrigatório.
O DSM-5 classificam os subtipos de transtornos de personalidade em:
· Grupo A (características estranhas ou de afastamento): esquizotípico, esquizoide, e paranoide.
· Grupo B (características dramáticas, impulsivas ou erráticas): narcisista, borderline, antissocial e histriônico.
· Grupo C (ansiedade e medo): obsessivo-compulsivo, dependente e evitativo.
· Os outros tipos de personalidade não distribuídos nestes grupos se concentram em mudanças por questões médicas ou transtornos ainda não especificados, não havendo grupos predefinidos para estes.
ETIOLOGIA
Fatores Genéticos: Os resultados de estudos desenvolvidos com gêmeos têm apontado para interferência de fatores genéticos, sugerindo hereditariedade de traços ou TP com variância de 30% a 60%. Os transtornos da personalidade do Grupo A são mais comuns em parentes biológicos de pacientes com esquizofrenia do que em grupos-controle, em especial o esquizotípico. 
Os transtornos da personalidade do Grupo B aparentemente têm uma base genética. O da personalidade antissocial está relacionado a transtornos por uso de álcool. Depressão é comum nos antecedentes familiares de indivíduos com transtorno da personalidade borderline. Encontra-se uma forte associação entre o transtorno da personalidade histriônica e o de sintomas somáticos (síndrome de Briquet); pacientes com cada um desses transtornos demonstram uma sobreposição de sintomas. 
O grupo C também pode se associar a fatores genéticos, de modo que pacientes evitativos costumam apresentar níveis elevados de ansiedade, traços obsessivo-compulsivos são mais comuns em gêmeos monozigóticos do que em dizigóticos.
Fatores Biológicos:
Hormônios: pessoas com traços impulsivos possuem frequentemente níveis elevados de testosterona, 17-estradiol e estrona. Resultados do TSD são anormais em alguns pacientes com borderline + sintomas depressivos.
Monoaminoxidase plaquetária: Estudantes universitários com baixos níveis plaquetários de MAO relatam passar mais tempo em atividades sociais do que aqueles com níveis plaquetários elevados de MAO. Identificaram-se também baixos níveis plaquetários de MAO em alguns pacientes esquizotípicos.
Movimentos oculares de seguimento suave: são irregulares em pessoas introvertidas, baixa autoestima e tendência a retraimento e que possuem TP esquizotípico. Não têm aplicação clínica, mas indicam o papel da hereditariedade.
Neurotransmissores: endorfinas possuem efeitos de analgesia e supressão de excitação, de modo que, níveis elevados podem estar associados a indivíduos apáticos. Níveis de ácido 5-hidróxi-indolacético (5-HIAA), um metabólito de serotonina, são baixos em indivíduos que tentam suicídio e naqueles que são impulsivos e agressivos.
Níveis crescentes de serotonina com fármacos (fluoxetina) podem produzir alterações drásticas em alguns traços de personalidade referentes ao caráter. Em muitas pessoas, a serotonina diminui depressão, impulsividade e ruminação e pode produzir uma sensação de bem-estar. Aumento das concentrações de dopamina no SNC produzido por psicoestimulantes (anfetaminas) pode induzir euforia.
Eletrofisiologia: mudanças na condução elétrica do EEG ocorrem em pacientes com TP, especialmente antissocial e borderline, e essa mudanças são expressas como atividade de ondas lentas.
Fatores Psicanalíticos: Freud sugere que os traços de personalidade estão relacionados à fixação em um dos estágios psicossexuais de desenvolvimento. Ex.: pessoas com caráter oral são dependentes e passivos (nesse estágio, dependência de outros para alimentação é proeminente); pessoas com caráter anal são teimosos, parcimoniosos e altamente escrupulosos (dificuldades no treinamento para o uso do banheiro durante a fase anal).
Wilhelm Reich – descreve a “couraça do caráter” em estilos de defesa característicos do indivíduo para se proteger de impulsos internos e de ansiedade interpessoal em relacionamentos significativos. Teve impacto nos conceitos atuais de TP, de forma que considera-se que a marca própria da personalidade do indivíduo é determinada por seus mecanismos de defesa, e cada transtorno tem um agrupamento de defesa que auxilia no diagnóstico do TP. Ex.: TP paranoide – projeção; TP esquizoide – retraimento.
Quando as defesas funcionam, o indivíduo com TP controla os sentimentos de ansiedade, depressão, raiva, vergonha, culpa e outros afetos, e possui um comportamento egossintônico, ou seja, não lhe causa sofrimento mesmo que cause em outros. Isso dificulta a adesão ao tratamento.
Além das defesas, outro aspecto fundamental são as relações objetais internas, no caso a criança internaliza pais e outras pessoas de tal forma que os traços do objeto externo são incorporados ao self, de modo que pessoas com TP possuem padrões e específicos de relacionamentos interpessoais que se originam dessas relações objetais.
Mecanismos De Defesa:
O psiquiatra deve compreender as defesas subjacentes do paciente, os processos mentais inconscientes que o ego usa para resolver conflitos entre os quatro princípios-guia da vida interior: instinto (desejo ou necessidade), realidade, pessoas importantes e consciência.A defesa pode abolir a ansiedade e a depressão, por exemplo, por isso abandonar essa defesa é alvo de relutância nos pacientes. Cada um usa várias defesas, mas uma predomina.
· Fantasia: ex. esquizoide, que são excêntricos, solitários e buscam conforto criando vidas imaginárias. Costumam ter indiferença excessiva, há medo de intimidade (insociabilidade).
· Dissociação/negação: substituição de afetos desagradáveis por agradáveis. Pessoas que fazem uso de dissociação com frequência são vistas como dramáticas e emocionalmente superficiais, a exemplo de pessoas histriônicas. Esses indivíduos se comportam como adolescentes ansiosos que, para aplacar essa ansiedade, se expõem sem preocupações a perigos excitantes. Buscam reconhecimento de sua coragem e atração. Costumam mentir sem perceber, mas que se beneficiam da exposição de suas próprias ansiedades e podem, durante o processo, “se lembrar” do que “esqueceram”. *Médico lida com o deslocamento, conversa com o paciente sobre uma questão de negação em uma circunstância não ameaçadora
· Isolamento: característico de pessoas controladas e metódicas (TOC). Lembram-se da verdade em detalhes, mas sem afeto (contrario do histriônico). Na crise tem autocontrole, é formal socialmente e teimoso. Reagem bem a explicações precisas, sistemáticas e racionais e valorizam eficiência, limpeza e pontualidade.
· Projeção: paciente atribui seus próprios sentimentos inconfessos a outros. A excessiva censura e a sensibilidade a críticas do paciente podem soar, para o terapeuta, como uma preconceituosa e hiperviligante cobrança de injustiças, mas essa atitude não deve ser enfrentada de modo defensivo, nem ser discutida. O medico deve reconhecer com honestidade mesmo enganos de pouca importância que cometeu, sendo válido usar da honestidade austera e demonstrar preocupação com os direitos do paciente bem como manter a mesma distância formal e atenciosa. O confronto gera inimizade e consulta curta. Técnica de contraprojeção: reconhece e dá razão total aos sentimentos e às percepções dos pacientes paranoides; ele não argumenta contra as queixas dos pacientes nem as reforça, mas concorda que o mundo descrito por eles é concebível.
· Cisão: pessoas que são alvo de sentimentos ambivalentes do paciente são divididas em boas e más.
· Agressividade passiva: voltam sua raiva contra si mesmas, como um masoquismo e inclui fracasso, procrastinação, comportamento tolo ou provocativo, ridicularização autodegradante e atos de autodestruição.
· Atuação: expressam diretamente desejos inconscientes ou conflitos por meio de ações para evitar tanto a consciência da ideia quanto do afeto que os acompanham. Ex.: ataques de raiva, agressões aparentemente sem motivo, abuso infantil e promiscuidade sem prazer.
· Identificação Projetiva: surge esp no TP borderline e consiste em 3 passos – self projetado em outra pessoa -> o indivíduo que o projetou tenta, então, coagir a outra pessoa a se identificar com o que foi projetado -> criado um sentimento de unidade ou união entre a pessoa que foi o alvo da projeção e a pessoa que a realizou.
TP PARANOIDE
Suspeita e desconfiança profundas em relação a pessoas em geral. Recusa a responsabilidade por seus próprios sentimentos e a atribui a outros. Hostil, irritável e irascível (gênio exaltado). Encontrado frequentemente em intolerantes, colecionadores de injustiças, cônjuges patologicamente ciumentos e mal-humorados, litigiosos. Ocorre em 2-4% da população, mais comum em quem tem parentes com esquizofrenia. Diagnosticado mais em homens, e em minorias (imigrantes e surdos).
Diagnóstico: na consulta - tensão muscular, incapacidade de relaxar e necessidade de vasculhar o ambiente por pistas podem ser sinais evidentes, e seus modos são com frequência sérios e sem humor. Seu conteúdo de pensamento demonstra evidências de projeção, preconceito e, eventualmente, ideias de referência.
Clínica: suspeita e desconfiança com tendência a interpretar os atos dos outros como malévolos, ameaçadores, exploradores ou enganadores. Começa no inicio da vida adulta, esperam ser explorados ou lesados por outros. Frequentemente questionam, sem justificativas, lealdade/integridade de amigos/parceiros. Patologicamente ciumentas. Usam mecanismo de defesa de projeção – atribuem a outros os impulsos e pensamentos que não podem aceitar em si mesmos. Frias e sem emoção, orgulham-se da sua racionalidade e objetividade (não é a realidade). Atenção a nível hierárquico e poder. Desdém àqueles que consideram fracos, debilitados. Socialmente podem transmitir ideia de profissionalismo e eficiência, mas costumam gerar medo e conflito em outras pessoas. Em muitos é vitalício, mas pode ser precursor de esquizofrenia.
D. Diferencial: diferente de transtorno delirante por não ter delírios fixos, de esquizofrenia por não ter alucinações, do borderline por não desenvolver intensidade em relacionamentos.
Tratamento: Psicoterapia (é o recomendado; a individual exige profissionalismo e não muito afeto; em grupo é pouco agradável ao paciente mas pode ser útil para melhorar relações sociais) e farmacoterapia (lidar com ansiedade e agitação – ansiolítico diazepam; as vezes necessário antipsicótico como haloperidol).
TP ESQUIZOIDE
Padrão vitalício de retraimento social; são vistos como excêntricos, isolados/solitários. Desconforto com interação humana, introversão e afeto frio e constrito. Pode afetar 5% da população. Há proporção de 2:1 de homens para mulheres. Preferem trabalhar à noite para não lidar com pessoas.
Diagnóstico: à consulta parece pouco a vontade, raramente tolera contato visual, afeto distante e inadequadamente sério, porém pode-se identificar um medo. Sua fala é dirigida a objetivos, mas são propensos a fornecer respostas curtas às perguntas e evitar conversas espontâneas. Algumas vezes, podem usar figuras de linguagem incomuns, como uma metáfora estranha, e podem ficar fascinados por objetos inanimados.
Clínica: frias e indiferentes, retraimento distante e demonstram falta de envolvimento com eventos diários e com as preocupações de terceiros. Caladas, distantes, isoladas e insociáveis. Pouca vontade de formar laços.
História de interesses solitários e sucesso em empregos solitários e não competitivos. Vida sexual apenas na fantasia e podem adiar indefinidamente o amadurecimento da sexualidade. Incapacidade de expressar diretamente a raiva. Podem investir quantidades enormes de energia afetiva a interesses não humanos, como matemática e astronomia, e podem ser muito ligados a animais. Apresentam capacidade normal de reconhecer a realidade. Lidam com a maioria das ameaças, reais ou imaginadas, por meio de fantasias de onipotência ou resignação. Podem ter ideias originais e criativas. Início na infância ou na adolescência. Não pe necessariamente vitalício.
D. Diferencial: diferente de esquizofrenia, transtorno delirante e transtorno afetivo com características psicóticas com base em períodos com sintomas psicóticos positivos, como delírios e alucinações, nestes últimos. Os paranoides possuem maior envolvimento social, histórico de comportamento verbal agressivo e maior tendência a projetar sentimentos em outros. Diferente do esquizotípico porque este se assemelha mais a um paciente com esquizofrenia no que se refere a estranhezas de percepção, pensamento, comportamento e comunicação. Diferente de autista/Asperger pois, apresenta interações sociais prejudicadas e comportamentos e interesses estereotipados com ainda mais gravidade.
Tratamento: psicoterapia e farmacoterapia (antipsicóticos, antidepressivos e psicoestimulantes, além de agentes serotoninérgicos e benzodiazepínicos).
TP ESQUIZOTÍPICA
Características estranhas ou excêntricas impressionantes. Pensamento mágico, noções peculiares, ideias de referência, ilusões e desrealização. 3% da população, pode ser um pouco mais comum em mulheres. Aumento da prevalência nas famílias de indivíduos com esquizofrenia. É a personalidade pré-mórbida do esquizofrênico.
Diagnóstico: difícil obter história devido a sua forma incomum de comunicação.
D.Diferencial: diferente do esquizoide e evitativo devido à presença de excentricidades e por uma historia familiar de esquizofrenia.diferente da esquizofrenia por não ter psicose.
Tratamento: pscioterapia (não ridicularizar as peculiaridades) e farmacoterapia (antipsicóticos e as vezes antidepressivos).
TP ANTISSOCIAL
Incapacidade de se adequar às regras sociais. Não é sinônimo de criminalidade. Mais comum em áreas urbanas pobres, em homens com transtorno de abuso de álcool (>70%) e na população carcerária (75%). Muito mais em homens. Começa antes dos 15 anos. Padrão familiar (5x mais comum em parente de 1º grau).
Diagnóstico: na consulta podem parecer calmos e confiáveis, mas escondem tensão, hostilidade e fúria.
Deve ser realizado exames neurológicos e geralmente há EEG anormais e leves sinais neurológicos que sugerem dano cerebral mínimo na infância.
Clínica: podem parecer normais e até simpáticos. Porém, histórico de mentiras, vadiagem, fuga de casa, roubos, brigas, abuso de substância e atividades ilegais são experiências típicas, com inicio ainda na infância. Aspectos sedutores ao sexo oposto, manipuladores e exigentes. Não exibem ansiedade nem depressão, o que às vezes pode ser inconveniente à situação, mas ameaças de suicídio e preocupações somáticas podem ocorrer. Ausência de delírios ou pensamento irracional. Não falam a verdade, e não se pode confiar neles para executar qualquer tipo de tarefa ou aderir a qualquer padrão convencional de moralidade. Promiscuidade, abuso conjugal, abuso infantil e condução de veículos em estado de embriaguez são comuns. Destaca-se a ausência de remorso por tais atos. Curso ininterrupto, com auge na adolescência. Transtornos depressivos, transtornos por uso de álcool e abuso de outra substância são comuns.
D. Diferencial: diferente do comportamento criminoso que é restrito à ilegalidade, sem traços característicos na personalidade. Diagnóstico justificável quando deficiência intelectual, esquizofrenia ou mania explicam os sintomas.
Tratamento: psicoterapia e farmacoterapia (lidar com ansiedade, raiva e depressão).
TP BORDERLINE
Limiar entre neurose e psicose e há afeto, humor, comportamento, relações objetais e autoimagem extremamente instáveis. O CID-10 traz como “transtorno de personalidade emocionalmente instável”. 1-2% da população, mais comum em mulheres.
Diagnóstico: Alguns tem redução da latência REM e perturbações na continuidade do sono, resultados anormais no TSD e no teste de hormônio liberador de tireotrofina.
Clínica: quase sempre parece em crise. Mudanças de humor comuns. Pode ter episódios micropsicóticos, em vez de crises psicóticas totalmente manifestas. Imprevisível, atos autodestrutivos repetidos (automutilação). Se sentem tanto dependentes quanto hostis, as pessoas com esse transtorno têm relacionamentos interpessoais tumultuosos. Busca frenética por companhia e não gosta de ficar só (para mitigar a solidão, mesmo que por breves períodos, aceitam um estranho como amigo ou se comportam de forma promíscua). Queixa de vazio e tédio. Defesa de identificação projetiva. Maioria considera capacidade de raciocínio normal. Distorcem seus relacionamentos caracterizando cada pessoa como totalmente boa ou totalmente má. Curso estável, não progride para esquizofrenia. Diagnóstico antes dos 40 anos.
D. Diferencial: diferente da esquizofrenia por não ter episódios psicóticos prolongados; não possui peculiaridades, diferente do esquizotípico; não há suspeita extrema como na paranoide. Borderline apresentam sentimentos crônicos de vazio e episódios psicóticos de curta duração, são impulsivos.
Tratamento: psicoterapia (o paciente regride com facilidade, age por impulso; defesa por projeção e cisão – esta faz o paciente amar ou odiar o terapeuta de forma alternada; há terapia comportamental) – terapia comportamental dialética tratamento baseado na mentalização e psicoterapia focada na transferência. E farmacoterapia (antipsicóticos - raiva, antidepressivos – humor deprimido que é comum, Inibidores da MAO – comp impulsivo, BZD – ansiedade e depressão, anticonvulsivantes e ISRS).
TP HISTRIÔNICA
Excitáveis e emotivas e comportam-se de forma dramática, florida e extrovertida. Costuma haver incapacidade de manter relações profundas duradouras. Atinge 1-3% da população, mais em mulheres.
Diagnóstico: costumam ser cooperativos e ávidos por fornecer uma história detalhada. Gesticulações e exclamações dramáticas em seu discurso, deslizes frequentes e linguagem pitoresca. Exibição afetiva é comum e exame cognitivo costuma ser normal.
Clínica: busca por atenção, exageram seus pensamentos e sentimentos e fazem tudo soar mais importante do que realmente é. Tem ataques de raiva, choro e acusações, quando não é o centro das atenções. Sedutor, fantasias sexuais envolvendo pessoas com as quais o paciente esteja envolvido é comum, mas pode se comportar de forma tímida ou flertar em vez de ser sexualmente agressivo. Mulheres podem ser anorgásmicas, e homens podem ser impotentes. Relacionamentos superficiais, pode ser vaidoso, egocêntrico e volúvel, além de muito dependente. Defesas: repressão e dissociação. Com a idade mostram menos sintomas.
D. Diferencial: difícil diferenciar do borderline, mas neste, tentativas de suicídio, difusão de identidade e episódios psicóticos breves são mais prováveis.
Tratamento: psicoterapia (clarificação de seus sentimentos interiores) e farmacoterapia (uso de antidepressivos, ansiolíticos e antipsicóticos).
TP NARCISISTA
Senso aguçado de autoimportância, ausência de empatia e sentimentos grandiosos de serem únicas. Por trás, tem autoestima frágil e vulnerável. Menos de 1-6% na população, podem transmitir uma ideia irrealista de onipotência, grandiosidade aos filhos, tornado-os mais propensos a se tornarem narcisistas.
Diagnóstico: critérios.
Clínica: sentimento de autoimportância grandioso; consideram-se especiais e esperam tratamento especial; sentimento de merecimento e lidam mal com criticas. Querem que as coisas sejam do seu jeito e com frequência têm ambição de obter fama e fortuna. Seus relacionamentos são pouco importantes. Não demonstram empatia e fingem simpatia apenas para atingir seus próprios objetivos egoístas. Devido a sua frágil autoestima, são suscetíveis a depressão. Crônico e difícil de tratar. Lidam mal com o envelhecimento.
D. Diferencial: Os TP borderline, histriônica e antissocial frequentemente acompanham o transtorno da personalidade narcisista. Os narcisistas possuem menos ansiedade que borderline e menos propensos ao suicídio; antissocial tem histórico impulsivo e de problemas criminosos/abuso de álcool; histriônico tem exibicionismo e manipulação interpessoal.
Tratamento: psicoterapia e farmacoterapia (suscetíveis a depressão, antidepressivos; uso de lítio para mudança de humor).
TP EVITATIVO
Sensibilidade extrema a rejeição e podem levar vidas socialmente retraídas. São tímidos, mas não associais e precisam de aceitação. Complexo de inferioridade. 2-3% da população.
Diagnóstico: comportamento tenso e nervoso parece se expandir e se retrair conforme a percepção de ser apreciado ou não pelo entrevistador.Vulnerável aos comentários e às sugestões.
Clínica: hipersensibilidade à rejeição e timidez. Esquiva de relacionamentos por medo de rejeição. Expressam incerteza, temem falar me público, falta autoconfiança. Evitam assumir empregos que recebem pouca atenção. Não costumam iniciar relacionamentos a não ser que tenham garantia de aceitação. Algumas se casam, têm filhos. Esquivas fóbicas são comuns.
D. diferencial: desejam interação social, diferente do esquizoide; não são irritáveis ou imprevisíveis, como histriônicos ou borderline. Semelhante ao TP dependente, porém este supõe-se que tenham temor maior de serem abandonados ou não amados. 
Tratamento: psicoterapia (depende da solidificação de uma aliança com o paciente; atitude de aceitação pelo profissional, e este encoraja-o a assumir riscos de humilhação, rejeição e fracasso) – treinamento de assertividade é uma forma de terapia comportamental que podeensiná-lo a expressar abertamente suas necessidades e aumentar sua autoestima. Farmacoterapia (manejo de ansiedade e depressão).
TP DEPENDENTE
Subordinam suas próprias necessidades às necessidades de outros, fazem outra pessoas assumir responsabilidade por áreas importantes de suas vidas, não têm autoconfiança e tem desconforto intenso ao ficar sozinhas por mais do que breves períodos. Dependência, pessimismo, medo de sexualidade, insegurança, passividade, sugestionabilidade e falta de perseverança. Mais em mulheres. 
Diagnóstico: paciente complacente em entrevista.
Clínica: dependente e submisso, não conseguem tomar decisões sem muito aconselhamento, evitam posições de responsabilidade, não gostam de estar sozinhas, pessimismo, insegurança, passividade, temor de expressar sentimentos sexuais e agressivos. Um cônjuge abusivo, infiel ou alcoolista pode ser tolerado. Correm risco de desenvolver transtorno depressivo se perderem a pessoa de quem dependem, mas, com tratamento, o prognóstico é favorável.
D. Diferencial: encontrado em vários transtornos psiquiátricos. Costumam ter um relacionamento duradouro com outra pessoa e não são manipuladores como histriônica e borderline.
Tratamento: psicoterapia (insight do paciente) e farmacoterapia (geralmente para ansiedade e depressão).
TP OBSESSIVO-COMPULSIVO
Constrição emocional, organização, perseverança, teimosia e indecisão. Padrão de perfeccionismo e inflexibilidade.2-8% da população, mais comum em homens, e diagnosticado com maior frequência em irmãos mais velhos. Pacientes costumam ter antecedentes caracterizados por disciplina rígida.
Diagnóstico: atitude formal, rígida, distante, sem espontaneidade e humor sério. Nervosos por não ter o controle da entrevista. Mecanismos de defesa de isolamento, intelectualização, formação reativa e anulação.
Clínica: obcecadas por regras, regulamentos, método, limpeza, organização, detalhes e desejo de alcançar a perfeição. Não toleram infrações nas regras, são inflexíveis, capazes de trabalhar durante muito tempo, contanto que seja um trabalho com rotina, habilidades interpessoais limitadas. Formais, sérios e sem senso de humor. Isolam pessoas, são incapazes de ceder e insistem para que os outros se submetam a suas necessidades. Anseiam em agradar pessoas “mais poderosas”. Indecisos e ruminam as tomadas de decisão, por medo de errar. Casamento estável e adequação profissional são comuns, mas poucos amigos. Pode desenvolver compulsões/obsessões.
D. Diferencial: Difícil diferenciar de traços obsessico-compulsivo.
Tratamento: psicoterapia (cientes do sofrimento e procuram atendimento sozinhas) e farmacoterapia (clonazepam reduziu os sintomas, outros são Clomipramina e agentes serotonérgicos).
OUTRO TP ESPECIFICADO
Um espectro restrito de comportamento ou um traço particular – como oposicionismo, sadismo ou masoquismo – também pode ser incluído nessa categoria. Um paciente com características de mais de um transtorno da personalidade, mas sem os critérios completos de um transtorno específico, pode receber essa classificação.
Personalidade passivo-agressiva
Obstrucionismo velado, procrastinação, teimosia e ineficácia.
Clínica: costumam procrastinar, resistir a solicitações para desempenho adequado, encontram desculpas para atrasos e defeitos nas pessoas de quem dependem. Normalmente não têm assertividade e não são diretos quanto a suas próprias necessidades e seus desejos. Ficam ansiosos quando forçados a obter sucesso ou quando sua defesa habitual de voltar sua raiva para si mesmos é removida. Em relacionamentos interpessoais, essas pessoas tentam manipular para assumir uma posição de dependência, mas outras costumam experimentar esse comportamento passivo autoprejudicial como punitivo e manipulativo. Pessoas com esse tipo de personalidade esperam que outros façam suas tarefas e executem suas responsabilidades de rotina. Relacionamentos não tranquilos e infelizes. Não tem autoconfiança e são pessimistas.
D. diferencial: são menos exagerados, dramáticos, afetivos e abertamente agressivos que borderline e histriônico.
Tratamento: psicoterapia costuma ter bons resultados. Trata-se atos suicidas como uma expressão velada de raiva, e não como perda objetal em transtorno depressivo maior. Antidepressivos devem ser receitados apenas quando há indicações clínicas de depressão e a possibilidade de suicídio.
Personalidade Depressiva
Traços vitalícios que se encaixam no espectro depressivo. Pessimistas, anedônicas, presas ao dever, inseguras e cronicamente infelizes. Causa desconhecida, mas teorias envolvem perda precoce, maus cuidados dos pais, superegos punitivos e sentimentos extremos de culpa, além da predisposição genética.
Clínica: pouco do prazer normal de viver e tem a inclinação a ser solitário e solene, triste, submisso, pessimista e autodepreciativo. Propenso a exprimir arrependimentos e sentimentos de inadequação e desesperança. Costuma ser meticuloso, perfeccionista, extremamente zeloso e obcecado com o trabalho e ter sentimentos agudos de responsabilidade. Medo de desaprovação, sofre em silencia e chora facilmente. Inseguro, queixam de infelicidade, tem baixa autoestima, autocríticos e depreciativos. Fisionomia: má postura, expressão facial deprimida, voz rouca e retardo psicomotor. Podem correr grande risco de transtornos distímico e depressivo maior.
Hagop Akiskal descreveu 7 grupos de traços depressivos: (1) calado, introvertido, passivo e não assertivo; (2) triste, pessimista, sério e incapaz de se divertir; (3) dotado de autocrítica, autocensura e autodepreciação; (4) cético, crítico aos outros e difícil de agradar; (5) consciencioso, responsável e autodisciplinado; (6) taciturno e dado a preocupações; e (7) obcecado com eventos negativos, sentimentos de inadequação e falhas pessoais.
D. diferencial: transtorno distímico é um transtorno do humor caracterizado por maiores flutuações no humor, além de episódico.
Tratamento: psicoterapia é o mais indicado, voltado para o insight; terapia cognitiva; farmacologia com uso de antidepressivos, sobretudo agentes serotonérgicos como sertralina, 50 mg ao dia.
Personalidade Sadomasoquista
Ela não constitui uma categoria diagnóstica oficial no DSM-5, mas pode ser diagnosticada como transtorno da personalidade sem outra classificação. Sadismo é o desejo de causar dor a outros, seja por meio de abuso sexual, seja por meio de abuso físico ou psicológico geral. Masoquismo é a obtenção de gratificação sexual ao infligir dor a si mesmo. Os masoquistas morais geralmente buscam humilhação e fracasso em vez de dor física. Observações clínicas indicam que elementos de ambos costumam estar presentes na mesma pessoa. Psicoterapia voltada para o insight, o paciente identifica seus impulsos agressivos reprimidos, os quais se originaram no início da infância.
Personalidade Sádica
Não está inclusa no DSM-5. No inicio da idade adulta, exibem comportamento cruel, depreciativo e agressivo em relação aos outros. Violência para causar dor às outras pessoas, sem outros objetivos, como agredir alguém para roubá-lo. Gostam de humilhar e depreciar publicamente outros, são fascinados por violência, armas, ferimentos ou tortura. Não é só sexual, visto que nesse caso é considerado parafilia.
MUDANÇA DE PERSONALIDADE DEVIDO OUTRA CONDIÇÃO MÉDICA
Devido a doença, lesão e disfunção cerebrais, a qual abrange transtorno orgânico da personalidade, síndrome pós-encefalítica e síndrome pós-concussão. A causa geralmente é por dano estrutural ao cérebro e o TCE é a causa mais comum. Neoplasias cerebrais e acidentes vasculares, sobretudo dos lobos temporais e frontais, também são causas comuns.
Clínica e Diagnóstico: mudança de personalidade a partir de padrões anteriores de comportamento ou uma exacerbação das características anteriores da personalidade é perceptível. Emoções costumam ser lábeis e superficiais, embora euforia ou apatia possam ser proeminentes. Lesão de lobo frontal está associado a excitação e bom humor condescendente (soam falsos e tolos), a síndrome dos lobos frontais (indiferençae apatia) – expressão de impulsos pode ser manifestada por meio de piadas inadequadas; modos rudes; avanços sexuais impróprios; e conduta antissocial, resultando em conflitos com a lei, tais como agressão a terceiros, contravenções sexuais e furtos em lojas. Epilepsia de lobo temporal – falta de senso de humor, hipergrafia, hiper-religiosidade e agressividade acentuada.
**Esteroides anabolizantes: incluem oximetolona, somatropina estanozolol e testosterona. Podem causar alterações persistentes de personalidade e comportamento
Tanto o curso quanto o prognóstico da mudança de personalidade devido a outra condição médica dependem de sua causa.
Tratamento: trata a condição orgânica. Psicofármacos em algumas situações (imipramina ou fluoxetina para depressão), orientação dependendo do comprometimento,apoio emocional a família do paciente
PSICOFÁRMACOS
RESUMO:
GRUPO A:
· PARANOIDE: 
· Sensibilidade excessiva a rejeições e a contratempos; 
· Tendência a guardar rancores persistentemente
· Desconfiança excessiva e tendência exagerada a distorcer as experiências
· Sensação de estar sendo injustiçado, suspeitas de infidelidade
· Autovalorização excessiva, manifesta por meio de atitude persistente de auto-referência
· Preocupação com explicações “conspiratórias”, sem fundamento em dados reais.
· ESQUIZOIDE:
· Distanciamento afetivo, afeto embotado, aparente frieza emocional.
· Indiferença aparente a elogios ou críticas.
· Pouco interesse em ter experiências sexuais com terceiro
· Preferência por atividades solitárias, ausência de amigos íntimos
· Preocupação excessiva com fantasias e introspecção.
· Insensibilidade marcante em relação a normas e convenções sociais
· ESQUIZOTÍPICA:
· Desconforto e incapacidade importante para ter relações interpessoais íntimas.
· Ideias e crenças estranhas, tendendo ao pensamento mágico
· Experiências perceptivas incomuns, incluindo ilusões corporais; Pensamento e discurso incomuns, estranhos (vago, exageradamente metafórico, hiperelaborado).
· Comportamento e/ou aparência física (inclusive vestimenta) estranhos, os pacientes parecem excêntricos ou muito peculiares.
· Não tem amigos íntimos ou amantes.
GRUPO B:
· ANTISSOCIAL (SOCIOPATIA):
· Indiferença e insensibilidade pelos sentimentos alheios
· Irresponsabilidade e desrespeito por normas, regras e obrigações sociais
· Muito baixa tolerância a frustrações e baixo limiar para descarga de agressão, inclusive violência
· Incapacidade de experimentar culpa e de aprender com a experiência, particularmente com a punição.
· Crueldade e sadismo são freqüentes nesse tipo de personalidade.
· BORDERLINE (EMOCIONALMENTE INSTÁVEL):
· Instabilidade emocional intensa e sentimentos de vazio
· Relacionamentos pessoais intensos, mas muito instáveis, oscilando em curtos períodos de uma grande “paixão” ou “amizade” para “ódio” e “rancor” profundos.
· Dificuldades sérias e instabilidade com relação à auto-imagem, aos objetivos e às preferências pessoais (inclusive a sexual)
· Atos repetitivos de autolesão e suicidas.
· HISTRIÔNICA:
· Dramatização, teatralidade, expressão exagerada das emoções
· Facilmente influenciado
· Afetividade superficial, pueril e lábil. Infantilidade, tendência a reações infantis.
· Busca contínua de atenção e apreciação pelos outros, quer ser o centro das atenções
· Sedução inapropriada em aparência (vestimenta, maquiagem, etc.) e comportamento
· Erotização de situações não estritamente eróticas (consulta ao dentista, audiência com o juiz, etc.)
· NARCISISTA:
· Senso grandioso (e irreal) da importância de sua pessoa. Julga ter talentos especiais, espera ser reconhecido como superior.
· Muito voltado para fantasias de grande sucesso pessoal, de poder, brilho, beleza ou de um amor ideal.
· Requer admiração excessiva, é explorador em suas relações.
· Sem empatia, frequentemente invejoso com o sucesso alheio, além de arrogante.
GRUPO C:
· TOC:
· Preocupação excessiva com detalhes, regras, listas, ordem, organização ou esquemas.
· Perfeccionismo que interfere na conclusão de tarefas
· Cautela demasiada, rigidez e teimosia.
· Insistência incomum para que os outros submetam-se exatamente à sua maneira de fazer as coisas
· Adesão excessiva às convenções sociais e certo pedantismo.
· EVITATIVO:
· Estado constante de tensão e apreensão, preocupação excessiva ou medo em ser rejeitado/criticado
· Crença de ser socialmente incapaz, desinteressante ou inferior aos outros
· Evitação de atividades sociais e ocupacionais que envolvam contato interpessoal significativo, principalmente por medo de críticas, desaprovação ou rejeição.
· DEPENDENTE:
· Subordinação das próprias necessidades e desejos àqueles dos outros dos quais é dependente
· Solicitação constante de que outros (dos quais depende) tomem as decisões importantes em sua vida pessoal
· Sentimento de desamparo quando sozinho por causa de medo exagerado de ser incapaz de se cuidar, medo do abandono.
· Capacidade limitada de tomar decisões cotidianas sem excesso de conselhos.
REFERÊNCIAS:
· Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais – Paulo Dalgalarrondo 2ªed
· Compêndio de psiquiatria – Kaplan & Sadock 11ªed

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