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LISAROGOSKI_ARTIGO_2021

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CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOS CAMPOS GERAIS – CESCAGE 
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ISSN 2178-3586 
 
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BIO COWORK: INFLUÊNCIA DA ARQUITETURA NOS ESPAÇOS DE 
TRABALHO 
 
AUTOR ¹ LISA CHRISTINY ROGOSKI; 
ORIENTADOR ² EDSON MAIA VILLELA FILHO 
 
¹ Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais – CESCAGE - Curso de Arquitetura e 
Urbanismo – Ponta Grossa - PR – Brasil. 
lisarogoski@outlook.com 
 
² Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais - CESCAGE – Curso de Arquitetura e 
Urbanismo - Ponta Grossa - PR – Brasil. 
edson.villela1@gmail.com 
 
 
 
Resumo: Este trabalho demonstra o crescimento da procura por locais de 
trabalho compartilhado, a fim de evidenciar a redução de custos para quem 
busca entrar no mercado de trabalho, a tipologia arquitetônica coworking é uma 
alternativa para recém formados, profissionais liberais, freelancers entre outras 
modalidades. A crise sanitária que se instalou em níveis mundiais alterou a 
percepção de arquitetura e trabalho, o que torna possível de colocar a 
espacialização do trabalho como protagonista no processo de retorno após 
isolamento social, e buscar por layouts flexíveis e contemporâneos. Os 
espaços de trabalho compartilhados promovem uma dinâmica espacial 
otimizada e podem ser pensados com referências à neuroarquitetura e biofilia, 
capazes de ampliar o campo da criatividade com vistas à integridade dos 
usuários e do edifício. Este trabalho tem como objetivo central a elaboração e 
uma proposta de tipologia arquitetônica contemporânea para atividades no 
sistema de coworking. A proposta projetual apresentada foi embasa pelos 
preceitos da neuroarquitetura onde busca promover uma nova percepção entre 
ambiente x humano x trabalho, bem como o comportamento diante dos critérios 
escolhidos para definição da volumetria. Os resultados obtidos reforçam que 
esses espaços estão mudando a forma de trabalhar em grande escala, a troca 
de ideias e a ligação de pessoas através de network é ainda mais significativa 
e criativa em ambientes que fomentam as conexões criativas. 
 
Palavras-chave: Compartilhado; Neuroarquitetura; Espaços de trabalho; 
Arquitetura de serviços. 
 
INTRODUÇÃO 
 
A definição de coworking tem por intenção a realização de atividades 
que envolvam trabalhos compartilhados, que predominam a diversidade de 
usos e a flexibilização dos ambientes, de maneira que proporcione maior 
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independência para profissionais, fomentando a interação e o dinamismo entre 
os usuários. 
Os espaços para coworking atraem pessoas de diferentes profissões, 
principalmente aquelas em início de carreira que buscam promover sua carreira 
profissional. Sabe-se que em Ponta Grossa tem espaços de trabalho 
compartilhados desde 2016, mas não possuem uma tipologia de edifício, ficam 
restritas a edifícios de uso comercial. Segundo Quaresma e Gonçalves (2013), 
o Coworking é a união do Escritório Virtual com o Home Office, defino como, 
“um grupo de pessoas que trabalham independentes umas das outras, mas 
que partilham formas de estar, valores e procuram sinergias”. 
Estes ambientes de coworking visam o livre trabalho com network 
facilitado, além da interação e relação profissional com os demais usuários, 
sendo um modelo de trabalho contemporâneo, para aqueles que buscam 
serviços de maneira integrada e fluida. 
 
Os avanços tecnológicos moldam cada vez mais os modelos, as 
formas e os padrões de trabalho e, como consequência, influenciam 
os gostos, as atitudes e as decisões. Estamos a falar um conceito de 
negócios inovador, criador, diferenciador, como temos verificado. Os 
centros de negócios, como todas as franjas produtivas, alavancam-se 
cada vez mais apoiados nas novas ferramentas. Para que um centro 
de negócios evolua e os seus serviços se tornem ainda mais 
personalizados e eficazes é fundamental acompanhar o 
desenvolvimento tecnológico. A gestão vê-se confrontada com o 
aumento da qualidade, exigida cada vez mais pelos clientes deste 
tipo de serviço. (QUARESMA; GONÇALVES, 2013). 
 
As relações de trabalho desde março de 2020 até a atualidade 
perderam grande parte de seus colaboradores, resultado ao enfrentamento da 
pandemia. Essa crise sanitária mostra que a maneira como nos 
relacionávamos com o ambiente construído não será mais a mesma, por conta 
disso as tipologias de trabalho compartilhado acontecerão de maneira 
disciplinada. 
Desde o início do isolamento social o trabalho ficou restrito dentro das 
casas sendo possível de configurar uma situação inesperada de home office. 
Porém aos poucos a retomada de trabalho está se organizando. Segundo uma 
pesquisa elaborada pelo site Coworking Brasil (2020), cerca de 42% dos 
espaços de trabalho compartilhados estão reabrindo para receber seus 
colaboradores, mas ainda a pandemia não chegou ao seu fim, por conta disso 
acabou por reduzir a capacidade de ambientes compartilhados, aumentou o 
distanciamento social, cancelou eventos de socialização, e claro, promove uma 
reeducação no quesito higiene. 
Com o crescimento da modalidade de trabalho compartilhado, uma 
pesquisa realizada pelo IBGE (2019) mostra o crescimento de espaços cowork 
no Brasil, esse foi levantado pelo site Coworking Brasil, ao qual nos mostra 
indicativos de crescimento em 25%, ou seja, é cerca de 1.497 espaços em todo 
Brasil. O estado de São Paulo lidera esse ranking com o maior número, 
totalizando 663, o Paraná aparece como sexto colocado com 87 espaços 
coworking. Além desses índices o mesmo censo apontou também 
características percentuais que esses espaços possuem, o gráfico 1 abaixo 
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apresenta um percentual dos espaços em termos de recreação, localização, 
estrutura de trabalho. Os dados levantados até aqui mostram também, que não 
a uma tipologia de trabalho definhada, 88% está inserido em um mercado 
multidisciplinar. 
Gráfico 1 – Percentual de espaços 
 
 45 %
ALIMENTOS E
BEBIDAS
78% ENDEREÇO
FISCAL
98% SALAS DE
REUNIÃO
36%
LOCALIZADOS
EM EDFÍCIOS
COMERCIAIS
 
Fonte: Autora 2020 
 
Assim, os edifícios coworking são projetados de forma múltipla e 
versátil, ou seja, a proposta físico-espacial deve ser convincente, convidativa e 
interessante, pois esses locais devem atender de maneira sinérgica as 
relações espaço x trabalho x humano em função da gestão de trabalho 
compartilhado. A arquitetura entra como agente garantidor de ergonomia, 
saúde, biossegurança e design, a tipologia cowork permite projetar de maneira 
livre e criativa, pois permite a criação de espaços versáteis, flexíveis e fluidos, a 
fim de garantir a saúde e garantir a utilização dos sistemas de higienização 
elencados como, estações de limpeza com água sabão, dispensers de álcool 
em gel, utilização de máscara e luvas, distanciamento mínimo de 1,50 metros 
entre mesas, além de evitar eventos com mais 60 pessoas e aglomerações de 
pessoas em espaços fechados. 
 
Coworking (no Brasil) está em um estágio conceitual anterior, uma 
vez que ainda é visto mais como uma ferramenta de negócios do que 
uma comunidade. É um método que está sobrevivendo, embora 
rodeado pela cultura de trabalho tradicional. Brasil está crescendo 
muito rápido, mas os métodos não-tradicionais estão começando 
agora. Ele ainda deu pequenos passos para uma mudança tão 
grande, se comparado com a Europa e os EUA. Iniciativas como 
coworking e escritórios compartilhados estão em alta demanda aqui. 
(ORLANDI, 2013) 
 
Na busca por minimizar os impactos sofridos economicamente devido 
ao isolamento social, e os apontamentos até aqui evidenciados, tais como 
aumento de locais de trabalho compartilhado no Brasil, podemos apontar que o 
crescimento econômicoda cidade de Ponta Grossa como mostra a pesquisa 
de Sartori (2020) ao jornal Diário dos Campos, onde mostra que a cidade está 
em 5º lugar no ranking das maiores economias do Paraná. Isso reforça que a 
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oferta de serviços e espaços compartilhados para novos profissionais seria de 
grande valia para cidade, visto que o mercado está aquecido. 
Além dos dados econômicos até aqui mostrados a relação desses 
espaços com arquitetura se complementam, dando continuidade na gestão de 
negócios compartilhados e criativos, essa premissa de trabalho compartilhado 
abrange setores da arquitetura como o desenvolvimento e aplicação de 
técnicas projetuais como a neuroarquitetura que mantém esses espaços ainda 
mais convidativos e sinérgicos. 
 
A maioria das pessoas passa toda a sua vida em contato constante 
com a arquitetura. Ela nos proporciona um lugar para morarmos, 
trabalharmos e nos divertirmos. Com tantas responsabilidades para a 
determinação de nossas experiências e com tamanha variedade de 
usos, a arquitetura tem formas demais para ser categorizada com 
precisão. (CHING, 2014, p. 9) 
 
Quando se tem espaços de qualidade e confortáveis a tendência é que 
os usuários se sintam melhores, um bom exemplo para aplicação de 
neuroarquitetura é a iluminação natural, a utilização de cores que estimulam o 
cérebro a entender que aquele ambiente é confortável para realização de suas 
atividades, já que as pessoas passam boa parte de seu tempo em ambientes 
fechados. 
Neste ponto a opção por projetos que atendam a tipologia abordada e 
aos novos conceitos de saúde, devem ganhar destaque, além de possuírem 
caráter efêmero a situações de risco, como o cenário atual. O desenvolvimento 
de modelos de trabalho compartilhado, reforça a importância das relações 
positivas humano x trabalho, demonstrando a possibilidade de projetos 
arquitetônicos, de interiores a serem fluidos, dinâmicos que sejam adaptáveis 
ao novo “normal”. Ao evidenciar o papel da arquitetura passível de aplicação de 
técnicas de neuroarquitetura, biofilia dentro dessa tipologia de trabalho 
compartilhado em tempos de pandemia. 
A arquitetura vem para complementar a empatia do distanciamento 
sendo ele a 1,50 metros, a empatia entra no contexto arquitetônico como norte, 
Gambarana (2020), destacou temos uma grande oportunidade de reunirmos, 
compartilharmos necessidades e colaborar para criar soluções coletivas. 
Baraya (2020), então levantou a seguinte questão: qual é, então, o 
preço de uma qualidade de vida decente para viver e trabalhar juntos? Diante 
desse questionamento podemos perceber que confinamento não fere apenas a 
economia, mas a saúde física e mental. O confinamento gera impactos 
negativos para a saúde, com isso a arquitetura dos ambientes de trabalho 
compartilhado visa diminuir a tensão deixada pela pandemia, dentro das 
normativas de saúde, a melhora dos ambientes de trabalho vem com a 
implantação de mais espaços verdes nas estações de trabalho, tendo em vista 
não somente o visual mas sim as questões a cerca da saúde sendo 
desenvolvidas melhorias nos âmbitos de qualidade do ar e acústica, isso 
representa uma grande oportunidade para arquitetura. 
 
MATERIAL E MÉTODOS 
 
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Para chegar ao resultado final deste trabalho o mesmo composto por 
pesquisas bibliográficas sobre as temáticas abordadas até aqui, pesquisas 
estas realizadas em livros, e-books, artigos científicos, manuais, revistas e 
websites relacionados ao tema coworking e arquitetura. 
Após a elaboração do relatório de pesquisa, resumido na introdução 
deste artigo, o trabalho foi dividido em duas etapas. A primeira etapa retrata a 
busca e elaboração de correlatos nacionais e internacionais, que tiveram 
grande importância para elaborar o fluxograma, organograma e programa de 
necessidades. Ainda nesta primeira etapa foi elaborado um estudo prévio da 
implantação e volumetria para o projeto final, permaneceram com algumas 
características até final. 
Para segunda etapa, iniciou o projeto arquitetônico com elaboração de 
desenhos técnicos como, plantas, cortes, elevações e o levantamento de 
maquete 3D para estudo afundo das questões de iluminação e ventilação além 
da melhor compreensão da proposta projetual, sempre levando em 
consideração as pesquisas prévias já realizadas. Para que o resultado final do 
projeto fosse factível, foi utilizado softwares como AutoCad, SketchUp, Vray e 
Lumion, além de estudos com orientação do professor orientador. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
O lote escolhido para elaboração do projeto arquitetônico está situado 
no bairro de Oficinas, possui uma área total de 5.700 m². Seu acesso principal 
acontece pela Rua Doutor Leopoldo Guimarães da Cunha, com acessos 
secundários pela Rua Saint Hillarie, que se dá na parte lateral do terreno. O 
terreno em questão foi escolhido por suas características, as quais foram 
fundamentais para uma possível implantação de um edifício na tipologia 
coworking como proposto no presente trabalho, entre as características estão: 
dimensões adequadas ao tamanho do projeto, entorno com atividades que 
fomentaram a tipologia, fácil acesso e o transporte público da região. Um de 
seus principais acessos é a Avenida Visconde de Mauá, a qual faz uma das 
principais ligações da BR 376 ao centro da cidade, como ilustra a figura 1. 
 
Figura 1 – Localização do terreno 
 
 
 
Fonte: Autora 2021 
 
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O terreno possibilita aos usuários fácil acesso as áreas comerciais, 
educacionais e judiciarias da região, essa facilidade permite a consolidação da 
tipologia Coworking, e desperta o interesse dos usuários a estabelecerem seu 
network. O terreno possui um belo visual da área central da cidade e seu pouco 
desnível permitiu que a implantação permanecesse plana, para um 
aproveitamento melhor nas questões visuais e ainda favorecendo os acessos. 
De acordo com o plano diretor da cidade de Ponta Grossa (PMPG 
2010) o terreno pertence a ZCOM (Zona Comercial) sendo permitido até 15 
pavimentos, porém nos últimos anos foram permitidos edifícios na mesma 
região com mais de 15 pavimentos como consta no zoneamento. A taxa de 
ocupação permite que a base ocupe 100% do lote e a torre 60%, e por fim o 
coeficiente de aproveitamento multiplicado pela área total de 5 vezes. 
 Ao seguir as regulamentações construtivas municipais, estimasse 
que o Edifício Coworking receba cerca de 1000 pessoas, distribuídas pelos 6 
pavimentos, sendo 480 estações de trabalho entre individuais, compartilhadas 
ou reuniões, além do subsolo. O acesso de pedestres e veículos acontecerá 
pela Rua Doutro Leopoldo Guimarães da Cunha no térreo, os veículos tem 
acesso ao subsolo por meio de uma rampa. Como mostra figura 2. 
 
 
Figura 2 – Implantação 
 
 
Fonte: Autora 2021 
 
O projeto teve início pela escolha do local de circulação vertical, 
conforme prevê a NPT 011, além das NBR 8800, NBR 9077, NBR 14672, NBR 
9050. A partir da delimitação das normas e circulação vertical foram criadas as 
plantas baixas e os demais desenhos técnicos. Na planta baixa do pavimento 
térreo estão as principais áreas de transição e integração entre usuários e 
visitantes, bem como, restaurante, área de exposição que permite maior 
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interação com a cultura de artistas locais, os visitantes também possuem 
acesso a áreascomo auditório, onde acontecem eventos e reuniões. 
 
 Figura 3 – Planta Baixa Térreo e Mezanino 
 
 
 
Fonte: Autora 2021 
 
Na planta baixa do 1º Pavimento foram elaboradas salas de aula para 
música, fotografia, dança e culinária, espaços que serão ofertados aos usuários 
do coworking ou ao público externo. Além de apresentações culturais ou 
degustações culinárias que serão ofertadas. Esse pavimento fomentara as 
questões culturais da cidade, possível de comemorar os feriados municipais, 
salientando nossa riqueza cultural, ilustrado na figura 4. Além de toda área de 
aulas, conta com as áreas de apoio, como sanitários, vestiários com 
acessibilidade e as áreas de serviço como copa e dml, assim como a sala 
administrativa e T.I. 
Figura 4 – Planta Baixa 1º Pavimento 
 
 
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Fonte: Autora, 2021 
 
Os pavimentos 2º e 3º são o coração do edifício, pois neles estão 
dispostas as estações de trabalho compartilhado. Em ambas as plantas foram 
elaboradas duas grandes estações de trabalho como mostram as figuras 5, 6 e 
7, essas estações podem alocar cerca de 60 pessoas simultaneamente e 
respeitar as medidas sanitárias determinadas pelo governo municipal, como 
distanciamento de 2 metros entre os usuários, utilização de mascarás e a 
higienização das mãos e do local e objetos utilizados. Ainda nestes pavimentos 
temos as salas de reuniões cujas podem ser adaptáveis além da quantia 
proposta em layout, fazendo com os usuários deste espaço possam utilizar as 
salas para abranger mais pessoas, sem contar com as mesas de reunião de 
uso individual ou até duas pessoas. 
 
Figura 5 – Planta Baixa 2º Pavimento – Estações de trabalho 
 
 
 
Fonte: Autora, 2021 
 
Na elaboração das plantas foram instalados vestiários destinados 
aos usuários, além de sanitários, possuem também áreas administrativas para 
não sobrecarregar a administração geral, ou seja, cada pavimento torna-se 
independente. 
 
 
 
 
 
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Figuras 6 e 7 – Estações de Trabalho 
 
 
 
Fonte: Autora, 2021 
 
O 4º Pavimento está situado as áreas de trabalho de uso misto, ou 
seja, uma parte para reuniões, Coworking Compartilhado e Coworking 
Coorporativo, este é voltado ao uso de empresas que não possuem endereço 
fixo ou para quem está de passagem pela cidade a trabalho. Mesmo possuindo 
está diferença pode ser usado pelos demais usuários na ausência de locação 
desses espaços. Como mostra a figura 8. 
 
Figura 8 – Planta baixa 4º Pavimento 
 
 
 
Fonte: Autora, 2021 
 
Mesmo em um ambiente de uso coletivo as salas de reuniões foram 
mantidas no layout desse pavimento pensando na privacidade dos profissionais 
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de diferentes empresas que frequentaram o edifício, as áreas de apoio ao 
usuário permaneceram neste pavimento também, como sanitários, vestiários 
todos com acessibilidade. Estes espaços de Coworking compartilhado, 
coorporativo, reuniões fazem parte das áreas de trabalho e integração. Sempre 
mantendo as determinações do governo municipal para conter as infecções 
causadas pela pandemia de Covid-19. 
O 5º pavimento está situado o Café-Bar e o lounge externo, este 
pavimento foi elaborado para recreação e descanso no horário de trabalho, ou 
até mesmo ao final do expediente. Este pavimento oferta uma área totalmente 
agradável com mesas de jogos, lounges internos além do terraço jardim para 
contemplação do visual da paisagem em seu entorno, como mostram as 
figuras 9 e 10. 
 
Figuras 9 e 10 – Terraço 5º Pavimento 
 
 
 
Fonte: Autora, 2021 
 
 Quanto a planta de cobertura, o telhado na parte mais alta do edifício 
foi elaborado em estrutura metálica com telhas metálicas, por conta da vida útil 
do material, os mesmos são protegidos por uma platibanda de 1,50 metros, por 
conta da casa de maquinas e as caixas d´aguas precisarem de espaços 
elevados, foi elevado todo o telhado do último pavimento, ao utilizar como 
solução estética foram criadas pérgolas em estrutura metálica com pintura 
amadeirada, além da solução estética essa pintura sobre a estrutura garante 
maior durabilidade. Essas pérgolas também foram colocadas como proteção da 
porta e do elevador de serviço no 5º pavimento ao qual criou um ambiente rico 
em detalhes aliado a questões técnicas. 
A fim de maior relevância a proposta foi utilizado o sistema construtivo 
em estrutura metálica com fechamentos externos e alvenaria e divisórias 
internas em Dry-Wall, laje em Steel Deck afim de vencer grandes vãos. Além 
das esquadrias metálicas e as estruturas dos brises, agregando valor estético 
ao projeto. 
Por possuir grandes vãos envidraçados maior parte das faces do 
projeto ficaram expostas a insolação, para garantir o conforto do projeto foi 
adotado o uso de brises em madeira presos sob estrutura metálica, esses 
brises ganharam uma malha de aço com vegetação, com isso ele possui dupla 
função barrar a incidência solar e favorecer a troca de ar de maior parte dos 
ambientes. Como mostra a figura 11. 
 
 
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Figura 11– Detalhe Brise com vegetação 
 
 
Fonte: Autora, 2021 
 
 Por conta da alta durabilidade do metal para a instalação dos brises 
foram projetadas estruturas desmontáveis com fixação por meio de parafusos. 
Os mesmos são fixos, a madeira selecionada para os brises foi o Cumaru por 
conta de sua resistência as intempéries e pragas. 
 A fim de manter uma composição e contraste da madeira e o verde 
das plantas presas aos brises foi escolhido o tom de cinza médio em toda sua 
extensão, aplicada como pintura projetada por conta da durabilidade e baixa 
manutenção. Como mostram as figuras 12 e 13. Como a maior parte das 
fachadas possui grandes vãos de esquadrias foi optado por utilizar o Vidro 
Insulado e garantir o conforto térmico e acústico além da redução dos raios UV 
em 70%, com isso reduz também a utilização de iluminação artificial e ar 
condicionado. 
 
 
Figura 12– Fachada Edifício Bio Cowork 
 
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Figura 12– Fachada Edifício Bio Cowork. 
Fonte: Autora, 2021 
 
 
Figura 13– Fachada Edifício Bio Cowork. 
 
 
 
Fonte: Autora, 2021 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A partir do desenvolvimento deste projeto tinha como premissa 
expressar a importância dos espaços de trabalhos mesmo em situações de 
pandemia e a qualificação e enriquecimento dos conhecimentos obtidos, para 
contribuir como referencial tipológico de arquitetura de prestação de serviços, 
que vise uma sinergia entre espaço x trabalho x humano, em função da gestão 
compartilhada com ênfase nas determinações de saúde mundial para períodos 
pandêmicos. 
O trabalho compartilhado não significa o fim da recessão pandêmica ou 
isolamento social, mas comprova a suficiência de termos espaços de trabalho 
compartilhado afim de diminuir os impactos da crise que afetou a grande 
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maioria da população em termos financeiros e de trabalho. E são espaços de 
trabalho como os de cowork que oferecem uma alternativa economicamente 
viável, para aquelesque desejam retomar sua rotina, mas de maneira 
responsável e segura. 
Essa volta segura e confortável só é possível se houver bons projetos e 
estratégias que visem questões de biossegurança e arquitetura. Assim conclui-
se que a implantação da proposta projetual do tema em questão para a cidade 
de Ponta Grossa, irá oferecer uma nova vertente de edifícios de cunho 
comercial, colaborando com o crescimento e evolução socioeconômica da 
cidade, favorecendo a população como um todo. Portanto a importância deste 
trabalho para a formação profissional é incontestável, o desafio de unir 
conceitos aliados a organização e produção de ideias, afim de traduzi-las em 
um modelo arquitetônico. Espera-se que este trabalho possa fomentar a 
discussão e o interesse sobre o modelo de trabalho coworking, para contribuir 
como referencial tipológico para pesquisas futuras. 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
BARAYA, Santiago. Viver e trabalhar juntos, reflexões sobre produtividade e 
empatia pós-pandemia. Disponível em: 
https://www.archdaily.com.br/br/946961/viver-e-trabalhar-juntos-reflexoes-
sobre-produtividade-e-empatia-pos-pandemia. Acesso em: 05 de nov. de 2020. 
 
COWORK BRASIL. O status do mercado de coworking brasileiro em meio ao 
COVID-19. Disponível em: https://coworkingbrasil.org/news/o-status-do-
mercado-de-coworking-brasileiro-em-meio-ao-covid-19-julho/ Acesso em: 12 de 
nov. de 2020. 
 
COWORK BRASIL. Censo Coworking Brasil. Disponível em: 
https://coworkingbrasil.org/censo/2019/Acesso em: 28 de out de 2020. 
 
 
CHING, Francis D. K.; ECKLER, James F. Introdução à Arquitetura. 1 ed. 
Bookman. Santa Maria, RS. 2014, p. 9. 
 
GAMBARANA, Chiara. Viver e trabalhar juntos, reflexões sobre produtividade e 
empatia pós-pandemia. Disponível em: 
https://www.archdaily.com.br/br/946961/viver-e-trabalhar-juntos-reflexoes 
sobre-produtividade-e-empatia-pos-pandemia. Acesso em: 05 de nov. de 2020. 
 
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em: 
https://cidades.ibge.gov.br/brasil/panorama. Acesso: 10 de nov. de 2020 
 
ORLANDI, Diego. Coworking in Brazil. 2013. Disponível em: 
http://www.cescage.edu.br/publicacoes/technoeng
CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOS CAMPOS GERAIS – CESCAGE 
http://www.cescage.edu.br/publicacoes/technoeng 
ISSN 2178-3586 
 
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<http://www.deskmag.com/en/coworking-spaces-in-brazil-sao-paulo-812>. 
Acesso em: 15 de novembro de 2020. 
 
 
PMPG. Arquivos DWG.Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de 
Ponta Grossa -IPLAN, Ponta Grossa, 2010. Disponível em: 
<https://iplan.pontagrossa.pr.gov.br/>. Acesso em: 12 maio de 2020 
. 
 
QUARESMA, José G; GONÇALVES, Carlos. Out of the Office. E-Book. Porto: 
Ed. Vida Económica, 2013. 
 
SARTORI, Milena. Economia de Ponta Grossa ultrapassa Londrina e Foz e 
Iguaçu. Disponível em: https://dcmais.com.br/destaques/economia-de-ponta-
grossa-ultrapassa-londrina-e-foz-e-iguacu/ Acesso em: 10 de novembro de 
2020. 
 
 
 
 
AUTORIA 
 
Nome completo: Lisa Christiny Rogoski 
Filiação institucional: Faculdades Integradas dos Campos Gerais - Cescage 
Departamento: Acadêmico 
Função ou cargo ocupado: Estudante 
Endereço: Rua Tupiniquins, 86 – Oficinas, Ponta Grossa – PR, Brasil. 
Telefones para contato: (42) 9 9976-7216 
e-mail: lisarogoski@outlook.com 
 
 
http://www.cescage.edu.br/publicacoes/technoeng

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