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CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOS CAMPOS GERAIS – CESCAGE http://www.cescage.edu.br/publicacoes/technoeng ISSN 2178-3586 1 BIO COWORK: INFLUÊNCIA DA ARQUITETURA NOS ESPAÇOS DE TRABALHO AUTOR ¹ LISA CHRISTINY ROGOSKI; ORIENTADOR ² EDSON MAIA VILLELA FILHO ¹ Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais – CESCAGE - Curso de Arquitetura e Urbanismo – Ponta Grossa - PR – Brasil. lisarogoski@outlook.com ² Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais - CESCAGE – Curso de Arquitetura e Urbanismo - Ponta Grossa - PR – Brasil. edson.villela1@gmail.com Resumo: Este trabalho demonstra o crescimento da procura por locais de trabalho compartilhado, a fim de evidenciar a redução de custos para quem busca entrar no mercado de trabalho, a tipologia arquitetônica coworking é uma alternativa para recém formados, profissionais liberais, freelancers entre outras modalidades. A crise sanitária que se instalou em níveis mundiais alterou a percepção de arquitetura e trabalho, o que torna possível de colocar a espacialização do trabalho como protagonista no processo de retorno após isolamento social, e buscar por layouts flexíveis e contemporâneos. Os espaços de trabalho compartilhados promovem uma dinâmica espacial otimizada e podem ser pensados com referências à neuroarquitetura e biofilia, capazes de ampliar o campo da criatividade com vistas à integridade dos usuários e do edifício. Este trabalho tem como objetivo central a elaboração e uma proposta de tipologia arquitetônica contemporânea para atividades no sistema de coworking. A proposta projetual apresentada foi embasa pelos preceitos da neuroarquitetura onde busca promover uma nova percepção entre ambiente x humano x trabalho, bem como o comportamento diante dos critérios escolhidos para definição da volumetria. Os resultados obtidos reforçam que esses espaços estão mudando a forma de trabalhar em grande escala, a troca de ideias e a ligação de pessoas através de network é ainda mais significativa e criativa em ambientes que fomentam as conexões criativas. Palavras-chave: Compartilhado; Neuroarquitetura; Espaços de trabalho; Arquitetura de serviços. INTRODUÇÃO A definição de coworking tem por intenção a realização de atividades que envolvam trabalhos compartilhados, que predominam a diversidade de usos e a flexibilização dos ambientes, de maneira que proporcione maior http://www.cescage.edu.br/publicacoes/technoeng CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOS CAMPOS GERAIS – CESCAGE http://www.cescage.edu.br/publicacoes/technoeng ISSN 2178-3586 2 independência para profissionais, fomentando a interação e o dinamismo entre os usuários. Os espaços para coworking atraem pessoas de diferentes profissões, principalmente aquelas em início de carreira que buscam promover sua carreira profissional. Sabe-se que em Ponta Grossa tem espaços de trabalho compartilhados desde 2016, mas não possuem uma tipologia de edifício, ficam restritas a edifícios de uso comercial. Segundo Quaresma e Gonçalves (2013), o Coworking é a união do Escritório Virtual com o Home Office, defino como, “um grupo de pessoas que trabalham independentes umas das outras, mas que partilham formas de estar, valores e procuram sinergias”. Estes ambientes de coworking visam o livre trabalho com network facilitado, além da interação e relação profissional com os demais usuários, sendo um modelo de trabalho contemporâneo, para aqueles que buscam serviços de maneira integrada e fluida. Os avanços tecnológicos moldam cada vez mais os modelos, as formas e os padrões de trabalho e, como consequência, influenciam os gostos, as atitudes e as decisões. Estamos a falar um conceito de negócios inovador, criador, diferenciador, como temos verificado. Os centros de negócios, como todas as franjas produtivas, alavancam-se cada vez mais apoiados nas novas ferramentas. Para que um centro de negócios evolua e os seus serviços se tornem ainda mais personalizados e eficazes é fundamental acompanhar o desenvolvimento tecnológico. A gestão vê-se confrontada com o aumento da qualidade, exigida cada vez mais pelos clientes deste tipo de serviço. (QUARESMA; GONÇALVES, 2013). As relações de trabalho desde março de 2020 até a atualidade perderam grande parte de seus colaboradores, resultado ao enfrentamento da pandemia. Essa crise sanitária mostra que a maneira como nos relacionávamos com o ambiente construído não será mais a mesma, por conta disso as tipologias de trabalho compartilhado acontecerão de maneira disciplinada. Desde o início do isolamento social o trabalho ficou restrito dentro das casas sendo possível de configurar uma situação inesperada de home office. Porém aos poucos a retomada de trabalho está se organizando. Segundo uma pesquisa elaborada pelo site Coworking Brasil (2020), cerca de 42% dos espaços de trabalho compartilhados estão reabrindo para receber seus colaboradores, mas ainda a pandemia não chegou ao seu fim, por conta disso acabou por reduzir a capacidade de ambientes compartilhados, aumentou o distanciamento social, cancelou eventos de socialização, e claro, promove uma reeducação no quesito higiene. Com o crescimento da modalidade de trabalho compartilhado, uma pesquisa realizada pelo IBGE (2019) mostra o crescimento de espaços cowork no Brasil, esse foi levantado pelo site Coworking Brasil, ao qual nos mostra indicativos de crescimento em 25%, ou seja, é cerca de 1.497 espaços em todo Brasil. O estado de São Paulo lidera esse ranking com o maior número, totalizando 663, o Paraná aparece como sexto colocado com 87 espaços coworking. Além desses índices o mesmo censo apontou também características percentuais que esses espaços possuem, o gráfico 1 abaixo http://www.cescage.edu.br/publicacoes/technoeng CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOS CAMPOS GERAIS – CESCAGE http://www.cescage.edu.br/publicacoes/technoeng ISSN 2178-3586 3 apresenta um percentual dos espaços em termos de recreação, localização, estrutura de trabalho. Os dados levantados até aqui mostram também, que não a uma tipologia de trabalho definhada, 88% está inserido em um mercado multidisciplinar. Gráfico 1 – Percentual de espaços 45 % ALIMENTOS E BEBIDAS 78% ENDEREÇO FISCAL 98% SALAS DE REUNIÃO 36% LOCALIZADOS EM EDFÍCIOS COMERCIAIS Fonte: Autora 2020 Assim, os edifícios coworking são projetados de forma múltipla e versátil, ou seja, a proposta físico-espacial deve ser convincente, convidativa e interessante, pois esses locais devem atender de maneira sinérgica as relações espaço x trabalho x humano em função da gestão de trabalho compartilhado. A arquitetura entra como agente garantidor de ergonomia, saúde, biossegurança e design, a tipologia cowork permite projetar de maneira livre e criativa, pois permite a criação de espaços versáteis, flexíveis e fluidos, a fim de garantir a saúde e garantir a utilização dos sistemas de higienização elencados como, estações de limpeza com água sabão, dispensers de álcool em gel, utilização de máscara e luvas, distanciamento mínimo de 1,50 metros entre mesas, além de evitar eventos com mais 60 pessoas e aglomerações de pessoas em espaços fechados. Coworking (no Brasil) está em um estágio conceitual anterior, uma vez que ainda é visto mais como uma ferramenta de negócios do que uma comunidade. É um método que está sobrevivendo, embora rodeado pela cultura de trabalho tradicional. Brasil está crescendo muito rápido, mas os métodos não-tradicionais estão começando agora. Ele ainda deu pequenos passos para uma mudança tão grande, se comparado com a Europa e os EUA. Iniciativas como coworking e escritórios compartilhados estão em alta demanda aqui. (ORLANDI, 2013) Na busca por minimizar os impactos sofridos economicamente devido ao isolamento social, e os apontamentos até aqui evidenciados, tais como aumento de locais de trabalho compartilhado no Brasil, podemos apontar que o crescimento econômicoda cidade de Ponta Grossa como mostra a pesquisa de Sartori (2020) ao jornal Diário dos Campos, onde mostra que a cidade está em 5º lugar no ranking das maiores economias do Paraná. Isso reforça que a http://www.cescage.edu.br/publicacoes/technoeng CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOS CAMPOS GERAIS – CESCAGE http://www.cescage.edu.br/publicacoes/technoeng ISSN 2178-3586 4 oferta de serviços e espaços compartilhados para novos profissionais seria de grande valia para cidade, visto que o mercado está aquecido. Além dos dados econômicos até aqui mostrados a relação desses espaços com arquitetura se complementam, dando continuidade na gestão de negócios compartilhados e criativos, essa premissa de trabalho compartilhado abrange setores da arquitetura como o desenvolvimento e aplicação de técnicas projetuais como a neuroarquitetura que mantém esses espaços ainda mais convidativos e sinérgicos. A maioria das pessoas passa toda a sua vida em contato constante com a arquitetura. Ela nos proporciona um lugar para morarmos, trabalharmos e nos divertirmos. Com tantas responsabilidades para a determinação de nossas experiências e com tamanha variedade de usos, a arquitetura tem formas demais para ser categorizada com precisão. (CHING, 2014, p. 9) Quando se tem espaços de qualidade e confortáveis a tendência é que os usuários se sintam melhores, um bom exemplo para aplicação de neuroarquitetura é a iluminação natural, a utilização de cores que estimulam o cérebro a entender que aquele ambiente é confortável para realização de suas atividades, já que as pessoas passam boa parte de seu tempo em ambientes fechados. Neste ponto a opção por projetos que atendam a tipologia abordada e aos novos conceitos de saúde, devem ganhar destaque, além de possuírem caráter efêmero a situações de risco, como o cenário atual. O desenvolvimento de modelos de trabalho compartilhado, reforça a importância das relações positivas humano x trabalho, demonstrando a possibilidade de projetos arquitetônicos, de interiores a serem fluidos, dinâmicos que sejam adaptáveis ao novo “normal”. Ao evidenciar o papel da arquitetura passível de aplicação de técnicas de neuroarquitetura, biofilia dentro dessa tipologia de trabalho compartilhado em tempos de pandemia. A arquitetura vem para complementar a empatia do distanciamento sendo ele a 1,50 metros, a empatia entra no contexto arquitetônico como norte, Gambarana (2020), destacou temos uma grande oportunidade de reunirmos, compartilharmos necessidades e colaborar para criar soluções coletivas. Baraya (2020), então levantou a seguinte questão: qual é, então, o preço de uma qualidade de vida decente para viver e trabalhar juntos? Diante desse questionamento podemos perceber que confinamento não fere apenas a economia, mas a saúde física e mental. O confinamento gera impactos negativos para a saúde, com isso a arquitetura dos ambientes de trabalho compartilhado visa diminuir a tensão deixada pela pandemia, dentro das normativas de saúde, a melhora dos ambientes de trabalho vem com a implantação de mais espaços verdes nas estações de trabalho, tendo em vista não somente o visual mas sim as questões a cerca da saúde sendo desenvolvidas melhorias nos âmbitos de qualidade do ar e acústica, isso representa uma grande oportunidade para arquitetura. MATERIAL E MÉTODOS http://www.cescage.edu.br/publicacoes/technoeng CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOS CAMPOS GERAIS – CESCAGE http://www.cescage.edu.br/publicacoes/technoeng ISSN 2178-3586 5 Para chegar ao resultado final deste trabalho o mesmo composto por pesquisas bibliográficas sobre as temáticas abordadas até aqui, pesquisas estas realizadas em livros, e-books, artigos científicos, manuais, revistas e websites relacionados ao tema coworking e arquitetura. Após a elaboração do relatório de pesquisa, resumido na introdução deste artigo, o trabalho foi dividido em duas etapas. A primeira etapa retrata a busca e elaboração de correlatos nacionais e internacionais, que tiveram grande importância para elaborar o fluxograma, organograma e programa de necessidades. Ainda nesta primeira etapa foi elaborado um estudo prévio da implantação e volumetria para o projeto final, permaneceram com algumas características até final. Para segunda etapa, iniciou o projeto arquitetônico com elaboração de desenhos técnicos como, plantas, cortes, elevações e o levantamento de maquete 3D para estudo afundo das questões de iluminação e ventilação além da melhor compreensão da proposta projetual, sempre levando em consideração as pesquisas prévias já realizadas. Para que o resultado final do projeto fosse factível, foi utilizado softwares como AutoCad, SketchUp, Vray e Lumion, além de estudos com orientação do professor orientador. RESULTADOS E DISCUSSÃO O lote escolhido para elaboração do projeto arquitetônico está situado no bairro de Oficinas, possui uma área total de 5.700 m². Seu acesso principal acontece pela Rua Doutor Leopoldo Guimarães da Cunha, com acessos secundários pela Rua Saint Hillarie, que se dá na parte lateral do terreno. O terreno em questão foi escolhido por suas características, as quais foram fundamentais para uma possível implantação de um edifício na tipologia coworking como proposto no presente trabalho, entre as características estão: dimensões adequadas ao tamanho do projeto, entorno com atividades que fomentaram a tipologia, fácil acesso e o transporte público da região. Um de seus principais acessos é a Avenida Visconde de Mauá, a qual faz uma das principais ligações da BR 376 ao centro da cidade, como ilustra a figura 1. Figura 1 – Localização do terreno Fonte: Autora 2021 http://www.cescage.edu.br/publicacoes/technoeng CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOS CAMPOS GERAIS – CESCAGE http://www.cescage.edu.br/publicacoes/technoeng ISSN 2178-3586 6 O terreno possibilita aos usuários fácil acesso as áreas comerciais, educacionais e judiciarias da região, essa facilidade permite a consolidação da tipologia Coworking, e desperta o interesse dos usuários a estabelecerem seu network. O terreno possui um belo visual da área central da cidade e seu pouco desnível permitiu que a implantação permanecesse plana, para um aproveitamento melhor nas questões visuais e ainda favorecendo os acessos. De acordo com o plano diretor da cidade de Ponta Grossa (PMPG 2010) o terreno pertence a ZCOM (Zona Comercial) sendo permitido até 15 pavimentos, porém nos últimos anos foram permitidos edifícios na mesma região com mais de 15 pavimentos como consta no zoneamento. A taxa de ocupação permite que a base ocupe 100% do lote e a torre 60%, e por fim o coeficiente de aproveitamento multiplicado pela área total de 5 vezes. Ao seguir as regulamentações construtivas municipais, estimasse que o Edifício Coworking receba cerca de 1000 pessoas, distribuídas pelos 6 pavimentos, sendo 480 estações de trabalho entre individuais, compartilhadas ou reuniões, além do subsolo. O acesso de pedestres e veículos acontecerá pela Rua Doutro Leopoldo Guimarães da Cunha no térreo, os veículos tem acesso ao subsolo por meio de uma rampa. Como mostra figura 2. Figura 2 – Implantação Fonte: Autora 2021 O projeto teve início pela escolha do local de circulação vertical, conforme prevê a NPT 011, além das NBR 8800, NBR 9077, NBR 14672, NBR 9050. A partir da delimitação das normas e circulação vertical foram criadas as plantas baixas e os demais desenhos técnicos. Na planta baixa do pavimento térreo estão as principais áreas de transição e integração entre usuários e visitantes, bem como, restaurante, área de exposição que permite maior http://www.cescage.edu.br/publicacoes/technoeng CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOS CAMPOS GERAIS – CESCAGE http://www.cescage.edu.br/publicacoes/technoeng ISSN 2178-3586 7 interação com a cultura de artistas locais, os visitantes também possuem acesso a áreascomo auditório, onde acontecem eventos e reuniões. Figura 3 – Planta Baixa Térreo e Mezanino Fonte: Autora 2021 Na planta baixa do 1º Pavimento foram elaboradas salas de aula para música, fotografia, dança e culinária, espaços que serão ofertados aos usuários do coworking ou ao público externo. Além de apresentações culturais ou degustações culinárias que serão ofertadas. Esse pavimento fomentara as questões culturais da cidade, possível de comemorar os feriados municipais, salientando nossa riqueza cultural, ilustrado na figura 4. Além de toda área de aulas, conta com as áreas de apoio, como sanitários, vestiários com acessibilidade e as áreas de serviço como copa e dml, assim como a sala administrativa e T.I. Figura 4 – Planta Baixa 1º Pavimento http://www.cescage.edu.br/publicacoes/technoeng CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOS CAMPOS GERAIS – CESCAGE http://www.cescage.edu.br/publicacoes/technoeng ISSN 2178-3586 8 Fonte: Autora, 2021 Os pavimentos 2º e 3º são o coração do edifício, pois neles estão dispostas as estações de trabalho compartilhado. Em ambas as plantas foram elaboradas duas grandes estações de trabalho como mostram as figuras 5, 6 e 7, essas estações podem alocar cerca de 60 pessoas simultaneamente e respeitar as medidas sanitárias determinadas pelo governo municipal, como distanciamento de 2 metros entre os usuários, utilização de mascarás e a higienização das mãos e do local e objetos utilizados. Ainda nestes pavimentos temos as salas de reuniões cujas podem ser adaptáveis além da quantia proposta em layout, fazendo com os usuários deste espaço possam utilizar as salas para abranger mais pessoas, sem contar com as mesas de reunião de uso individual ou até duas pessoas. Figura 5 – Planta Baixa 2º Pavimento – Estações de trabalho Fonte: Autora, 2021 Na elaboração das plantas foram instalados vestiários destinados aos usuários, além de sanitários, possuem também áreas administrativas para não sobrecarregar a administração geral, ou seja, cada pavimento torna-se independente. http://www.cescage.edu.br/publicacoes/technoeng CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOS CAMPOS GERAIS – CESCAGE http://www.cescage.edu.br/publicacoes/technoeng ISSN 2178-3586 9 Figuras 6 e 7 – Estações de Trabalho Fonte: Autora, 2021 O 4º Pavimento está situado as áreas de trabalho de uso misto, ou seja, uma parte para reuniões, Coworking Compartilhado e Coworking Coorporativo, este é voltado ao uso de empresas que não possuem endereço fixo ou para quem está de passagem pela cidade a trabalho. Mesmo possuindo está diferença pode ser usado pelos demais usuários na ausência de locação desses espaços. Como mostra a figura 8. Figura 8 – Planta baixa 4º Pavimento Fonte: Autora, 2021 Mesmo em um ambiente de uso coletivo as salas de reuniões foram mantidas no layout desse pavimento pensando na privacidade dos profissionais http://www.cescage.edu.br/publicacoes/technoeng CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOS CAMPOS GERAIS – CESCAGE http://www.cescage.edu.br/publicacoes/technoeng ISSN 2178-3586 10 de diferentes empresas que frequentaram o edifício, as áreas de apoio ao usuário permaneceram neste pavimento também, como sanitários, vestiários todos com acessibilidade. Estes espaços de Coworking compartilhado, coorporativo, reuniões fazem parte das áreas de trabalho e integração. Sempre mantendo as determinações do governo municipal para conter as infecções causadas pela pandemia de Covid-19. O 5º pavimento está situado o Café-Bar e o lounge externo, este pavimento foi elaborado para recreação e descanso no horário de trabalho, ou até mesmo ao final do expediente. Este pavimento oferta uma área totalmente agradável com mesas de jogos, lounges internos além do terraço jardim para contemplação do visual da paisagem em seu entorno, como mostram as figuras 9 e 10. Figuras 9 e 10 – Terraço 5º Pavimento Fonte: Autora, 2021 Quanto a planta de cobertura, o telhado na parte mais alta do edifício foi elaborado em estrutura metálica com telhas metálicas, por conta da vida útil do material, os mesmos são protegidos por uma platibanda de 1,50 metros, por conta da casa de maquinas e as caixas d´aguas precisarem de espaços elevados, foi elevado todo o telhado do último pavimento, ao utilizar como solução estética foram criadas pérgolas em estrutura metálica com pintura amadeirada, além da solução estética essa pintura sobre a estrutura garante maior durabilidade. Essas pérgolas também foram colocadas como proteção da porta e do elevador de serviço no 5º pavimento ao qual criou um ambiente rico em detalhes aliado a questões técnicas. A fim de maior relevância a proposta foi utilizado o sistema construtivo em estrutura metálica com fechamentos externos e alvenaria e divisórias internas em Dry-Wall, laje em Steel Deck afim de vencer grandes vãos. Além das esquadrias metálicas e as estruturas dos brises, agregando valor estético ao projeto. Por possuir grandes vãos envidraçados maior parte das faces do projeto ficaram expostas a insolação, para garantir o conforto do projeto foi adotado o uso de brises em madeira presos sob estrutura metálica, esses brises ganharam uma malha de aço com vegetação, com isso ele possui dupla função barrar a incidência solar e favorecer a troca de ar de maior parte dos ambientes. Como mostra a figura 11. http://www.cescage.edu.br/publicacoes/technoeng CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOS CAMPOS GERAIS – CESCAGE http://www.cescage.edu.br/publicacoes/technoeng ISSN 2178-3586 11 Figura 11– Detalhe Brise com vegetação Fonte: Autora, 2021 Por conta da alta durabilidade do metal para a instalação dos brises foram projetadas estruturas desmontáveis com fixação por meio de parafusos. Os mesmos são fixos, a madeira selecionada para os brises foi o Cumaru por conta de sua resistência as intempéries e pragas. A fim de manter uma composição e contraste da madeira e o verde das plantas presas aos brises foi escolhido o tom de cinza médio em toda sua extensão, aplicada como pintura projetada por conta da durabilidade e baixa manutenção. Como mostram as figuras 12 e 13. Como a maior parte das fachadas possui grandes vãos de esquadrias foi optado por utilizar o Vidro Insulado e garantir o conforto térmico e acústico além da redução dos raios UV em 70%, com isso reduz também a utilização de iluminação artificial e ar condicionado. Figura 12– Fachada Edifício Bio Cowork http://www.cescage.edu.br/publicacoes/technoeng CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOS CAMPOS GERAIS – CESCAGE http://www.cescage.edu.br/publicacoes/technoeng ISSN 2178-3586 12 Figura 12– Fachada Edifício Bio Cowork. Fonte: Autora, 2021 Figura 13– Fachada Edifício Bio Cowork. Fonte: Autora, 2021 CONSIDERAÇÕES FINAIS A partir do desenvolvimento deste projeto tinha como premissa expressar a importância dos espaços de trabalhos mesmo em situações de pandemia e a qualificação e enriquecimento dos conhecimentos obtidos, para contribuir como referencial tipológico de arquitetura de prestação de serviços, que vise uma sinergia entre espaço x trabalho x humano, em função da gestão compartilhada com ênfase nas determinações de saúde mundial para períodos pandêmicos. O trabalho compartilhado não significa o fim da recessão pandêmica ou isolamento social, mas comprova a suficiência de termos espaços de trabalho compartilhado afim de diminuir os impactos da crise que afetou a grande http://www.cescage.edu.br/publicacoes/technoeng CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOS CAMPOS GERAIS – CESCAGE http://www.cescage.edu.br/publicacoes/technoeng ISSN 2178-3586 13 maioria da população em termos financeiros e de trabalho. E são espaços de trabalho como os de cowork que oferecem uma alternativa economicamente viável, para aquelesque desejam retomar sua rotina, mas de maneira responsável e segura. Essa volta segura e confortável só é possível se houver bons projetos e estratégias que visem questões de biossegurança e arquitetura. Assim conclui- se que a implantação da proposta projetual do tema em questão para a cidade de Ponta Grossa, irá oferecer uma nova vertente de edifícios de cunho comercial, colaborando com o crescimento e evolução socioeconômica da cidade, favorecendo a população como um todo. Portanto a importância deste trabalho para a formação profissional é incontestável, o desafio de unir conceitos aliados a organização e produção de ideias, afim de traduzi-las em um modelo arquitetônico. Espera-se que este trabalho possa fomentar a discussão e o interesse sobre o modelo de trabalho coworking, para contribuir como referencial tipológico para pesquisas futuras. REFERÊNCIAS BARAYA, Santiago. Viver e trabalhar juntos, reflexões sobre produtividade e empatia pós-pandemia. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/946961/viver-e-trabalhar-juntos-reflexoes- sobre-produtividade-e-empatia-pos-pandemia. Acesso em: 05 de nov. de 2020. COWORK BRASIL. O status do mercado de coworking brasileiro em meio ao COVID-19. Disponível em: https://coworkingbrasil.org/news/o-status-do- mercado-de-coworking-brasileiro-em-meio-ao-covid-19-julho/ Acesso em: 12 de nov. de 2020. COWORK BRASIL. Censo Coworking Brasil. Disponível em: https://coworkingbrasil.org/censo/2019/Acesso em: 28 de out de 2020. CHING, Francis D. K.; ECKLER, James F. Introdução à Arquitetura. 1 ed. Bookman. Santa Maria, RS. 2014, p. 9. GAMBARANA, Chiara. Viver e trabalhar juntos, reflexões sobre produtividade e empatia pós-pandemia. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/946961/viver-e-trabalhar-juntos-reflexoes sobre-produtividade-e-empatia-pos-pandemia. Acesso em: 05 de nov. de 2020. IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/panorama. Acesso: 10 de nov. de 2020 ORLANDI, Diego. Coworking in Brazil. 2013. Disponível em: http://www.cescage.edu.br/publicacoes/technoeng CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOS CAMPOS GERAIS – CESCAGE http://www.cescage.edu.br/publicacoes/technoeng ISSN 2178-3586 14 <http://www.deskmag.com/en/coworking-spaces-in-brazil-sao-paulo-812>. Acesso em: 15 de novembro de 2020. PMPG. Arquivos DWG.Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Ponta Grossa -IPLAN, Ponta Grossa, 2010. Disponível em: <https://iplan.pontagrossa.pr.gov.br/>. Acesso em: 12 maio de 2020 . QUARESMA, José G; GONÇALVES, Carlos. Out of the Office. E-Book. Porto: Ed. Vida Económica, 2013. SARTORI, Milena. Economia de Ponta Grossa ultrapassa Londrina e Foz e Iguaçu. Disponível em: https://dcmais.com.br/destaques/economia-de-ponta- grossa-ultrapassa-londrina-e-foz-e-iguacu/ Acesso em: 10 de novembro de 2020. AUTORIA Nome completo: Lisa Christiny Rogoski Filiação institucional: Faculdades Integradas dos Campos Gerais - Cescage Departamento: Acadêmico Função ou cargo ocupado: Estudante Endereço: Rua Tupiniquins, 86 – Oficinas, Ponta Grossa – PR, Brasil. Telefones para contato: (42) 9 9976-7216 e-mail: lisarogoski@outlook.com http://www.cescage.edu.br/publicacoes/technoeng
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