Buscar

ROTEIRO DE ESTUDO - ATIVIDADE

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

ROTEIRO DE ESTUDO
3º Bimestre
1- Explique o processo histórico do fazer psicológico em emergências e desastres no Brasil. 
No Brasil o primeiro registro do processo histórico de inserção da psicologia no estudo, pesquisa e intervenção nas emergências e nos desastres é datado de 1987 com o acidente do césio-137. Em Goiânia, estado de Goiás, aconteceu o maior acidente radioativo do país. Em 1992 a UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro, a UnB - Universidade de Brasília e a UCG - Universidade Católica de Goiânia em conjunto com uma equipe de Psicólogos Cubana, que já havia atuado no Acidente Nuclear de Chernobyl, realizaram atendimento aos atingidos pelo césio-137, adaptando o mesmo programa utilizado em 1986 às necessidades da comunidade afetada. 
2- Escreva sobre percepção social e seu papel nas situações de emergências e desastres. 
Esta significação dos eventos passa pela percepção social de riscos, e mostra-se fundamental para o desenvolvimento de comportamentos proativos frente aos desastres. Para Albuquerque (1997), Coelho (2007), Lopes (2007) e outros estudiosos no tema a percepção social apresenta-se como a chave do processo de trabalho neste campo. O desenvolvimento da mesma, utilizado para o aprimoramento dos recursos psicológicos, sociais e físicos dos grupos sociais, segundo estes autores, é determinante para a admissão de uma cultura preventiva frente aos desastres no país, bem como para minimização das possíveis consequências dos eventos que este tenha que enfrentar.
3- Em qual fase do desastre, historicamente a psicologia mais atuou? Explique. 
A fase do desastre onde a Psicologia historicamente mais atuou, foi a fase da reconstrução. Inicialmente trabalhando em meio as guerras para dar suporte psicológico e estruturar planos de ação que fossem possíveis serem executados no local. Barbosa (2009) cita que a intervenção primeira intervenção do psicólogo no Brasil sucedeu a partir da terceira semana pós-acidente, do césio-137, em Goiânia, no dia 13 de setembro de 1987, sendo que sua atuação estava pautada em “reduzir a ansiedade através da reflexão, por meio de técnicas que dessem vazão aos sentimentos, minimizando o medo da morte e a crise frente à situação de isolamento” (BARBOSA, 2009, p. 53)
4- Conceitue desastre, emergência e catástrofe. 
Desastre são eventos extraordinários, que originam destruições consideráveis de bens materiais e podem ter como resultado mortes, lesões físicas e sofrimento humano. Esses fenômenos podem ser lentos ou repentinos, naturais, como enchentes, inundações, terremotos, furacões, ou podem ser produzidos pelo próprio ser humano, como as guerras, o terrorismo, incêndio, contaminação química ou nuclear ou vandalismo social, uma nova forma de desastre humano.
Na prática o termo desastre apresenta uma séria interrupção do funcionamento de uma comunidade causando mortes e/ou importantes perdas materiais ou ambientais, as quais excedem a capacidade da comunidade afetada de lidar com a situação. Sendo assim, o desastre é o resultado da combinação de ameaças/perigo, condições de vulnerabilidade e da insuficiente capacidade ou medidas para reduzir as consequências negativas e potenciais do risco. Em outras palavras, um desastre traz perdas e danos às pessoas, ao meio ambiente (fontes de alimentação, água, saúde) e à infraestrutura (moradias, transportes, hospitais) devido ao impacto de um perigo (ameaça) que ultrapassa a capacidade local de responder e atender as consequências com eficácia. A comunidade afetada precisa de ajuda externa para sair da situação.
Catástrofe Acontecimento deplorável e funesto, em geral de grandes proporções e ocasionado por convulsões da natureza, que resulta em perda de vidas humanas e animais, destruições e prejuízos materiais. Desastre ou acidente de grandes proporções.
5- Qual o papel da Defesa Civil? 
A Defesa Civil tem papel de destaque neste contexto, e é definida como um “conjunto de ações preventivas, de socorro, assistenciais e recuperativas destinadas a evitar desastres e minimizar seus impactos para a população e restabelecer a normalidade social” (BRASIL, 2010).
6- Explique sociedade de risco. 
Conforme leciona FERREIRA (2015, p. 291), a sociedade de risco decorre de um processo de modernização complexo e acelerado que priorizou o desenvolvimento e o crescimento econômico; sendo o risco uma dimensão humana justificada pela escolha de uma alternativa dentre várias possibilidades. O termo foi usado para descrever a maneira pela qual a sociedade moderna se organiza em resposta ao risco. O sociólogo alemão Ulrich Beck em seu livro Risikogeselischaft, datado do ano de 1986, descreveu as origens e as consequências da degradação ambiental no centro da sociedade moderna. Para Ulrich Beck, a partir da análise da sociedade contemporânea, os aspectos negativos ou riscos superam os aspectos positivos e acima de tudo, escapam do controle das instituições sociais.
Na compreensão de BECK sobre a sociedade de risco, os riscos constituem um produto histórico, uma imagem refletida das ações e da omissões humanas; uma expressão do desenvolvimento das forças produtivas e que entretanto, não se filia à carência material ou a desigualdade de classes, uma vez que os riscos não se inserem no signo da miséria, constituindo mesmo um produto da modernidade em seu estado máximo de desenvolvimento que não respeita as fronteiras nacionais e muito menos a segmentação da sociedade em classes.
7- Conceitue risco de desastre. Explique e nomeie sua equação, como também, suas variáveis. 
O risco de desastre pode ser explicado em termos de uma equação matemática que possui pelo menos duas variáveis (uma variável é algo que muda ao longo do tempo) interligadas: as ameaças (a) e as vulnerabilidades (v).
O risco é a probabilidade de que a população e seus bens materiais sofram consequências prejudiciais ou perdas (mortes, lesões, danos em propriedades, interrupção de atividade econômica etc.) diante do impacto de ameaças naturais (terremotos, ciclones etc.), ou antropogênicas (consequência das atividades humanas como industriais: poluição, explosão etc.). Risco é uma possibilidade de dano, não significa desastre. O desastre é um risco que se concretizou, sendo que sua intensidade depende de condições de vulnerabilidade em interação com as ameaças.
8- Qual a finalidade da gestão de risco? 
De um modo geral, a gestão de risco tem a finalidade de reduzir, prevenir, controlar e gerenciar os riscos de desastres; e apresenta ainda um conjunto de ações.
9- Explique as atividades de gerenciamento de risco e respostas a desastres, destacando o fazer da psicologia em cada uma das etapas. 
Antes do desastre
Prevenção: ações voltadas a evitar um evento danoso. 
· identificação, mapeamento e monitoramento do risco; 
· medidas estruturais (obras de engenharia – ex. contenção de taludes, implantação de sistemas de drenagem, construção de pontes, de recifes artificiais etc.); 
· medidas não estruturais (ligadas às políticas públicas - planejamento do uso de solo, planos preventivos, processos educativos, formação de lideranças locais, etc.). 
· mapeamento de risco
· monitoramento e alertas
Mitigação: ações que minimizem o impacto do evento danoso.
Preparação: estrutura as ações de resposta numa situação de desastre.
Alerta: é o aviso formal de um perigo iminente.
Durante o desastre
Resposta ao desastre: são atividades que ocorrem no momento do desastre ou logo após. Envolvem ações de assistência aos feridos, resgate dos sobreviventes, evacuação da área etc.
Depois do desastre
Reabilitação: ocorre logo após a situação de emergência, com o restabelecimento de serviços vitais para a comunidade.
Recuperação: ações de reconstrução para reparar os danos causados pelo desastre e apoiar o restabelecimento da rotina da comunidade.
Essas ações são de atribuição do poder público nas três esferas governamentais (federal, estadual e municipal), em especial das instituições ligadas ao Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil (SINPDEC), com apoio da sociedade. 
A SecretariaNacional de Defesa Civil, lotada no Ministério da Integração Nacional, é o órgão central do SINPDEC. O Centro Nacional de Gerenciamento 
de Riscos e Desastres (CENAD) está inserido dentro da Secretaria Nacional. O CEMADEN, vinculado ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Comunicação, trabalha alinhado ao CENAD. É atribuição do CEMADEN desenvolver, testar e implementar um sistema de previsão de ocorrência de desastres naturais no Brasil.
10- Conceitue e cite os fatores de risco para a saúde mental em desastres. 
· O número de mortos;
· A dimensão da destruição;
· A intensidade do desastre;
· A centralidade na comunidade;
· A duração;
· A rapidez;
· O grau de previsibilidade;
· A periodicidade do fenômeno;
· A falta de costume.
11- Explique as respostas psicológicas dos atingidos por um desastre ou a síndrome dos desastres. 
Respostas psicológicas dos atingidos – síndrome dos desastres
· Primeira fase: Vamos presenciar e vivenciar um estado de choque, de aturdimento, de estupor, de apatia, de confusão, de insensibilidade com o fenômeno.
· Segunda fase: Ocorre um estado de dualidade que pode durar horas ou dias; os atingidos são mais dóceis pela atenção que têm, e os não atendidos sentem angústia.
· Terceira fase: As pessoas vivenciam um estado de euforia por estarem vivos, intenso espírito de solidariedade e colaboração, atos de delito, depressão. Para essas reações diferentes, não estamos preparados.
12- Quais as variáveis (do que dependem) que influenciam nas manifestações psicológicas nos desastres? 
As manifestações dependem:
· Das características do agente que iniciou o desastre: não é o mesmo vivenciar uma enchente, um terremoto, um desmoronamento. É diferente.
· Das diferenças de personalidade: muitas vezes, há a negação do perigo, há expectativas de reverter o perigo. As pessoas, que viveram e lutaram muito para viver em determinados locais, não querem sair, e a defesa civil, então, tem que agir de maneiras diferenciadas, as equipes têm que trabalhar também emocionalmente para que as pessoas vejam o perigo que correm ficando onde estão.
· Da experiência durante o impacto: há pessoas que ficam a ponto de morrer, há outras que se separam dos seres queridos, perdem familiares e amigos; também depende se o impacto do fenômeno é duradouro ou transitório.
· Das consequências do impacto: trabalhar com pessoas que sofreram lesões físicas, morte e luto são temas que precisam ser trabalhados tanto na fase preventiva de preparação das comunidades em caso de haver fenômenos que podem ocasionar mortes e, especialmente, quando há grandes lesões e muitas vítimas. Contemplar corpos mortos ou machucados, destruição da propriedade pessoal e coisas do gênero exigem preparação. Uma comunidade exposta a um grande número de cadáveres precisa de um trabalho psicológico diferente do que é realizado em uma comunidade onde não ocorreram mortes ou o fenômeno não produziu maiores danos.
13- Cite e explique os objetivos terapêuticos específicos e fundamentais da intervenção psicológica em emergências e desastres. 
· Fomentar os mecanismos adaptativos da comunidade;
· Restaurar o funcionamento do “eu”;
· Em especial, buscar o equilíbrio do “eu” imediatamente. A inserção na vida normal se dá se trabalhamos
· intensamente nesse aspecto;
· Trabalhar a auto-estima e a confiança. As pessoas têm dificuldades de voltar ao local de trabalho,
· de reativar a própria vida. Então, um apoio psicológico também nesse caso é fundamental;
· Trabalhar com os sentimentos de culpa;
· Trabalhar com sentimentos e pensamentos confusos relacionados com a causa do desastre. Muitas
· pessoas ficam confusas, e o trabalho psicológico, individual e coletivo, é fundamental;
· Reordenar a fé e os valores grupais. A auto-ajuda e a ajuda coletiva são importantes.
· Identificar fatores de risco ou condições que dificultam o trabalho das equipes de saúde mental;
· Trabalhar no entorno social onde estão os atingidos é importante. Muitas vezes, pensamos que os
· albergues são os espaços mais importantes para concentrar os atingidos, porém não nos damos conta de que
· o albergue, muitas vezes, pode ser um espaço onde a confusão será maior, a angústia e a ansiedade por haver
· perdido suas coisas podem se agravar. Nesse ambiente, as equipes de saúde mental têm muito o que fazer.

Outros materiais