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NEUROLOGIA - CEREBELO E SISTEMA VESTIBULAR

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Arianne Thandara de Sousa Durães
Medicina - 3º período
Módulo II - Percepção, Consciência e Emoção
NEUROLOGIA I
CEREBELO E SISTEMA VESTIBULAR
→ Vestibulocerebelo: equilíbrio
→ Espinocerebelo: tônus e postura
→ Cerebrocerebelo: motricidade fina e aprendizagem motora
SÍNDROME DO VESTIBULOCEREBELO
→ Perda da capacidade de usar informações vestibulares para o movimento do corpo durante a
marcha ou na postura de pé, e perda do controle dos movimentos oculares durante a rotação da
cabeça, ataxia, tendência a queda com os olhos fechados ou abertos.
→ Não ocorre dificuldade de movimentar os braços ou e pernas se o indivíduo estiver deitado ou
apoiado, pois o cerebelo pode usar as informações proprioceptivas dos tratos espinocerebelares
- Tumores no teto do IV ventrículo, que comprimem o nódulo e o pedúnculo do flóculo
- Ocorrem em crianças menores de 10 anos
- Ocorre perda de equilíbrio com ataxia de tronco, as crianças não conseguem se manter em pé,
ocorre nistagmo
- Não ocorre alteração do tônus muscular, e deitadas a coordenação dos movimentos é
praticamente normal
SÍNDROME DO ESPINOCEREBELO
A área afetada deixa de processar informações proprioceptivas dos feixes espinocerebelar e não é mais
capaz de influências as vias descendentes.
- O espinocerebelo atua através de mecanismos de anteroalimentação, ou seja, por ações
antecipatórias executadas antes do movimento, para que o espinocerebelo possa atuar após o início do
movimento através de informações proprioceptivas do movimento em execução. Estas ações atuam
pelas vias descendentes
- Tremor terminal → acontece porque para ocorrer o movimento de uma articulação é necessário
a contração do agonista, e desacelerada pelo antagonista. A perda desse controle faz com que ocorra
uma contração retroalimentada, o que causa o tremor terminal.
- Hipotonia muscular e Dismetria → A lesão do núcleo interpósito reduz a ativação dos tratos
rubro espinhal e córtico espinhal, reduz a precisão do movimento devido erros na cronologia, direção e
extensão do movimento.
- Ataxia dos membros→ tentativa sinuosa de alcançar os objetos
- Nistagmo→ lesão do espinocerebelo
Arianne Thandara de Sousa Durães
Medicina - 3º período
- Alterações na fala → como fala arrastada por lesão do vérmis ou núcleo fastigial ( o controle
vocal está no vérmis)
SÍNDROME DO CEREBROCEREBELO
● Lesão da Zona lateral
- Atraso no início do movimento
- Decomposição do movimento multiarticular → Movimentos complexos que são realizados por
várias articulações ao mesmo tempo são decompostos, realizados em etapas sucessivas
- disdiadococinesia→ dificuldade de fazer movimentos rápidos e alternados ( ex, tocar os dedos
indicador e médio, alternadamente)
- Rechaço → verifica-se esse sinal mandando o paciente forçar a flexão do antebraço contra uma
resistência que se faz no pulso. No indivíduo normal, quando se retira essa resistência, a flexão pára por
imediata ação tios músculos extensores. coordenada pelo cerebelo. Entretanto, no doente neocerebelar,
essa coordenação não existe, os músculos extensores custam a agir e o movimento é muito violento,
levando quase sempre o paciente a dar um tapa no próprio rosto;
- Tremor → trata-se de um tremor característico, que se acentua ao final do movimento ou
quando o paciente está prestes a atingir um objetivo, como, por exemplo, apanhar um objeto (tremor
intencional)
- Dismetria → consiste na execução defeituosa de movimentos que visam atingir um alvo, pois o
indivíduo não consegue dosar exatamente a “ quantidade” de movimentos necessários para isso.
Pode-se testar esse sinal pedindo ao paciente para colocar o dedo na ponta do nariz e verificar se ele
capaz de executar a ordem.
OBS:
→ As lesões hemisféricas → Manifestam-se nos membros do mesmo lado da lesão → Sintomas
relacionados a coordenação dos movimentos
→ Lesões no Vérmis→ Perda do equilíbrio, marcha atáxica, e alterações na fala
→ Na embriaguez aguda o álcool possui efeitos tóxicos sobre as células de Purkinje
● SÍNDROME VESTIBULAR PERIFÉRICA
✓ Lesão dos receptores, labirinto ou do nervo
✓ Caracteriza-se por crises de vertigem e sinais objetivos (nistagmo, alterações do equilíbrio, desvio do índex
e alterações da marcha) que compõem a síndrome completa e harmônica.
✓ A síndrome é completa porque estão presentes todas as alterações clínicas que traduzem a perturbação da
função vestibular, e harmônica porque todos os movimentos lentos ocorrem na mesma direção (para o lado
do labirinto lesado):
→ Fase lenta do nistagmo (bilateral) para o lado da lesão;
→ Desvio lateral da cabeça e do corpo na prova de Romberg e na marcha para o lado da lesão, assim como
o desvio do índex para o lado da lesão.
→ É frequente alterações auditivas (surdez sensorial e zumbido), explicadas pela proximidade das vias
cocleares.
Arianne Thandara de Sousa Durães
Medicina - 3º período
● SÍNDROME VESTIBULAR CENTRAL
✓ Lesão dos núcleos vestibulares ou de suas conexões com o SNC.
✓ As vertigens são de menor intensidade e mais contínuas do que na síndrome periférica.
✓ O nistagmo pode ser múltiplo e unilateral. Sendo vertical nas lesões mesencefálicas, horizontal nas
pontinhas e rotatório nas bulbares.
✓ A direção do desvio na prova do índex e na prova de Romberg é variável.
✓ A síndrome vestibular central é incompleta (não estão presentes todos os elementos da disfunção
vestibular) e desarmônica (os desvios lentos são variáveis em direção).
✓ É frequente estarem associados sintomas e sinais de lesão de estruturas vizinhas do tronco
encefálico, enquanto os sintomas auditivos são raros.
NISTAGMO
Ocorre porque o movimento da cabeça causa movimento da endolinfa dentro dos canais semicirculares,
este movimento determina o deslocamento dos cílios das células ciliadas das cristas, isso estimula os
prolongamentos periféricos dos neurônios do gânglio vestibular, originando impulsos nervosos que
seguem pela parte vestibular do nervo vestibulococlear, por onde os impulsos atinge os núcleos
vestibulares de onde saem fibras que ganha o fascículo longitudinal medial e vão diretamente aos
núcleos do oculomotor(III), troclear (IV), e abducente (VI), determinando o movimento do olho em
sentido contrário a da cabeça.
O nistagmo patológico acontece o movimento dos olhos não acompanha o movimento da cabeça de
maneira compatível com o movimento realizado.
VERTIGEM
objetiva → sensação de que o meio em volta está girando
subjetiva → o corpo gira em torno de si
TONTURA → sensação de desequilíbrio corporal
VERTIGEM POSICIONAL PAROXÍSTICA BENIGNA
Sintomas:
• Curtos episódios de vertigens
• Náusea e/ou vômito
Manobra: Manobra de Dix-Hallpike: Se a manobra foi repetida várias vezes, a intensidade da vertigem e
do nistagmo diminuem (chamada habituação) em pessoas que têm VPPB.
Arianne Thandara de Sousa Durães
Medicina - 3º período
Fisiopatologia: Ocorre por deslocamento de cristais otocônios, que são cristais de carbonato de cálcio
que ficam localizados no sáculo e utrículo, e que seu deslocado estimula células ciliadas no canal
semicircular posterior e as vezes do canal semicircular superior criando a ilusão de movimento.
TESTE DE ROMBERG
ROMBERG +
→ queda para qualquer lado ao interromper a visão → lesão das vias sensibilidade proprioceptiva
consciente
→ Sempre para o mesmo lado após pequeno período de latência → lesão do aparelho vestibular
→ Em casos de labirintopatias, tabes dorsalis, degeneração combinada subaguda e polineuropatia
periférica, a prova de Romberg é positiva.

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