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Morfologia e Fisiologia do Sistema Reprodutor

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RESUMÃO- MATERIAL DE CONCEPÇÃO
PROBLEMA 1- ABERTURA
1. Descrever a morfofisiologia do sistema reprodutor feminino e masculino. 
MOORE
MASCULINO
Túbulos seminíferos e epidídimo
O testículo é composto por até 900 túbulos seminíferos convolutos, onde é formado o esperma; cada um tem, em média, mais de 1 metro de comprimento. O esperma, então, é lançado no epidídimo, outro tubo convoluto de, aproximadamente, 6 metros de comprimento. O espermatozóide retirado dos túbulos seminíferos e das porções iniciais do epidídimo não é móvel e não pode fertilizar o óvulo. Entretanto, após o espermatozóide permanecer no epidídimo por 18 a 24 horas, ele desenvolve a capacidade da mobilidade, embora muitas proteínas inibitórias no líquido epididimário ainda impeçam a mobilidade final, até depois da ejaculação.
O epidídimo conduz ao canal deferente, que se alarga na ampola do canal deferente, imediatamente antes do canal entrar no corpo da glândula prostática. Duas vesículas seminais, uma de cada lado da próstata, desembocam na terminação prostática da ampola e os conteúdos da ampola e das vesículas seminais passam para o dueto ejaculatório e são conduzidos, através do corpo da glândula prostática, e, então, desaguando na uretra interna. Os duetos prostáticos recebem o conteúdo da glândula prostática e o conduzem para o dueto ejaculatório e, daí, para a uretra prostática. Finalmente, a uretra é o último elo de conexão dos testículos com o exterior. A uretra contém muco proveniente de grande número de pequenas glândulas uretrais, localizadas em toda sua extensão e, em maior quantidade, das glândulas bulbouretrais (glândulas de Cowper) localizadas próximas da origem da uretra.
Os dois testículos do adulto humano formam até 120 milhões de espermatozóides por dia. Desses, pequena quantidade pode ser estocada no epidídimo, mas a maioria é estocada no canal deferente. Eles podem permanecer armazenados, mantendo sua fertilidade, por pelo menos 1 mês. Durante esse tempo, eles são mantidos no estado inativo, profundamente reprimido por múltiplas substâncias inibitórias presentes nas secreções dos duetos. Por sua vez, com alto nível de atividade sexual e de ejaculações, a armazenagem pode durar por menos de alguns dias. Após a ejaculação, os espermatozóides ficam móveis e também capazes de fertilizar o óvulo, processo chamado de maturação. As células de Sertoli e o epitélio do epidídimo secretam líquido nutriente especial que é ejaculado junto com o espermatozóide. Esse líquido contém hormônios (incluindo testosterona e estrogênio), enzimas e nutrientes especiais essenciais para a maturação dos espermatozóides.
A atividade do espermatozóide é muito aumentada em meio neutro ou ligeiramente alcalino, como o existente no sêmen ejaculado, mas é muito deprimida em meio ligeiramente ácido. Meio fortemente ácido pode causar a morte rápida do espermatozóide. A atividade do espermatozóide aumenta muito com a elevação da temperatura, mas isso também aumenta sua atividade metabólica, fazendo com que a sua vida se encurte consideravelmente. Embora o espermatozóide possa viver por muitas semanas no estado reprimido nos duetos genitais dos testículos, a expectativa de vida do espermatozóide ejaculado, no trato genital feminino, é somente de 1 a 2 dias. Em temperaturas mais baixas, entretanto, o sêmen pode ser estocado por várias semanas, e quando congelado em temperaturas abaixo de -100°C, os espermatozóides têm sido preservados por anos.
Vesículas Seminais
 Cada vesícula seminal é um tubo tortuoso revestido por epitélio secretor que secreta material mucoso contendo frutose, ácido cítrico e outras substâncias nutritivas em abundância, bem como grande quantidade de prostaglandinas e fibrinogênio. Durante o processo de emissão e de ejaculação, cada vesícula seminal esvazia seu conteúdo no dueto ejaculatório, imediatamente após o canal deferente ter despejado os espermatozóides.
Próstata 
A próstata secreta líquido fino, leitoso, que contém cálcio, íon citrato, íon fosfato, uma enzima de coagulação e uma pró-fibrinolisina. Durante a emissão, a cápsula da próstata se contrai simultaneamente com as contrações do canal deferente, de modo que o líquido fino e opaco da próstata seja adicionado ao sêmen. Leve alcalinidade característica do líquido prostático pode ser muito importante para a fertilização bem-sucedida do óvulo, uma vez que o líquido do canal deferente é relativamente ácido, possibilitando a presença de ácido cítrico e de produtos finais do metabolismo do espermatozóide e, em consequência, auxiliando a inibir a fertilidade do espermatozóide. O PH adequado para movimentação dos espermatozoides está entre 6 e 6,5, assim o líquido prostático ligeiramente alcalino ajuda a neutralizar a acidez dos outros líquidos seminais durante a ejaculação, e, assim, aumenta a mobilidade e fertilidade do espermatozóide.
Sêmen 
O sêmen, que é ejaculado durante o ato sexual masculino, é composto de líquido e de espermatozóides do canal deferente (aproximadamente 10% do total), líquido das vesículas seminais (quase 60%), líquido da próstata (aproximadamente 30%) e pequenas quantidades de líquido das glândulas mucosas, especialmente das glândulas bulbouretrais.
Ato sexual masculino
A fonte mais importante de sinais sensoriais neurais para iniciar o ato sexual masculino é a glande do pênis. A glande contém um sistema de órgãos terminais sensoriais especialmente sensível, que transmite a modalidade especial de sensação, chamada de sensação sexual para o sistema nervoso central. A massagem da glande estimula os órgãos terminais sensoriais, e os sinais sexuais, por sua vez, cursam pelo nervo pudendo e, então, pelo plexo sacral para a região sacral da medula espinal, finalmente, ascendendo pela medula para áreas não definidas do cérebro. Os impulsos podem também entrar na medula espinal a partir de áreas adjacentes ao pênis, contribuindo para estimular o ato sexual. Por exemplo, a estimulação do epitélio anal, do saco escrotal e de estruturas perineais, que aumentam a sensação sexual. As sensações sexuais podem mesmo se originar em estruturas internas, tais como as áreas da uretra, bexiga, próstata, vesículas seminais, testículos e canal deferente. De fato, uma das causas do “impulso sexual” é o enchimento dos órgãos sexuais com secreções.
Estímulos psíquicos apropriados podem aumentar, em muito, a capacidade de a pessoa realizar o ato sexual. O simples pensamento sobre sexo, ou mesmo sonhar que está participando de relação sexual, pode iniciar o ato sexual masculino, culminando com a ejaculação.
O ato sexual masculino resulta de mecanismos reflexos inerentes integrados na medula espinal sacral e lombar, e esses mecanismos podem ser iniciados por estimulação psíquica proveniente do cérebro, ou da estimulação sexual real dos órgãos sexuais, mas geralmente, é combinação de ambas.
A ereção peniana é o primeiro efeito do estímulo sexual masculino e o grau de ereção é proporcional ao grau de estimulação, seja psíquico ou físico. A ereção é causada por impulsos parassimpáticos que passam da região sacral da medula espinal pelos nervos pélvicos para o pênis. Essas fibras nervosas parassimpáticas, ao contrário da maioria das outras fibras parassimpáticas, parecem liberar óxido nítrico e/ou o peptídeo intestinal vasoativo, além da acetilcolina. O óxido nítrico ativa a enzima guanilil ciclase, causando maior formação de monofosfato cíclico de guanosina (GMP). O GMP cíclico, em especial, relaxa as artérias do pênis e as malhas trabeculares das fibras musculares lisas no tecido erétil dos corpos cavernosos e corpos esponjosos na haste do pênis. Quando os músculos lisos vasculares relaxam, o fluxo sanguíneo para o pênis aumenta, causando a liberação de óxido nítrico das células endoteliais vasculares e posterior vasodilatação.
Os impulsos parassimpáticos durante a estimulação sexual, além de promover a ereção, induzem a secreção mucosa pelas glândulas uretrais e bulbouretrais. Esse muco flui pela uretra, auxiliando a lubrificação durante a relação sexual. No entanto, a maiorparte da lubrificação do coito é fornecida pelos órgãos sexuais femininos, muito mais do que pelos masculinos.
Quando o estímulo sexual fica extremamente intenso, os centros reflexos da medula espinal começam a emitir impulsos simpáticos que deixam a medula, pelos níveis T-12 a L-2, e passam para os órgãos genitais por meio dos plexos nervosos simpáticos hipogástrico e pélvico, iniciando a emissão precursora da ejaculação. A emissão começa com a contração do canal deferente e da ampola promovendo a expulsão dos espermatozoides para a uretra interna. As contrações da camada muscular da próstata, seguidas pela contração das vesículas seminais, então expelem os líquidos prostático e seminal também para a uretra, forçando os espermatozoides para a frente. Todos esses líquidos se misturam na uretra interna com o muco já secretado pelas glândulas bulbouretrais, formando o sêmen. O processo até esse ponto é chamado de emissão. O enchimento da uretra interna com sêmen provoca sinais sensoriais que são transmitidos pelos nervos pudendos para as regiões sacrais da medula espinal, dando a sensação de plenitude súbita nos órgãos genitais internos.
Além disso, esses sinais sensoriais promovem as contrações rítmicas dos órgãos genitais internos e contrações dos músculos isquiocavernoso e bulbocavernoso, que comprimem as bases do tecido erétil peniano. Esses efeitos associados induzem aumentos rítmicos e ondu- latórios da pressão do tecido erétil do pênis, dos ductos genitais e da uretra, que “ejaculam” o sêmen da uretra para o exterior. Esse processo final é chamado de ejaculação. Ao mesmo tempo, contrações rítmicas dos músculos pélvicos, e mesmo de alguns músculos do tronco, causam movimentos de propulsão da pélvis e do pênis, que também auxiliam a propelir o sêmen para os recessos mais profundos da vagina e, talvez, mesmo levemente, para o colo do útero.
Feminino
Útero
O útero é um órgão muscular com formato de pera e paredes espessas, medindo 7 a 8 cm de comprimento, 5 a 7 cm de largura na sua porção superior, e 2 a 3 cm de espessura da parede.. Ele é formado por duas porçõesnprincipais: o corpo, que compreende os dois terços superiores, e o colo, o terço inferior com aspecto cilíndrico.
As paredes do corpo do útero são constituídas por três camadas:
• O perimétrio; a fina camada externa.
• O miométrio; a espessa camada de músculo liso.
• O endométrio; a fina camada interna.
Durante a fase lútea (secretora) do ciclo menstrual, distinguem-se, microscopicamente, três camadas do endométrio:
• Uma fina camada compacta formada de tecido conjuntivo disposto densamente em torno dos colos das glândulas uterinas.
• Uma espessa camada esponjosa composta de tecido conjuntivo edematoso (com grande quantidade de fluido), formada pelas porções tortuosas e dilatadas das glândulas uterinas.
• Uma delgada camada basal, formada pelo fundo cego das glândulas uterinas.
• No pico do desenvolvimento, o endométrio tem 4 a 5 mm de espessura. A camada basal do endométrio possui seu próprio suprimento sanguíneo e não se desintegra durante a menstruação.
As camadas compacta e esponjosa, conhecidas coletivamente como camada funcional, desintegram-se e descamam durante a menstruação e após o parto.
 Tubas Uterinas
As tubas uterinas, com aproximadamente 10 cm de comprimento e 1 cm de diâmetro, estendem-se lateralmente a partir dos cornos uterinos. Cada tuba se abre na sua porção distal dentro da cavidade peritoneal. Para fins descritivos, a tuba uterina é dividida em quatro porções: infundíbulo, ampola, istmo e porção uterina.
 Ovários
Os ovários são glândulas reprodutivas em formato de amêndoa, localizados próximos às paredes pélvicas laterais, de cada lado do útero. Os ovários produzem os oócitos; estrogênio e progesterona, os hormônios responsáveis pelo desenvolvimento das características sexuais secundárias e pela regulação da gestação.
Ato sexual feminino
Assim como ocorre no ato sexual masculino, o desempenho bem-sucedido do ato sexual feminino depende tanto de estimulação psíquica, quanto de estimulação sexual local. Ter pensamentos sexuais pode levar ao desejo sexual feminino, o que ajuda bastante no desempenho do ato sexual. Esse desejo se baseia nos impulsos psicológico e fisiológico, muito embora o desejo sexual de fato aumente, em proporção ao nível de hormônios sexuais secretados. O desejo também muda durante o ciclo sexual mensal, atingindo seu pico em torno da época da ovulação, provavelmente devido aos níveis elevados de estrogênio durante o período pré-ovulatório. A estimulação sexual local na mulher, ocorre mais ou menos da mesma maneira que no homem porque a massagem e outros tipos de estimulação da vulva, da vagina e de outras regiões perineais podem criar sensações sexuais. A glande do clitóris é especialmente sensível ao início das sensações sexuais. Assim como no homem, os sinais sensoriais sexuais são transmitidos aos segmentos sacros da medula espinal pela do nervo pudendo e do plexo sacro. Quando esse sinais tiverem entrado na medula espinal, são transmitidos ao cérebro. Além disso, reflexos locais integrados na medula espinal sacra e lombar são, pelo menos, parcialmente responsáveis por algumas das reações nos órgãos sexuais femininos.
Localizado em torno do introito e estendendo-se até o clitóris, existe tecido erétil quase idêntico ao tecido erétil do pênis. Esse tecido erétil, assim como o do pênis, é controlado pelos nervos parassimpáticos que passam pelos nervos erigentes, desde o plexo sacro até a genitália externa. Nas fases iniciais da estimulação sexual, sinais parassimpáticos dilatam as artérias do tecido erétil, provavelmente decorrente da liberação de acetilcolina, óxido nítrico e polipeptídeo intestinal vasoativo (VIP) nas terminações nervosas. Isso permite rápido acúmulo de sangue no tecido erétil, de maneira que o introito se contrai ao redor do pênis, o que ajuda muito o homem a obter estimulação sexual suficiente para ocorrer a ejaculação. Sinais parassimpáticos também passam para as glândulas bilaterais de Bartholin, localizadas sob os grandes lábios, fazendo com que prontamente secretem muco no introito. Esse muco é responsável por grande parte da lubrificação durante o ato sexual, muito embora ela também seja provida pelo muco secretado pelo epitélio vaginal e pequena quantidade pelas glândulas uretrais masculinas. Essa lubrificação é necessária durante o intercurso, para estabelecer sensação massageadora satisfatória, em vez de a sensação irritativa, que pode ser provocada pela vagina ressecada.
O orgasmo feminino é análogo à emissão e à ejaculação no homem, o que pode ajudar a promover a fertilização do óvulo. De fato, sabe-se que a mulher é de certa forma mais fértil quando inseminada pelo intercurso sexual normal do que por métodos artificiais, indicando assim função importante do orgasmo feminino. Algumas possíveis razões são discutidas a seguir. Primeiro, durante o orgasmo, os músculos perineais da mulher se contraem ritmicamente em decorrência de reflexos da medula espinal semelhantes aos que causam a ejaculação no homem. É possível que esses reflexos aumentem a motilidade uterina e falopiana durante o orgasmo, ajudando assim a propelir os espermatozóides para o útero, onde se encontra o óvulo; entretanto, as informações a respeito do assunto são escassas. Além disso, o orgasmo parece causar dilatação do canal cervical por até 30 minutos, facilitando assim o transporte do espermatozóide. Em segundo lugar, em muitos animais inferiores, a cópula faz com que a hipófise posterior secrete ocitocina; é provável que tal efeito seja mediado pelos núcleos amigdaloides do cérebro e, em seguida, do hipotálamo para a hipófise. A ocitocina causa mais contrações rítmicas do útero, que já se postulou facilitarem o transporte do espermatozóide.
2. Discutir as alterações hormonais e as mudanças comportamentais afetivo-sexual, e físicas durante a puberdade.
GUYTON
Estímulos psíquicos apropriados podem aumentar, em muito, a capacidade de a pessoa realizar o ato sexual. O simples pensamentosobre sexo, ou mesmo sonhar que está participando de relação sexual, pode iniciar o ato sexual masculino, culminando com a ejaculação. De fato, as emissões noturnas durante os sonhos ocorrem em muitos homens durante alguns estágios da vida sexual, especialmente durante a adolescência.
Masculino
O termo “androgênio” significa qualquer hormônio esteroide que tenha efeitos masculinizantes, incluindo a testosterona; também inclui os hormônios sexuais masculinos produzidos em outros locais do corpo além dos testículos. 
Os testículos secretam muitos hormônios sexuais masculinos, chamados, coletivamente, de androgênios, incluindo a testosterona, di-hidrotestosterona e androstenediona. A testosterona é formada pelas células intersticiais de Leydig, situadas no interstício entre os túbulos seminíferos e constituem, aproximadamente, 20% da massa dos testículos adultos.
Em geral, a testosterona é responsável pelas características que diferenciam o corpo masculino. Mesmo durante a vida fetal, os testículos são estimulados pela gonadotropina coriônica, proveniente da placenta, a produzir quantidades moderadas de testosterona por todo o período de desenvolvimento fetal e por 10 semanas ou mais após o nascimento; portanto, praticamente não é produzida testosterona durante a infância, até cerca da idade de 10 a 13 anos. Então, a produção de testosterona aumenta rapidamente sob estímulo dos hormônios gonadotrópicos da hipófise anterior, no início da puberdade, permanecendo assim pela maior parte do resto da vida.
Após a puberdade, quantidades crescentes de secreção de testosterona fazem com que o pênis, o saco escrotal e os testículos aumentem de tamanho, por aproximadamente oito vezes antes dos 20 anos de idade. Além disso, a testosterona induz o desenvolvimento das características sexuais secundárias masculinas, começando na puberdade e terminando na maturidade.
A testosterona induz o crescimento de pelos (1) no púbis, (2) para cima ao longo da linha alba do abdome, algumas vezes até o umbigo ou acima, (3) na face, (4) geralmente no tórax e (5) menos frequentemente em outras regiões do corpo, tais como as costas. A testosterona também faz com que os pelos de outras partes do corpo sejam mais abundantes. A testosterona reduz o crescimento de cabelos no topo da cabeça.
A testosterona secretada pelos testículos ou injetada no corpo produz hipertrofia da mucosa laríngea e alargamento da laringe. Esses efeitos produzem inicialmente voz relativamente dissonante, “rachada”, mas esta, gradualmente, se transforma na voz masculina típica do adulto.
A testosterona aumenta a espessura da pele de todo o corpo e aumenta a rigidez dos tecidos subeutâneos. A testosterona aumenta também a secreção de algumas, ou talvez de todas, glândulas sebáceas do corpo. A secreção excessiva pelas glândulas sebáceas do rosto é de especial importância porque pode ter como resultado a acne. Assim, a acne é uma das características mais comuns da adolescência masculina, quando o corpo está sendo exposto pela primeira vez a quantidades elevadas de testosterona. Após muitos anos de exposição à testosterona, a pele em geral se adapta à presença desse hormônio, de modo a superar a acne.
Uma das características masculinas mais importantes é o desenvolvimento da musculatura após a puberdade, com aumento de cerca de 50% da massa muscular em relação às meninas. Isso está associado ao aumento da quantidade de proteína também em regiões não musculares do corpo. Devido ao grande efeito da testosterona e de outros androgênios sobre a musculatura corpórea, androgênios sintéticos têm sido muito utilizados por atletas para aumentar seu desempenho muscular. Essa prática tem sido severamente desaprovada devido aos efeitos prejudiciais prolongados do excesso de androgênios.
Após o grande aumento da testosterona circulante que ocorre na puberdade (ou após a injeção prolongada de testosterona), os ossos crescem consideravelmente mais espessos e depositam grandes quantidades adicionais de sais de cálcio. Assim, a testosterona aumenta a quantidade total de matriz óssea e promove a retenção do cálcio. A testosterona tem efeito especifico na pelve de (1) estreitar a passagem pélvica, (2) alongá-la, (3) dar-lhe forma afunilada, em vez da forma larga e ovoide da pelve feminina e (4) aumentar muito a força de toda a pelve para que possa suportar pesos.
A maior parte do controle das funções sexuais, tanto dos homens quanto das mulheres, começa com a secreção do hormônio liberador de gonadotropina (GnRH) pelo hipotálamo. Esse hormônio, por sua vez, estimula a hipófise anterior a secretar dois outros hormônios chamados de hormônios gonadotrópicos: (1) hormônio luteinizante (LH) e (2) hormônio folículo-estimulante (FSH). Por sua vez, o LH é o estímulo primário para a secreção de testosterona pelos testículos, e o FSH estimula principalmente a espermatogênese.
A testosterona é secretada pelas células intersticiais de Leydig nos testículos, mas apenas quando essas são estimuladas pelo LH proveniente da hipófise anterior. Além disso, a quantidade de testosterona secretada aumenta, aproximadamente, em proporção direta à quantidade de LH disponível.
A testosterona secretada pelos testículos em resposta ao LH tem o efeito recíproco de inibir a secreção de LH pela hipófise anterior (Fig. 80-10). A maior parte dessa inibição, provavelmente resulta de efeito direto da testosterona sobre o hipotálamo, reduzindo a secreção de GnRH. Este, por sua vez, produz redução correspondente na secreção de LH e de FSH pela hipófise anterior, e a redução no LH diminui a secreção de testosterona pelos testículos.
Feminino
A quantidade de estrógeno liberado durante a puberdade é 20 vezes maior do que durante a infância, devido a isso os ovários, as trompas de Falópio, o útero e a vagina aumentam de tamanho várias vezes. Além do mais, a genitália externa aumenta com depósito de gordura no monte pubiano e nos grandes lábios, e aumento dos pequenos lábios.
Além disso, os estrogênios alteram o epitélio vaginal do tipo cuboide para tipo estratificado, considerado mais resistente a traumas e infecções do que o epitélio das células cuboides pré-púberes. Os estrogênios promovem o aumento do útero e proliferação acentuada do estroma endometrial e grande desenvolvimento das glândulas endometriais, que posteriormente ajudarão a prover nutrição ao óvulo implantado. Os estrogênios fazem com que os tecidos glandulares desse revestimento proliferem; e, o mais importante, aumentam o número de células epiteliais ciliadas que revestem as trompas de Falópio.
Os estrogênios causam (1) desenvolvimento dos tecidos estromais das mamas, (2) crescimento de vasto sistema de ductos e (3) depósito de gordura nas mamas. Os lóbulos e alvéolos das mamas se desenvolvem até certo ponto sob a influência apenas dos estrogênios, mas é a progesterona e a prolactina que determinam o crescimento e a função final dessas estruturas.
Os estrogênios inibem a atividade osteoclástica nos ossos e, portanto, estimulam o crescimento ósseo. Os estrogênios têm outro efeito potente sobre o crescimento esquelético: causam a união das epífises com a haste dos ossos longos. Esse efeito do estrogênio na mulher é bem mais forte do que o efeito semelhante da testosterona no homem. Consequentemente, o crescimento da mulher geralmente cessa muitos anos antes do crescimento do homem.
Depois da menopausa, quase nenhum estrogênio é secretado pelos ovários. Essa deficiência leva a (1) maior atividade osteoclástica nos ossos, (2) diminuição da matriz óssea e (3) menos depósito de cálcio e fosfato ósseos. Em algumas mulheres, esse efeito é extremamente grave e a condição resultante é a osteoporose.
Os estrogênios causam leve aumento da proteína corporal total. Causam também depósito de quantidades maiores de gordura nos tecidos subeutâneos. Consequentemente, a porcentagem de gordura corporal no corpo da mulher é consideravelmente maior do que no corpo do homem, que contém mais proteína. Além do depósito de gordura, nas mamas e nos tecidos subeutâneos, os estrogênioscausam depósito de gordura nos glúteos e nas coxas, o que é característico da aparência feminina.
Os estrogênios não afetam muito a distribuição de pelos. Entretanto, os pelos efetivamente se desenvolvem na região pubiana e nas axilas, após a puberdade. Os androgênios formados em quantidades crescentes pelas glândulas adrenais femininas, após a puberdade, são os principais responsáveis por isso.
Os estrogênios fazem com que a pele desenvolva textura macia e normalmente lisa, mas mesmo assim a pele da mulher é mais espessa que a da criança ou da mulher castrada. Os estrogênios, assim como a aldosterona e alguns outros hormônios adrenocorticais, causam retenção de sódio e água nos túbulos renais.
Sem dúvida, a função mais importante da progesterona é a de promover alterações secretórias no endométrio uterino, durante a última metade do ciclo sexual feminino mensal, preparando o útero para a implantação do óvulo fertilizado.
A progesterona promove também maior secreção pelo revestimento mucoso das trompas de Falópio. Essas secreções são necessárias para nutrir o óvulo fertilizado e, em divisão, enquanto ele passa pela trompa de Falópio, antes de se implantar no útero.
A progesterona promove o desenvolvimento dos lóbulos e alvéolos das mamas, fazendo com que as células alveolares proliferem, aumentem e adquiram natureza secretora. A progesterona também faz com que as mamas inchem. Parte desse inchaço deve-se ao desenvolvimento secretório nos lóbulos e alvéolos, mas em parte resulta também do aumento de líquido no tecido.
Zanotto
Com a puberdade, o adolescente vive também novos desejos: conhece o desejo sexual, sente atração por outras pessoas e vive, muitas vezes, a expectativa de sua primeira relação sexual.
Quando se fala em sexualidade, percebe-se que os adolescentes estão cercados por adultos, os quais acreditam que ela se inicia apenas na fase da adolescência e envolvendo somente erotismo, sensualidade, relacionamento amoroso e sexual. Isso torna difícil a orientação e informação dos jovens, pois muitos professores e pais têm dificuldades em falar sobre esse tema, sentem-se constrangidos, inseguros e com medo de cometerem equívocos ao se expressarem e, assim, aguçar nos jovens a curiosidade de um relacionamento sexual, ou seja, a iniciação sexual precoce.
Cabe à escola, a transmissão dos princípios democráticos e éticos que são o respeito pelo outro, o respeito por si mesmo, o respeito à pluralidade de opiniões. À família cabe transmitir os valores morais que a escola não tem condição de dar, e isso não dá para delegar, a família tem de explicitar o que acha certo e errado, isso não compete à escola, pois a escola não pode ter uma posição sobre o aborto, sobre casar virgem ou não, isso não é um consenso social.
Falar sobre sexualidade é de extrema importância no mundo atual, principalmente para a prevenção da gravidez precoce e de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs). Nessa perspectiva é fundamental conhecer a realidade de nossos jovens, a maneira como vivem sua sexualidade, para que se possa abordar este tema de forma tranqüila, natural e franca e, assim, manter um diálogo aberto que inspire segurança.
Costa
A equipe de saúde, vinculada à atenção do adolescente, tem um lugar de destaque na educação da sexualidade, seja de forma explícita, no transcurso de atividades de educação para a saúde, como colaborando em cursos nos centros educativos, comunidades, entre outros meios. No geral, esse trabalho se desenvolve dentro de um marco de prevenção primária, com orientação prioritária na prevenção da gravidez precoce, das enfermidades de transmissão sexual e de infecções HIV/SIDA, do consumo de substâncias psicoativas e sobre a importância dos estilos de vida, na preservação e proteção da saúde.
É frequente considerar que a educação sexual dos jovens é responsabilidade exclusiva da família ou da escola e não competência também do setor de saúde. Outras vezes, os profissionais querem atuar, mas falta-lhes a capacitação específica nessa área. Acabam transmitindo valores e experiências pessoais. Brindar adolescentes com a possibilidade de um diálogo franco e um espaço de comunicação e desenvolvimento de atividades da saúde favorece o clima necessário de confiança e respeito para tratar dos temas relativos à sexualidade.
A abordagem da sexualidade, no consultório ou ambulatório, pode ser individual ou em grupo, utilizando-se técnicas objetivas. No grupo, um aprende com o outro, alguns verbalizam mais facilmente, mas todos aproveitam. A sensação da universalidade dos problemas, ou seja, a percepção de que os problemas são comuns a quase todos talvez seja o maior ganho. Em oito a dez sessões, pode-se realizar um bom trabalho. Alguns jovens, depois dessa experiência, solicitam o atendimento individual. Na abordagem individual, os objetivos são mais específicos, voltados à problemática em questão.
Dentre os problemas, predominam a falta de experiência e ausência de diálogo entre os parceiros, com consequente falta de ajustamento; ausência de orgasmo; impotência; falta de proteção anticoncepcional; uso inadequado dos métodos anticoncepcionais por falta de conhecimento e consequente uso incorreto destes; relações sexuais em local impróprio, com consequentes inibições; sentimento de culpa em relação aos pais; iniciação precoce por necessidade de imitar os companheiros, sem ter atingido o necessário amadurecimento psicológico; ausência de afeto nas relações; necessidade do uso de drogas para manter relações, entre outros.
Não raro, gasta-se o tempo de várias entrevistas tratando-se aspectos relacionados a outras atividades do paciente, também importantes, para, posteriormente, em momento apropriado, levantar a questão da sexualidade, ou o próprio paciente revelar suas preocupações ou dificuldades nessa área. Quando o relato é claro e mais ou menos livre, procura-se obter o máximo de informações. Quando o paciente é demasiadamente reservado, pede-se que responda às perguntas na medida que lhe for possível.
Deve-se esclarecer a partir de fatos relacionados com o paciente e com base em dados científicos. As informações inadequadas, recebidas através dos companheiros, dos educadores ou dos próprios pais, precisam ser corrigidas com habilidade.
Na família, a maioria dos diálogos sobre sexualidade são voltados às advertências contra DST/AIDS e higiene no período menstrual. A maioria dos pais não reconhece que os filhos necessitam de orientação objetiva e clara, para que estabeleçam critérios de causa e efeito frente aos seus atos. Os adolescentes, por não estarem informados ou subsidiados pelas informações dos adultos, aprendem e disseminam informações inadequadas e preconceitos que, somados ao comportamento onipotente característico da adolescência, contribuem para que as experiências sexuais possam condicionar riscos.
3. Explanar o eixo hipotalâmico-hipofisário, relacionando com o ciclo mensal sexual da mulher.
GUYTON
O sistema hormonal feminino, assim como o masculino, consiste em três hierarquias de hormônios, a saber:
 1. O hormônio de liberação hipotalâmica, o hormônio liberador de gonadotropinas (GnRH). 
2. Os hormônios sexuais hipofisários anteriores, o hormônio folículo-estimulante (FSH) e o hormônio luteinizante (LH), ambos secretados em resposta à liberação de GnRH do hipotálamo. 
3. Os hormônios ovarianos, estrogênio e progesterona que são secretados pelos ovários, em resposta aos dois hormônios sexuais femininos da hipófise anterior.
A maior parte do controle das funções sexuais, tanto dos homens quanto das mulheres, começa com a secreção do hormônio liberador de gonadotropina (GnRH) pelo hipotálamo. Esse hormônio, por sua vez, estimula a hipófise anterior a secretar dois outros hormônios chamados de hormônios gonadotrópicos: (1) hormônio luteinizante (LH) e (2) hormônio folículo-estimulante (FSH). Por sua vez, o LH é o estímulo primário para a secreção de testosterona pelos testículos, e o FSH estimula principalmente a espermatogênese.
O GnRH é peptídeo com 10 aminoácidos secretado pelos neurônios,cujos corpos celulares estão localizados no núcleo arqueado do hipotálamo. As terminações desses neurônios encontram-se, principalmente, na eminência mediana do hipotálamo, onde liberam GnRH no sistema vascular porta hipotalâmico-hipofisário. Então, o GnRH é transportado para a hipófise anterior na circulação porta hipofisária, e estimula a liberação de duas gonadotropinas, o LH e o FSH. O GnRH é secretado durante poucos minutos, intermitentemente, a cada 1 a 3 horas. A intensidade desse estímulo hormonal é determinada de duas maneiras: (1) pela frequência desses ciclos de secreção e (2) pela quantidade de GnRH liberado em cada ciclo. A secreção de LH pela hipófise anterior é também cíclica, seguindo quase fielmente o padrão de liberação pulsátil do GnRH. Ao contrário, a secreção de FSH aumenta e diminui apenas ligeiramente a cada flutuação da secreção do GnRh; ela muda mais lentamente em período de muitas horas, em resposta a alterações a longo prazo no GnRH. Por causa dessa relação mais estreita entre a secreção de GnRH e a secreção de LH, o GnRH é também conhecido como hormônio liberador de LH.
Os dois hormônios gonadotrópicos, LH e FSH, são secretados pelas mesmas células da hipófise anterior, chamadas de gonadotropos. Na ausência de secreção de GnRH pelo hipotálamo, os gonadotropos da hipófise quase não secretam LH ou FSH. O LH e o FSH são glicoproteínas. Eles exercem seus efeitos sobre os tecidos-alvos nos testículos, principalmente por ativar o sistema de segundo mensageiro do monofosfato cíclico de adenosina que, por sua vez, ativa sistemas enzimáticos específicos nas respectivas células-alvo.
O ciclo dura, em média, 28 dias. Pode ser curto como 20 dias ou longo como 45 dias em algumas mulheres, embora o ciclo de duração anormal esteja, com frequência, associado à menor fertilidade. As mudanças ovarianas que ocorrem durante o ciclo sexual dependem inteiramente dos hormônios gonadotrópicos FSH e LH, secretados pela hipófise anterior. Na ausência desses hormônios, os ovários permanecem inativos, como ocorre durante toda a infância, quando quase nenhum hormônio gonadotrópico é secretado. Entre os 9 e os 12 anos de idade, a hipófise começa a secretar progressivamente mais FSH e LH, levando ao início de ciclos sexuais mensais normais, que começam entre 11 e 15 anos de idade. Esse período de mudança é denominado puberdade e o primeiro ciclo menstruai é denominado menarca.
trópicos FSH e LH, secretados pela hipófise anterior. Na ausência desses hormônios, os ovários permanecem inativos, como ocorre durante toda a infância, quando quase nenhum hormônio gonadotrópico é secretado. Entre os 9 e os 12 anos de idade, a hipófise começa a secretar progressivamente mais FSH e LH, levando ao início de ciclos sexuais mensais normais, que começam entre 11 e 15 anos de idade. Esse período de mudança é denominado puberdade e o primeiro ciclo menstrual é denominado menarca.
Ciclo ovariano
Fase folicular
Quando uma criança do sexo feminino nasce, cada óvulo é circundado por camada única de células da granulosa; o óvulo, com esse revestimento de células da granulosa, é denominado folículo primordial. Durante toda a infância, acredita-se que as células da granulosa ofereçam nutrição para o óvulo e secretem um fator inibidor da maturação do oócito que mantém o óvulo parado em seu estado primordial, no estágio de prófase da divisão meiótica. Em seguida, depois da puberdade, quando FSH e LH da hipófise anterior começam a ser secretados em quantidades significativas, os ovários, em conjunto com alguns dos folículos em seu interior, começam a crescer. O primeiro estágio de crescimento folicular é o aumento moderado do próprio óvulo, cujo diâmetro aumenta por duas a três vezes. Então segue-se o crescimento de outras camadas das células da granulosa em alguns dos folículos, conhecidos como folículos primários.
Durante os primeiros dias de cada ciclo sexual mensal feminino, as concentrações de FSH e de LH, secretados pela hipófise anterior, aumentam de leve a moderadamente e o aumento do FSH é ligeiramente maior do que o de LH e o precede em alguns dias. Esses hormônios, especialmente o FSH, causam o crescimento acelerado de seis a 12 folículos primários por mês. O efeito inicial é a rápida proliferação das células da granulosa, levando ao aparecimento de muitas outras camadas dessas células. Além disso, as células fusiformes derivadas do interstício ovariano, agrupam-se em diversas camadas por fora das células da granulosa, levando ao aparecimento de segunda massa de células, denominadas teca, que se dividem em duas camadas. Na teca interna, as células adquirem características epitelioides semelhantes às das células da granulosa e desenvolvem a capacidade de secretar mais hormônios sexuais esteroides (estrogênio e progesterona). A camada externa, a teca externa, se desenvolve formando a cápsula de tecido conjuntivo muito vascular, que passa a ser a cápsula do folículo em desenvolvimento. Depois da fase proliferativa inicial do crescimento que dura alguns dias, a massa de células da granulosa secreta o líquido folicular que contém concentração elevada de estrogênio, um dos hormônios sexuais femininos mais importantes (discutido adiante). O acúmulo desse líquido leva ao aparecimento do antro dentro da massa de células da granulosa. O crescimento inicial do folículo primário até o estágio antral só é estimulado, principalmente, pelo FSH. Então, ocorre crescimento muito acelerado, levando a folículos ainda maiores, denominados folículos vesiculares. Quando os folículos antrais começam a crescer, seu crescimento ocorre de modo quase explosivo.
Após 1 semana ou mais de crescimento — mas antes de ocorrer a ovulação — um dos folículos começa a crescer mais do que os outros; os outros cinco a 11 folículos em desenvolvimento involuem (processo denominado atresia) e diz-se então que esses folículos ficam atrésicos.
Ovulação
A ovulação na mulher que tem ciclo sexual de 28 dias se dá 14 dias depois do início da menstruação. Um pouco antes de ovular, a parede externa protuberante do folículo incha rapidamente e a pequena área no centro da cápsula folicular, denominada estigma, projeta-se como um bico. Em 30 minutos ou mais, o líquido começa a vazar do folículo através do estigma, e cerca de 2 minutos depois o estigma se rompe inteiramente, permitindo que líquido mais viscoso, que ocupava a porção central do folículo, seja lançado para fora. O líquido viscoso carrega consigo o óvulo cercado por massa de milhares de pequenas células da granulosa, denominada coroa radiada.
O LH é necessário para o crescimento folicular final e para a ovulação. Sem esse hormônio, até mesmo quando grandes quantidades de FSH estão disponíveis, o folículo não progredirá ao estágio de ovulação. Cerca de 2 dias antes da ovulação a secreção de LH pela hipófise anterior aumenta bastante, por seis a 10 vezes e com pico em torno de 16 horas antes da ovulação.
O LH tem ainda efeito específico nas células da granulosa e teçais, convertendo-as, principalmente, em células secretoras de progesterona. Portanto, a secreção de estrogênio começa a cair cerca de 1 dia antes da ovulação, enquanto quantidades cada vez maiores de progesterona começam a ser secretadas.
A teca externa (a cápsula do folículo) começa a liberar enzimas proteolíticas dos lisossomos, o que causa a dissolução da parede capsular do folículo e o consequente enfraquecimento da parede, resultando em mais dilatação do folículo e degeneração do estigma. Simultaneamente, ocorreu rápido crescimento de novos vasos sanguíneos na parede folicular e, ao mesmo tempo, são secretadas prostaglandinas (hormônios locais que causam vasodilatação) nos tecidos foliculares. Esses dois efeitos promovem transudação de plasma para o folículo, contribuindo para sua dilatação. Por fim, a combinação da dilatação folicular e da degeneração simultânea do estigma faz com que o folículo se rompa, liberando o óvulo.
Fase Lútea
Durante as primeiras horas depois da expulsão do óvulo do folículo, as células da granulosa e teçaisinternas remanescentes se transformam rapidamente, para células luteínicas. Elas aumentam em diâmetro por duas a três vezes e ficam repletas de inclusões lipídicas que lhes dão aparência amarelada. Esse processo é chamado de luteinização, e a massa total de células é denominada corpo lúteo.
As células da granulosa no corpo lúteo desenvolvem vastos retículos endoplasmáticos lisos intracelulares, que formam grandes quantidades dos hormônios sexuais femininos progesterona e estrogênio (mais progesterona do que estrogênio durante a fase lútea). As células teçais formam basicamente os androgênios androstenediona e testosterona, em vez dos hormônios sexuais femininos. Entretanto, a maioria desses hormônios também é convertida pela enzima aromatase nas células da granulosa em estrogênios, os hormônios femininos. O corpo lúteo cresce normalmente até cerca de 1,5 centímetro em diâmetro, atingindo esse estágio de desenvolvimento 7 a 8 dias após a ovulação. Então ele começa a involuir e efetivamente, perde suas funções secretórias, bem como sua característica lipídica amarelada, cerca de 12 dias depois da ovulação, passando a ser o corpus albicans que, durante as semanas subsequentes, é substituído por tecido conjuntivo e absorvido ao longo de meses. A alteração das células da granulosa e teçais internas em células luteínicas depende essencialmente do LH secretado pela hipófise anterior. Na verdade, é a função que dá nome ao LH — “luteinizante”, significado de “amarelado”. A luteinização também depende da extrusão do óvulo do folículo.
Ciclo menstrual
Fase proliferativa
A involução final normalmente se dá ao final de quase 12 dias exatos da vida do corpo lúteo, em torno do 26 dia do ciclo sexual feminino normal, 2 dias antes de começar a menstruação. Nessa época, a parada súbita de secreção de estrogênio, progesterona e inibina pelo corpo lúteo remove a inibição por feedback da hipófise anterior, permitindo que ela comece a secretar novamente quantidades cada vez maiores de FSH e LH. O FSH e o LH dão início ao crescimento de novos folículos, começando novo ciclo ovariano. A escassez de progesterona e estrogênio, nesse momento, também leva à menstruação uterina.
Em seguida, durante a próxima semana e meia antes de ocorrer a ovulação, a espessura do endométrio aumenta bastante, devido ao crescente número de células estromais e ao crescimento progressivo das glândulas endometriais e novos vasos sanguíneos no endométrio. Na época da ovulação, o endométrio tem 3 a 5 milímetros de espessura. As glândulas endometriais, especialmente as da região cervical, secretam um muco fino e pegajoso.
Ovulação 
Fase secretora
Durante grande parte da última metade do ciclo mensal, depois de ter ocorrido a ovulação, progesterona e estrogênio são secretados em grande quantidade pelo corpo lúteo. Os estrogênios causam leve proliferação celular adicional do endométrio durante essa fase do ciclo, enquanto a progesterona causa inchaço e desenvolvimento secretório acentuados do endométrio.
As glândulas aumentam em tortuosidade; excesso de substâncias secretórias se acumula nas células epiteliais glandulares. Além disso, o citoplasma das células estromais aumenta; depósitos de lipídios e glicogênio aumentam bastante nas células estromais; e o aporte sanguíneo ao endométrio aumenta ainda mais, em proporção ao desenvolvimento da atividade secretora e os vasos sanguíneos ficam muito tortuosos.
Menstruação
Se o óvulo não for fertilizado, cerca de 2 dias antes do final do ciclo mensal, o corpo lúteo no ovário subitamente involui e a secreção dos hormônios ovarianos (estrogênio e progesterona) diminui. A menstruação é causada pela redução de estrogênio e progesterona, especialmente da progesterona, no final do ciclo ovariano mensal. O primeiro efeito é a menor estimulação das células endometriais por esses dois hormônios, seguida rapidamente pela involução do próprio endométrio, para cerca de 65% da sua espessura prévia.
O vasoespasmo, a diminuição dos nutrientes ao endométrio e a perda de estimulação hormonal desencadeiam necrose no endométrio, especialmente dos vasos sanguíneos. Consequentemente, o sangue primeiro penetra a camada vascular do endométrio, e as áreas hemorrágicas crescem rapidamente durante período de 24 a 36 horas. Gradativamente, as camadas externas necróticas do endométrio se separam do útero em locais de hemorragia, até que cerca de 48 horas depois de surgir a menstruação todas as camadas superficiais do endométrio tenham descarnado. A massa de tecido descarnado e de sangue na cavidade uterina mais os efeitos contráteis das prostaglandinas ou de outras substâncias no descarnado em degeneração agem em conjunto, dando início a contrações que expelem os conteúdos uterinos.
O líquido menstrual normalmente não se coagula porque uma fibrinolisina é liberada em conjunto com o material endometrial necrótico. Se houver sangramento excessivo da superfície uterina, a quantidade de fibrinolisina pode não ser suficiente para evitar a coagulação. A presença de coágulos durante a menstruação, muitas vezes representa evidência clínica de patologia uterina.
Durante a menstruação, enorme quantidade de leucócitos é liberada em conjunto com o material necrótico e o sangue. É provável que alguma substância liberada pela necrose endometrial cause tal eliminação de leucócitos. Como resultado desses leucócitos e possivelmente, de outros fatores, o útero é muito resistente a infecções durante a menstruação, muito embora as superfícies endometriais estejam desprotegidas.
4. Explicar o processo de gametogênese masculino e feminino.
MOORE
Espermatogênese
A espermatogênese é a sequência de eventos pelos quais as espermatogônias (células germinativas primordiais) são transformadas em espermatozoides maduros; esse processo começa na puberdade aproximadamente, aos 13 anos de idade e continuando pela maior parte do restante da vida, mas se reduzindo acentuadamente na velhice. Todo o período de espermatogênese, da espermatogônia ao espermatozóide, dura, aproximadamente, 74 dias.
As espermatogônias permanecem quiescentes nos túbulos seminíferos dos testículos durante os períodos fetal e pós-natal.
Após várias divisões mitóticas, as espermatogônias crescem e sofrem modificações. As espermatogônias são transformadas em espermatócitos primários, as maiores células germinativas nos túbulos seminíferos dos testículos.
Cada espermatócito primário sofre, em seguida, uma divisão reducional – a primeira divisão meiótica – para formar dois espermatócitos secundários haploides, que possuem aproximadamente metade do tamanho do espermatócito primário. 
Em seguida, os espermatócitos secundários sofrem a segunda divisão meiótica para formar quatro espermátides haploides, que são aproximadamente a metade do tamanho dos espermatócitos secundários.
As espermátides (células em estágio avançado de desenvolvimento) são transformadas gradualmente em quatro espermatozoides maduros pelo processo conhecido como espermiogênese. Os espermatozoides são transportados dos túbulos seminíferos para o epidídimo, onde são armazenados e tornam-se maduros durante a puberdade.
As células de Sertoli revestem os túbulos seminíferos, sustentam e participam da nutrição das células germinativas (espermatozoides/oócito) e estão envolvidas na regulação da espermatogênese.
Em cada espermatogônia, um dos 23 pares de cromossomos carrega a informação genética que determina o sexo do possível concepto. Esse par é composto de um cromossomo X, chamado de cromossomo feminino, e um cromossomo Y, o cromossomo masculino. Durante a divisão meiótica, o cromossomo Y masculino vai para uma espermátide, que então se torna esperma masculino, e o cromossomo X feminino vai para a outra espermátide, que passa a ser esperma feminino. O sexo do concepto eventual é determinado pelo tipo de esperma, entre os dois descritos, que fertiliza o ovo.
A cabeça do espermatozoide forma a maior parte dele e, é onde se localiza o núcleo. Os dois terços anteriores da cabeça são cobertos pelo acrossoma, uma organela sacular emforma de capuz que contém várias enzimas incluindo a hialuronidase (que pode digerir filamentos de proteoglicanos dos tecidos) e potentes enzimas proteo- líticas (que podem digerir proteínas). Quando liberadas, as enzimas facilitam a dispersão das células foliculares da corona radiata e a penetração do espermatozoide na zona pelúcida durante a fecundação.
A cauda do esperma, chamada de flagelo, tem três componentes principais: (1) o esqueleto central, constituído por 11 microtúbulos, chamados coletivamente de axonema — cuja estrutura é semelhante à dos cílios encontrados na superfície de outros tipos de células, como descrito no Capítulo 2; (2) membrana celular fina recobrindo o axonema; e (3) o conjunto de mitocôndrias envolvendo o axonema na porção proximal da cauda (chamada de corpo da cauda).
Hormônios
1. A testosterona, secretada pelas células de Leydig, localizadas no interstício do testículo, é essencial para o crescimento e a divisão das células germinativas testiculares, que se constituem no primeiro estágio da formação do esperma. 
2. O hormônio luteinizante (LH), secretado pela hipófise anterior, estimula as células de Leydig a secretar testosterona.
 3. O hormônio folículo-estimulante (FSH), também secretado pela hipófise anterior, estimula as células de Sertoli; sem essa estimulação, a conversão das espermátides em espermatozóides (o processo de espermiogênese) não ocorre. 
4. Os estrogênios, formados a partir da testosterona pelas células de Sertoli, quando são estimuladas pelo hormônio folículo-estimulante, são também provavelmente essenciais para a espermiogênese. 
5. O hormônio de crescimento (GH) (assim como a maioria dos outros hormônios do organismo) é necessário para controlar as funções metabólicas basais dos testículos. O hormônio de crescimento, especificamente, promove a divisão precoce das espermatogônias; em sua ausência, como no caso dos anões hipofisários, a espermatogênese é severamente deficiente ou ausente, causando, assim, infertilidade.
Oogênese
A oogênese é a sequência de eventos pelos quais as oogônias (células germinativas primordiais) são transformadas em oócitos maduros. Todas as oogônias se desenvolvem em oócitos primários antes do nascimento; nenhuma oogônia de desenvolve após o nascimento. A oogênese continua até a menopausa, que é a interrupção permanente do ciclo menstrual.
Durante a vida fetal inicial, as oogônias proliferam por mitose. As oogônias (células sexuais primordiais) crescem e se tornam os oócitos primários.
Assim que o oócito primário se forma, células do tecido conjuntivo o circundam e formam uma única camada de células achatadas,as células foliculares. O oócito primário circundado por essa camada de células foliculares, constitui o folículo primário. 
Conforme o oócito primário cresce durante a puberdade, as células foliculares se tornam cúbicas e depois cilíndricas, formando, assim, o folículo primário. 
O oócito primário é logo envolvido por um material glicoproteico acelular e amorfo, a zona pelúcida.
Os oócitos primários iniciam a primeira divisão meiótica antes do nascimento , mas o término da prófase não ocorre até a puberdade. 
As células foliculares que envolvem o oócito primário secretam uma substância, conhecida como inibidor da maturação do oócito, que mantém estacionado o processo meiótico do oócito.
A maturação dos oocitos inicia na puberdade, quando geralmente um folículo ovariano amadurece a cada mês e ocorre a ovulação (liberação do oócito do folículo ovariano).
Quando um folículo matura, o oócito primário aumenta de tamanho e, imediatamente, antes da ovulação, completa a primeira divisão meiótica para dar origem ao oócito secundário e ao primeiro corpo polar. 
Diferentemente do estágio correspondente na espermatogênese, a divisão do citoplasma é desigual. O oócito secundário recebe quase todo o citoplasma e o primeiro corpo polar recebe muito pouco. O corpo polar é uma célula minúscula destinada à degeneração.
Na ovulação, o núcleo do oócito secundário inicia a segunda divisão meiótica, mas ela progride somente até a metáfase, quando a divisão é interrompida. Se um espermatozoide penetra o oócito secundário, a segunda divisão meiótica é completada, e a maior parte do citoplasma é novamente mantida em uma célula: o oócito fecundado. A outra célula, o segundo corpo polar, também é formada e irá se degenerar. 
Assim que os corpos polares são expelidos, a maturação do oócito está completa. Existem cerca de 2 milhões de oócitos primários nos ovários de uma menina recém-nascida, mas a maioria deles se degeneram durante a infância, de modo que na adolescência restam não mais que 40.000 oócitos primários. Destes, somente cerca de 400 se tornam oócitos secundários e são liberados na ovulação durante o período reprodutivo.
PROBLEMA 1- FECHAMENTO
1-Descrever o processo de fecundação até a formação do zigoto 
MOORE
Normalmente, o local da fecundação é a ampola da tuba uterina. Se o oócito não for fecundado na ampola, ele passa lentamente pela tuba e chega ao corpo do útero, onde se degenera e é reabsorvido. Embora a fecundação possa ocorrer em outras partes da tuba, ela não ocorre no corpo do útero. Sinais químicos (atrativos) secretados pelos oócitos e pelas células foliculares circundantes guiam os espermatozoides capacitados (quimiotaxia dos espermatozoides) para o oócito.
A fecundação é uma sequência complexa de eventos moleculares coordenados que se inicia com o contato entre um espermatozoide e um oócito e termina com a mistura dos cromossomos maternos e paternos na metáfase da primeira divisão mitótica do zigoto; o embrião unicelular. Alterações em qualquer estágio na sequência desses eventos podem causar a morte do zigoto. O processo da fecundação leva aproximadamente 24 horas.
Etapas da fecundação:
Passagem de um espermatozoide através da corona radiata. A dispersão das células foliculares da corona radiata que circunda o oócito e a zona pelúcida parece resultar principalmente da ação da enzima hialuronidase liberada da vesícula acrossômica do espermatozoide, mas isto ainda não está totalmente esclarecido. Algumas enzimas da mucosa da tuba uterina também parecem auxiliar a dispersão. Os movimentos da cauda do espermatozoide também são importantes na penetração da corona radiata.
 Penetração da zona pelúcida. A passagem do espermatozoide pela zona pelúcida é uma fase importante do início da fecundação. A formação de uma passagem também é resultado da ação de enzimas acrossômicas. As enzimas esterase, acrosina e neuraminidase parecem causar a lise (dissolução) da zona pelúcida, formando assim uma passagem para o espermatozoide penetrar o oócito. A mais importante dessas enzimas é a acrosina, uma enzima proteolítica.
Uma vez que o espermatozoide penetra a zona pelúcida, ocorre a reação zonal, uma alteração nas propriedades da zona pelúcida, tornando-a impermeável a outros espermatozoides. A composição dessa cobertura glicoproteica extracelular muda após a fecundação. Acredita-se que a reação zonal é o resultado da ação de enzimas lisossomais liberadas por grânulos corticais próximos a membrana plasmática do oócito.
O conteúdo desses grânulos, que são liberados no espaço perivitelino, também provoca alterações na membrana plasmática tornando-a impermeável a outros espermatozoides.
Fusão das membranas plasmáticas do oócito e do espermatozoide. As membranas plasmáticas ou celulares do oócito e do espermatozoide se fundem e se rompem na região da fusão. A cabeça e a cauda do espermatozoide entram no citoplasma do oócito, mas a membrana celular espermática (membrana plasmática) e as mitocôndrias não entram.
Término da segunda divisão meiótica do oócito e formação do pronúcleo feminino. Quando o espermatozoide penetra o oócito, este é ativado e termina a segunda divisão meiótica formando um oócito maduro e um segundo corpo polar. Em seguida, os cromossomos maternos se descondensam e o núcleo do oócito maduro se torna o pronúcleo feminino.
Formação do pronúcleo masculino. Dentro do citoplasma do oócito, o núcleo do espermatozoideaumenta para formar o pronúcleo masculino, e a cauda do espermatozoide degenera. Morfologicamente, os pronúcleos masculino e feminino são indistinguíveis. Durante o crescimento dos pronúcleos, eles replicam seu DNA-1 n (haploide), 2 c (duas cromátides). O oócito contendo os dois pronúcleos haploides é denominado oótide.
Formação do pronúcleo masculino. Dentro do citoplasma do oócito, o núcleo do espermatozoide aumenta para formar o pronúcleo masculino, e a cauda do espermatozoide degenera. Morfologicamente, os pronúcleos masculino e feminino são indistinguíveis. Durante o crescimento dos pronúcleos, eles replicam seu DNA-1 n (haploide), 2 c (duas cromátides). O oócito contendo os dois pronúcleos haploides é denominado oótide. Logo que os pronúcleos se fundem em um único agregado diploide de cromossomos, a oótide se torna um zigoto. Os cromossomos no zigoto se organizam em um fuso de clivagem, em preparação para as sucessivas divisões do zigoto.
O zigoto é geneticamente único porque metade dos cromossomos é materna e a outra metade é paterna. O zigoto contém uma nova combinação de cromossomos diferente da combinação das células paternas. Esse mecanismo é a base da herança biparental e da variação da espécie humana. A meiose possibilita a distribuição aleatória dos cromossomos paternos e maternos entre as células germinativas. O crossing-over dos cromossomos, por relocação dos segmentos dos cromossomos paterno e materno “embaralha” os genes, produzindo uma recombinação do material genético. O sexo cromossômico do embrião é determinado na fecundação dependendo do tipo de espermatozoide (X ou Y) que fecunde o oócito.
A clivagem consiste em divisões mitóticas repetidas do zigoto, resultando em um aumento rápido do número de células (blastômeros). Essas células embrionárias tornam-se menores a cada divisão. A clivagem ocorre conforme o zigoto passa pela tuba uterina em direção ao útero. Durante a clivagem, o zigoto continua dentro da zona pelúcida. A divisão do zigoto em blastômeros se inicia aproximadamente 30 horas após a fecundação. As divisões subsequentes seguem-se uma após a outra, formando, progressivamente, blastômeros menores. Após o estágio de nove células, os blastômeros mudam sua forma e se agrupam firmemente uns com os outros para formar uma bola compacta de células.
Logo após a mórula ter alcançado o útero (cerca de 4 dias após a fecundação), surge no interior da mórula um espaço preenchido por líquido, a cavidade blastocística. O líquido passa da cavidade uterina através da zona pelúcida para formar esse espaço. Conforme o líquido aumenta na cavidade blastocística, ele separa os blastômeros em duas partes:
• Uma delgada camada celular externa, o trofoblasto (Grego trophe, nutrição), que formará a parte embrionária da placenta.
• Um grupo de blastômeros localizados centralmente, o embrioblasto (massa celular interna), que formará o embrião.
Uma proteína imunossupressora, o fator de gestação inicial, é secretada pelas células trofoblásticas e aparece no soro materno cerca de 24 a 48 horas após a fecundação. O fator de gestação inicial é a base do teste de gravidez durante os primeiros 10 dias de desenvolvimento.
Durante esse estágio de desenvolvimento, ou blastogênese, o concepto (embrião e suas membranas) é chamado de blastocisto. O embrioblasto agora se projeta para a cavidade blastocística e o trofoblasto forma a parede do blastocisto. Depois que o blastocisto flutuou pelas secreções uterinas por aproximadamente 2 dias, a zona pelúcida gradualmente se degenera e desaparece. A degeneração da zona pelúcida e a incubação do blastocisto foram observados in vitro. A degeneração da zona pelúcida permite o rápido crescimento do blastocisto. Enquanto está flutuando no útero, o blastocisto obtém nutrição das secreções das glândulas uterinas.
Aproximadamente 6 dias após a fecundação (dia 20 de um ciclo menstrual de 28 dias), o blastocisto adere ao epitélio endometrial, normalmente adjacente ao polo embrionário. Logo que o blastocisto adere ao epitélio endometrial, o trofoblasto se prolifera rapidamente e se diferencia em duas camadas:
• Uma camada interna, o citotrofoblasto.
• Uma camada externa, o sinciciotrofoblasto, que consiste em uma massa protoplasmática multinucleada na qual nenhum limite celular pode ser observado.
LANGMAN
A fertilização, processo pelo qual os gametas masculino e feminino se fundem, ocorre na região ampular da tuba uterina – porção mais larga da tuba e próxima ao ovário.
A viagem desde o colo do útero até o oviduto pode ocorrer rapidamente, em 30 min ou até 6 dias. Após alcançarem o istmo, os espermatozoides se tornam menos móveis e param sua migração. Na oocitação, eles se tornam móveis novamente, talvez por causa dos quimiotáticos produzidos pelas células do cúmulo que cercam o oócito e nadam pela ampola, onde a fertilização normalmente ocorre. Os espermatozoides não são capazes de fertilizar o oócito imediatamente após a chegada ao sistema genital feminino; em vez disso, eles devem sofrer capacitação e reação acrossômica para adquirirem essa capacidade.
A capacitação é um período de condicionamento no sistema genital feminino que, nos seres humanos, dura aproximadamente 7 horas. Assim, chegar logo à ampola não é uma vantagem, uma vez que a capacitação ainda não ocorreu e esses espermatozoides não conseguem fertilizar o oócito. A maior parte desse condicionamento durante a capacitação acontece na tuba uterina e envolve as interações epiteliais entre os espermatozoides e a superfície mucosa da tuba. Durante esse período, uma camada de glicoproteínas e proteínas plasmáticas seminais é removida da membrana plasmática que recobre a região acrossômica do espermatozoide. Apenas os espermatozoides capacitados podem passar pelas células da coroa radiada e sofrer a reação acrossômica. A reação acrossômica, que ocorre após a ligação à zona pelúcida, é induzida por proteínas da mesma. Essa reação culmina na liberação das enzimas necessárias para a penetração da zona pelúcida, incluindo substâncias semelhantes à acrosina e à tripsina.
As fases da fertilização incluem:
Fase 1: penetração da coroa radiada
Fase 2: penetração da zona pelúcida 
Fase 3: fusão entra as membranas do oócito e do espermatozoide.
Penetração da coroa radiada: Dos 200 a 300 milhões de espermatozoides normalmente depositados no sistema genital feminino, apenas 300 a 500 alcançam o local de fertilização, e somente um deles fertiliza o oócito. Acredita-se que os outros espermatozoides ajudem o fertilizador a penetrar as barreiras que protegem o gameta feminino. Os espermatozoides capacitados atravessam livremente as células da coroa.
Penetração da zona pelúcida: A zona pelúcida é uma camada de glicoproteínas que cerca o oócito, facilita e mantém a ligação do espermatozoide e induz a reação acrossômica. Tanto a ligação quanto a reação acrossômica são mediadas pelo ligante ZP3, uma proteína da zona. A liberação das enzimas acrossômicas (acrosina) possibilita que os espermatozoides penetrem a zona, entrando em contato com a membrana plasmática do oócito. A permeabilidade da zona pelúcida se altera quando a cabeça do espermatozoide contata a superfície do oócito. Esse contato resulta na liberação das enzimas lisossomais dos grânulos corticais que estão alinhados na membrana plasmática do oócito. Por sua vez, essas enzimas alteram as propriedades da zona pelúcida (reação da zona), para evitar a penetração do espermatozoide e inativar os locais de receptores específicos de espécies para o espermatozoide na superfície da zona. Outros espermatozoides são encontrados imersos na zona pelúcida, mas parece que apenas um é capaz de penetrar o oócito.
Fusão entre as membranas do oócito e do espermatozoide A adesão inicial do espermatozoide ao oócito é mediada parcialmente pela interação entre integrinas do oócito e seus ligantes, desintegrinas, no espermatozoide. Após a adesão, as membranas plasmáticas do espermatozoide e do oócito se fundem (Figura 3.5). Como a membrana plasmática que cobre a cabeça acrossômica desaparecedurante a reação acrossômica, a fusão de fato é alcançada entre a membrana do oócito e a membrana que recobre a região posterior da cabeça do espermatozoide (Figura 3.5). Nos seres humanos, tanto a cabeça quanto a cauda do espermatozoide entram no citoplasma do oócito, mas a membrana plasmática é deixada para trás, na superfície do oócito. Tão logo o espermatozoide entre no oócito, este responde de três maneiras:
1.Reações cortical e de zona. Como resultado da liberação dos grânulos corticais dos oócitos, que contêm enzimas lisossomais, a membrana do oócito se torna impenetrável a outros espermatozoides, e a zona pelúcida altera sua estrutura e sua composição para evitar a ligação e a penetração do espermatozoide. Essas reações evitam a poliespermia (penetração de um ou mais espermatozoides no oócito) 
2.Continuação da segunda divisão meiótica. O oócito termina sua segunda divisão meiótica imediatamente após a entrada do espermatozoide. Uma das células-filhas, que recebe pouco ou nenhum citoplasma, é conhecida como segundo corpúsculo polar; a outra é o oócito definitivo ou óvulo. Seus cromossomos (22 mais X) se dispõem em um núcleo vesicular conhecido como prónúcleo feminino (Figuras 3.6 e 3.7) 
3.Ativação metabólica do óvulo. O fator de ativação provavelmente é carregado pelo espermatozoide. A ativação inclui eventos moleculares e celulares associados ao início da embriogênese.
Enquanto isso, o espermatozoide se move para frente até que fique próximo do pró-núcleo feminino. Seu núcleo se torna aumentado e forma o pró-núcleo masculino (Figura 3.6); a cauda se desprende e degenera. Morfologicamente, os pró-núcleos masculino e feminino não são distinguíveis e, por fim, ficam em contato íntimo e perdem seus envelopes nucleares (Figura 3.7A). Durante o crescimento dos prónúcleos masculino e feminino (ambos haploides), cada pró-núcleo deve replicar seu DNA. Se isso não ocorrer, cada célula do zigoto no estágio de duas células terá apenas metade da quantidade normal de DNA. Imediatamente após a síntese de DNA, os cromossomos se organizam no fuso em preparo para a divisão mitótica normal. Os 23 cromossomos maternos e os 23 paternos (duplicados) separam-se longitudinalmente no centrômero, e as cromátides-irmãs se movem para polos opostos, fornecendo às duas primeiras células do zigoto a quantidade diploide de cromossomos e de DNA (Figura 3.6D e E). Conforme as cromátides-irmãs se movem para polos opostos, aparece um sulco profundo na superfície da célula, dividindo o citoplasma gradualmente em duas partes.
2- Diferenciar os métodos contraceptivos e de emergência, e seus mecanismos de ação, assim como a indicação de uso associando o desenvolvimento na adolescência 
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-A79HA8/1/monografia_luiz_carlos_de_almeida.pdf
Os métodos são classificados em naturais ou comportamentais, hormonais, intra-uterinos, de barreira e definitivos.
Para optar por um método contraceptivo de forma livre e informada, as mulheres precisam conhecer e ter acesso a todos os métodos anticoncepcionais cientificamente aprovados e disponíveis, escolhendo aquele que seja mais adequado às suas características e às suas condições de vida em cada momento. No Brasil, a prevalência de uso de métodos anticoncepcionais é alta, porém concentrada na esterilização tubária e na pílula anticoncepcional.
Dos métodos contraceptivos a abstinência contínua, que significa nunca ter intercurso sexual, é o único método com 100% de eficiência para evitar a gravidez. São considerados métodos contraceptivos reversíveis, aqueles que ao deixarem de ser utilizados permitem o retorno à fertilidade. E irreversíveis aqueles que se destinam essencialmente a quem não deseja ter mais filhos, pois exige uma intervenção cirúrgica. Processo que permite vida sexual ativa e saudável com menores riscos para concepção.
Métodos reversíveis naturais: Baseiam no conhecimento do período fértil da mulher (durante o qual pode ocorrer a fecundação) e na abstenção de relações sexuais durante esse período. São menos eficazes que os métodos não naturais.
Comportamentais:
Tabelinha: Geralmente o período fértil da mulher, ou seja, o período em que ela ovula, está ente o 8º e o 19º dia após a menstruação. Nesse período, a mulher que utiliza este método não deve ter relações sexuais. Este não é um método seguro para evitar a gravidez, pois só funciona para quem tem o ciclo regular e em chance de falha de 40 por 100 mulheres/ano, além de não proteger contra as Doenças Sexualmente Transmissíveis.
Muco Cervical ou Billings: Assim como no método da tabelinha, este também exige que a mulher não tenha relações no seu período fértil. Para detectar seu período fértil, a mulher precisa observar e reconhecer o tipo de secreção presente no colo do útero. Para examinar o muco, observa-se o que sai na calcinha ou apalpa-se a vulva. No entanto, como muitas mulheres têm pouca secreção, é mais seguro colocar o dedo na vagina, para em seguida, observar que tipo de secreção está presente. O muco cervical aparece cerca de 2 a 3 dias depois da menstruação, e inicialmente é pouco consistente e espesso. Logo antes da ovulação, ele atinge o chamado ápice, em que fica bem grudento.
Temperatura basal: Esse método é baseado na alteração térmica que o corpo apresenta quando ocorre a ovulação. A temperatura se eleva devido ao aumento da progesterona. Por ocasião da ovulação acontece uma ligeira queda na temperatura corpórea e após há uma elevação de aproximadamente entre 0,3 e 0,8o C em relações às medidas basais (as da primeira fase do ciclo). A temperatura deve ser tomada sempre no mesmo local: na boca ou na vagina, depois se deve anotar as temperaturas diariamente e construir um gráfico. Esta permanecerá elevada até a próxima menstruação. O terceiro dia após a elevação da temperatura é considerado o fim do período fértil.
Coito interrompido: O método inclui a participação do homem na prevenção da gravidez. O método baseia-se na capacidade do homem pressentir a iminência da ejaculação e neste momento retirar o pênis da vagina evitando assim a deposição do esperma, ou seja, antes de ejacular (FIG. 5). Dessa forma tenta evitar que os espermatozóides entrem no corpo da mulher. O homem deve ter total controle da ejaculação, para conseguir retirar o pênis da vagina antes que ela aconteça. O líquido pré-ejaculatório pode conter espermatozóides vivos o que aumenta o índice de falha; não oferece proteção contra DST/AIDS. É comum a insatisfação sexual de um ou de ambos os parceiros e a eficácia deste método é difícil de se avaliar, acreditando-se que o índice de gravidez seja acima de 25 gravidezes por 100 mulheres.
Método sintotérmico: Este método engloba todos os anticoncepcionais naturais e utiliza também a palpação do útero durante o ciclo, de modo que se consiga detectar com mais rigor o período fértil da mulher (FIG. 21). È um método mais fisiológico. Entretanto, como não é muito eficaz, necessita de grande motivação, rigor nos cálculos e colaboração do casal
Métodos reversíveis não naturais: Os métodos reversíveis não naturais impedem a fecundação através da utilização de dispositivos adequados, enquanto que outros se baseiam no uso de substâncias. Dividem-se em químicos que são substâncias químicas que podem ser utilizadas para evitar uma gravidez e mecânicos que são dispositivos que impedem a fecundação e a nidação. O único método reversível não natural mecânico é o DIU.
Métodos de barreira
 No período fértil pode-se ter relação sexual, porém usando métodos anticoncepcionais de barreira, os quais impedem o esperma de alcançar o óvulo. Esses métodos têm eficiência entre 75-99% na prevenção da gravidez.
Preservativo Masculino: É um dos métodos anticoncepcionais mais difundidos no mundo, por ter um papel importante na prevenção, pois além de evitar a gravidez, impedindo que os espermatozóides penetrem na vagina. É recomendado pelos órgãos de saúde devido a sua eficácia na prevenção, é o único método comprovado para prevenir as DSTs, inclusive o HIV/Aids. A camisinha masculinaé o método contraceptivo mais simples. Tem baixo custo, e acesso relativamente fácil para todas as camadas da sociedade. Sua eficácia depende do uso, mas tecnicamente há 3% de chance de falha para o uso correto.
Preservativo Feminino: A camisinha feminina é feita de um tipo de borracha, plástico ou poliuretano, com anéis flexíveis nas duas extremidades, um deles fechado e deve ser colocado no interior da vagina que impedem que os espermatozóides possam chegar às tubas 34 uterinas. O outro é aberto e deve ficar do lado de fora protegendo os pequenos e grandes lábios. Assim como o preservativo masculino, este método é uma proteção da mulher contra gravidez e as DSTs. A camisinha feminina é fácil de ser usada, pode ser colocada até 8 horas antes da relação sexual. Ideal para lidar com os parceiros que se recusam a usar preservativos. Não exige prescrição médica e a possibilidade de falha é de aproximadamente 5%, podendo chegar a 20%.
Diafragma: O diafragma é um anel de metal flexível, recoberto por uma membrana de borracha fina, de forma côncava. Como uma barreira, é introduzido pela mulher na vagina, sobre o colo do útero antes da relação sexual. Para aumentar sua eficiência, devem-se lubrificar as bordas com geléia espermicida. Sua eficácia é menor que a da pílula do DIU e da camisinha. Ele evita a gravidez impedindo que os espermatozóides atinjam o útero e cheguem às tubas uterinas, devendo ser utilizado junto com um espermicida para garantir maior segurança. Há vários tamanhos e para saber o mais adequado, a mulher deve fazer uma medição com um profissional de saúde capacitado. Este método tem pouca aceitação no Brasil. Seu uso depende do conhecimento da genitália feminina e uma série de cuidados na colocação e na retirada do produto. A possibilidade de falha desse método está entre 2% e 6%, podendo chegar a 20%.
O capuz cervical: O capuz cervical é um dispositivo de borracha caliciforme ou látex em forma de dedal que se ajusta ao redor do colo uterino. Antes da relação sexual é usado com espermicida colocando-o dentro da vagina para tampar seu cervix (colo do útero). O dispositivo tem eficiência entre 80-90% para mulheres que ainda não tiveram filhos, e entre 60-80% para as que já foram mães. O capuz cervical pode ser deixado no local por mais tempo que o diafragma, sendo mais confortável, porém não deixe o capuz na cérvice por períodos mais longos que 48 horas. Nas mulheres obesas o encaixe do capuz pode ser difícil. Os vários tipos de capuz são fabricados em tamanhos diferentes e precisa de assistência profissional para escolher o que melhor se encaixa, devendo ser ajustados no colo uterino por um médico. Faça um acompanhamento médico através de exame de Papanicolaou após ter usado o capuz cervical por 3 meses para ter certeza de que a área ao redor da sua cérvice não sofreu mudança. O dispositivo deve ser usado só por mulheres cujo resultado do exame foi normal. O capuz cervical é uma escolha imprópria ate a sexta semana pós-parto e após um aborto. As vantagens e desvantagens do capuz cervical são as mesmas do diafragma, exceto o tempo o tempo de permanência dentro do colo do útero.
Métodos hormonais ou químicos 
Geralmente são uma mistura de derivados sintéticos de estrogênios e progesterona, que inibem o aumento de LH (responsável pela ovulação) impedindo a concepção por inibir a ovulação pelo bloqueio da liberação de gonadotrofinas pela hipófise. É um método muito eficiente, mas deve ser sempre indicado por um médico. Modifica o muco cervical tornando-o hostil ao espermatozóide, altera as condições endometriais e modifica a contratilidade das tubas, interferindo no transporte ovular. Outra opção são injeções desses hormônios a cada dois ou três meses ou o uso de pequenos tubos de plástico implantados sob a pele, que liberam hormônios. Os anticoncepcionais hormonais devem ser utilizados com indicação médica, pois podem trazer prejuízos à saúde se usados indevidamente. Não devem ser usados por mulheres com mais de 35 anos e fumantes são contra-indicados para quem teve trombose, neoplasias, diabetes insulino dependentes, para mulheres com hipertensão arterial, hepatites, com problemas cardiovasculares, glaucoma, entre outros. Dependendo do tipo de hormônio que é feita, a pílula não deve ser utilizada por mulheres que estejam amamentando, pois reduz a quantidade de leite materno
Anticoncepcionais Orais (pílulas): A pílula anticoncepcional é considerada um dos melhores métodos de prevenção de uma gravidez indesejada. São comprimidos feitos com substâncias químicas semelhantes aos hormônios estrogênio ou progesterona do corpo da mulher. Este método evita a gravidez de diferentes maneiras: as pílulas impedem a ovulação, evitam a nidação e engrossam o muco fértil, atrapalhando assim a passagem dos espermatozóides. A margem de segurança da pílula é de 99%, o que a torna o método anticoncepcional mais seguro de todos. Entretanto sua eficácia está relacionada ao modo pelo qual a mulher o utiliza, não deixando de tomar nenhum dia durante o uso da mesma cartela. Diferente da pílula combinada, a mini-pílula tem somente o hormônio progestina (progestágeno sintético), e não estrogênio mais progestina. Tomada diariamente, a mini-pílula reduz e engrossa o muco cervical para prevenir que o esperma alcance o óvulo. Ela também impede o ovo fertilizado de implantar-se no útero.
Pílula vaginal: A pílula vaginal é um método a base de hormônios artificiais, que não permite que a mulher ovule, desta forma não há gravidez. Ela é utilizada diariamente e deve ser introduzida na vagina para ser absorvida pelo organismo e segue os mesmos princípios das pílulas orais. Essa opção normalmente é utilizada por pessoas que em problemas estomacais ou que enjoam demais com a pílula anticoncepcional oral. Pode ter dificuldade de colocação. As contra-indicações são as mesmas das pílulas e da camisinha feminina. Sua eficácia é de 99%, a mesma das outras pílulas, segundo os fabricantes. Recomendam-se cuidados higiênicos, devendo sempre lavar bem as mãos antes de manipular a vagina. É importante estar bem esclarecida, havendo manipulado anteriormente e reconhecendo a abertura vaginal, para com os dedos afastar os pequenos lábios e fazer a colocação do comprimido dentro da vagina. A exemplo dos anticoncepcionais orais deve ser administrado diariamente no mesmo horário.
Anticoncepcionais injetáveis: Os anticoncepcionais injetáveis são injeções de hormônios semelhantes àqueles que o ovário produz. Contém progesterona ou associação de estrogênios, para administração intramuscular, com doses hormonais de longa duração. Eles agem evitando a ovulação. Devem ser aplicados a cada 30 dias, ou a cada 3 meses, conforme a composição. Mas podem provocar muita irregularidade no ciclo menstrual. É utilizado em mulheres que não conseguem se lembrar de usar a pílula diariamente ou tem intolerância gastrointestinal aos hormônios. É um dos métodos mais eficazes.
Espermicida Vaginal: São produtos químicos apresentados sob a forma de espuma, creme, geléias, pomadas ou cápsulas. O objetivo do espermicida vaginal é imobilizar e destruir os espermatozóides, dificultando ou impedindo a penetração desses no canal cervical. Geralmente são utilizados em associações ao diafragma. Os espermicidas devem ser colocados bem no fundo da vagina, no máximo, meia hora antes da relação sexual, com auxílio de um aplicador que vem junto com 44 o produto. A mulher deve colocar o espermicida já deitada antes das relações sexuais e não se levantar mais, para evitar que ele escorra (MARTINS, et al., 2006). Usados sozinhos têm uma segurança baixa, mas se forem usados em conjunto com o preservativo oferecem uma proteção eficaz. Os espermicidas devem ser colocados de novo, se houver mais de uma ejaculação na mesma relação sexual e se a ejaculação não ocorrer dentro do período de segurança garantido pelo espermicida (ver instruções de uso), deve ser feita nova aplicação.
Esponja Vaginal A esponja cervical é de poliuretano, contém espermicida e alça para remoção, é umedecida com

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