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SISTEMA CIRCULATÓRIO OU CARDIOVASCULAR Composto por coração (músculo que funciona como uma bomba e ejeta sangue para os vasos sanguíneos); vasos sanguíneos (artérias e veias que são distribuidoras e coletoras de substâncias); e sangue (composto pela parte celular (hemácias, glóbulos brancos e plaquetas) e pela parte líquida, o plasma. Fonte: https://br.depositphotos.com Transporta, distribui oxigênio e nutrientes para todos os tecidos e remove os subprodutos do metabolismo, o gás carbônico. Contribui grandemente com a manutenção do meio interno e homeostase. CORAÇÃO Formado por 4 cavidades: átrio esquerdo, átrio direito, ventrículo esquerdo e ventrículo direito. Os átrios recebem o sangue que retorna dos vasos sanguíneos ao coração e os ventrículos bombeiam o sangue para dentro dos vasos sanguíneos. O lado direito do coração recebe o sangue proveniente de todo o corpo e envia para os pulmões para ser oxigenado. O lado esquerdo do coração recebe o sangue oxigenado dos pulmões e bombeia para todo o corpo. Fluxo de sangue dentro do coração: As veias cavas agrupam o sangue venoso, proveniente das várias veias do corpo, devolvendo-o ao coração. A veia cava superior recolhe o sangue da cabeça, braços e tórax, enquanto que a veia cava inferior recolhe o proveniente das pernas e abdómen, abaixo do diafragma. Há comunicação entre o átrio esquerdo com o ventrículo esquerdo e átrio direito com ventrículo direito. O sangue chega até o átrio direto e passa para o ventrículo direito sendo bombeado via artérias pulmonares para os pulmões, onde é oxigenado. Depois é enviado dos pulmões ao átrio esquerdo pelas veias pulmonares passando para o ventrículo esquerdo e distribuindo ao corpo pela valva aórtica. Não há comunicação entre os lados esquerdo e direito, sendo observada a circulação de sangue rico em gás carbônico do lado direito e a de sangue rico em oxigênio do lado esquerdo. No coração há valvas que impede o refluxo (fluxo retrógrado) de sangue do ventrículo para o átrio (valva atrioventricular direita e valva atrioventricular esquerda). Entre os ventrículos e a as artérias estão as válvulas semilunares. https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/oxigenio.htm Fonte: https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/sistema-circulatorio.htm Sístole: contratação do músculo cardíaco Díastole: relaxamento do músculo cardíaco A maior parte do coração é composta por células musculares cardíacas sendo que a maioria é contrátil mas cerca de 1 % é especializada em gerar potenciais de ação espontaneamente e portanto o coração pode se contrair em qualquer sinal externo. O sinal para a contração miocárdica não vem do sistema nervoso central (SNC) mas destas células especializadas autoexcitáveis ou marca passo. Essas células são anatomicamente diferentes das contráteis sendo menores e com poucas fibras contráteis não contribuindo para a força contrátil do coração. As junções celulares, discos intercalares, são membranas das células interligadas que conectam eletricamente as células musculares cardíacas permitindo que as ondas de despolarização se espalhem de modo que todas as células do músculo cardíaco se contraiam quase que ao mesmo tempo. Desmossomos são conexões fortes que mantém as células vizinhas unidas permitindo que a força gerada pelas células seja transmitida a célula vizinha. SISTEMA DE CONDUÇÃO ELÉTRICA DO CORAÇÃO A acetilcolina liberada pelo neurônio motor estimula um potencial de ação que dá início ao processo de contração. No músculo cardíaco as células autoexcitáveis (marca passo), localizadas no nódulo sinoatrial no átrio direito, também iniciam um potencial de ação que se espalha pelos discos intercalares ou junções comunicantes. O sinal se propaga para os átrios e para outro nódulo localizado no ventrículo, nódulo atrioventricular, indo para o feixe de His ramo direito e esquerdo, depois para as fibras de Purkinje e por último atinge todas as partes do ventrículo. Quando o potencial de ação penetra nos túbulos T da fibra, ocorre uma mudança conformacional no canal CA2+ voltagem dependente (DHPR) promovendo a abertura do receptor de liberação do CA2+ na membrana do retículo sarcoplasmático (RyR) devido ambos estarem em associação. Com a abertura do RyR o CA2+ sai do retículo e vai para o citosol onde promovem a contração da fibra muscular. O potencialde ação na fibra muscular esquelética promove diretamente a liberação de cálcio do retículo para o citosol enquanto que na fibra cardíaca o pontencial de ação promove primeiro a abertura dos canais de CA2+ voltagem dependente e o cálcio que vem do meio extracelular atua como uma molécula sinalizadora promovendo a liberação de mais CA2+ do retículo. Conclusão: a fibra muscular cardíaca necessita da entrada de cálcio proveniente do meio extracelular (mesmo que em pequenas quantidades) para que seja possível a contração enquanto que a fibra muscular esquelética não necessita de cálcio para a contração. Eletrocardiograma (ECG) é o exame feito para analisar a função elétrica do coração. Um potencial de ação é um evento elétrico numa única célula que pode ser registrado por um https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/sistema-circulatorio.htm eletrodo intracelular. Já o ECG é um registro extracelular que representa a soma de múltiplos potenciais de ação ocorrendo em muitas células musculares cardíacas. Como funciona o ECG? Os registros são feitos numa fita de papel milimetrado onde são identificados 3 elementos principais: A onda P que é a despolarização dos átrios; O complexo QRS que é a despolarização dos ventrículos. A sua duração varia de 0,06 s a 0,10 s; A onda T que é a repolarização dos ventrículos. A onda T normal é assimétrica, a sua porção ascendente é mais lenta do que a descendente. A sua amplitude máxima é inferior a 5 mm nas derivações periféricas e menos de 15 mm nas derivações precordiais (derivações unipolares que registram o potencial do ponto em que o eletrodo de mesmo nome é posicionado. São as melhores derivações do ECG para determinar alterações do ventrículo esquerdo, especialmente das paredes anterior e posterior). Fonte: https://pt.my-ekg.com/generalidades-ecg/ondas-eletrocardiograma.html Na imagem também temos a onda U. Onda positiva de baixa voltagem, que se vê principalmente em derivações precordiais após a onda T. A sua origem é desconhecida, poderia significar a repolarização dos músculos papilares. Obs: Na hipocalemia moderada ou grave é típico a presença de ondas U proeminentes. CICLO CARDÍACO Contrações e relaxamento atriais e ventriculares que ocorrem entre o início de um batimento até o início do próximo batimento cardíaco que possui 2 fases: diástole que é o período durante o qual o músculo relaxa diminuindo a pressão e sístole quando o músculo cardíaco contrai aumentando a pressão. É uma sequência de alterações de pressão e volume nas câmaras cardíacas. As fases do ciclo cardíaco podem ser divididas em cinco. 1) Diástole atrial e ventricular: é quando inicia o ciclo e os átrios e ventrículos estão relaxados. Nesse momento os átrios estão se enchendo de sangue vindo das veias o os ventrículos acabaram de completar uma contração. Em seguida as válvulas atrioventriculares se abrem pela pressão do sangue que flui para os ventrículos pela simples diferença de pressão. 2) Sístole atrial: 80% do sangue entra nos ventrículos por diferença de pressão e cerca de 20 % quando o átrio se contrai. A sístole atrial inicia logo após a onda de despolarização que percorre rapidamente os átrios acompanhada de pressão aumentada empurrando o sangue para os ventrículos. 3) Sístole ventricular: quando os átrios se contraem a onda de despolarização se move pelas células condutoras até o nódulo atrioventricular e pelas fibras de Purkinje até o ápice do coração onde inicia nova contração e o sangue é empurrado para cimaem direção a base. As válvulas atrioventriculares se fecham https://pt.my-ekg.com/generalidades-ecg/derivacoes-ecg.html https://pt.my-ekg.com/generalidades-ecg/ondas-eletrocardiograma.html https://pt.my-ekg.com/generalidades-ecg/derivacoes-ecg.html https://pt.my-ekg.com/metabolicas-drogas/hipocalemia-ecg.html sem que ocorra refluxo para os átrios ocorrendo a primeira bulha cardíaca (o tum do ta-tum). Os ventrículos ficam repletos de sangue e continuam se comprimindo até que ocorre uma contração isovolumétrica pois o volume dentro do ventrículo não está mais variando indo para a próxima fase que é a ejeção ventricular. 4) Ejeção ventricular: A pressão é tamanha que as válvulas semilunares se abrem e o sangue é ejetado para as artérias deslocando o sangue com baixa pressão que as preenche. 5) Relaxamento ventricular: no final da ejeção ventricular os ventrículos começam a relaxar diminuindo a pressão dentro das câmaras ficando menor do que nas artérias e o fluxo sanguíneo começa a retornar para o coração. As válvulas semilunares se fecham originando a segunda bulha (ta do ta-tum). Quando o relaxamento do ventrículo faz a pressão cair até ficar menor do que nos átrios as válvulas atrioventriculares se abrem e o sangue que se acumulou nos átrios durante a contração ventricular flui para os ventrículos relaxados e um novo ciclo se inicia. O DÉBITO CARDÍACO (DC) Uma vez que todo o sangue que passa pelo coração flui para todo o corpo através dos tecidos uma forma de avaliar esta fluidez é o DC, ou seja, mede-se o volume sanguíneo ejetado pelo ventrículo esquerdo num determinado período de tempo. DC = frequência cardíaca (FC) x volume sistólico (VS) FC em repouso é de 72 batimentos cardíacos por minuto e VS é de 70 ml por batimento temos então um DC de 5 litros por minuto. O nosso débito cardíaco aumenta e diminui conforme as nossas tarefas e posicionamento corporal. O controle do DC é feito pelo Sistema Nervoso Autônomo (SNA). REGULAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL (PA) A pressão exercida pelo sangue na parede das artérias onde o SNA é o responsável pelo controle. As porções simpática e parassimpática do SNA influenciam a frequência cardíaca por meio de um controle antagônico. A atividade parassimpática diminui a frequência cardíaca ao passo que a simpática aumenta. A acetilcolina (ACh) é o neurotransmissor parassimpático que diminui a frequência cardíaca pois ativa os receptores colinérgicos muscarínicos que influenciam os canais de K+ e CA2+ nas células autoexcitáveis (marca passo). A permeabilidade ao K+ aumenta e ao CA2+ diminui nas células marca passo hiperpolarizando a célula. As catecolaminas noradrenalina (transmissores simpáticos) e adrenalina (da glândula suprarrenal) aumentam o fluxo iônico dos canais de CA2+ (entra mais CA2+) acelerando a taxa de despolarização e fazendo com que a frequência cardíaca aumente. As artérias sistêmicas carótida e aorta tem receptores sensíveis ao estiramento (mecanorreceptores) que levam informações ao sistema nervoso central (SNC) promovendo o reflexo barorreceptor. Quando a pressão nas artérias aumenta a membrana do barorreceptor estira aumentando a frequência de disparos do receptor e enviando sinal ao SNC, no centro de controle cardiovascular bulbar, que aumenta a atividade do SNA parassimpático e diminui a do simpático. Isso faz com que ocorra uma queda na frequência cardíaca, no DC e na PA. Se a pressão sanguínea cai, a frequência de disparos do receptor diminui, o SNA simpático aumenta a sua atividade e o parassimpático diminui. O SNA simpático inerva o coração e os vasos periféricos promovendo a vasoconstrição periférica e as glândulas suprarrenais promovem a liberação de adrenalina que aumentam a pressão arterial. O trabalho conjunto, porém antagônico do SNA simpático e parassimpático é o responsável pelo controle das alterações rápidas e transitórias da PA como as que ocorrem quando mudamos rapidamente de posição. Referências: https://sereduc.blackboard.com https://pt.my-ekg.com
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