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Osso Coxal e Fêmur -É um osso mais proximal do esqueleto apendicular pélvico. É, na verdade, um conjunto de 6 ossos (3 a cada antímero) que se fundem no plano sagital mediano, formando um grande arcabouço ósseo para a pelve. -O membro pélvico do animal é um membro trator, então quando houver força do membro pélvico sobre o solo, ela vai ser impulsionada na coluna vertebral, já que existe uma diartrose (articulação verdadeira) entre o osso sacro e o osso coxal. -Lembrando: o membro torácico não tem uma articulação direta entre o osso mais proximal (escápula) e o esqueleto axial, sendo um membro direcionador. -O osso coxal de fêmeas não se funde completamente no plano sagital mediano. Quando a fêmea entra em trabalho de parto, essa abertura no plano sagital mediano se desloca, aumentando a abertura da pelve para a passagem do feto. -Ou seja, um animal adulto que não tem essa fusão/sinostose entre essa estrutura, normalmente quer dizer que é uma fêmea -> no caso do macho, há uma fusão mais completa. -Isso é a primeira característica -> demonstra que o osso coxal é na verdade a fusão entre ossos. -Essa cavidade articular para com o fêmur é chamada de ACETÁBULO, o qual possui dentro de si uma fóvea: área rugosa extremamente importante onde se fixa o ligamento (intra-articular) do fêmur, que é extremamente bem projetado -> é pouco comum (mas acontece) luxações nessa região. -Um adicional e pequeno osso acetabular pode ser encontrado em animais jovens, o qual é formado por contribuições dos três ossos: 1) ÍLIO -> parte craniodorsal que se estende obliquamente da articulação do quadril para se articular com o sacro. 2) PÚBIS -> se estende medialmente à articulação para formar a parte cranial do assoalho pélvico. 3) ÍSQUIO -> mais caudal e forma a maior parte do assoalho, embora também envie um ramo à articulação. -O corpo do ílio termina cranialmente em dois tubérculos: -TUBÉRCULO SACRAL (3’): em cães e gatos, é reduzido a duas espinhas baixas (ilíacas dorsais cranial e caudal), mas é proeminente em grandes animais. -TUBÉRCULO COXAL (2’): também é reduzido a espinhas baixas (ilíacas ventrais cranial e caudal) em carnívoros, mas é proeminente em grandes animais. -Em vacas leiteiras, percebe-se uma ponta de osso bem proeminente no quadril -> é o tubérculo coxal. Isso em vacas leiteiras porque elas nunca são animais gordos, já em animais com peso maior observa-se uma região mais arredondada do que a vaca leiteira. -CRISTA ILÍACA (2): espessa e convexa em carnívoros, é fina e côncava nas espécies de grande porte. -A face dorsolateral é escavada e, em sua maior parte, destinada à origem do glúteo médio, cuja fixação pode apresentar uma ou mais cristas salientes. -INCISURA ISQUIÁTICA MAIOR (4): onde a margem dorsal da asa é cortada em sua junção com o corpo do osso. Obs.: não se localiza no ísquio! -INCISURA ISQUIÁTICA MENOR (10). -TÚBER ISQUIÁTICO (9). -Então o osso coxal tem três tubérculos importantes: sacral, coxal e isquiático -> os dois últimos são facilmente observáveis nas vacas leiteiras (vão apresentar essas pontas ósseas, porque tem menos massa muscular). -SÍNFISE PÉLVICA (12): é onde as metades simétricas dos ossos coxais se encontram. Lembrando que no macho não é uma sínfise (linha de junção e fusão entre dois ossos originalmente distintos), e sim uma sinostose. -IMINÊNCIA ILIOPÚBICA (14): serve para a fixação dos músculos do abdômen. -FACE AURICULAR (15): é uma face para a articulação com o sacro, pode também ser chamada de tuberosidade/face ilíaca. -FORAME OBTURADO (7): chamado assim porque há camadas de músculos que fecham. Maior abertura do assoalho pélvico e é de onde emerge o nervo obturatório -Mais forte dentre os ossos longos. -FÓVEA (1’): na cabeça do fêmur, onde tem o ligamento mencionado quando se falava do acetábulo. -TROCÂNTER MAIOR (3): o termo trocânter é um aumentativo de tubérculo ou processo. No caso dos equinos, essa estrutura é tão grande que tem uma extremidade dele mais afastada, que é chamado de TERCEIRO TROCÂNTER (3’) -> confere fixação ao glúteo superficial. -TROCÂNTER MENOR (4): se projeta a partir da margem medial e confere fixação ao músculo iliopsoas. -COLO (2): “colo” quer dizer “pescoço” em latim. Não é muito evidente nos animais de grande porte. É uma região de transição entre a epífise e a cabeça do fêmur. -TRÓCLEA (6): face de articulação para com a patela (osso sesamóide interposto entre o músculo quadríceps e o próprio osso) -> então quando o quadríceps contrai, quem vai roçar na superfície do osso é, na verdade, outro osso. -A tróclea vai possuir duas bordas, sendo uma maior que a outra (lábio medial sendo maior que o lábio lateral), isso porque a fixação da patela na tíbia é dada por 3 ligamentos, os quais acabam encavalando na bora, fazendo o travamento do joelho (ajuda a economizar energia na hora de se levantar e se deitar). Isso não acontece em animais de pequeno porte. -CÔNDILO MEDIAL (8) e LATERAL (8’): vão fazer a articulação com a tíbia, a qual é extremamente instável, porque ambas as faces de articulação são convexas, ou seja, não se encaixam perfeitamente e por isso precisam de uma estrutura de ligamento lá dentro, o MENISCO (10). Obs.: os côndilos também têm colo. -A transição entre os côndilos e a epífise é chamada de EPICÔNDILO (medial e lateral). -FOSSA SUPRACONDILAR (7’): nos cães, essa fossa é uma tuberosidade. Parte caudodistal da diáfise, aumenta a área de origem do flexor digital superficial. -FOSSA EXTENSORA (12): dá origem aos músculos extensor digital longo e fibular terceiro. -FOSSA INTERCONDILAR (9): espaço importante onde existem ligamentos que vão da região intercondilar até a extremidade proximal da tíbia.
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