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Ecologia básica

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1 Mari Tatsch- Ecologia Veterinária 
Ecologia 
Esse termo foi utilizado pela primeira vez em 1866 
pelo biólogo alemão Ernst Haeckel. 
É o conhecimento que se refere à economia da 
natureza- é a interação dos animais com seu 
ambiente orgânico e inorgânico. 
▪ Oikos= casa 
▪ Logos= estudo 
Estudo do ambiente da casa, incluindo todos os 
seres vivos. 
A ecologia é uma ciência composta, está junto a 
genética, evolução, fisiologia, comportamento, 
botânica, etologia, microbiologia, entre outras 
disciplinas. 
Conhecido como mentor da ecologia moderna, 
Charles Darwin escreveu o livro The Origin of 
Species (A Origem das Espécies), após percorrer 
quatro anos e nove meses pelo mundo todo para 
conhecer nosso ecossistema- A viagem do Beagle. 
▪ Autoecologia: ecologia da população 
(conjunto de indivíduos da mesma espécie); 
▪ Sinecologia: ecologia de comunidades 
(conjunto de diferentes indivíduos). 
▪ Ecologia vegetal: apresenta o problema da 
restrição a só um nível trófico; 
▪ Ecologia animal: os produtores autotróficos 
não são considerados. 
*A ecologia moderna procura responder perguntas 
simples: Onde estão os organismos? Em quantos 
indivíduos ocorrem? Por que eles estão lá? 
Os enfoques atuais são: 
▪ Enfoque descritivo (história natural): são 
levantamentos da fauna e da flora de 
carácter descritivo; 
▪ Enfoque experimental: são as teses de 
hipóteses por meio de uma experimentação 
em laboratório ou campo. 
Unidades ecológicas 
Unidades biológicas: todos os organismos 
mostrados na espiral da vida 
Unidade ecológicas: o estudo dos sistemas inicia no 
“organismo” na espiral da vida. 
 
Espécie 
É o conjunto de indivíduos semelhantes entre si, 
mesma genética, capazes de fazer cruzamento em 
condições naturais e, com isso, gerar descendentes 
férteis. 
Algumas espécies diferentes podem se reproduzir, 
porém não geram descendentes férteis, os híbridos. 
➢ Mula= égua x jumento, jegue ou asno; 
➢ Zebralo= zebra x cavalo 
➢ Ligre= leão x tigresa; 
➢ Tambacu= tambaqui x pacu-aranha; 
➢ Leopon: leoa x leopardo; 
➢ Huarizo: lhama x alpaca. 
O nascimento dos híbridos são é considerada uma 
ameaça para as espécies envolvidas, mas pode-se 
tornar um problema para a conservação, se caso 
ocorrer mudanças no habitat ou na composição das 
espécies provocadas pela ação humana. 
Com o sistema de Lineu, o sistema atual busca 
testar hipóteses e construir a filogenia ou filogênese 
para estabelecer as linhas de evolução dos grupos 
de animais. Sistemática é a área que estuda a 
taxonomia e a filogenia. 
TAXONOMIA 
É o ramo da biologia trata da nomenclatura, 
descrição e classificação dos seres vivos. O livro 
que é a base da taxonomia foi escrito por Carl von 
Linnée. 
Os níveis de classificação são: reino, filo, classe, 
ordem, família, tribo, gênero, espécie. 
A nomenclatura das espécies sempre vai ser 
composta por duas partes, a primeira é o gênero 
 
2 Mari Tatsch- Ecologia Veterinária 
(primeira letra maiúscula) e a segunda é a espécie 
(tudo minúsculo), elas devem ser digitadas em 
itálico ou caso ser escrita à mão, sublinhadas. Ex: 
Apis mellífera (abelha do mel). 
Quando alguma espécie possui subespécie (raça), a 
palavra virá atrás da espécie, sem pontuação, com a 
letra minúsculo em itálico ou sublinhada. Ex: Homo 
sapiens sapiens. 
Quando alguma espécie possui subgênero, ele virá 
entre o gênero e a espécie, separado por parênteses, 
escrito com a primeira letra maiúscula em itálico. 
Ex: Culex (Kerteszia) cruzi. 
Quando há necessidade de escrever o nome da 
espécie em algo mais formal, deverá indicar o autor 
e o ano de descrição. Ex: Polybia catillifex Möbius, 
1956 ou Apis mellifera L., 1758 
Quando houve erro na primeira grafia da palavra e 
foi reescrito por outro autor, deverá por o nome do 
primeiro autor na frente e os dois entre parênteses. 
Ex: Polybia bistriata (Fabricius, 1804) ou Arion 
ater (Linnaeus, 1758). 
A Lei da Prioridade diz que o nome mais antigo 
sempre terá a prioridade. A Lei da Homonímia diz 
que, se dois animais completamente diferentes 
obtiverem o mesmo nome (homônimos), o nome 
mais recente deve ser rejeitado e substituído. Ex: 
Tulcus Buck, 1810 (gênero de peixe) e Tulcus 
Pizarro, 1940 (gênero de inseto; foi substituído) 
SISTEMÁTICA 
Essencialismo (Aristóteles): o estudo da forma; é 
a descoberta do sistema natural, seus hábitos, 
locomoção e características morfológicas. 
Fixismo (Linnaeus): sistema binomial; Deus criou 
as espécies e elas não foram mudadas desde estão. 
Empirismo (Lamarck): método empírico; 
desenvolve princípios de avalição das 
características por meio do estudo baseado em 
relações com outras características. Apoia-se a 
hierarquia com base no grau de semelhança. 
Evolução (Darwin, 1809-1882): filogenia; 
classificação dos organismos primeiro pelo 
fenótipo e depois pelo genótipo, não pelas suas 
características. 
Sistemática filogenética (Hennig, 1950): é a 
classificação genética atual. 
REINOS 
Monera: seres unicelulares e procariontes- 
bactérias e cianobactérias. 
Protista: seres eucariontes, unicelulares e 
heterotróficos- protozoários, seres eucariontes, 
unicelulares ou multicelulares e autótrofo 
fotossintetizantes- algas. 
Fungi: seres eucariontes, unicelulares ou 
multicelulares, semelhantes as algas, porém são 
heterótrofos- fungos. 
Vegetal: seres eucariontes, multicelulares e 
autótrofo fotossintetizantes- plantas. 
Animal: seres eucariontes, multicelulares e 
heterótrofos. 
 
O vírus não é definitivamente considerado como um 
ser vivo pois é acelular, não possui estrutura celular. 
É constituído por duas classes de substâncias 
químicas, o ácido nucleico (DNA ou RNA) e 
proteína. 
ECOTÍPOS- RAÇAS BIOLÓGICAS 
São indivíduos que pertencem a mesma espécie, 
mas por motivos físico-químicos, são separados 
(não isolados) e fazem com que eles tenham alguma 
adaptação diferente. Ex: as orcas vivem em 
ambientes diferentes, água mais quente ou mais fria, 
apresentam nadadeiras diferentes. 
Por mais que apresentam diferenças em seu 
genoma, são considerados na mesma espécie, pois 
caso, se intercruzarem, irão gerar descendentes 
férteis. 
HABITAT 
Local ou posição física onde um determinado 
indivíduo vive ou passa a maior parte do seu tempo, 
 
3 Mari Tatsch- Ecologia Veterinária 
seu “endereço”, geralmente caracterizado por uma 
vegetação dominante, rocha ou areia. Ex: uma 
planta pode ser o habitat de um inseto, a água doce 
é o habitat da piranha. 
Dificilmente é encontrado distinção, pois 
geralmente se sobrepõe. Porém, quando há 
fronteiras nítidas, identifica-se os ecótonos, e 
quando espécies estão restritas ao seu habitat 
específico, são os ecótipos. 
O habitat possui dinâmicas como fluxo de energia, 
está sujeito a perturbações, regeneração, entre 
outras coisas que formam diferentes habitats 
(micro-habitat) que contribuem para a diversidade 
local. 
ECÓTONOS 
Divisão do habitat, limita o espaço de vivência do 
animal (transição ambiental). Fim de um habitat e 
começo do outro, onde diferentes comunidades 
ecológicas entram em contado. Ex: mudanças de 
vegetação. 
Nicho 
É o papel do organismo, sua “profissão” no 
ecossistema, como se alimenta, a quem serve o 
alimento, como se reproduz etc. Ex: o leão atua 
como predador. O nicho representa a resposta do 
organismo aos limites da sua sobrevivência. Ex: 
uma espécie pode ter seu nicho associado à 
dinâmica de uma floresta, isto é, ali encontra-se as 
condições favoráveis de sombreamento e 
temperatura, suas presas e esconderijos de seus 
predadores. 
Os nichos não estão completamente isolados, pois 
muitas espécies se relacionam uma com as outras, 
sobrepondo seus nichos. Espécies podem caçar ou 
buscar por recursos de alimentação semelhantes, 
como frutas, folhagens etc. (podendo haver certo 
grau de competição entre si). Quanto mais entenderos nichos das espécies, mais conhecemos a 
organização de cada comunidade. 
O nicho ótimo é o local onde não há competição ou 
sobreposição, porém, em condições naturais, 
raramente é encontrado. Para definir o nicho de 
alguma espécie, é preciso conhecer suas atividades, 
como, interação com outras espécies, nutrição, 
aumenta da população, fonte de energia etc. a 
variação morfológica é um indicador da 
diversidade de nichos dentro da comunidade. 
 
NICHO ECOLÓGICO 
É o conjunto de diversas variáveis ambientais 
relacionadas a uma determinada espécie, como, seu 
habitat, seu papel no ecossistema (carnívoros, 
decompositores), sua adaptação a fatores limitantes 
(umidade, pH, solo) e reprodução (tocas). 
▪ Nicho fundamental: nicho com limites 
máximos possíveis, no qual um organismo 
pode ocupar na ausência de interações 
prejudiciais com outras espécies, contando 
apenas com condições abióticas, tolerância 
para condições e respostas fisiológicas. 
Considerado uma situação teórica, pois 
estima-se que se existisse todos os nichos 
fundamentais, ultrapassariam a quantidade 
de ecossistemas existentes. 
▪ Nicho realizado ou efetivo: nicho 
verdadeiro, situação real onde se encontra, 
limitado ou não pelas interações com outros 
organismos da mesma espécie ou não. 
SOBREPOSIÇÃO DE NICHO 
Ocorre quando as necessidades de organismos 
diferentes são semelhantes, podendo gerar 
competição e estreitamento do nicho realizado 
(dependendo da do tamanho da sobreposição). 
Porém, pode não ocorrer sobreposição, as espécies 
podem viver nas mesmas condições ambientais. 
 
 
4 Mari Tatsch- Ecologia Veterinária 
NICHO TRÓFICO 
É a posição do organismo dentro de uma cadeia 
alimentar (produtor, herbívoro, carnívoro). Esse 
conceito apresenta algumas limitações de emprego- 
expressão dada por Elton (1972). 
População 
Conjunto de indivíduos da mesma espécie que 
vivem no mesmo ambiente, essa população é mais 
ou menos eliminada de outras populações, mas caso 
se juntarem, podem formar descendentes férteis 
(coesão genética). Ex: população de ratos em um 
porão, em determinado dia. 
São os principais componentes de uma comunidade, 
e pode estar subdividida em habitats. A população 
vegetal depende mais de fatores físicos, já nos 
animais precisam de abrigo e alimentação. 
As principais propriedades das populações são: 
▪ Distribuição: abrangência geográfica; 
▪ Dispersão: espaço que os indivíduos 
ocupam (geralmente alta competição); 
▪ Densidade: tamanho da população, número 
de indivíduos em um local; 
Propriedades secundárias: 
Natalidade: capacidade de aumento da população, 
depende dos fatores limitantes da espécie e do 
cuidado que destinam a prole. 
Mortalidade: número de mortos em dado período, 
há um percentual já esperado pela longevidade, mas 
também depende dos fatores limitantes. 
Biosfera 
Toda a parte da nossa terra onde possamos 
encontrar vida (animal ou vegetal), na água, dentro 
do solo, terra, ar (hidrosfera, litosfera e atmosfera), 
um sistema integrado de processos bióticos e 
abióticos. Podemos dividir ainda em biorregião, 
bioma e ecossistema que está associado a um 
biótopo. 
A biosfera é um sistema fechado para a troca de 
matéria com o universo, porém é um sistema aberto 
para o fluxo de energia, balanço radiativo, uma 
troca contínua com o universo. A principal fonte de 
energia é o Sol, com um pouco de energia 
geotérmica. 
BIOMA 
Um espaço geográfico definido por características 
como solo, altitude, macroclima, entre outros 
fatores. É um conjunto de vida animal e vegetal, 
formada por vários ecossistemas com 
características homogêneas. 
 ECOSSISTEMAS 
Ambiente mais limitado que o bioma, existe certas 
características físico-químicos (solo, água, ar) ou 
seja, o biótopo, e a comunidade (seres vivos). 
Integração dos seres vivos com o meio físico de 
uma região. 
Esse sistema sobre influência externa, como a 
energia solar, que pode influenciar outros sistemas, 
como o calor sobre o clima de outras regiões. A 
emigração e imigração dos animais também podem 
influenciar o sistema de outros. Alguns sistemas são 
mais controlados por fatores biológicos, como a 
quantidade da vegetação, já outros por fatores 
físicos, como temperatura, água, vento etc. 
Os principais componentes de um ecossistema 
consistem em substâncias inorgânicas, compostos 
orgânicos, ambiente físico e os consumidores, seja 
de matéria viva ou morta. 
A principal fonte de energia, é a energia luminosa 
que tem um papel muito importante no sistema com 
o processo de fotossíntese. Por isso, a parte biótica 
e a abiótica sempre estão interligadas, uma precisa 
da outra. Com isso, os produtores ou seres 
autótrofos realizam a transformação, nutrem-se e 
disponibilizam aos heterótrofos, os macros e 
microconsumidores, ou seja, a nutrição desse 
sistema consiste na captação de energia luminosa e 
substâncias inorgânicas para sintetizar compostos 
orgânicos e disponibilizar para o ecossistema em 
geral. 
Biótico: todos os seres vivos, fungos, bactérias, 
plantas, animais etc. 
Abiótico: energia solar, vento, rochas, espaço 
físico-químico que vive as comunidades. 
▪ Biótopo: é um conjunto de habitats, é a área 
física de determinado lugar, menor parcela 
de um habitat. Ex: rio Amazonas é o 
 
5 Mari Tatsch- Ecologia Veterinária 
biótopo de diversos seres vivos, inclusive a 
piranha. 
▪ Biocenose: é o conjunto de seres vivos que 
vivem dentro do biótipo, é uma 
comunidade. Ex: seres que vivem em um 
rio, campo, oceano etc. 
Comunidade biológica 
É uma associação de populações de organismos 
vivos em uma área, os grupos de espécies estão 
presentes de maneira constante, são presentes no 
espaço e tempo. Nessas comunidades é comum 
encontrar o estado de equilíbrio dinâmico, no qual 
as espécies mantêm suas atividades de modo 
autorregulado, isso ocorre devido a evolução 
conjunta das espécies, que, a partir dessas 
características estabelecem conexões, como 
relações alimentares ou interações simbióticas 
como, polinização, mutualismo etc. Uma 
comunidade pode ser reconhecida, também, por 
características físicas semelhantes, devido a 
adaptação em determinado local. 
Uma comunidade é considerada “fechada” em 
relação ao nível de integração com seus 
componentes e seus limites no sistema. Com isso, 
ocorre a identificação de comunidades distintas. 
Esta organização tente ao equilíbrio por meio das 
sucessões até o clímax. 
Outro ponto de vista, é a comunidade “aberta”, 
afirma-se que as espécies estão distribuídas de 
forma independente com outras espécies que 
interagem, aí os limites são particulares de cada 
espécies. 
Guilda 
É um grupo de espécies que explora a mesma classe 
de recursos, isto é, dependem da mesma doente de 
recursos, pode resultar de uma adaptação ou de uma 
competição que houve na evolução de alguma 
espécie, isso gera um grau de semelhança 
morfológica entre os organismos. O que favorece a 
formação da maioria dos guildas são as diferenças 
no método de usar recursos e nos horários de uso. 
O guilda é um ótimo ponto para comparar 
comunidades, pois aborda desde recursos a 
competição das espécies. Podem servir como 
bioindicadores, pois qualquer coisa que afeta a 
disponibilidade de recursos afetará as espécies, com 
isso torna-se mais fácil de avaliar a qualidade e 
estabilidade do ambiente. 
*guilda se refere a espécies de uma mesma região, 
já os equivalentes ecológicos são espécies que 
ocupam nichos semelhantes em regiões distintas, 
podendo apresentar grau de parentesco ou não. 
▪ Guilda (ROOT, 1967): exploram recursos 
de forma similar. Permanente ou 
temporária, subunidade de comunidade 
dependendo de recursos (assembleia intra-
táxon) 
▪ Grupo funcional (CUMMKINGS, 1974): 
são similares quanto as funções no 
ecossistema. Permanente ou temporária, 
desempenhando algum processoecossistêmico (assembleia extra-táxon).

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