Buscar

TCC A EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Prévia do material em texto

FACULDADE INTERATIVA DE SÃO PAULO - FAISP
CURSO DE LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL
NOME: ERICA VIANA DOS SANTOS MORAIS 
RA: 40510050
A EDUCAÇÃO INCLUSIVA E A CONTRIBUIÇÃO DA ESCOLA E DA FAMÍLIA PARA A PRIMEIRA INFÂNCIA 
SÃO PAULO
2021
FACULDADE INTERATIVA DE SÃO PAULO - FAISP
CURSO DE LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL
NOME: ERICA VIANA DOS SANTOS DE MORAIS 
 RA: 40510050
A EDUCAÇÃO INCLUSIVA E A CONTRIBUIÇÃO DA ESCOLA E DA FAMÍLIA PARA A PRIMEIRA INFÂNCIA,
Artigo apresentado ao Curso de Legislação Educacional, da Faculdade Interativa de São Paulo - FAISP, como requisito final para obtenção de nota.
SÃO PAULO
2021
RESUMO
A inclusão é um tema que vem se destacando pela sua importância na educação, iremos abordar um breve relato sobre a sua atuação, o seu conceito e refletir sobre como incluir realmente o aluno na escola, a contribuição da escola da família na primeira infância. Sabendo que nenhuma criança tem nem deve ter sua matrícula vetada, pois é responsabilidade do Estado, da família, do professor ao atendimento ao educando com deficiência que passa do assistencial para o educacional, afinal todos tem direito a educação. Desta maneira, este trabalho leva a reflexão, a educação inclusiva, que a tempos não tão distante, não fazia parte de nossas escolas, em que as pessoas com deficiência eram segregadas na sociedade, em que eram totalmente excluídos, e diante da implantação da inclusão, e criação das leis garantindo ao deficiente o direito de ser cidadão, garantindo ao educando não só seu acesso e permanência na rede regular de ensino, como também a qualidade no ensino oferecido. Para isso, foi pesquisado em livros, artigos científico e buscas em sites que fundamentam informações sobre a História da Educação inclusiva.
Palavras-chave: Palavras-chave: Educação Inclusiva; Igualdade; Criança.
INCLUSIVE EDUCATION AND THE CONTRIBUTION OF SCHOOL AND FAMILY TO FIRST CHILDHOOD
ABSTRACT
Inclusion is a theme that is highlighted by its importance in education, we will address a brief report about its performance, its concept and reflect on how to actually include the student in school, the contribution of the family school in early childhood. Knowing that no child has or should have his registration vetoed, because it is the responsibility of the State, the family, the teacher to care for the student with a disability that goes from the care to the educational, after all everyone has the right to education. In this way, this work leads to reflection, inclusive education, which was not so distant times, it was not part of our schools, in which people with disabilities were segregated in society, where they were totally excluded, and before the implantation of inclusion , and creation of laws guaranteeing the disabled the right to be a citizen, guaranteeing the learner not only their access and permanence in the regular network of education, but also the quality in the education offered. For this, it has been researched in books, scientific articles and searches in websites that base information on the History of Inclusive Education.
Keywords: Inclusive education; Equality; Kid
INTRODUÇÃO
Este trabalho nos leva a refletir sobre a educação inclusiva na escola, desde as dificuldades apontadas, seu conceito e a contribuição da escola e a família na primeira infância. O tema abordado foi escolhido pela sua suma importância na educação infantil, refletindo sobre como incluir realmente o aluno na escola, como favorecer o educando, repensando na proposta pedagógica, no acompanhamento constante de outros componentes da política de inclusão, no seu conceito e a importância da escola e família para a primeira infância. Sabendo que nenhuma criança tem nem deve ter sua matrícula vetada, mas a inclusão se encerra na matrícula e nas medidas ou adaptações necessárias.
Qual a importância da educação inclusiva? Diante a grande problemática da inclusão na Educação Infantil, destacando o papel do Estado, da família, do professor ao atendimento ao educando com deficiência que passa do assistencial para o educacional, afinal todos tem direito a educação.
O objetivo geral deste estudo é abordar a Educação Inclusiva, esta que não fazia parte de nossas escolas, em que as pessoas com deficiência eram segregadas na sociedade, em que eram totalmente excluídos. Até as nomenclaturas dadas às pessoas com deficiências foram modificadas no decorrer dos anos, juntamente com criação de leis garantindo ao deficiente o direito de ser cidadão, e neste sentido, buscaremos informações sobre este processo ao longo dos anos.
Ressalta-se, que é dever garantir ao educando não só seu acesso e permanência na rede regular de ensino, como também a qualidade no ensino oferecido, a infraestrutura e a formação continuada de professores e profissionais. Acredita-se que a inclusão está além da presença do educando com necessidades educacionais especiais na sala do ensino regular.
A presente pesquisa será através de livros, artigos científicos e buscas em sites que abrangem a fundamentação levantando informações sobre “A Educação Inclusiva e da Contribuição da escola e família para primeira infância”, o seu contexto histórico e como é vista na escola nos dias atuais, como é vista por profissionais que lidam diariamente e diretamente com essa inovação.
1. A INCLUSÃO
A inclusão de crianças e jovens com necessidades especiais nas escolas de ensino regular, desde a educação infantil até o ensino fundamental é crescente e são grandes os desafios para os docentes que atende esses níveis de ensino.
Segundo Paula (2004):
A inclusão é uma proposta, um ideal. Se quisermos que nossa sociedade seja acessível, que delas todas as pessoas com necessidades especiais possam participar em igualdade de oportunidades, é preciso fazer desse ideal uma realidade a cada dia. A ação de cada um de nós, das instituições e dos órgãos, deve ser pensada e executada no sentido de divulgar os direitos, a legislação e implementar ações que garantam o acesso de todos. (Paula, 2004, p.123).
Desta maneira, se de um lado é crescente as matriculas de alunos com necessidades educativas especiais o docente se vê diante de muitas demandas e exigências que a inclusão social e educacional necessita, para se tornar realmente um processo efetivo de acordo com (MANTOAN 2006 pag. 101) “O ensino especial carece de profissionais qualificados para realizar nas escolas comuns e nas instituições de ensino especial o atendimento educacional especializado”. Pois a dificuldade já começa na preparação desses profissionais para acolhê-los em sala de aula, até porque é preciso realizar antes uma formação contínua adaptações infra estruturais curriculares e pedagógicas.
Neste sentido, sem realizar devidas mudanças para o atendimento desses alunos, torna-se impossível efetivar uma educação inclusiva plena, pois a educação básica é um dos fatores de desenvolvimento econômico e social. Para, OMOTE (1994, p.69), “deficiência (...) portanto, são determinadas diferenças as quais foram atribuídas determinadas significações de desvantagens e que levam os seus portadores a serem desacreditados socialmente”, essa situação, acaba por favorecer o estigma da dificuldade de aprendizagem do aluno com necessidade educativa especial, é o que infelizmente acontece muitas vezes, o que no geral, associam a dificuldade de aprendizagem desses alunos, tornando-os responsáveis pelo próprio fracasso escolar, e assim acarretando na evasão escolar.
Segundo Silva:
Anomalias físicas ou mentais, deformações congênitas, amputações traumáticas, doenças graves e de consequências incapacitantes, sejam elas de natureza transitória ou permanente, são tão antigas quanto a própria humanidade. Através dos muitos séculos de vida do homem sobre a terra, os grupos humanos de uma forma ou de outra tiveram que parar e analisar o desafio que significavam seus membros mais fracos e menos úteis. (Silva, 1987, p.21).
Desta forma, podemos compreender que ao longo da história, sempre verificou e sempre existirá alguém que necessitede cuidados especiais para alcançar um desenvolvimento pleno e convincente em todos os aspectos de sua vida, e para isso, é necessário, uma maior reflexão do estudo quanto aos avanços obtidos. Cada ser humano possui limites, até os ditos como “normais” também possuem, e neste cenário é necessário que o educador crie possibilidades para o acesso e a permanência desses alunos, ou seja, essa inovação não começa apenas na sala de aula.
Os alunos com deficiência física necessitam de recursos e adaptações que os auxiliem em suas transições, como informa (MEC/SEESP, 2008) que diz: “que identifica, elabora, e organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade, que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas”, Assim, o AEE complementa e/ou suplementa a formação do aluno, visando a sua autonomia na escola e fora dela, constituindo oferta obrigatória pelos sistemas de ensino. Podemos citar como exemplo entre os diversos recursos: rampas, elevadores, corrimões e banheiros adaptados, utilização do Sistema Braille e piso tátil para os deficientes visuais, engrossadores de lápis, apoio para braços, tesouras especiais e quadros magnéticos, esses são alguns exemplos, para crianças e jovens com dificuldades.
Segundo (MEC/SEESP, 2008):
Modalidade de ensino que perpassa todos os níveis, etapas e modalidades, realiza o atendimento educacional especializado, disponibiliza recursos e serviços e orienta quanto a sua utilização no processo de ensino e aprendizagem nas turmas comuns do ensino regular. (MEC/SEESP, 2008, p.15).
Diante desta nova realidade na educação, a inclusão de alunos nas classes comuns na escola pública, e estes com atendimento especializado pelas salas de apoio, uma vez, que a inclusão não acontece apenas com a presença do aluno com deficiência, entretanto, pela relação e aprendizagem que o mesmo tem e o leva ao conhecimento, compreendendo que o socializar é importante, mais é necessário destacar as salas de recursos multifuncionais nas escolas, realizando ações efetivas que proporciona a superação das suas dificuldades e ampliação do saber.
Segundo Arantes (2006), descreve a educação como:
Educação, como espaço disciplinar, mas também inter, trans e multidisciplinar, em que as fronteiras entre os distintos campos de conhecimento se entrecruzam e, muitas vezes, se tornam difusas, solicita cada vez mais dos profissionais que nela atuam a capacidade de dialogar e transitar por caminhos insólitos e desconhecidos. (ARANTES 2006, p.07).
Desta forma, podemos compreender que ao longo da história, sempre verificou e sempre existirá alguém que necessite de cuidados especiais para alcançar um desenvolvimento pleno e convincente em todos os aspectos de sua vida, e para isso, é necessário, uma maior reflexão do estudo quanto aos avanços obtidos. Cada ser humano possui limites, até os ditos como “normais” também possuem, e neste cenário é necessário que o educador crie possibilidades para o acesso e a permanência desses alunos, ou seja, essa inovação não começa apenas na sala de aula.
Os alunos com deficiência física necessitam de recursos e adaptações que os auxiliem em suas transições, como informa (MEC/SEESP, 2008) que diz: “que identifica, elabora, e organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade, que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas”, Assim, o AEE complementa e/ou suplementa a formação do aluno, visando a sua autonomia na escola e fora dela, constituindo oferta obrigatória pelos sistemas de ensino. Podemos citar como exemplo entre os diversos recursos: rampas, elevadores, corrimões e banheiros adaptados, utilização do Sistema Braille e piso tátil para os deficientes visuais, engrossadores de lápis, apoio para braços, tesouras especiais e quadros magnéticos, esses são alguns exemplos, para crianças e jovens com dificuldades.
Segundo (MEC/SEESP, 2008):
Modalidade de ensino que perpassa todos os níveis, etapas e modalidades, realiza o atendimento educacional especializado, disponibiliza recursos e serviços e orienta quanto a sua utilização no processo de ensino e aprendizagem nas turmas comuns do ensino regular. (MEC/SEESP, 2008, p.15).
Diante desta nova realidade na educação, a inclusão de alunos nas classes comuns na escola pública, e estes com atendimento especializado pelas salas de apoio, uma vez, que a inclusão não acontece apenas com a presença do aluno com deficiência, entretanto, pela relação e aprendizagem que o mesmo tem e o leva ao conhecimento, compreendendo que o socializar é importante, mais é necessário destacar as salas de recursos multifuncionais nas escolas, realizando ações efetivas que proporciona a superação das suas dificuldades e ampliação do saber.
Segundo Arantes (2006), descreve a educação como:
Educação, como espaço disciplinar, mas também inter, trans e multidisciplinar, em que as fronteiras entre os distintos campos de conhecimento se entrecruzam e, muitas vezes, se tornam difusas, solicita cada vez mais dos profissionais que nela atuam a capacidade de dialogar e transitar por caminhos insólitos e desconhecidos. (ARANTES 2006, p.07).
Compreende que a oferta do AEE, é organizado para suprir as necessidades de acesso ao conhecimento e à participação dos alunos com deficiência e dos demais que são público alvo da Educação Especial, nas escolas regulares. Destaca-se o grande desafio para os educadores em priorizar uma educação de qualidade para alunos da inclusão, sabendo que o mesmo tem o amparo da oferta do AEE, levando em conta as necessidades dos seus alunos, e se conscientizando sobre a necessidade de ter total domínio de conteúdo no processo de ensino aprendizagem, criando e adaptando materiais e atividades.
Ainda segundo Aranha:
A transformação do processo educacional é tarefa e competência a ser realizada coletivamente, não cabendo exclusivamente ao professor promove-la, no interior de uma sala de aula, como tem com frequência acontecido. Matricular um aluno com deficiência em classe regular e deixar somente por conta do professor a administração de seu processo educativo é manter as condições de segregação do aluno com necessidades especiais e do fracasso do ensino, mascarados pelo índice quantitativo de matrícula. (Aranha, 2004, p.42).
Diante disso, compreende-se que não é apenas responsabilidade apenas do educador em sala de aula, em propiciar todo o suporte para este aluno a fim de radicalizar toda as suas dificuldades, entretanto, um trabalho coletivo, que não deposita toda a responsabilidade no educador. Já, em contrapartida, ao educador cabe fazer a diferença, buscando oferecer o melhor para seus alunos com ou sem deficiência, pois todos têm direito a uma educação de qualidade. Sendo que é preciso inovar em todo o momento a práxis pedagógica, porque vivemos em uma sociedade onde todos podem contar com a tecnologia da informação e buscar constantemente melhorias continuas, para aplicar tanto no âmbito da vida pessoal, e nesse caso especifico na profissional, sabendo que o mesmo tem um papel fundamental, de contribuir a este aluno possibilidades para o aprendizado, a fim de que não haja segregação ou exclusão de nenhum aluno.
2. CONCEITUANDO A INCLUSÃO
A inclusão social tem sido um movimento atrelado à construção de uma sociedade democrática, na qual todos conquistam sua cidadania, a diversidade é respeitada, conforme aponta Aranha (2001, p.2), “A ideia de inclusão fundamenta-se numa filosofia que reconhece e aceita a diversidade na vida em sociedade, isto significa garantia de acesso de todos a todas as oportunidades, independentemente das peculiaridades de caso indivíduo ou grupo social”.
Ainda segundo Aranha, (2004), diz que:
A transformação do processo educacional é tarefa e competência a ser realizada coletivamente, não cabendo exclusivamente ao professor promove-la, no interior de uma sala de aula, como tem com freqüência acontecida. Matricular um aluno com deficiência em classe regular e deixar somentepor conta do professor a administração de seu processo educativo é manter as condições de segregação do aluno com necessidades especiais e do fracasso do ensino, mascarados pelo índice quantitativo de matrícula. (ARANHA, 2004, p.42).
Neste sentido, compreende-se que muito está se fazendo, mais somente algumas escolas, são contempladas enquanto que ainda faltam profissionais para atuação e também uma iniciativa maior dos gestores. Nesta perspectiva é preciso continuar investindo maciçamente na direção da formação de profissionais qualificados, também não se pode descuidar dessa formação e estar atento ao modo pelo qual os professores aprendem para se profissionalizar e para aperfeiçoar seus conhecimentos pedagógicos, estando abertos a novos conhecimentos e metodologias de ensino. Desta forma, ampliando o reconhecimento e valorização da diversidade, como elemento enriquecedor do processo de ensino e aprendizagem, pois toda criança precisa da escola para aprender, e não para marcar passo ou ser descriminada.
Segundo Sassaki (1997), diz que:
A inclusão social, portanto, é um processo que contribui para a construção de um novo tipo de sociedade, através de transformações pequenas e grandes, nos ambientes físicos (espaços internos e externo, equipamentos, aparelho e utensílio, mobiliário e meios de transporte) e na mentalidade de todas as pessoas, portanto do próprio portador de necessidades especiais. (SASSAKI, 1997, p.42).
Compreende-se, que o novo tipo de sociedade citado pelo autor, busca a extinção de qualquer empecilho que venha impedir o acesso da pessoa com deficiência, sendo que a inclusão objetiva a construção da autonomia da pessoa com deficiência, uma vez que todas as pessoas envolvidas busquem meios para uma decorrência de oportunidades para todos.
3. A CONTRIBUIÇÃO DA ESCOLA E A FAMÍLIA NA PRIMEIRA INFÂNCIA
A primeira infância, é um período que envolve crianças de zero aos seis anos de vida, e que nesta fase são desenvolvidas muitas habilidades e sentidos, que vai desde do útero da sua mãe a chegada no mundo, com o reconhecimento do colo materno a amamentação, de modo são várias especificidades, de conseguir se acalmar, alcançar objetos, sentar, dentre outros. Os olhares da ciência e seus conceitos relaciona que é um período fundamental onde se constrói o alicerce para toda vida posterior, conforme a Unesco (2007):
A primeira infância, fase do desenvolvimento que abrange entre 0 e 6 anos de idade, tem sido cada vez mais abordada e debatida por conhecedores de distintas áreas como psicólogos, sociólogos, e entre outros que adentraram num amplo consenso quanto ao desenvolvimento da primeira infância. Defendem essa fase, como primordial, na qual a criança arquitetará uma base que a favorecerá por toda a existência, (UNESCO, 2007, p.35).
Considerando seus diferentes aspectos da primeira infância desde a saúde física cuidados e de desenvolvimento físico, afetivo, cognitivo e social eles estão interligados e não se dá separadamente. Ao considerarmos que nos primeiros anos vida a criança vivencia um período de extrema importância e de dependência total ao adulto, entretanto é uma criança ativa e cada uma delas tem mundo diferente, um valor e uma cultura e que a partir deste momento se estreita os vínculos acolhedores para suprir suas necessidades.
Segundo Vygotski (1995):
O educador começa a compreender que quando a criança adentra na cultura, não somente toma algo dela, não somente assimila e se enriquece com o que está fora dela, mas que a própria cultura reelabora em profundidade a composição natural de sua conduta e dá uma orientação completamente nova a todo o curso de seu desenvolvimento (Vigotski, 1995, p. 305).
Destaca a teoria histórico cultural que para crescer e viver o ser humano é preciso está condicionado a cultura precisa dos outros é preciso interagir partilhar para isso depende da troca com o meio de parceiros sociais coletivos com auxílio da transmitida por linguagem para que se constrói e se internaliza o conhecimento, e que ainda que a criança tenha o potencial para se desenvolver mas não interagir, não se desenvolvera como poderia. De acordo com Vitória, 2002:
E de fato, que o processo educativo é realizado de várias formas: na família, na rua, nos grupos sociais e também na escola. Educar, nessa primeira etapa da educação básica, não pode ser confundido com cuidar, ainda que as crianças necessitem de cuidados elementares. Por isso, cuidar e educar são conceitos que devem estar associados ao tratamento dispensado à criança, já que além de receber cuidados básicos, a criança precisa desenvolver sua identidade pessoal e social. (VITÓRIA, 2002, p.18).
Em reflexão enfatiza a essencial importância desta relação, para desenvolver um diálogo de qualidade, reconhecendo que ela é um novo integrante social, além disso as novas concepções destacam sobre o bem que fizemos para a criança hoje seja em casa, na escola e na sociedade, este bem reverterá mais tarde num cidadão pleno e capaz com comprometimento do mundo de amanhã.
Segundo, Alfageme (2003):
O desenvolvimento da identidade das crianças favorecendo a sua autoestima e a construção de uma imagem positiva de si mesmo como pessoas com capacidades e direitos; desenvolve a visão de si mesmo como pertencente a um grupo com capacidade de transformar e melhorar sua comunidade; desenvolve a capacidade de organização, responsabilidade e autonomia. (ALFAGEME et al, 2003, p.93).
Sobretudo tal afirmação não indica a falta de atuação dos adultos, contrariamente, está sendo argumentado a participação da criança como um agente de transformação na relação entre adultos e infância; os adultos representam neste contexto uma figura de apoio essencial para o ensino e acompanhamento das ações infantis.
Conforme CORSARO (2011, p.15) na atualidade a criança da já não pode ser excluída como antes, porque os adultos não as consideram mais como “um potencial e ameaça para as sociedades atuais e futuras”. Elas realizam uma reprodução interpretativa, não se limitando “a internalizar a sociedade e a cultura, mas contribuem ativamente para a produção e mudanças culturais”. Enfatiza, Corsaro, (2011):
Em primeiro lugar, as crianças são agentes sociais, ativos e criativos, que produzem suas próprias e exclusivas culturas infantis, enquanto, simultaneamente, contribuem para a produção das sociedades adultas. [...] em segundo lugar, a infância – esse período socialmente construído em que as crianças vivem suas vidas – é uma forma estrutural. [...] é uma categoria ou uma parte da sociedade, como classes sociais e grupos de idade. Nesse sentido, as crianças são membros ou operadores de suas infâncias. Para as próprias crianças, a infância é um período temporário. Por outro lado, para a sociedade, a infância é uma forma estrutural permanente ou categoria que nunca desaparece, embora seus membros mudem continuamente e sua natureza e concepção variem historicamente. (CORSARO 2011, p. 15-16).
Considerando que a criança não é uma folha em branco, ela produz e reproduz cultura e tem sua voz de expressão e perspectiva, espera-se compreender a escuta desta voz sobre a visão da criança, e de sua própria existência. Nesse sentido é fundamental que:
[...] a ênfase na escuta justifica-se pelo reconhecimento das crianças como agentes sociais, de sua competência para a ação, para a comunicação e troca cultural. Tal legitimação da ação social das crianças resulta também de um reconhecimento e de uma definição contemporânea de seus direitos fundamentais – de provisão, proteção e participação (ROCHA, 2008, p. 46).
Quando escutamos sua voz e sua interpretação sobre mundo aprendendo a diminuir a distância dos seus direitos e como dimensão da vida e suas especificidades com isso é essencial que:
[...] o pesquisador se coloque no ponto de vista da criança e veja o mundo com os olhos da criança, como se estivesse vendo tudo pela primeira vez [...]! Isso vai exigir do pesquisador descentrar seu olhar de adulto para poder entender, pelas falas das crianças, os mundossociais e culturais da infância [...] (SILVA; BARBOSA; KRAMER, 2008, p. 91).
A escola é uma instituição aberta a todos, é um direito de todos terem uma educação de qualidade e atender as crianças com necessidades educacionais especiais, e abrir espaço para que este trabalho contemple estratégias tal, que crie uma comunidade inclusiva, com a consciência de que a escola e a família juntos podem ampliar o desenvolvimento da criança, colaborando, apoiando e incentivando, a fim de um desenvolvimento global da criança.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Portanto, este trabalho nos levou a compreensão que a família e a escola, tem papel fundamental no desenvolvimento da criança com deficiência, uma vez, que possui o conhecimento teórico sobre o transtorno e os déficits decorrentes, e o desenvolvimento se dá através da teoria que possui e a prática, contribuindo para o desenvolvimento integral e global da criança. Assim pode-se afirmar, que a partir dos resultados da pesquisa, existem diversas conquistas, porém ainda há muitas ações a serem feitas principalmente na formação dos professores e na acessibilidade desse ambiente.
Verificamos, que este tema é amplo e que gera ainda muitas discussões e reflexões, sendo que a maior dificuldade está na conscientização e sensibilização de que a inclusão é uma realidade e precisa ser reconhecida como direito. Desta maneira, as escolas precisam trazer para o convívio social as diferenças, trabalhar conceitos, valores morais, resgatar a cultura e o respeito a todos.
Este estudo nos levou a compreensão que a inclusão pode ser considerada como um processo em constante construção, apesar das barreiras estarem se rompendo, pois, padrões tradicionais continuamente são quebrados. No entanto, acredita-se que a escola é capaz de atender às diferenças sem discriminação, assegurando a esse educando a participação, a aprendizagem e o convívio social.
A inclusão pode ser considerada como um processo em constante construção, apesar das barreiras estarem se rompendo, pois, padrões tradicionais continuamente são quebrados. No entanto, acredita-se que a escola é capaz de atender às diferenças sem discriminação, assegurando a esse educando com autismo a participação e a aprendizagem.
Este trabalho nos afirmou que é preciso construir, repensar a cada dia no papel da escola, da sociedade, aprender com o diferente, para uma sociedade inclusiva e melhor. Compreendendo a escola como espaço de construção de saberes, respeito, reconhecimento e aceitação da diversidade, buscando assim, atingir mudanças que possa possibilitar um trajeto em direção a uma sociedade para todos.
REFERÊNCIAS
ALFAGEME, Erika; CANTOS, Raquel & MARTÍNEZ, Marta. De la participación al protagonismo infantil: propuestas para la acción. Madrid: Plataforma de Organizaciones de Infancia. Abril. 2003. ARCE.A. Friederich Froebel: O pedagogo dos Jardins de Infância. Petrópolis, RJ: Vozes. 2002.
ARANHA, Maria Salete Fábio. Educação inclusiva: transformação social ou retórica?. In: OMOTE, S. Inclusão: intenção e realidade. Marília, SP: Fundepe Publicações, 2004.
ARANTES, V. A. (org.). Inclusão escolar: pontos e contrapontos. São Paulo: Summus, 2006. CORSARO, William A. Sociologia da infância. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2011.
KRAMER, Sonia. Infância, cultura contemporânea e educação contra a barbárie. In: Bazílio, Luiz Cavalieri; Kramer, Sonia. Profissionais de Educação Infantil: gestão e formação. São Paulo: Ática, 2005.
MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Entrevista para a Revista Nova Escola Maio/2005. Revista Nova Escola. Inclusão. Edição Especial 11 Outubro 2006.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Secretaria de Educação Especial. Dispõe sobre o atendimento educacional especializado. Brasília: MEC/SEESP, 2008.
OMOTE, S. Deficiência e Não-Deficiência: Recortes do Mesmo Tecido. Revista Brasileira de Educação Especial, Piracicaba, v. 1, n. 2, p. 65-73, 1994.
PAULA, Jairo. Inclusão: mais que um desafio escolar, um desafio social. São Paulo: Jairo de Paula, 2004.
ROCHA, E. A. C. Por que ouvir as crianças? Algumas questões para um debate cientifico multidisciplinar. In: CRUZ, S. H. V. A criança fala: a escuta de crianças em pesquisas. São Paulo: Cortez, 2008. p. 43-51.
SASSAKI, Romeu Kazumi. Inclusão: Construindo uma sociedade para todos. 3ª Ed. Rio de Janeiro: WVA, 1997. P.42.
SILVA. Otto Marques da. A epopeia ignorada: a pessoa deficiente na história do mundo de ontem e de hoje. São Paulo: CEDAS, 1987.
UNESCO INSTITUTE FOR STATISTICS. P.O. Box 6128, Succursale Centre-Ville The Uis Is Based In Montreal, Canada. Published In 2007.
VIGOTSKI, L. S. Obras escogidas. Madrid: Visor, 1995. t.III. . Obras escogidas. Madrid: Visor, 1996. t.IV.
VITÓRIA, Maria Inês Corte. Educar e Cuidar: Práticas complementares. essenciais à educação infantil.In: Revista do Professor. Janeiro

Continue navegando