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EMANUELA HANNOFF PILON 1 Cardiopatia Isquêmica Aterosclerose - Doença de artérias de grande ou médio calibre caracterizada por alterações representadas pelo acúmulo, na íntima, de lipídeos, componentes do sangue, células e material intercelular (OMS). - Causa de óbito mais importante do mundo. - Aorta e seus ramos são os principais vasos acometidos. A: parede de um vaso, com luz onde passa o vaso. Tecido conjuntivo + endotélio: camada íntima. Túnica média com tec muscular liso. B: Lesão endotelial vai fazer com que o vaso fique mais permeável a lipídios (LDL). O LDL que está na circulação entra na camada íntima. Ali, o corpo estranho faz com que a resposta inflamatória C: Atração de macrófagos para o local da inflamação, que fagocita lipídio que vai acumulando no citoplasma. O macrófago ñ consegue inibir a fagocitose, vai englobando tanto até a célula se romper, liberando lipídio de novo para o local da inflamação. D: O lipídio começa a acumular lipídio. Liberação de mediadores químicos inflamatórios, e alguns fazem com que as células musculares façam desdiferenciação, e virem fibroblasto, para produzir colágeno. E: Liberação de fator de crescimento endotelial, fazendo surgir novos vasos finos (angiogênese). Vai evoluindo o processo inflamatório. A placa ateromatosa vai ter região central com liberação de macrófagos, cápsula de tecido conjuntivo e colágeno. A placa cresce para dentro da luz, reduzindo-a. Quando há cálcio, fica mais rígido e não amortece o impacto do sangue na placa. F: A placa ateromatosa rompida, expondo a região central para o sangue que está passando. O conteúdo é altamente trombogênico, então quando entra em contato com o sangue, forma um trombo. Um trombo no vaso pequeno vai ocupar todo o espaço, uma obstrução aguda. Num vaso grande, o trombo fica aderido na parede, e ele pode s desprender e virar um êmbolo, podendo entupir outra artéria no trajeto. ASPECTOS MORFOLÓGICOS Lesão inicial (tipo I) - Discreto acúmulo de lipoproteínas e macrófagos espumosos (xantematoso) na camada íntima - Não há alteração macroscópica - Inicia-se durante a infância e adolescência Estria lipídica (tipo II) - Há alterações macroscópicas - Áreas amareladas planas, bem delimitadas, arredondadas ou de forma alongada - Grande número de macrófagos espumosos, lipídeos extracelulares e linfócitos EMANUELA HANNOFF PILON 2 Figura 1 - íntima já está engrossando, sugerindo acúmulo de macrófago xantematoso Placa ateromatosa (tipo III) - Idêntica à lesão anterior, apenas com maior número de acúmulo de lipídeos extracelulares Placa ateromatosa (tipo IV) - Lesão arredondada, ovoide ou alongada - Ao corte, é amarelada, contendo material amorfo e recoberta por cápsula fibrosa - Centro necrótico - Macrófagos espumosos, células musculares lisas e linfócitos - Fibroblastos e fibrócitos com depósito de colágeno Placa ateromatosa (tipo V) - Predomínio de fibroblasto e células musculares lisas - Pequenos depósitos de lipídeos Placa complicada (tipo VI) - Ulceração e ruptura - Formação de trombos - Hemorragia - Calcificação Figura 4 - Obstrução do vaso, NÃO há luz FATORES DE RISCO Hiperlipidemia - excesso de LDL Disfunção endotelial Acúmulo de lipídeos na camada íntima Oxidação do LDL: vai ser mais fagocitado Estimula a liberação de fatores de crescimento Hipertensão Arterial Sistêmica Fatores hemodinâmicos o Estresse físico/cisalhamento Fatores genéticos associados o Receptores da Angiotensina II Tabagismo Disfunção endotelial Aumento da viscosidade do sangue Ativação de fatores de coagulação que aumenta a proliferação de células da parede vascular Aumento do colesterol plasmático Aumento dos produtos de glicolisação Aumento da oxidação de LDL Diabetes Melito Disfunção endotelial Alterações da matriz extracelular Aumento da oxidação de lipídeos Aumento da adesividade das plaquetas Hiperlipidemia: desregulação Diminuição da ação dos antioxidantes DM tipo 2 – hiperinsulinemia atua como fator de crescimento de células musculares lisas Homocisteína: proteína o Alterações genéticas e dietas pobres em vitamina E, C e B12 Alterações da coagulação sanguínea Hiperuricemia Dieta pobre em antioxidantes Agentes infecciosos Sexo M Etnia Negra com maior incidência Obesidade Ferro Figura 3 - Vaso com pouca luz (50%) e a íntima nitidamente espessada. Figura 2 - Tem mais colágeno, muitos macrófagos xantematosos. O lúmen já está muito obstruído. Há também destruição da média, com dilatação do vaso, gerando aneurisma. EMANUELA HANNOFF PILON 3 Cardiopatia isquêmica Isquemia ocorre quando o fluxo de sangue arterial é insuficiente para suprir as necessidades metabólicas. QUADROS CLÍNICOS - Angina pectoris - Infarto Agudo do Miocárdio: necrose, o tecido morre de tanta insuficiência. - Morte súbita - Doença isquêmica crônica do coração CAUSAS DA OBSTRUÇÃO Aterosclerose e Trombose - Causa mais comum - Redução de 75% da luz: isquemia miocárdica com demanda aumentada. Quando o coração precisar trabalhar mais, não vai chegar sangue suficiente para o aumento. Ex: pessoa que sobre escada e sente dor. - Redução de 90% da luz: isquemia em repouso. - Locais mais atingidos: Coronária direita Ramos interventriculares e circunflexo da CE - Ruptura da placa – trombose – obstrução aguda Vasoespamo - Diminuição da ação do óxido nítrico. - Tem uma ½ vida rápida. Não consegue atuar e atuar na placa de musculatura, e faz vasoconstrição (espasmo). Pode esmagar a placa, romper e levar ao trombo. - Pode gerar trombose e ruptura da placa Outros fatores - Proliferação fibrointimal em pacientes transplantados - Aumento da demanda de sangue (estados hipermetabólicos) - Dissecção aguda das coronárias - Embolia das coronárias - Arterites Angina pectoris - Dor precordial com características compressivas, em pontada ou cortante Angina estável - Ocorre por aumento do trabalho cardíaco - Infradesnivelamento do segmento ST - Obstrução grave das coronárias - Melhora com repouso ou uso de vasodilatadores Angina de Prinzmetal - Não há relação com exercício - Espasmos coronarianos - Supradesnivelamento do segmento ST - Responde a agentes vasodilatadores Angina Instável - Progressão de dor anginosa - Geralmente precede o infarto agudo do miocárdio - Tava sem dor e do nada sentiu, é instável. Infarto Agudo do Miocárdio - Dor anginosa com irradiação para membros superiores, pescoço ou abdome Palidez Mal-estar Dispnéia Taquicardia - Pode ocorrer sem sintomatologia dolorosa - ECG – supradesnivelamento do segmento ST - Aumento dos níveis séricos de proteínas das células musculares - Diferença para a angina é a necrose. Morte súbita - Pode ser consequência das condições previamente descritas - Óbito ocorre dentro de 24 horas após início dos sintomas - Doença isquêmica é a causa mais comum - Arritmia grave – fibrilação ventricular Isquemia miocárdica crônica - Comprometimento difuso e insidioso do miocárdio - Episódios recorrentes de angina e/ou infarto agudo do miocárdio - Pode levar à insuficiência cardíaca Aspectos morfológicos pós-infarto resp. infllam EMANUELA HANNOFF PILON 4 Perda es estriação: necrosa Necrose de coagulação: fantasmas de necrose. EFEITOS DE REPERFUSÃO *** Figura 5 - Infarto hemorrágico Figura 6 - Teve infarto e sobreviveu. Tem grandes partes de cicatrização (fibrose) que substituiu a parede. COMPLICAÇÕES - Insuficiência cardíaca - Arritmias - Choque cardiogênico - Ruptura da parede ventricular - Ruptura do músculo papilar - Aneurismas cardíacos - Trombose mural * INTERVENÇÕES TERAPÊUTICAS - Agentes trombolíticos - Angioplastiacoronariana transluminal percutânea com balão - Angioplastia com laser - Aterotomia por cateter - Utilização de stents (molinha, mantém o vaso aberto) - Cirurgia de revascularização miocárdica