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Periodontite Crônica e Agressiva Periodontite Crônica Inicia-se como uma gengivite induzida por placa, sendo uma condição reversível, que sem tratamento, pode evoluir para periodontite crônica. Perda de inserção e perda óssea são consideradas como irreversíveis. Consequências • Alteração de cor, textura e volume da gengiva marginal; • Sangramento à sondagem na região da bolsa gengival; • Redução da resistência dos tecidos moles à sondagem (aumento da profundidade de bolsa periodontal); • Perda de nível de inserção à sondagem; • Recesso da margem gengival; • Perda de osso alveolar (padrão plano ou angular); • Exposição de furca; • Aumento da modalidade dentária; • Eventual esfoliação do dente. Características • Maior prevalência em adultos, em crianças o diagnóstico é feito por RX; • Destruição dos tecidos está relacionada com a higiene oral e os níveis de placa, fatores predisponentes locais, tabagismo, estresse e fatores de risco sistêmicos; • O biofilme abriga uma variedade de espécies bacterianas, a composição varia entre indivíduos e sítios; • O cálculo está presente em sítios doentes; • Localizada: 30% dos sítios são afetados; • Generalizada: mais de 30%. • Gravidade de acordo com a perda de inserção à sondagem: Leve (PAL= 1- 2mm); moderada (PAL= 3-4mm) e grave (PAL= 5mm); • Perda óssea horizontal é o sinal radiográfico mais comum; • Os fatores do hospedeiro determinam a patogênese e a progresso da doença; • A progressão é lenta a moderada, porém, períodos de rápida destruição podem ocorrer; • Danos adicionais podem ocorrer em sítios doentes sem tratamento. Lesões de gengivite podem permanecer estáveis por muitos anos e jamais progredir para lesões periodontais, que incluem características como perda de inserção e perda óssea. Susceptibilidade do hospedeiro Desafio bacteriano como causador da gengivite, mas o grau de resposta do hospedeiro irá determinar se a periodontite crônica irá ou não se desenvolver. Há também a questão genética. Provavelmente como resultado de uma inflamação de longa duração e de baixa intensidade, um tecido marginal fibroso e espessado pode ocultar as mudanças inflamatórias e mascarar a presença de bolsa periodontal. A idade de início de periodontite crônica e sua subsequente taxa de progressão variam entre indivíduos e são influenciadas por fatores genéticos e de riscos ambientais. Tem em torno de 50% de hereditariedade. Progressão da Doença Periodontal Crônica Periodontite crônica é uma progressão lenta da doença periodontal, que pode sofrer exacerbação, resultando em perda de inserção e osso. A destruição tecidual em periodontite crônica não afeta todos os dentes da mesma maneira. Perda Óssea Fatores de reabsorção óssea localmente produzidos por bactérias podem necessitar estar presentes na proximidade da superfície óssea para exercerem sua ação. Variação de efetividade de cerca de 1,5 a 2,5mm dentro da qual o biofilme pode induzir a perda óssea. Taxa de perda óssea tem como média cerca de 0,2mm por ano para superfícies vestibulares e cerca de 0,3mm para proximais, quando se permitiu que a doença periodontal progredisse sem tratamento. Periodontite agressiva Periodontite de progressão rápida, raras e frequentemente graves, caracterizadas pela idade precoce da manifestação clínica e uma tendência distinta dos casos a se desenvolver em uma mesma família. Um dente acometido por ela perde cerca de 75% do osso alveolar em uma ou mais raízes ao longo de 5 anos da doença. Associação com hábitos para funcionais, tais como apertamento dentário e bruxismo, em conjunto com a perda ou a migração de pré- molares e molares, acompanhada da separação gradual dos dentes ântero-superiores. Forças oclusais excedem a capacidade adaptativa dos tecidos, origina-se uma lesão tecidual. O trauma de oclusão refere-se à lesão tecidual (tecidos periodontais), não à força oclusal. Uma oclusão que produz tal lesão é chamada de oclusão traumática. Características gerais • História médica não significativa • Maior prevalência em mulheres • Rápida perda de inserção e destruição óssea • Concentração familiar dos casos • Quantidade de depósitos microbianos incompatíveis com a gravidade da destruição do tecido periodontal • Proporções elevadas de A.a. e/ou P.g. • Anormalidades fagocitárias • Fenótipos de macrófagos hiper-reativos, incluindo produção elevada de prostaglandina E2 (PGE2) e interleucina-1b (IL-1b) em resposta a endotoxinas bacterianas. • A progressão da perda de inserção e perda óssea pode ser interrompidamente. PA Localizada • Acometimento circumpuberal (na fase da adolescência) • Apresentação localizada no primeiro molar / incisivo com perda de inserção interproximal em pelo menos dois dentes permanentes, sendo um deles o primeiro molar e envolvendo não mais que dois dentes além dos primeiros molares e incisivos. • Forte resposta do anticorpo sérico a agentes infectantes. PA Generalizada • Pessoas abaixo de 30 anos, mas pode ocorrer em pacientes com mais idade • Perda de inserção em pelos menos três dentes, além dos primeiros molares e incisivos • Destruição da inserção e do osso alveolar • Resposta insuficiente do anticorpo sérico a agentes infetantes Dentição decídua • Pode afetar a dentição decídua, mas não é indicativo de uma forma mais agressiva da doença podendo indicar uma forma crônica com relativa abundância de fatores locais. • Casos que levam à esfoliação precoce do dente (desaparecimento das raízes por efeito da pressão exercida pelos dentes permanentes) são geralmente interpretados como manifestações periodontais de doenças sistêmicas (hematológicas), como deficiência de adesão leucocitária. Tratamento • O A.a. devido sua capacidade de invasão tecidual e sua alta resistência, torna insuficiente o processo de limpeza mecânica de raspagem e alisamento radicular como opção de tratamento. • Combinação da terapia mecânica com o uso de antibióticos sistêmicos. • Amoxicilina (500mg – 1 caixa) e Metronidazol (400mg – 1 caixa) por 7 a 21 dias, de 8 em 8 horas. Por Ana Nascimento IG: @loiraodontho
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