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Alimentação na infância

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Alimentação na infância 1
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Alimentação na infância
Aleitamento materno
Efeitos curto prazo (redução):
Mortalidade infantil 
Número de infecções
Efeitos longo prazo (proteção): 
Sobrepeso/obesidade
Diabetes 
Saúde mental/inteligência 
Deve ser mantido exclusivo até os 6 meses, sob livre demanda e sem outros 
líquidos. 
Introdução
Alimentação modifica-se durante o crescimento - tanto em termos de 
desenvolvimento quanto em termos nutricionais, as demandas são diferentes de 
acordo com a faixa etária.
Recém-nascidos têm capacidade de auto regulação (fome-saciedade) 
*importante explicar p/ a mãe. Crianças que vomitam muito, regurgitam muito - 
tomar cuidado. 
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6 meses - desenvolvimento adequado para iniciar a alimentação complementar: 
 Sentar sem apoio;
Segurar objetos com as mãos; 
Movimentação adequada da língua; 
Explorar estímulos ambientais. 
Alimentação do lactente 
Introdução: 
Programming
Epigenética 
1000 dias 
*desde a gestação. 
*via de parto. 
*aleitamento. 
*alimentação saudável. 
→desenvolvimento da microbiota. 
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10 passos para uma alimentação saudável: 
Dar somente LM até os 6 meses; 
6 meses - introdução de outros alimentos; 
Alimentos complementares 3x ao dia (LM) ou 5x (desmamada); 
Sem rigidez de horários *é importante rotina, mas sem rifgidez; 
Espessa (inicialmente pastosa → aumento gradativo da consistência) 
sempre amassadas, nunca trituradas no liquidificador;
Diferentes alimentos; 
Consumo de frutas e vegetais; 
Evitar açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes e guloseimas; 
Higiene no preparo; 
Estimular a criança doente a se alimentar. 
Alimentação complementar
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Conjunto de alimentos introduzidos após 6 meses.
Compostos por nutrientes adequados. 
Preparados com alimentos de boa qualidade, higiene e conservação. 
Sistema digestório e renal imaturos no lactente → não pode por ex. até 1 
ano de idade oferecer refeições com sal, só a partir de 1 ano e em pouca 
quantidade; açúcar nem pensar; alimentos gordurosos → tudo isso vai fazer 
mal. 
Alimentos: 
Baixa carga de solutos excretáveis pelos rins;
Não agridam ou provoquem dificuldade de absorção pelo epitélio digestório. 
Leite de vaca: 
Não é adequado para < 1 ano; 
Risco de anemia *ferropriva e sensibilização (APLV) - se torna alérgica à 
proteína do leite de vaca; 
Para os > 1 ano: usar fórmulas infantis ou pasteurizado; 
Fonte de proteínas e cálcio. 
Alimentos alergênicos: 
Atraso na introdução pode aumentar o risco de alergia alimentar; 
Dar a comida da família; 
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Exceção: leite de vaca.
Papa principal: 
Evolução gradual da consistência → nunca liquidificada; 
>8 meses pequenos pedaços; 
Papa principal amassada: 4 grupos alimentares → metade da papa deve 
ser composta por legumes ou vegetais, 1/4 composto por algum cereal ou 
leguminosa e o último 1/4 é de proteínas e leguminosas. 
Respeito ao ritmo da criança; 
Incentivo a comer no horário das refeições familiares;
Dar preferência à fruta e não suco → não oferecer suco até 1 ano de idade. 
*frutose. 
Oferta hídrica: 
Métodos de introdução da alimentação complementar: 
Tradicional:
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→ Alimentos amassados com a colher;
→ Oferecidos por cuidador. 
BLW (Baby-Led Weaning):
-A criança vai guiar essa alimentação. 
→ Alimento em pedaços, tiras ou bastões; 
→ Capacidade inata de auto alimentação; 
→ Impactos no crescimento? 
→ Viável? Seguro? 
BLISS (Baby-Led Introduction to Solids): 
-Evolução do BLW. 
→ 1 alimento rico em Fe e 1 calórico por refeição;
→ Forma e textura adequadas;
→ Bem posicionados; 
→ Supervisão adulto. 
Misto:
→ Alimentos amassados + com as mãos - desenvolvimento; 
→ Refeições em família; 
→ Pais: paciência e exemplo. 
 Suplementação: 
Vitamina D: 
→ A partir da 1ª semana de vida (de termo);
→ LM: 25 UI/L x necessidade diária 400 UI;
→ Reposição: 2 gotas/dia (1º ano) 400 UI e 3 gotas/dia (2º ano) 600 UI. 
Ferro:
→ Deficiência frequente - anemia ferropriva; 
→ Interfere no QI;
→ SBP: reposição do 3º-24º mês 1mg/kg/dia. 
Vegetarianismo na infância e adolescência
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Tipos: 
Ovolactovegetariano - ingere ovo e derivados lácteos; 
Lactovegetariano - ingere apenas derivados lácteos; 
Ovovegetariano - ingere apenas ovo; 
Vegetariano - não consome nem ovos, nem derivados lácteos, nem nenhum 
tipo de carne; 
Vegano - não ingere nada derivado animal. 
Vantagens: 
Dietas < quantidade energética e gorduras saturadas; 
>teor de fibras, frutas e vegetais; 
Quem as adota: evita fumo, álcool, drogas e pratica atividade física regular. 
Desvantagens: 
Menor ingestão de ferro, vitamina B12, cálcio e zinco; 
Biodisponibilidade < nos alimentos → posterior deficiência. 
→ Período de vida caracterizado por intenso crescimento físico e a nutrição do 
adolescente pode repercutir de forma definitiva na vida adulta; 
→ Distúrbios alimentares frequentes; 
→ Dietas devem ser monitoradas pelo pediatra para verificar se atendem às 
necessidades nutricionais. 
O que é normal 
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*Após 1 ano: redução fisiológica do apetite. 
*18 meses - 6 anos: neofobia alimentar. 
Abordagem das dificuldades alimentares 
Prevenção: acompanhamento periódico, orientação adequada; 
A atitude correta diante das dificuldades poderá definir sua resolução; 
Diferenciar causa orgânica X comportamental X percepção inadequada dos 
pais;
Acompanhamento multidisciplinar. 
Estratégias 
Apresentar novos alimentos diariamente (até 8-15 vezes cada um), junto 
com os alimentos que a criança aceita; 
Encorajar autonomia da criança; 
Tolerar bagunça apropriada para idade;
Readequar a rotina de toda a família, alimentando-se juntos sempre que 
possível;
Identificar causas orgânicas;
Evitar distrações durante as refeições (TV, celular, tablet) *criança até 2 
anos de idade não deve ter acesso a telas; 
Neutralidade durante as refeições/momento agradável, sem pressão; 
Limitar o tempo das refeições em 20-30 min; 
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Estabelecer horários das refeições (4 a 6 por dia), com apenas água nos 
intervalos; 
Alimentação adequada para a idade;
Considerar suplementação quando há risco nutricional; 
Envolver a criança nas preparações e compra; 
Tornar os alimentos atrativos/lúdicos; 
NÃO: chantagear/trocar por alimentos que a criança prefere ou oferecer 
somente o que a criança já come;
Considerar atendimento multidisciplinar: nutricionista, fono, TO;
Adequar rotina, atividade física, sono;
Adequar expectativas.

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