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Neoplasia - Karla Karoline Santos Ramos

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Neoplasias 
Definição: 
Distúrbio do crescimento e da diferenciação celular 
caracterizada por proliferação celular autônoma e 
tendência a não diferenciação. 
A tendência a não se diferenciar é mais característica das 
neoplasias malignas. 
Sinonímia e nomenclatura: 
Sinónimo de neoplasia → câncer (neoplasia maligna) 
tumor e neoplasma (tanto maligna quanto benigna) 
Nomenclatura: tecido de origem + sufixo 
Na maioria dos casos – não é comum a todos! 
• Neoplasias benignas → tecido de origem + 
OMA (nem sempre quer dizer benigna) 
• Neoplasia maligna epitelial → tecido de origem + 
CARCINOMA 
• Neoplasia maligna mesenquimal → tecido de 
origem + SARCOMA 
• Neoplasia que reproduzem estruturas com 
características embrionárias → tecido de origem 
+ BLASTOMA 
Classificação das neoplasias: 
A forma mais comum é de acordo com o 
comportamento clínico: Neoplasia benigna X neoplasia 
maligna. 
Parâmetros analisados para classificar em benigna ou 
maligna: 
• Taxa de crescimento 
• Tipo de crescimento 
• Diferenciação celular 
• Capacidade de gerar metástases 
Metástases → formação de um tumor secundário a 
partir de um tumor primário e não há comunicação 
entre eles. 
 
 
É mais comum necrose nas neoplasias malignas do que 
nas benignas. O tumor se prolifere bem mais rápido na 
neoplasia maligna e nem sempre os suprimentos 
sanguíneos acompanham esse crescimento. 
Geralmente quando a diferenciação celular é mal 
diferenciada o tumor maligno é bem mais agressivo. 
Os tumores malignos apresentam uma alteração celular 
que nós denominados de: atipia celular, essas alterações 
são: 
• Nucléolos proeminentes → é uma região de 
RNA ribossômico, então quando precisamos 
sintetizar muito RNA ribossômico (célula 
proliferando muito) ele aumenta e fica 
proeminente. 
• Hiper cromatismo nuclear → núcleo muito 
corado 
• Pleomorfismo celular → núcleo com vários 
tamanhos e formatos 
 
Essas alterações ocorrem, pois, as células da neoplasia 
maligna podem apresentar poliploidia (6n – 8n) ou 
aneuploidia (7n). Além disso tem-se o aumento no 
número de mitoses (atípicas) e aumento da cromatina. 
 
O processo de metástases: 
Metástase é a formação de um tumor secundário a 
partir de um primário e sem a ocorrência de uma 
comunicação entre eles. 
➔ Se não existe comunicação, como que o 
primário faz acontecer um tumor secundário? 
Isso ocorre por meio das vias de disseminação. Nós 
temos 03 principais vias de metástases no corpo: 
• Via linfática – vai atingir primeiros os linfonodos, 
é chamada de metástase regional (os 
carcinomas tem preferência por metástase via 
linfática) 
• Via sanguínea – (os sarcomas tem preferência 
por essa via sanguínea) 
• Via transcavitária – menos comum. 
Hipótese de Paget s. → Hipótese da semente e do solo 
(para que uma neoplasia gere metástase, a semente e o 
solo têm de ter características adequadas). A metástase 
ocorre com distribuição não aleatória, cada neoplasia 
maligna tem preferencia de órgão para ocorrer a 
metástase. 
Etapas das metástases: 
• Angiogênese → formação de novos vasos 
sanguíneos. 
A própria célula tumoral vai secretar citocinas para 
estimular esse angiogênese. 
• Perda da adesão intercelular → para essa célula 
começar invadir, ela tem de perder a sua adesão 
com outras células. 
• Invasão da matriz extracelular → as 
células tem de ter a capacidade de invadir 
a matriz (rede complexa de 
macromoléculas que sustenta a pele) 
 
A célula faz essa invasão por meio de 03 
passos principais: aderir a componentes 
da própria matriz extracelular → secretar 
enzimas para degradar essa matriz → 
emitir pseudópodes para poder caminhar. 
 
Ela fica fazendo esses passos em forma 
de ciclo e cada vez ela invade mais o 
tecido. 
• Invasão vascular → elas degradam o vaso para 
entrar. 
• Sobrevivência nos vasos → a célula tumoral tem 
de ser capaz de sobreviver ao choque mecânico 
e ao ataque imunológico 
Uma estratégia para sobreviver ao choque mecânico é 
fazer vários êmbolos de células tumorais e plaquetas 
➔ Como essas células escapam do ataque do 
sistema imunológico? Elas evitam expressar 
alguns antígenos 
 
• Extravasamento vascular → saída do vaso para 
chegar ao órgão alvo. 
Ela vai se aderir as paredes do órgão e sair do vaso por 
meio de interação entre a célula tumoral e moléculas 
endoteliais da parede do órgão. 
• Formação do tumor secundário → elas vão 
invadir a matriz extracelular do órgão alvo e vão 
se estabelecer formando o tumor secundário. 
Não basta somente a célula tumoral chegar no órgão, ela 
tem de ser capaz de se estabelecer e de proliferar 
 
Os tumores tem dois componentes principais: o 
parênquima (célula tumoral que está se proliferando de 
forma autônoma) e o estroma (tecido conjuntivo que 
nutre o tumor) 
Anatomia patológica: 
➔ Macroscópica: 
Nodular: quando ela cresce na intimidade de um órgão 
 
A maioria dos tumores nodulares são benignos! 
 
Ulcerados: tumor que cresce na superfície e essa 
superfície se encontra necrosada 
 
Geralmente ocorre mais nas neoplasias malignas! 
Vegetante: neoplasia em uma superfície de pele e de 
mucosas e esse tumor cresce para fora. 
 
Comum tanto na neoplasia maligna quanto na benigna. 
Infiltrativo: bordas do tumor ficam endurecidas 
 
Comum em neoplasias malignas! 
➔ Microscópica: 
Nas neoplasias benignas o que temos é a observação de 
um crescimento expansivo, em alguns casos 
encapsuladas e essas neoplasias são bem diferenciadas 
(pouca atipia) 
 
Nas neoplasias malignas as células crescem de maneira 
infiltrativa e sem a presença de cápsulas, pode sem bem 
ou mal diferenciadas (na maioria são mal) 
Quando a neoplasia maligna é mal diferenciada, além dela 
não lembrar o tecido de origem ela vai apresentar atipia 
celular. 
 
 
É possível observar áreas necrosadas nas neoplasias 
malignas. 
Relação entre os genes e as neoplasias: 
Toda neoplasia (maligna ou benigna) é uma doença 
genômica (seja alterações genéticas ou epigenéticas). 
 
➔ O que o dogma central da biologia tem a ver 
com as neoplasias? 
Existe genes que tem a função de codificar proteínas 
que estão envolvidas no processo/controle de divisão e 
proliferação celular. 
Se o gene está alterado, a proteína vai se alterar e a 
proliferação e diferenciação também (passa de fisiológica 
para autônoma) 
Existe 04 grupos principais de genes que estão 
envolvidos nas neoplasias: 
• Oncogenes 
• Genes supressores de tumor 
• Genes para apoptose 
• Genes de reparo de DNA 
Protocoongenes → genes cujos produtos (proteínas) 
estimulam a proliferação celular e fisiológica 
Oncogenes: 
Oncogenes → genes cujos produtos (proteínas) 
estimulam a proliferação celular autônoma – sem 
controle. São genes que promovem o surgimento de 
neoplasias 
Todo oncogene surge a partir de alterações nos 
protoocongenes. 
 
 
 
• Situação A – tudo acontecendo normalmente - 
fisiológico 
• Situação B – ocorreu uma mutação no DNA e 
no RNA mensageiro → gero uma proteína 
truncada (alterada) – estimulação proliferação 
celular autônoma 
• Situação C – foi inserido uma sequência 
promotora próximo ao protoocongenes (o 
promotor estimula a transcrição do 
protoocongene) 
Com essa estimulação teremos muito RNA mensageiro 
e muita proteína. A proteína está normal, não foi 
truncada, porém está em quantidade muito maior 
• Situação D – ocorreu o fenômeno de 
amplificação gênica (tinha só uma cópia do gene, 
aí passou a ter várias) 
Aumenta a quantidade de RNA mensageiro e de 
proteínas – proteínas normais, porém em muita 
quantidade 
O gene que sofreu aumento da expressão gênica (C e 
D) começa a produzir muitas cópias da proteína e causar 
a saturação do receptor. Essa causa que era fisiológica 
se torna agora autônoma. 
Genes supressores de tumor: 
São genes cujo proteínas expressam participam do 
controle fisiológico do ciclo celular. 
O gene e a proteína mais famosos são: proteína p53 (a 
guardiã do genoma) e o gene TP53 
É na fase checkpointentre 
G1-S que será feita a 
verificação do genoma da 
célula que está indo se dividir, 
esse mecanismo barra e 
impede a proliferação de 
células mutadas e alteradas. 
Para formação dessa verificação temos a presença do: 
complexo ciclina – CDK (CDK tem concentração 
constante enquanto a ciclina só vai atingir altas 
concentração no final da fase G1. 
Esse complexo tem a função de fosforilar alvos → 
proteína pRB (ela fica segurando um fator de transcrição 
-E2F. 
Quando o complexo fosforila a pRB ela vai liberar o E2F. 
Esse E2F é um fator de transcrição que tem a 
capacidade de se ligar na molécula de DNA e estimular a 
transcrição de determinados genes que são importantes 
para que o ciclo avance para fase S 
 
Toda vez que ocorre uma mutação da célula, ocorre 
também um aumento na expressão da proteína p53 
A p53 vai estimular a síntese da proteína p21 – inibidora 
do complexo ciclina – CDK – para impedir que ocorra a 
multiplicação da célula mutada 
Além disso, a p53 é capaz de liberar enzimas que fazem 
o reparo do DNA – se o reparo for Ok, a concentração 
de p53 cai e o ciclo celular volta a funcionar. Se o reparo 
não tiver dado certo, a p53 estimula a apoptose na célula 
mutada. 
Como nem tudo são flores, podemos ter 
mutações/alterações no nosso gene p53. Se a p53 não 
funciona não teremos a checagem das células e poderá 
a todo instante acontecer a proliferação de células 
mutadas. 
Genes para apoptose: 
A apoptose é de extrema importância para a renovação 
celular – a apoptose é regulada por proteínas 
• Proteínas da família bax → pro apoptóticas 
• Proteínas da família bcl-2 → anti apoptóticas 
Essas duas famílias sempre trabalham em equilíbrio 
 
 
 
 
Se temos mais bax do que bcl-2, teremos mais apoptose 
e até mesmo a morte de células boas. Se temos mais 
bcl-2, teremos acumulo de células 
Proliferação normal, mas apoptose inibida, teremos 
acúmulo de células de forma descontrolada e ter início 
de um processo de neoplasia. 
Genes de reparo de DNA: 
Genes que codificam enzimas para repararem o DNA 
Principais famílias de genes para reparo: 
• Família MMR → responsável por pequenas 
alterações na molécula de DNA 
• Família UVDR → dano envolvendo ação da 
radiação ultravioleta 
Esses genes estão sempre em funcionamento, pessoas 
que tem alteração nos genes de reparo do DNA não 
sintetizam enzimas responsáveis por fazer esse reparo. 
Fenótipo mutador → indivíduo que tem alteração nos 
genes de reparo de DNA e está hiper predisposto a ter 
alterações de protoocongenes, alteração em genes para 
apoptose e na proteína p53. 
 
 
Este resumo pertence a: Karla Karoline Santos Ramos 
O resumo é de uso pessoal, sendo proibida a sua 
comercialização ou distribuição sem autorização prévia 
da autora.

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