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NOÇÕES BÁSICAS DE ONCOLOGIA Conceito: Câncer é o conjunto de mais de 100 doenças que tem em comum o crescimento desordenado de células que invadem os tecidos e órgãos vizinhos. Diferente do crescimento normal das células, as células cancerosas dividem-se rapidamente e tendem a ser mais agressivas e incontroláveis, determinando a formação de tumores, que podem espalhar-se para outras regiões do corpo (metástase). Esse termo não é utilizado em tumores benignos, demonstra-se como sendo tumor maligno. A multiplicação e a diferenciação celular são dependentes de fatores intra e extracelulares que mantêm um equilíbrio da população celular em níveis homeostáticos. Multiplicação celular -------------------------Morte celular: proliferação descontrolada. As neoplasias se caracterizam com: Aumento da proliferação; Pouca diferenciação; SURGIMENTO DO CANCER Estágio de Iniciação: célula normal sofre influência de um agente carcinogêneo (ex: cigarro), causando a primeira modificação celular. Nesta fase não é possível identificar via exame o tumor. Estágio de promoção: Célula iniciada e multada, sofrem influência de agentes promotores que atuam nas células, e se proliferam. Estágio de progressão: Multiplicação celular desordenada e intensa, formando um acúmulo de células em determinado tecido. Neoplasia: nova formação 10% de origem genética; 90-80% (fatores ambientais: genético, cigarro, fast-food) ... NEOPLASIAS Definição: Lesão constituída pela proliferação celular anormal, descontrolada e autônoma, em geral com perda ou redução da diferenciação celular em consequência de alterações nos genes que controlam o ciclo celular. ” Bem delimitado, pouco potencial de invasão de outros tecidos, crescimento lento. Baixa chance de metástase e infiltração teci tual. Expansão Infiltração tecidual, nódulos espalhados, alto potencial de infiltração, metástase, pode atingir a corrente sanguínea. O metabolismo celular é desviado da diferenciação para a proliferação. 1º Células Normais: Formam tecidos e órgãos; 2º: Divisão Celular: Células normais crescem, se reproduzem (duplicação de DNA e morrem). 3º: Célula Multada: Célula normal pode sofrer alteração no material genético (DNA); 4º: Reprodução Celular: Célula multada pode se dividir de maneira desordenada e dar origem ao tumor 5º O câncer: Células multadas invadem outros tecidos e órgãos. NOMECLATURA Neoplasia – (neo= novo + plasis = formação); Tumor – qualquer lesão expansiva (inflamações, hiperplasias, displasias, edemas); Câncer – (Karkinos= caranguejo): qualquer neoplasia maligna NEOPLASIA BENIGNA NEOPLASIA MALIGNA CLASSIFICAÇÃO DOS TUMORES EXCEÇÃO: EPÔNIMOS: Tumor de Burkitt, Tumor de Wilms, Tumor de Hodgkin; NEOPLASIAS DE ORIGEM EMBRIONÁRIA: Blastomas, Teratomas. Comportamento clínico: benigno e maligno; Aspecto microscópico: critérios histomorfológicos; Origem da neoplasia: critério histogenético. Identificação do tecido ou tipo celular que está proliferando: Prefixo + oma BENIGNO Carcinoma: Tumor maligno que reproduz epitélio de revestimento. (Ex: adrenocarcinoma, hepatocarcinoma) Sarcoma: Neoplasia maligna mesenquimal. (Ex: fibrossarcoma, osteossarcoma); MALIGNOS Blastoma =Neoplasia com caraterísticas embrionárias (neuroblastoma) Nome da célula, do tecido ou do órgão reproduzido + os sufixos -oma, - sarcoma ou -carcinoma: EXEMPLOS: Lipoma (tumor benigno que reproduz lipócitos); hemangioma (tumor que reproduz vasos sanguíneos); Condrossarcoma (tumor maligno que forma cartilagem); Hepatoblastoma (tumor maligno que reproduz hepatócitos com características embrionárias); Adenoma (tumor benigno que reproduz glândulas); Adenocarcinoma (tumor maligno que forma glândulas). Propriedades da lesão: carcinoma epidermoide (o epitélio neoplásico produz queratina, com diferenciação semelhante à da epiderme); TERATOMAS Tipos especiais de tumores benignos ou malignos oriundos de células gonadais totipotentes. - São constituídos por vários tipos teciduais: pele, olhos, dentes, cabelo, etc. Os tumores gonadais estão localizados nos ovários e nos testículos e os extragonadais, em geral, são sacrococcígeos, retroperitoneais, mediastinais, de sistema nervoso central e outras localizações mais raras. Os TCG se originam das células germinativas primordiais que são pluripotentes e dão origem aos tecidos embrionários e extraembrionários. COMPORTAMENTO CLÍNICO Benignos – evolução lenta e sem comprometimento com a vida (dependendo do local); Pode levar a morte a depender: volume e localização ( Ex: Adenoma pancreático); Obstrução de órgãos ou estruturas; - Compressão de órgãos; - Produção de substâncias em grandes quantidades (ex. hormônios); - Óbito CARACTERÍSTICAS NEOPLASIA BENIGNA Bem diferenciados (até indistinguíveis das células normais); Discreta atipia celulares e arquiteturais Baixa taxa de divisão celular Células crescem unidas entre si . Ocorre compressão de estruturas vizinhas Células não se infiltram nos tecidos vizinhos Maioria das vezes células formam capsula Não leva a ulceração Não compromete a nutrição do hospedeiro formam uma massa geralmente esférica Não recidivam após ressecção cirúrgica. Ausência de substâncias que levam a caquexia. ASPÉCTOS MORFOLÓGICOS NEOPLASIA BENIGNA Podem ser císticos (líquido ou gelatinoso) ou sólidos. Aspecto macroscópico dos tumores sólidos: Tipo Nodular: Tumor forma massa expansiva que tende a ser esférica. Tumores benignos e malignos em órgãos compactos (fígado, rim, pulmão). Tipo Vegetante: Tumores benignos ou malignos que crescem em superfície (pele e mucosas). Massa de crescimento que pode assumir vários tipos e pode ulcerar-se precocemente. (Aspecto de couve-flor). NEOPLASIAS MALIGNAS Malignos – crescimento rápido, com capacidade de multiplicação em vários sítios e podem levar a morte. Características: Alto índice mitótico; Crescimento rápido do parênquima, o que não ocorre com os vasos sanguíneos, resultando em degenerações, necroses, hemorragias e ulcerações; Crescimento infirmativo, Não apresentam cápsula; As células cancerosas são mais volumosas que as normais, Aumento do núcleo (aumento da relação núcleo/citoplasma); Ocorrem atipias celulares, levando ao pleomorfismo celular. Hipercromasia celular. ASPECTOS MORFOLÓGICOS NEOPLASIAS MALIGNA Tipo Infiltrativo: Exclusivo dos tumores malignos. Ocorre infiltração maciça da região acometida, mas sem formar nódulos. Tipo Ulcerado: Quase exclusivo de neoplasias malignas, sofre ulceração precoce. Lesão cresce infiltrando tecidos adjacentes e ulcerase no centro, formando uma “cratera”. Angiogenese: Formação de novos vasos para nutrição tumoral; - Tumores > 2mm (dependência vascular) Biossíntese mais simplificada: - Glicólise e metabolização proteica, - Produção de proteínas de fase embrionária (catalisam vias menos complexas), - Funções celulares inativadas ou comprometidas, - Ação espoliadora (grande capacidade de captar e sintetizar proteínas) Expansão clonal: células produzam diferentes tipos de outras células tumorais 1º célula normal induz a carcinogêneas; 2º quando se ramifica e se divide, vai se proliferar em células idênticas a ela, mas também diferentes Fase de progressão: proliferação de células tumorais variantes (diferentes) Tem-se então a formação do tumor com vários tipos de células tumorais. Agregando características específicas das células Menor adesividade: fibronectina e caderinas, Irregularidades na membrana citoplasmática, etc; Crescimento autônomo Sem estímulo de FC, Motilidade maior Resultado da menor adesividade, Capacidade de invasão e de originarmetástases Disseminar e formar novas colônias tumorais. METÁSTASE Do grego: "metástatis" Mudança de lugar ou transferência, através do sistema sanguíneo ou linfático. “Formação de uma nova lesão tumoral a partir da primeira, mas sem continuidade entre as duas”. Gerando uma lesão secundária que pode ser igual ou não a primeira. Sem continuidade ou conexão com a primeira CASCATA METASTÁTICA 1. Invasão da matriz extracelular 2. Disseminação 3. Crescimento secundário A disseminação ocorre pelo sistema sanguíneo ou linfático Os principais órgãos afetados são: fígado e pulmão. 1- Invasão da matriz: EXTRACELULAR Destacamento das células tumorais (perda da adesividade) Deslocamento (fatores quimiotáticos); Migração (Degradação da matriz extracelular); Ligação a componentes da M.E.C.. Primeiramente ocorre o afrouxamento das junções intercelulares e separação das junções intercelulares. Aumentando a ligação com tecido abaixo, através de substancias que produz irá causar uma degradação da MEC, ficando mais fácil da célula migrar e invadir o tecido abaixo. DISSEMINAÇÃO Invasão de vasos sanguíneos ou linfáticos - Sanguíneos: acomete órgãos distantes - Linfáticos: principal via, acomete linfonodos regionais (sentinela) - Cavidades do corpo - Transplantação Sobrevivência na circulação Adesão ao endotélio do órgão e saída dos vasos; CRESCIMENTO SECUNDÁRIO Fatores quimiotáticos (migração para outro tecido) produzidos no órgão- alvo Fatores de crescimento produzidos noórgão-alvo, Capacidade de angiogênese Intravasamento: entrando para o vaso Carcinomas e locais preferenciais de metástase (Quadro no slide). Apesar de existirem alguns fatores que indiquem a maior probabilidade de desenvolver metástase em determinado local, a precisa localização da metástase não pode ser prevista em nenhum tipo de câncer. Morfologia: microcopia: Núcleo da célula cumenta de tamanho; Células mais coradas, pleomorfismo diferentes de formato e tamanho). CARCINOGENSE É um processo complexo em múltipas etapas, tanto no nivél fenótipo quanto genético. As neoplasias são resultados de agressões ambientais em um indivíduo geneticamente suscetível que culminam com o surgimento de clones de CÉLULAS IMORTALIZADAS (EXPANSÃO CLONAL). O processo de formação do câncer é chamado de carcinogênese ou oncogênese e, em geral, acontece lentamente, podendo levar vários anos para que uma célula cancerosa prolifere-se e dê origem a um tumor visível. Os efeitos cumulativos de diferentes agentes cancerígenos ou carcinógenos são os responsáveis pelo início, promoção, progressão e inibição do tumor. A carcinogênese é determinada pela exposição a esses agentes, em uma dada frequência e em dado período de tempo, e pela interação entre eles. Devem ser consideradas, no entanto, as características individuais, que facilitam ou dificultam a instalação do dano celular. Esse processo é composto por três estágios: • Estágio de iniciação: os genes sofrem ação dos agentes cancerígenos, que provocam modificações em alguns de seus genes. Nessa fase, as células se encontram geneticamente alteradas, porém ainda não é possível se detectar um tumor clinicamente. Elas encontram-se "preparadas", ou seja, "iniciadas" para a ação de um segundo grupo de agentes que atuará no próximo estágio. Estágio de promoção: as células geneticamente alteradas, ou seja, "iniciadas", sofrem o efeito dos agentes cancerígenos classificados como oncopromotores. A célula iniciada é transformada em célula maligna, de forma lenta e gradual. Para que ocorra essa transformação, é necessário um longo e continuado contato com o agente cancerígeno promotor. A suspensão do contato com agentes promotores muitas vezes interrompe o processo nesse estágio. Alguns componentes da alimentação e a exposição excessiva e prolongada a hormônios são exemplos de fatores que promovem a transformação de células iniciadas em malignas. • Estágio de progressão: se caracteriza pela multiplicação descontrolada e irreversível das células alteradas. Nesse estágio, o câncer já está instalado, evoluindo até o surgimento das primeiras manifestações clínicas da doença. Os fatores que promovem a iniciação ou progressão da carcinogênese são chamados agentes oncoaceleradores ou carcinógenos. O fumo é um agente carcinógeno completo, pois possui componentes que atuam nos três estágios da carcinogênese. Crescimento excessivo; Invasão local Capacidade de formar metástase distantes = progressão tumoral. DIFERENÇA ENTRE AS NEOPLASIAS Gerado a partir de uma única. Célular. Células variantes podem morrer. Progressão fora diversas células semelhantes a ela. Clones formam células diferentes. Clones que sobrevivem agregam características específicas aos tumores. GENES REGULATÓRIOS ALVO: Protooncogenes → oncogênese (produzem FC e ↑ receptores) causam o desenvolvimento tumoral, esperam que ocorram o processo de iniciação, estão presentes no corpo. Genes supressores de tumores (p53 e pRb) *: Produzem fatores de crescimento e os receptores para o agente carcinogênico Genes de Apoptose (inativação da familia Bax): eliminação por apoptose das células que já estão velhas. Se inativada, o tumor se prolifera, as células não sofrem apoptose, o tumor cresce. Genes de reparo do DNA (inativação): impossibilita o reparo celular. Supressores: p53 (inibidor, impede o crescimento do tumor); Prb: (responsável por síntese da telomerase), produz o telomero para que proteja o cromossomo da lesão e do desenvolvimento tumoral. VIA DA P53 P53 NORMAL P53 com célula multada Via inativada 1º Reparo celular do DNA 2º Apoptose Sem reparo e Sem apoptose Favorece a proliferação celular. P53 é um gene supressor tumoral, que codifica uma fosfoproteína nuclear que desempenha um papel importante no controle do cic lo celular, no reparo do DNA e na indução da apoptose. Em condições de stress, particularmente por indução de dano no DNA, a proteína p53 bloqueia o ciclo celular, permitindo dessa forma o reparo do DNA ou promovendo a apoptose. Estas funções são efetuadas pela capacidade transcricional da proteína p53 que ativa uma série de genes envolvidos na regulação do ciclo celular Quando multada A forma multada da p53 é incapaz de controlar a proliferação celular, resultando em reparo ineficiente do DNA e na emergência de células geneticamente instáveis. Mutações do gene p53 são consideradas as alterações genéticas mais freqüentes nos tumores malignos humanos, ocorrendo em cerca de 60% das neoplasias. Nas hemopatias malignas essas alterações são observadas com menor freqüência que em tumores sólidos estando, porém diretamente relacionadas com aqueles casos que apresentam evolução clínica desfavorável. O termo "guardiã do genoma" atribuído à proteína p53 é decorrente da sua função como "policial molecular", monitorando a integridade do genoma e impedindo a proliferação de células com DNA mutado. No caso de lesão no DNA por agentes físicos tais como radiação ultravioleta, raios gama ou ainda, por produtos químicos mutagênicos, o gene p53 é ativado, levando à transcrição da proteína p53. O acúmulo dessa proteína no núcleo da célula inibe o ciclo mitótico no início da fase G1 e ativa a transcrição de genes de reparo do DNA, impedindo desta forma a propagação do erro genético para as células filhas. No entanto, se o reparo do DNA não for efetuado de forma satisfatória, a proteína p53 dispara o mecanismo de morte celular programada denominado apoptose. A capacidade regulatória da transcrição de genes envolvidos na apoptose pode resultar na ativação do gene bax cujo produto de transcrição, a proteína bax, irá inibira ação antiapoptótica do gene bcl. No início do ciclo mitótico, o gene p53 ativa transcricionalmente o gene p21, induzindo a síntese da proteína 21 (p21), cuja função é inibir a ação das quinases dependentes de ciclina (CDKs), fazendo com que as células parem na fase G1 do ciclo celular, até que se complete o reparo do DNA. A sua inativação impede o reparo celular e a apoptose, contribuindo para a proliferação celular. VIA DA Rb (gene tipo de câncer) Retinoblastoma (câncer da retina de crianças especifico) Proteína Rb ligada a proteína E2F. Fosforilação ATP-ADP Separação das proteínas. Proteína E2F migra para o núcleo para induzir a progressão da célula. É fosforilado mais rápido induzindo a E2F ocasionar a proliferação celular intensificando o processo. CDK fosforilação da proteína Rb Proteínas ligadas Fase da divisão celular Atua no núcleo Produzindo proteína necessária para divisão células. Proteína Rb sintetiza Telomerase Regula a divisão celular ETAPAS DA CARCINOGENESE Iniciação - o agente carcinogênico induz alterações genéticas permanentes nas células, 2. Promoção - a célula iniciada é estimulada a proliferar, ampliando o clone transformado, 3. Progressão - clone transformado prolifera e o tumor cresce, 4. Disseminação - surgem células com potencial metastatizante e a neoplasia se desenvolve em sítios distantes de sua origem. DIFERNÇA ENTRE A NEOPLASIA BENIGNA X MALIGNA Benignos: evolução lenta e sem comprometimento com a vida (dependendo do local), apresenta baixa taxa de divisão celular, células não se infiltram em tecidos vizinhos, células crescem unidas entre si (tumores encapsulados), não recidivam após ressecção cirúrgica e não há presença de ulcerações. Malignos: crescimento rápido, com capacidade de multiplicação em vários sítios e podem levar a morte. Apresenta alta taxa de divisão celular, crescimento infiltrativo, compromete a nutrição do hospedeiro, pode haver recidiva após cirurgia, superfície de corte não homogênea e não apresenta cápsula Estágios da Carginogenese Estágio de iniciação: Quando uma célula normal sofre influência de agentes iniciadores que geram alteração genética da célula. Estágio de promoção: Os agentes promotores, podendo ser os mesmos agentes iniciadores ou não, continuam incentivando as mutações e proliferações de células que passaram pelo estágio de iniciação. Estágio de progressão: As células mutadas se proliferam de forma desordenada, se acumulam em uma região e geram o tumor. A detecção do tumor é possível a partir do estágio de promoção. Expansão Clonal A expansão clonal descontrolada de uma célula, que geralmente provoca a invasão dos tecidos adjacentes e disseminação metastá tica, produz câncer. As alterações genéticas iniciais nessa célula que desencadeiam proliferação aberrante são acompanhadas pelo acúmulo de mutações adicionais entre os descendentes genéticos. Proteína Rb - Dado que a pRb é um dos principais interruptores do progresso da divisão celular, sua perda pode possibilitar que as células entrem inapropriadamente em ciclos de divisão celular(1) – eventualmente levando à ocorrência de câncer. O gene Rb, que é considerado um gene supressor de tumor, foi descoberto por meio dos estudos de um câncer raro, o retinoblastoma, que surge de células da retina que são convertidas ao estado canceroso por um pequeno número de mutações. Esse câncer, que originou o nome Rb, ocorre na infância, afetando 1 a cada 20 mil crianças, e se desenvolve a partir de células precursoras neurais presentes na retina imatura(1). Esse gene é disfuncional em vários tipos de câncer bastante comuns, incluindo os carcinomas de pulmão, de mama e de bexiga. Entretanto, essas enfermidades são produzidas por uma série de mudanças genéticas muito mais complexas do que aquelas do retinoblastoma, aparecendo em fases mais tardias da vida e em outros tecidos corporais. Parece, no entanto, que em todos eles a perda do Rb frequentemente é a principal etapa que leva à malignidade – estado em que as células cancerosas migram e invadem outros tecidos do organismo, caracterizando a metástase(1).
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