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Atenção Básica em Odontologia - Planejamento e aspectos de normalidade

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ATENÇÃO BÁSICA EM ODONTOLOGIA
A atenção básica em odontologia é o primeiro contato do aluno de odontologia com a clínica e os pacientes.
É nesta etapa onde o aluno sente o “gostinho” de como é ser um dentista, porém com procedimentos mais simples e iniciais, não deixando de serem extremamente importantes para o seu aprendizado e também para a sociedade.
 SEQUENCIA CLÍNICA DE PROCEDIMENTOS 
Cada faculdade deve ter o seu sistema próprio de protocolos clínicos e também da ordem de procedimentos, porém não fogem muito de um certo padrão. No meu caso, dividimos cada etapa inicial por seção, para ter uma maior atenção em cada procedimento e não preocupar o aluno em relação ao tempo de atendimento.
Exame clínico do paciente;
Exame de PSR;
Periograma e Exames radiográficos;
Índice de placa + orientação de higiene bucal + profilaxia profissional
Odontograma
 DIVISÃO DO PLANEJAMENTO CLÍNICO
I. PLANEJAMENTO CLÍNICO GERAL
· Será apresentado em tópicos pelo número de sessões a serem realizadas;
· Utilizaremos as informações iniciais (exame clínico, psr, periograma, exames radiográficos, índice de placa, orientação de higiene oral e odontograma)
· SEQUÊNCIA DAS ESPECIALIZAÇÕES À SEGUIR:
1. Adequação do meio bucal: vedamento de cavidade coo CIV convencional (cimento de ionômero de vidro) e remoção da dor;
2. Cirurgia: remoção do dente previamente condenados e restos radiculares;
3. Periodontia: após termos realizado o diagnóstico da doença periodontal, devemos prever quantas sessões e o que faremos (ex: raspagem)
4. Endodontia: aproximadamente 4 sessões por dente, dependendo do tipo de procedimento;
5. Dentística: iniciar pelas restaurações dos elementos posteriores de preferência;
6. Próteses fixas, totais ou parciais: reabilitação protética.
*OBS: você não fará as disciplinas mais complexas na atenção básica, porém é sempre bom ter noção da ordem clínica inicial (lembrando que cada caso é um caso e essa ordem pode ser modificada de acordo com as orientações dos seus professores)
· EXEMPLO PLANEJAMENTO GERAL POR SESSÃO EM ATENÇÃO BÁSICA:
1. Adequação do meio: curetar superficialmente as cáries paralisadas e selar com CIV o elemento 21;
2. Raspagem supragengival dos sextantes 1,2 e 3;
3. Raspagem supragengival dos sextantes 4,5 e 6;
4. Restauração em resina composta, classe 2 no elemento 37;
5. Restauração em resina composta, classe 5 nos elementos 13 e 23;
*OBS: o planejamento geral deverá ser assinado e conferido pelo professor do corredor e também assinado pelo paciente, que deverá estar ciente do tratamento proposto.
II. PLANEJAMENTO ESPECÍFICO 
· Esse planejamento é o seu melhor amigo! (sério...). Ele deve te acompanhar em todos os atendimentos e nele deverá estar escrito, passo a passo, todo o procedimento que será realizado no seu dia de atendimento. Além de ser obrigatório, ele te auxiliará em um possível “branco” que te de na hora e te ajudará a lembrar a ordem do procedimento e se está faltando algum material.
· Nele, deverá conter os seguintes itens:
1. Descrição do procedimento;
2. Materiais utilizados;
3. Ordem do atendimento correta;
4. Como será feita a manobra do procedimento;
5. Se possível, em casos de exame de ICDAS, por exemplo, marcar os ESCORES para facilitar para você caso tenha esquecido.
6. Nome do paciente e seu código;
7. Número de tubetes anestésicos e de filmes radiográficos (ambos SE necessários);
8. Códigos dos procedimentos (se for igual a minha faculdade).
 DIAGNÓSTICO
· Sintomas: são dados fornecidos pelo paciente, como por exemplo: dor, ardor, comichão, prurido, cansaço, ansiedade, aumento de temperatura, dificuldade de deglutição etc.
1. Primários ou diretos: correspondem à queixa principal do paciente, o motivo que trouxe à consulta;
2. Secundários ou indiretos: originados de alguma perturbação funcional.
· Sinais: são dados observados por você e alguns casos pelo próprio paciente, como elevações, úlceras, manchas estalidos da ATM etc.
· Sinais ou sintomas Patognomônicos: exclusivos de uma determinada doença. Ex: Papila invertida na GUNA;
· Quadro clínico ou sintomatologia: é o conjunto de sinais e sintomas obtidos no exame clínico;
· Sinais e sintomas prodrômicos ou preditivos: o paciente percebe que irá desenvolver a patologia. Ex: Herpes
· Prognóstico: É a afirmação da provável evolução de uma moléstia. Poderá ser bom, reservado ou ruim.
· Proservação: É o acompanhamento do paciente, avaliando-se os resultados dos tratamentos.
 EXAME CLÍNICO
 ANAMNESE
EXAME CLÍNICO EXAME FÍSICO GERAL
 EXAME FÍSICO EXTRA BUCAL
 EXAME FÍSICO LOCO-REGIONAL 
 INTRA BUCAL
· MANOBRAS SEMIOTÉCNICAS MAIS UTILIZADAS:
1. Inspeção (visual)
2. Palpação
3. Raspagem com espátula de madeira
· ANAMNESE
1. Realizada com as palavras do paciente;
2. Deve conter a queixa principal e duração (motivo da consulta)
3. Há quanto tempo a queixa ocorre;
4. A história da doença atual (pergunte ao paciente como apareceu a lesão)
· EXAME FÍSICO GERAL
1. Realizado com palavras suas;
2. Aferir a pressão arterial e o pulso radial;
3. Temperatura corpórea e respiração.
· EXAME FÍSICO LOCO-REGIONAL EXTRA BUCAL
1. Averiguar se há presença de deformações; perdas externas;
2. Tegumentos: manchas, feridas, pintas (efélidas);
3. Hábitos parafuncionais;
4. Hipertrofia do masséter;
5. Assimetria facial;
6. ATM e cadeias ganglionares
· CADEIAS GANGLIONARES
1. SUBMANDIBULAR: 
-Localização: situados entre a glândula submandibular e a face medial da mandíbula
-Palpação: bi digital
-Posição do dentista: atrás do paciente com uma mão espalmada sobre a cabeça levemente inclinada para baixo e para o lado a ser palpado. O polegar apoia-se sobre a mandíbula.
2. SUBMENTONIANA:
-Localização: entre os ventres anteriores, divergentes dos músculos digástricos.
-Palpação: bi digital
-Posição do dentista: fica à frente do paciente que está com a cabeça inclinada para baixo. Uma mão na cabeça e a outra com o dedão no mento, fazendo palpação bi digital.
3. CERVICAIS:
-Localização: região cervical (pescoço)
-Palpação: digital
-Posição do dentista: atrás do paciente
4. PRÉ E PÓS AURICULAR + ATM
-Localização: Pré: Estão superficialmente à glândula parótida anteriormente ao pavilhão auricular. Pós: localizam-se lateralmente sobre o processo mastóide e posteriormente ao pavilhão auricular.
-Palpação: bidigital, lateral
-Posição do dentista: atrás do paciente, bilateralmente apalpando a região anterior ao tragus até a região atrás da orelha, apalpando ao mesmo tempo a ATM.
· TIPOS DE LINFONODOS
	 NEOPLÁSICO
	 INFLAMATÓRIO
	INFARTADO(FIBROSO)
	 FISTULADO
	· RUGOSO
· ADERIDO
· INDOLOR
	· LISO
· MÓVEL
· DOLORIDO
	· LISO
· MÓVEL
· INDOLOR
	· Está drenando substância purulenta para o meio externo
· EXAME FÍSICO LOCO-REGIONAL INTRABUCAL:
i. Materiais: conjunto do exame clínico (espelho, sonda e pinça), gaze e espátula de madeira;
ii. Inspecionar lábios interno e externo;
iii. Ver mucosa e comissura labial;
iv. Analisar mucosa jugal e apalpa-la;
v. Analisar língua em todas suas superfícies;
vi. Verificar região sublingual (assoalho bucal)
vii. Inspeção palatal;
viii. Palato mole, úvula palatina e região da orofaringe;
ix. Rebordo alveolar;
x. Raspagem: utilizada principalmente em lesões brancas que aparecem em forma de placas.
 LESÕES MAIS COMUNS
· LESÕES ENEGRECIDAS: (mancha ou máculas) – são alterações da coloração normal da mucosa, sem que ocorra elevação ou depressão;· LESÕES BRANCAS: (placas) – são ligeiras elevações mais extensas do que altas (espessa), bem delimitadas, e cedem à raspagem.
· EROSÃO: representa a perda parcial do epitélio sem exposição do tecido conjuntivo subjacente. Clinicamente, a área afetada possui o centro da lesão eritematoso, brilhante e em alguns casos, dolorida. Estas lesões envolvem perda da camada externa da mucosa e não deixam cicatrizes ao se regenerarem.
· ÚLCERA: base: mole, endurecida ou infiltrada. Bordas: cortadas, perfuradas, elevadas, deprimidas, irregulares, suaves, destruídas, sendo elas flácidas ou duras. Fundo: liso, limpo, necrótico, granuloso, brilhante, esbranquiçado, hemorrágico. Forma: redonda, oval, irregular.
· VESÍCULA: são elevações circunscritas, contendo liquido em seu interior e não ultrapassando 3 mm. Vesículas próximas uma das outras podem se coalescer e formar uma bolha (diferença entre bolha e vesícula: tamanho)
· PÁPULAS: são elevações superficiais circunscritas menores que 3 mm e de conteúdo sólido. Podem ser sésseis ou pediculares, de cor vermelha, amarela, branca ou vermelho-azulada, sendo a superfície erodida, lisa, rugosa, verrucosa ou recoberta por descamações epiteliais pontiagudas ou achatadas.
· NÓDULOS: são lesões sólidas circunscritas, de localização superficial ou profunda, formada por tecido epitelial conjuntivo ou misto, maior que 3 mm.
 VARIAÇÕES DE NORMALIDADE DA CAVIDADE BUCAL MAIS COMUNS
· QUEILITE ACTÍNICA: úlcera ou erosão na região de vermelhidão dos lábios, provocada pela exposição solar; 
· QUEILITE ANGULAR: inflamação e pequenas fissuras em um ou ambos os cantos da boca; comum em pacientes edêntulos, com perda de dimensão vertical;
*obs: essas são lesões comumente encontradas nos pacientes, mas não são normalidades.
· MUCOSA PALATINA:
-Palato duro: rósea claro;
-Palato mole: rósea ou amarelado (glândulas de adipócitos);
-Pregas palatinas: desdentados podem ter trauma nesta região por conta da prótese.
· FRANJAS LINGUAIS: são projeções fibrosas encontradas na borda lateral da língua, podendo ser bilaterais;
· CARÚNCULAS SUBLINGUAIS: aglomerado de pequenas pápulas, localizado na frente do freio lingual. Na carúncula sublingual, desemboca-se toda saliva produzida pelas glândulas submandibulares e sublinguais. A saliva possui muito cálcio, podendo gerar cálculos responsáveis pela patologia MUCOCELE
· DUCTO PAROTÍDEO OU DUCTO DE STENON: localizados bilateralmente na mucosa julgal, na região de 1º e 2º molar. São responsáveis por drenar a saliva da parótida
· LEUCOEDEMA: é considerado um edema intra-epitelial (resto de epitélio que ficou na cavidade); 
- Apresenta maior predileção pela raça negra;
- Não apresenta sintomatologia dolorosa, sendo um achado clínico;
- Encontrado somente na mucosa julgal bilateral;
- Coloração: branco acinzentado (aspecto esfumaçado);
- Manobra: tracionar a mucosa, caso desapareça, é um leucoedema;
- Patologia: caso não desaparecer, possivelmente será líquen plano.
· PIGMENTAÇÃO RACIAL MELÂNICA: é uma variação cromática de normalidade comum na raça negra;
- Não se restringe apenas a mucosa gengival, pode acometer toda a mucosa da cavidade;
- Apenas alteração cromática;
- Apresenta-se como manchas acastanhadas ou enegrecidas, não invadindo a mucosa gengival marginal (livre).
· EXOSTOSE E TÓRUS: são excrescências ósseas, que limitam-se à cortical óssea;
- Sua nomenclatura depende da localização anatômica;
- Aumento na palatina da maxila -> Tórus palatino;
- Lingual da mandíbula -> Tórus mandibular;
- Qualquer outra região é exostose;
- Como reconhecer um Tórus? R: fazer a palpação para examinar a consistência (endurecido), superfície da mucosa é lisa e integra, não aumenta de tamanho, sendo simétrico e assintomático.
· GRÂNULOS DE FORDYCE: apresenta-se clinicamente como múltiplas pápulas de coloração amarelada (salpicadas), assimétrica e são um achado clínico;
- São glândulas sebáceas ectópicas;
- Localização: vermelhidão dos lábios, mucosa julgal.
· GLOSSITE ROMBOIDE MEDIANA: é a presença do tubérculo ímpar remanescente (na vida intrauterina, quando ocorre a fusão da língua, o tubérculo ímpar fica entreposto às duas partes da língua.
- Clinicamente, localiza-se à frente do ‘’V’’ lingual e apresenta região avermelhada e despapilada;
- Assintomática;
· LÍNGUA PILOSA: em alguns pacientes, as papilas filiformes são mais proeminentes, gerando a língua pilosa no dorso da língua;
- Se o paciente não higienizar essa região corretamente, poderá causar uma Candidíase (infecção fúngica);
- Quando o paciente tem língua pilosa e fuma, geralmente causa a Língua pilosa negra;
- Tratamento: orientar a escovação da língua;
· LÍNGUA FISSURADA: ocorre a má formação da língua com presença de fissuras (sulcos mais pronunciados);
- É assintomático, portanto, caso o paciente não realize correta limpeza, também poderá ocorrer a Candidíase, gerando muita ardência na região;
- Tratamento: indicar escova extra-macia e cremes dentais naturais a base de camomila ou leite de magnésio;
· LÍNGUA GEOGRÁFICA (GLOSSITE MIGRATÓRIA BENÍGNA, GLOSSITE MIGRATÓRIA): são papilas filiformes atrofiadas que se apresentam em um processo de despapilação e repapilação;
- Etiologia: relacionada à distúrbios psicogênicos (estresse emocional);
- Para muitos autores, a língua geográfica é hereditária;
- Característica clínica de um ‘’mapa’’;
- A região despapilada apresenta um halo esbranquiçado;
· VARICOSIDADES LINGUAÍS: é uma dilatação das veias localizadas no ventre lingual e borda lateral da língua;
- São veias com caminhos sinuosos;
- Em caso de trauma, fazer esclerose química do local.
· MUCOSA MORDISCADA: variação derivada pelo hábito do paciente de morder a mucosa;
- Trauma de baixa intensidade e longa duração que apresenta coloração esbranquiçada;
- Devido ao estímulo da mordida, o epitélio fica espesso com aspecto de “ruído de traça”;
- Localizado: mucosa julgal e mucosa labial.
- LINGUA CRENADA

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