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DEFINIÇÃO – Primeiros Socorros são as providências iniciais que devem ser adotadas em acidentes com vítimas, a fim de minimizar o sofrimento e evitar o agravamento das lesões. SOCORRISTA – CARACTERÍSTICAS: • Não precisa ser da área de saúde; • Deve ser calmo e solidário; • Ter controle da situação, não agindo por impulsividade; • Não ser omisso. Porém, limitar-se a fazer o que sabe; • Não agir sob risco à sua própria segurança. Primeiras ações – os primeiros CINCO MINUTOS são de vital importância para as vítimas. Não perca tempo: ▪ Estacione seu veículo em local seguro; ▪ Sinalize o local; ▪ Chame o socorro especializado. Estacionando o veículo e sinalizando o local: o Estacione preferencialmente, FORA DA PISTA; NÃO NO ACOSTAMENTO, PORQUE ELE TAMBÉM É PISTA o Use o triângulo, galhos, arbustos, papelão, lata... Resolução 36 do CONTRAN: Estabelece a forma de sinalização de advertência para os veículos que, em situação de emergência, estiverem imobilizados no leito viário. Os passos devem ser longos e dados por um adulto. Deve ser feito com cuidado e com auxílio de outra pessoa. Não fazer em curvas. Extensão suficiente par quem vê, visualizar a sinalização antes mesmo do acidente. Chamando o resgate – telefones úteis: 190 (PM) Polícia Militar – quando em vias urbanas e rodovias estaduais; 191 (PRF) Polícia Rodoviária Federal – quando em rodovias federais; 192 (SAMU) – Serviço de Atendimento Móvel de Urgência; 193 (COBOM) – Corpo de Bombeiros – quando em cidades com estes serviços. Chamando o resgate – esteja pronto para passar informações úteis, como: Vias Locais I 30 KM/H I 30 PASSOS LONGOS I 60 PASSOS LONGOS ❖ Localização exata do acidente; ❖ Quantos veículos envolvidos; ❖ Número aproximado de vítimas e lesões aparentes; ❖ Tipo do acidente (carro, moto, atropelamento...; ❖ Se há vítimas presas às ferragens; ❖ Se há vazamento de combustíveis ou produtos perigosos. Omissão de socorro: ▪ Art. 304 CTB – pena pode variar de 6 meses a 1 ano; ▪ Infração grave (5 pontos) – quando solicitado pela autoridade a pessoa se recusar a prestar o socorro; (NÃO É NECESSARIAMENTE O ENVOLVIDO NO ACIDENTE, PODE SER UMA PESSOA QUE ESTEJA PASSANDO PELO LOCAL QUE NEGOU O SOCORRO); ▪ Infração Gravíssima (FATOR AGRAVANTE x5) + Susp. Direito de Dirigir – quando pessoa envolvida em acidente deixar de prestar o socorro. Prioridade na prestação de socorro: A QUEM PRESTAR SOCORRO PRIMEIRO? 1. Vítimas inconscientes – avalie o estado de consciência da vítima; 2. Vítimas com parada respiratória – avalie se a vítima respira; 3. Vítimas com parada cardíaca – verifique a pulsação da vítima (melhor artéria é a carótida no pescoço); NÃO FAÇA COM O DEDO POLEGAR, PORQUE TEM PULSAÇÃO PRÓPRIA. 4. Vítima com hemorragia – identifique sangramentos abundantes. Não é a vítima em estado mais grave que tem prioridade de socorro. Após ter estabelecido a prioridade de socorro, você precisará agir com a vítima, avaliando os seus SINAIS VITAIS. SINAIS VITAIS – são parâmetros que servem para avaliar o quadro clínico da vítima. 1) Respiração: o normal para um adulto está entre 16 e 20 movimentos respiratórios por minuto (MRPM). SOFRE VARIAÇÃO A DEPENDER DA IDADE DA VÍTIMA, QUANTO MAIS NOVO, MAIS QUANTIDADE. 2) Pulsação: o normal para um adulto está entre 60 e 80 pulsações por minuto (BPM). 3) Pressão Arterial: o normal para um adulto é 120x80 (MMHG). Difícil de ser constatado pelo socorrista. 4) Temperatura Corporal: entre 36° e 37° é considerado normal. Não sofre variação com a idade. PARADA RESPIRATÓRIA – em acidentes de trânsito, normalmente ocorre por dois motivos: ▪ Contração muscular – ocorre em razão da pancada sofrida no diafragma; ▪ Obstrução das vias aéreas - (boca, nariz e garganta). TEM QUE TENTAR DESOBSTRUIR. PARADA RESPIRATÓRIA – técnica “boca a boca” em adultos ou “boca a boca-nariz” em bebês: a. Incline a cabeça da vítima; b. Pressione as narinas da vítima; c. Coloque a boca sobre a da vítima e sopre o ar; d. Deixe-a expirar livremente; e. Repita cerca de 12 a 15/18 vezes por minuto. São empregados termos específicos para definir as alterações dos padrões respiratórios, tais como: ▪ Eupnéia: respiração normal, com movimentos regulares, sem dificuldades; ▪ Apnéia: é a ausência dos movimentos respiratórios; ▪ Dispnéia: dificuldade na execução dos movimentos respiratórios; ▪ Bradipnéia: diminuição da frequência respiratória; ▪ Taquipnéia: aumento da frequência respiratória. PUPILA – conhecida como “meninas dos olhos” é um ponto escuro no centro do olho. ▪ Miose – quando expostas à luz ficam contraídas; ▪ Midríase – ao escuro ficam dilatadas. PENUMBRA ▪ Obs.: Numa parada cardíaca as pupilas ficam dilatadas. ▪ ASSIMÉTRICAS SÃO ANISOCÓRICAS. PARADA CARDÍACA – é a ausência de batimentos cardíacos (pulsação, verificar com os 2 dedos acima da artéria carótida “no pescoço”). Proceda da seguinte forma: A. Coloque a vítima em decúbito dorsal (costas para trás, para o chão); B. Faça compressão com as mãos sobre o “esterno” (osso no meio do peito), dois dedos acima do diafragma; C. Execute esta manobra cerca de 60 vezes por minuto; BRAÇOS ESTICADOS D. Persista com a manobra até a chegada do resgate. NÃO EXISTE TEMPO LIMITE Obs.: A compressão deve ser rápida e forte. A força depende da estrutura física da vítima (em bebês ATÉ 2 ANOS utilize apenas dois dedos); MANOBRAS DE RESSUCITAÇÃO CÁRDIO-RESPIRATÓRIA (RCP) – paradas cardíaca e respiratória, simultaneamente. HEMORRAGIA – é a perda de sangue devido ao rompimento de uma artéria, veia ou vaso sanguíneo. ▪ Hemorragia Arterial – proveniente de uma artéria. SANGUE SAI ESGUICHADO EM JATO, VOLUME MUITO MAIOR, SANGUE EM COR VERMELHO RUTILANTE, VERMELHO FORTE, RECENTE, VIVO. ▪ Hemorragia Venosa – proveniente de uma veia; SANGUE SAI ESCORRIDO, VERMELHO MAIS ESCURO, PORQUE ELE JÁ ESTÁ ENTRANDO EM ESTADO DE COAGULAÇÃO. ▪ As provenientes de vasos capilares são hemorragias pequenas e não chegam a cair na prova, pois não oferece grandes riscos à vítima. Obs.: as hemorragias arteriais são as mais perigosas e difíceis de ser controladas. Hemorragias internas: socorrista não sabe de ondem vem, não sabe a origem. Sintomas: palidez, sede (não pode dar nenhum tipo de líquido), queda de pressão e temperatura baixa; Procedimentos: lateralizar a cabeça e controlar os sinais vitais. Obs.: Hemorragia Nasal – cabeça abaixada, compressão por 10 minutos e bolsa de gelo ou compressa gelada. Hemorragias externas: Sintomas: palidez, queda de pressão e temperatura baixa; Procedimentos: comprimir o local com pano, gaze ou mão. ELEVAR A PARTE LESADA. Temperatura Corporal – Febre (acima de 37º) ou Hipotermia (abaixo de 36º). Normal 36-37 Febre – temperatura corporal acima de 37° Procedimentos: ▪ Desagasa lhe a vítima; ▪ Se possível dê banho de imersão na temperatura corporal; ▪ Faça compressas frias na testa, axila e pescoço. Hipotermia: temperatura abaixo de 36°. Procedimentos: agasalhe a vítima; mantenha-a aquecida. Obs.: Em nenhuma hipótese ofereça medicamentos ou bebida alcóolica. LESÕES NA COLUNA: para diagnosticar este tipo de lesão, provoque estímulos físicos, testando sua capacidade de mobilidade e sensibilidade (provocar com estímulos, um exemplo tocar com uma caneta). Caso a suspeita se confirme, imobilize a região do pescoço utilizando um colar cervical (QUE SERVE PRA IMOBILIZAR A REGIÃO DO PESCOÇO), mesmo que improvisado. Se necessário transportá-la utilize uma maca ou qualquer outro material que permita a imobilização total da vítima. O IDEAL É NÃO MEXER A VÍTIMA, SÓ SE FOR COMPROVADAMENTE NECESSÁRIO. Tenha muito cuidado, pois a lesão na coluna pode deixar a vítima permanentemente paraplégica. Existem fraturas do tipo fechadas onde há rompimento do osso, mas não houve rompimento do tecidomuscular. E existem faturas expostas onde há o rompimento do osso e esse osso rompe também músculos e pele ficando exposto. FRATURAS, ENTORSES e LUXAÇÕES Procedimentos: imobilize a região afetada (prenda e, 4 pontos); Aplique gelo para amenizar a dor e o inchaço. FRATURAS EXPOSTAS Procedimentos: faça um curativo sobre o ferimento e proceda como nas fraturas fechadas. Obs.: Não tente recolocar o osso ou membro lesado na posição natural, a ordem é: IMOBILIZÁ- LO. APLICAÇÃO DE BANDAGEM - ao aplicar a bandagem devemos observar o seguintes procedimentos: ▪ A região deve estar limpa e os músculos relaxados; ▪ Comece a enfaixar da extremidade para o centro; DA PONTA PARA O CENTRO; ▪ Enfaixar da esquerda para a direita. Amputação de Membro - caso a vítima sofra amputação em um membro, faça: ▪ Envolva a parte amputada numa gaze ou pano limpo; ▪ Coloque-a num saco plástico, e acomode-o no gelo; QUEIMADURAS – podem ser de 1º, 2º ou 3º grau. Na queimadura de 1º grau, apenas o tecido epitelial/epiderme é atingido, mais superficial. Na de 2º grau a epiderme e parte da derme (já tá mais abaixo da pele). 3º grau é mais profundo e mais extensa. Na de 2º grau não é recomendado estourar ou perfurar as bolhas. QUEIMADURAS – Procedimentos: ▪ Se possível, lave a região com soro fisiológico; ▪ Cubra a queimadura com algo não aderente; EX.: PLÁSTICO ▪ Mantenha sob a água para amenizar a dor. Obs.: NÃO APLIQUE NENHUM MEDICAMENTO. QUEIMADURAS – Vítima em chamas, faça: ▪ Use o método de abafamento para conter chamas; ▪ Retire a roupa nas partes atingidas pelo fogo; A NÃO SER QUE ESTEJA GRUDADA NA REGIÃO ▪ Retire materiais que possam apertar em caso de inchaço/edema. QUEIMADURAS – nos olhos: ▪ Lave com água corrente; ▪ Cubra os dois olhos da vítima. QUEIMADURAS – por produtos químicos: ▪ Se não reagente, lave com água corrente; ▪ Se reagente, limpe com um pano seco; ▪ Cubra a região atingida. QUEIMADURAS – por choque elétrico: ▪ Não coloque a mão na vítima; ▪ Desligue a corrente elétrica ou a remova com material não condutor de energia (Ex.: plástico). ▪ Pode provocar parada cardiorrespiratória; ▪ Trate as queimaduras como nos demais casos. CONVULSÕES – são contrações musculares, involuntárias e descontroladas, em todo o corpo. Sintomas: lábios azulados/arroxeados (CIANOSE); respiração curta, rápida e irregular, salivação em excesso; contrações musculares. CONVULSÕES – Observações: • Afaste objetos que possam machucá-la; • Proteja a cabeça da vítima para evitar traumas; • Se em cinco minutos não melhorar procure um médico. ESTADO DE CHOQUE – é o estado de depressão do organismo em ração de falhas circulatórias (choque hipovolêmico). Sintomas: • Pele fria e pegajosa; • Suor abundante na testa e palma das mãos (sudorese); • Pulsação acelerada, porém fraca (quase imperceptível); • Lábios e unhas arroxeadas (cianose); • Palidez e expressão de ansiedade; • Calafrios e tremores; • Respiração irregular. Estado de Choque – Procedimentos • Identifique a causa do estado de choque e controle-a; • Afrouxe roupas e mantenha a vítima ventilada; • Coloque-a deitada com os pés elevados cerca de 30 cm e a cabeça mais baixa que o corpo; • Monitore os sinais vitais (pulso e respiração). Objetos Encravados no corpo – Procedimentos • Não remova, apenas faça um curativo sobre o ferimento e encaminhe para o socorro especializado. • Se o objeto estiver nos olhos, mesmo que seja apenas um deles, cubra os dois olhos da vítima. Contato com Fios Elétricos – Procedimentos • Isole o local; • Não retire as pessoas de dentro do veículo; • Não tente remover o cabo de eletricidade. Motociclistas – Procedimentos ❖ Mantenha a vítima em repouso; ❖ Abra a viseira e a jugular do capacete (cordinha que prende/presilha); ❖ Não remova o capacete. Transporte de Acidentado – Procedimentos Esqueça a ideia de colocar a vítima no primeiro carro que passar; TRAZER O SOCORRO ATÉ A VÍTIMA; Só remova se houver situação de perigo iminente; Se necessário removê-la, imobilize-a numa maca (improvise) Utilize da ajuda de várias pessoas. Transporte de acidentado – formas diversas: ▪ Por trás; ▪ Com braços entrelaçados no pescoço; ▪ Do tipo cadeirinha; ▪ Na cadeira; ▪ No colo Derramamento de combustível na pista: ao perceber cheiro de combustível, faça: A. Não acenda isqueiros ou qualquer artefato que possa provocar incêndio; B. Utilize pó de serra, cal ou terra para absorver o material; C. Isole a área e mantenha distância. Produtos Perigosos: I. Isole a área e chame o resgate; II. Mantenha distância; III. Avalie muito bem os riscos antes de tentar qualquer coisa. REGRAS “SAGRADAS” 1) Boca a boca - não puxe o ar, apenas sopre; 2) Não ofereça ou aplique medicamentos; 3) Não dar líquido para a vítima beber (mesmo que ela peça); 4) Proteja-se evite o contato com sangue ou secreções; 5) Não utilize as técnicas de garroteamento ou torniquete; 6) Não mexa num membro fraturado, limite-se a imobilizá-lo; 7) Evite remover a vítima. Se for inevitável, movimente o mínimo possível com ela; 8) Não retirar ou movimentar os veículos envolvidos, sob a hipótese de prejudicar o trabalho da perícia. Em primeiros socorros “imediatamente” é algo precipitado.