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Mecânica dos Sólidos Webconferência III Professor(a):Pedro de França Santos Equilíbrio dos corpos rígidos • Vimos no capítulo que as forças externas que atuam sobre um corpo rígido podem ser reduzidas a um sistema força-binário em algum ponto arbitrário O. Quando a força e o binário são ambos iguais a zero, as forças externas formam um sistema equivalente a zero, e diz-se que o corpo rígido está em equilíbrio. ΣF = 0 ΣMO = Σ (r x F) = 0 Equilíbrio dos corpos rígidos • Decompondo cada força e cada momento em seus componentes retangulares, podemos expressar as condições necessárias e suficientes para o equilíbrio de um corpo rígido com as seis equações retangulares. ΣFx = 0 ΣFy = 0 ΣFz = 0 ΣMx = 0 ΣMy = 0 ΣMz = 0 • Podem-se utilizar as equações obtidas para se determinarem forças desconhecidas aplicadas ao corpo rígido ou reações desconhecidas exercidas sobre ele por seus apoios. Diagrama de corpo livre • Para resolver um problema relativo ao equilíbrio de um corpo rígido, é essencial considerar todas as forças que atuam sobre o corpo; • É importante excluir qualquer força que não esteja diretamente aplicada ao corpo; • Omitir ou acrescentar uma força extra destruiria as condições de equilíbrio; • Portanto, o primeiro passo na solução do problema deve ser traçar um diagrama de corpo livre; Diagrama de corpo livre 1. Tomar uma decisão clara em relação à escolha do corpo livre a ser usado; 2. Todas as forças externas devem ser indicadas no diagrama de corpo livre; 3. As intensidades, direções e sentidos das forças externas conhecidas devem ser claramente representados no DCL; 4. As forças externas desconhecidas (geralmente consistem nas reações, por meio das quais o solo e os outros corpos se opõem a um possível movimento do corpo livre. As reações obrigam o corpo livre a permanecer na mesma posição e, por esse motivo, são denominados de forças vinculares; 5. O diagrama do corpo livre deve incluir as dimensões, pois estas podem ser necessárias no cálculo dos momentos das forças. Reações em apoios e conexões para uma estrutura bidimensional • As reações exercidas sobre uma estrutura bidimensional podem ser divididas em três grupos: 1. Reações equivalentes a uma força com linha de ação conhecida; 2. Reações equivalentes a uma força de direção, sentido e intensidade conhecidos; 3. Reações equivalente a uma força e a um binário. Reações em apoios e conexões para uma estrutura bidimensional Equilíbrio de um corpo rígido em duas dimensões • As condições de equilíbrio de um corpo rígido tornam-se consideravelmente mais simples para o caso de uma estrutura bidimensional. Fz = 0 Mx = My = 0 • Portanto as condições de equilíbrio são: ΣFx = 0 ΣFy = 0 ΣMO = 0 • ΣMO = 0 deve ser satisfeita independente da escolha da origem O. Reações estaticamente indeterminadas. Vinculações parciais • Os suportes fornecem mais vínculos do que são necessários para impedir a treliça de se mover sob as cargas aplicadas ou sob quaisquer outras condições de carregamento; • Nesse problema é apresentando 4 incógnitas; • ΣMB = 0 e ΣMA = 0 fornecem as componentes By e Ay, respectivamente, a equação ΣFx = 0 fornece a soma Ax+By. • Os componentes Ax e Bx são considerados estaticamente indeterminados. Reações estaticamente indeterminadas. Vinculações parciais • Os vínculos fornecidos por esses apoios não são suficientes para impedir o movimento da treliça, embora qualquer movimento vertical esteja impedido, a treliça pode mover- se livremente na horizontal; • Diz-se que a treliça esta parcialmente vinculada. Reações estaticamente indeterminadas. Vinculações parciais • Nesse caso dizemos que a treliça esta impropriamente vinculada. Equilíbrio de um corpo sujeito à ação de duas forças • Se um corpo sujeito à ação de duas forças está em equilíbrio, as duas forças devem ter igual intensidade, igual linha de ação e sentidos opostos. • Se várias forças estiverem aplicadas em A e B, essas forças podem ser substituídas por suas resultantes, e para manter a condição de equilíbrio as resultantes devem ter mesma intensidade, mesma linha de ação e sentidos opostos. Equilíbrio de um corpo sujeito à ação de três forças • As linhas de ação das forças devem ser concorrentes ou paralelas; • Somatório das componentes De F1, F2 e F3 é zero; • Também pode ser resolvido através das relações trigonométricas ou geométrica simples. Exemplos Exemplos A soma de todas as forças tem que ser igual a zero e a soma do momento das forças tem que ser igual a zero para que ela esteja em equilíbrio. ∑MA = 0 B.1,5 -9810.2 – 23544.6 = 0 B.1,5 = 19620 + 141264 B = 107,256 N ∑Fy = 0 Ay – 9810 - 23544= 0 Ay = 33354 N ∑Fx = 0 Ax + B = 0 Ax + 107,256 = 0 Ax = -107,256 N Exemplos 4.3 Beer - Dois caixotes de massa 350 kg cada, são colocados na caçamba de uma caminhonete de 1400 kg. Determine as reações em cada uma das duas rodas traseiras A e rodas dianteiras B. Exemplos ∑MB = 0 13734.1,2 – A.3 + 3433,5.2,05 + 3433,5.3,75 = 0 16480,8 – A3 + 7038,675 + 12875,625 = 0 A = 12131,7 N ∑Fy = 0 A + B – 3433,5 – 3433,5 – 13734 = 0 B = 8469,3 N Só que as reações calculadas são para apenas uma reação, ou seja uma roda, temos que distribuir esse peso para as duas rodas dianteiras e traseiras. A’ = 12131,7 /2 = 6065,85 N B’ = 8469,3/2 = 4234,65 N Sugerido • Um letreiro é pendurado por duas correntes no mastro AB. O mastro é articulado em A e é sustentado pelo cabo BC. Sabendo que as trações nas correntes DE e FH são 225 N e 135 N, respectivamente, e que d = 0,39 m, determine (a) a tração no cabo BC e (b) a reação em A. Resposta: T = 413,74 N Ax = 396,55 N (p/ direita) Ay = 242 N (p/ cima) Equilíbrio em três dimensões • Já vimos que são necessários seis equações escalares para expressar as condições de equilíbrio de um corpo rígido no caso geral tridimensional Fx = 0 ΣFy = 0 ΣFz = 0 ΣMx = 0 ΣMy = 0 ΣMz = 0 Essas equações podem ser resolvidas para no máximo seis incógnitas, que, geralmente, representam reações em apoios e conexões. Reações em apoios e conexões para uma estrutura tridimensional Forças Distribuídas: Centroides e Centros de Gravidade • Até aqui temos considerado que a atração exercida pela terra sobre um corpo rígido pode ser representada por uma força única W. • Essa força deve ser aplicada no centro de gravidade do corpo. • Neste capítulo iremos aprender a determinar o centro de gravidade, ou seja o ponto de aplicação da resultante W, para corpos de diversas formas. Centro de Gravidade de um corpo Bidimensional • Considere inicialmente uma placa plana horizontal. Podemos dividir a placa em n pequenos elementos. • Logo, o peso total da placa é: W = ΔW1 + ΔW2 + ΔW3 + ΔW4 + ... Centro de Gravidade de um corpo Bidimensional • Para obter as coordenadas ഥ𝑥 e ത𝑦 do ponto G no qual a resultante W deve ser aplicada, escrevemos que os momentos de W em relação aos eixos x e y são iguais às somas dos momentos correspondentes dos pesos elementares. Centro de Gravidade de um corpo Bidimensional • Se aumentarmos o número de elementos em que se divide a placa e diminuirmos simultaneamente o tamanho de cada elemento, obtermos no limite as seguintes expressões: 𝑊 = ʃ𝑑𝑊 ഥ𝑥𝑊 = ʃ𝑥 𝑑𝑊 ത𝑦𝑊 = ʃy dW Centro de Gravidade de um corpo Bidimensional • Essas equações definem o peso W ഥ𝑥 e ത𝑦 do centro de gravidade G de uma placa plana. As mesmas equações podem ser deduzidas para um fio contido no plano xy. Em geral, o centro de gravidade de um fio não está localizado sobre o fio. Momento de primeira Ordem Placas e fios compostos • Em muitas situações, uma placa pode serdividia em retângulos, triângulos ou outras formas usuais mostradas na tabela. Placas e fios compostos • De maneira compacta: ത𝑋Σ𝑊 = Σ ҧ𝑥𝑊 ത𝑌Σ𝑊 = Σത𝑦𝑊 • Se a placa é homogênea e de espessura uniforme, o centro de gravidade coincide com o centroide C de sua superfície. • A abcissa ത𝑋 do centroide da superfície pode ser determinada observando- se que o momento de primeira ordem Qy da superfície composta com relação ao eixo y pode ser expresso tanto como produto de ത𝑋 pela área total quanto como a soma dos momentos de primeira ordem das áreas elementares ao eixo y. Determinação de centróides por integração • Geralmente, o centróide de uma superfície limitada por curvas analíticas (isto é, curvas definidas por equações algébricas) é determinado pelo cálculo das integrais: ҧ𝑥𝐴 = ʃ𝑥𝑑𝐴 ത𝑦𝐴 = ʃy dA Cargas Distribuídas • O centroide de uma superfície pode ser usado na resolução de outros problemas além daqueles que envolvem pesos de placas planas. • Por exemplo, considere uma viga que sustenta uma carga distribuída; essa carga pode advir do peso de materiais sustentados direta ou indiretamente pela viga ou pode ser caracterizada por pressões hidrostáticas. Cargas Distribuídas • A carga distribuída pode ser caracterizada por uma curva representando a carga w sustentada por unidade de comprimento. • A intensidade da força exercida sobre um elemento de viga de comprimento dx é: dW = w.dx Cargas Distribuídas • A carga total sustentada pela viga é 𝑊 = 0 𝐿 𝑤. 𝑑𝑥 Cargas Distribuídas • Observamos que o produto wdx é igual em intensidade ao elemento de área dA. Logo, a carga W equivale em intensidade de à área total da superfície sob a curva de carga: 𝑊 = 𝑑𝐴 = 𝐴 Carga Distribuída • Vamos determinar onde uma carga concentrada única W, de intensidade W igual à da carga total distribuída, deve ser aplicada sobre a viga para produzir as mesmas reações de apoio. • Todavia, essa carga concentrada W, que representa a resultante do carregamento distribuído dado, é equivalente ao carregamento apenas quando se considera o diagrama de corpo livre de toda a viga. Carga Distribuída • O ponto de aplicação P de uma carga concentrada equivalente W é obtido escrevendo-se que o momentos de W em relação ao ponto O é igual à soma dos momentos das cargas elementares dW em relação ao ponto O. (𝑂𝑃)𝑊 = න𝑥. 𝑑𝑤 Carga Distribuída • Ou, uma vez que dW = w.dx = dA e W = A; 𝑂𝑃. 𝐴 = න 0 𝐿 𝑥. 𝑑𝐴 • A integral pode ser substituída pelo produto ҧ𝑥𝐴. Carga Distribuída • Logo, temos que OP= ҧ𝑥, sendo ҧ𝑥 a distância do eixo w ao centróide C da superfície A (não se trata do centroide da viga). Carga Distribuída • Logo, uma carga distribuída sobre uma viga pode ser substituída por uma carga concentrada; a intensidade dessa carga única é igual a área da superfície sob a curva de carga e sua linha de ação passa pelo centroide dessa superfície. Cálculo das áreas e do posicionamento das forças distribuídas. AI = 1500.6 xI = 6/2 AI = 9000 N xI = 3 m AII = 3000.6/2 xII = 6.(1/3) AII = 9000 N xII = 2 m Construção do novo DCL ∑MB = 0 9000.2 + 9000.3 - A.6 = 0 18000 + 27000 = A.6 A = 7.500 N ∑Fy = 0 A + By – 9000 – 9000 = 0 7500 + By -9000 – 4500 = 0 B = 6000 N Cálculo das áreas e do posicionamento das forças distribuídas. AI = 3000.2,7 xI = 2,7/2 AI = 8100 N xI = 1,35 m AII = 3000.0,9/2 xII = 0,9.(2/3) AII = 1350 N xII = 0,6 m Construção do novo DCL ∑MA = 0 -8100.1,35 + B.2,7 – 1350.3 = 0 B = 5550 N ∑Fy = 0 A + B – 8100 – 1350 = 0 A + 5550 - 8100 – 1350 = 0 A = 3900 N Resposta: RA = 4500 N RB = 3600 N
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