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COMENTÁRIOS SOBRE O TEXTO: SOBRE AS ORIGENS RECENTES Aquiles Miguel Alves Lima Estudante do curso de Arquitetura e Urbanismo Universidade Estadual do Maranhão - UEMA Prof.ª Rose-France de Farias Panet E-mail: aquileslima@aluno.uema.br Os impactos resultantes da atividade humana no meio ambiente são, indubitavelmente, existentes desde os primórdios da história humana. Alguns momentos históricos são responsáveis por catabolizar estes impactos. No entanto, a preocupação mundial em volta destes é relativamente recente. O texto busca demonstrar como a evolução dessa preocupação se deu através do tempo, utilizando marcadores históricos importantes como o descobrimento da agricultura ou a Revolução Industrial para exemplificar como foram causadas mudanças significativas nas escalas de produção e consequentemente na escala de exploração dos recursos naturais. Há, aqui, a importância de descrever as correntes de pensamento acerca do desequilíbrio ambiental e caracterizar seus seguidores por termos decorrentes de tais linhas de pensamento. Termos como “Malthusianos” e ”Cornucopianos”, que são utilizados no texto para descrever pensamentos, respectivamente, pessimistas e otimistas com relação ao resultado negativo dos impactos advindos da exploração abusiva do meio ambiente. Também se faz alusão a textos clássicos de economia, como “A Riqueza das Nações” de Adam Smith, para acusar como o fator relativo aos recursos naturais nunca foi tratado como prioridade na equação dos meios de produção. Tudo isso para demonstrar como o pensamento humano foi capaz de trazer à Terra uma situação de colapso que pode vir a ser irreversível. O texto afirma que adesão internacional do movimento ambientalista se deu no século XX, auxiliada pela promoção de eventos a nível mundial com foco em como a conservação de recursos naturais é sumariamente um fator fundamental para a sobrevivência da espécie humana. Os diálogos da época, principalmente a Conferencia de Estocolmo de 1972, assumiam que o causador primário do desequilíbrio era a poluição industrial. O Clube de Roma, que foi uma reunião de 30 representantes de áreas distintas do conhecimento humano que poderiam ser afetadas com a falta de recursos no planeta, publicou em 1972 o Relatório Limites do Crescimento, que se tornou a primeira publicação global sobre as consequências da degradação ambiental. Evidenciando, dessa forma, a visão pessimista do neomalthusianismo para a sociedade da época, que em decorrência da crise do petróleo nos anos 1970 sustentou ainda mais a visão de seus precursores e a tornou muito mais relevante perante a comunidade internacional. O conceito “Desenvolvimento Sustentável” teve sua origem a partir dos ideais compartilhados e discutidos na Conferência de Estocolmo em 1972 que relacionavam o desenvolvimento da sociedade humana com o meio ambiente, a fim de mostrar as possibilidades que a humanidade tinha de se desenvolver sem que houvesse a exploração significativamente abrasiva dos recursos naturais. O Desenvolvimento Sustentável foi ainda mais explorado com a publicação do “Relatório Brundtland” ou “Nosso Futuro Comum”, como ficou conhecido, em 1987 após ser publicado pela Comissão Mundial para o Desenvolvimento e Meio Ambiente (CMDM), órgão da ONU. Com a finalidade de apresentar ações que deveriam ser tomadas pelas Nações e metas Internacionais, o Nosso Futuro Comum visava alcançar a melhoria ambiental e o crescimento econômico através do Desenvolvimento Sustentável. A publicação ainda enfatiza a importância da conferência Rio-92 para as discussões atuais sobre gestão ambiental a nível global a partir da aprovação de alguns documentos como A Declaração do Rio de Janeiro sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, a Convenção sobre Mudanças Climáticas, A Convenção da Biodiversidade e a Agenda 21. A Rio-92 ainda desenvolve o Relatório Brundtland para que ele seja adequado a uma gama mais ampla de entidades e indivíduos. Por conseguinte, o texto desarrolha qualitativamente a motivação do advento dos impactos humanos no meio ambiente, traça um perfil histórico de momentos chave que fazem com que a humanidade perceba o risco iminente de colapso que a exploração dos recursos traz e ainda perpassa, simultaneamente, a necessidade de preservação dos recursos naturais que o planeta Terra tem a oferecer. Também oferece um ponto de vista executivo ao tratar de como as ações de frenagem da máquina exploratória impactam o mercado financeiro e oferece ações já discutidas anteriormente para associar o desenvolvimento econômico-social à manutenção da biodiversidade e da sobrevivência da raça humana no planeta Terra. Tudo isso de forma sintética e de fácil compreensão, facilitando a propagação de seu conteúdo extremamente necessário para grande parte das divisões sociais nos dias atuais.
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