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Resenha crítica sobre o artigo - Desenvolvimento Sustentável na Sociedade

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5
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO
NÚCLEO PEDAGÓGICO DE MARCELÂNDIA
CURSO DE DIREITO
IGOR BELUSSO CASAGRANDE
DISCIPLINA: DIREITO AMBIENTAL I
Resenha crítica sobre o artigo: Desenvolvimento Sustentável na Sociedade 
de Risco Global: Breves Reflexões sobre o Direito Internacional
Ambiental (Sidney Guerra)
MARCELÂNDIA, MT
2019
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NA SOCIEDADE DE RISCO GLOBAL: BREVES REFLEXÕES SOBRE O DIREITO INTERNACIONAL AMBIENTAL
O artigo analisado traz a tona os assuntos ligados a Crise ambiental no planeta, tema esse de grande complexidade, e que está sendo debatido entre as sociedades internacionais, onde muitos países acabam não fazendo sua parte na preservação dos recursos naturais, visando apenas o crescimento econômico, deixando a capacidade do Planeta Terra em se regenerar no seu limite, devido a forte exploração, contaminação e destruição causada pelos seres humanos, fato que o autor entende que acaba influenciando diretamente na qualidade de vida de todos os seres vivos da Terra. Diante dos fatos, a obra discute a necessidade de criar normativas capazes de conter os efeitos danosos que a própria sociedade causa ao meio ambiente, além de trazer ao Direito Internacional Ambiental, novas ideias e convicções a respeito do tema.
O autor, Sidney Guerra, é Pós-Doutor, Doutor e Mestre em Direito. Professor Adjunto da Faculdade Nacional de Direito (UFRJ). Professor Titular e Coordenador de Pesquisa Jurídica da UNIGRANRIO. Professor do Programa de Mestrado da Faculdade de Direito de Campos. Membro da Inter American Bar Association, da Sociedade Brasileira de Direito Internacional e da Associação Nacional de Direitos Humanos, Ensino e Pesquisa.
O artigo faz um resgate teórico e histórico acerca do modelo de crescimento econômico adotado em meados do século XX e como esse modelo está afetando cada vez mais o planeta. Diante disso, nasce a atual crise ambiental que sinaliza que os limites suportáveis naturais do planeta estão sendo ultrapassados ou esgotados. Também aborda os motivos para a extinção dos animais e das plantas, a desertificação e erosão dos solos, as mudanças do clima, a diminuição da camada de ozônio, o crescente acúmulo de lixos, as chuvas ácidas, a diminuição da quantidade e qualidade da água, são dentre outros, fatores que acabam por demostrar os sérios problemas que estão ocorrendo com o meio ambiente.
A obra também demonstra que uma grande parte da população mundial vive na miséria, enquanto os recursos naturais são explorados com finalidade econômica para propiciar elevados padrões de consumo dos países centrais e que deste modo, a questão ambiental passa a ser de interesse internacional, ensejando vários tratados e convenções internacionais. As atenções estão voltadas para o aquecimento global, para o esgotamento dos recursos naturais e aos fatores que afetam nas vidas humanas.
O autor argumenta que a sociedade atual é uma sociedade de risco, pois estamos diante de uma nova realidade social que se estabelece através de ameaças imprevisíveis e novas, e diante desses fatos, houve uma resposta no plano normativo internacional. A obra debruça-se as questões do direito internacional ambiental e do desenvolvimento sustentável na sociedade de risco internacional.
Para o autor, devido ao crescimento do sistema econômico no século XX e as mudanças ecológicas, os recursos naturais tornaram-se incapazes de absorver todas as agressões impostas. Para minimizar esses efeitos a conscientização ecológica tornasse importante. A participação dos Estados, organizações e o terceiro setor através das ONGS e da população como um todo também é importante no sentido de frear esses abusos acometidos ao meio ambiente.
De acordo com Sidney Guerra, a proteção ao meio ambiente passou a ser reconhecida em âmbito mundial a partir do momento em que a degradação ambiental ganhou índices alarmantes e sua preservação está intimamente relacionada à conservação da vida humana. 
O Direito Internacional Público vem desenvolvendo um papel importante ao buscar resolver os problemas que surgem na medida em que os Estados celebram vários tratados. Para Sidney Guerra, o meio ambiente é um fenômeno que desconhece fronteiras. Assim perfil do risco na modernidade ocorre com a globalização do risco no sentido de intensidade, mudança na divisão global do trabalho, infusão de conhecimento humano no meio ambiente material, os riscos que podem afetar a vida de milhares de pessoas como o mercado de investimentos, as lacunas de conhecimentos, a consciência do risco, e a limitação da perícia.
Segundo Sidney Guerra, alguns aspectos devem ser contemplados na sociedade de risco, relacionados à necessidade de viabilizar um crescimento sustentado.
III. Desenvolvimento Sustentável: Um Grande Desafio, Uma Grande Necessidade
A humanidade possui o desafio de encontrar uma maneira para se desenvolver sem comprometer os recursos para as futuras gerações. Para Sidney Guerra a conferência das Nações Unidas sobre o meio ambiente humano em 1972 fez o alerta para a necessidade de criar critérios que fossem comuns para preservação e melhoria do ambiente humano. A referida conferência conclui que a origem do termo ecodesenvolvimento se dá através da junção dos princípios da conservação e do desenvolvimento.
O autor afirma que o respeito aos ecossistemas naturais, o uso adequado dos recursos naturais, bem como a aplicação de tecnologia melhoram e mantém a qualidade da vida humana para a atual e para as futuras gerações.
A declaração de Estocolmo (1972) consagrou vários princípios de desenvolvimento Sustentável. A Comissão Mundial sobre meio ambiente e desenvolvimento sustentável presidida pela ex - primeira Ministra da Noruega Gro Harlem Brundtland, depois de três anos de trabalhos publicou um relatório que ficou conhecido como relatório Brundtland que apontou os principais problemas ambientais, dentre eles estavam à poluição ao meio ambiente, a diminuição dos recursos naturais e os problemas de natureza social. Desde então fixou-se a definição de desenvolvimento sustentável sendo entendido como o desenvolvimento que satisfaz as gerações presentes sem comprometer as futuras gerações. Onde se deve dar prioridade aos países pobres que necessitam de mais atenção. 
O autor destaca que o desenvolvimento econômico está atrelado cada vez mais as preocupações de proteção ao meio ambiente. Buscando com isso uma harmonia entre o meio ambiente e a economia. Para encontrar o ponto de equilíbrio entre ambos, o desenvolvimento sustentável deve compatibilizar as duas vertentes de modo que seu uso torne-se racional e responsável.
A partir das Conferências Internacionais o Direito Internacional Ambiental ganhou mais impulso. Segundo Varella (2004) apud Guerra, foi a partir das Convenções-Quadro que o desenvolvimento sustentável ganhou consistência Jurídica e se tornou parte do direito positivo. O desafio é fazer com que os textos jurídicos alcancem os objetivos esperados.
De acordo com Sidney Guerra é preciso ainda conciliar os interesses dos países do Norte que já são industrializados, com o dos países do Sul que estão em processo de industrialização, ou seja, o primeiro grupo está preocupado com o futuro do meio ambiente porque já passou pelo processo de industrialização, enquanto o segundo grupo por ainda estar em processo de desenvolvimento está mais preocupado com o desenvolvimento econômico.
VI. Conclusão
Para o autor a conscientização dos povos ainda não é plena, mas vem crescendo. O desafio está em conciliar as realidades que envolvam o meio ambiente e a economia de cada Estado através da cooperação de um sistema econômico social e aberto, de modo a facilitar o tratamento mais adequado dos problemas ambientais. O Direito Internacional Ambiental pode trazer mecanismos e procedimentos para que se chegue a um ponto de equilíbrio na seara internacional. 
Através das políticas públicas educacionais e do incentivo por parte dos Governos a população passa a obter maior conhecimento a respeito dos atuais problemas ambientais podendo mudarsuas atitudes e contribuir com o Planeta. Os povos juntamente com os governantes devem ter em mente que a melhor forma de solucionar ou ao menos diminuir os problemas ambientais é através da união e cooperação, pois simples atitudes como realizar uma coleta seletiva de lixo, economizar energia e água, não poluir as florestas, nem os rios já são iniciativas de uma sociedade que busca melhorias em qualidade de vida de forma equilibrada com a natureza, para que as atuais e futuras gerações possam desfrutar de um ambiente saudável e cheio de recursos naturais.
A criação de políticas ambientais que ajudem no combate a exploração dos recursos naturais e a fiscalização pode ser dentre outras, uma medida de suma importância para a preservação. A tarefa não é fácil, pois há muita coisa a ser mudada e adaptada. De forma muito sensata o autor defende a preservação do meio ambiente, mas também lembra que é preciso fomentar o desenvolvimento econômico, que não será por meio de mudanças radicais que se chegará a bons resultados, tudo deve ser feito com muita cautela, diante das diferenças sociais e econômicas dos países.
Diante dos fatos supracitados os argumentos do autor são muito condizentes, pois de fato é preciso começar a ter em vista as questões ambientais, através da conscientização de todos os povos, da criação de Tratados Internacionais e de políticas ambientais que tenham em seus textos mecanismos e maneiras para reinventar as formas atuais nas quais se obtêm renda, se produz e se explora, equilibrando as atividades econômicas com a proteção ao meio ambiente. 
V. Referências bibliográficas
GUERRA, Sidney. Desenvolvimento Sustentável na Sociedade de Risco Global: Breves Reflexões sobre o Direito Internacional Ambiental. Disponível em: <http://www.publicadireito.com.br/conpedi/manaus/arquivos/anais/manaus/direito_ambiental_sidney_guerra.pdf>. Acesso em: 23 Mai. 2019.

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