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Sistema Urinário A maioria da absorção de substâncias é entérica. A maioria dos resíduos produzidos pelas células não são voláteis → levado ao sistema excretor, uma das funções é eliminar esses resíduos. O rim é o principal órgão que mantém a quantidade e composição dos fluidos extracelulares (meio interno), uma vez que não regulamos a quantidade de material ingerido, processado e absorvido. O rim pode ajustar o pH, regulação dos eletrólitos, regulação hídrica. Aumento de ingesta de água → aumento do volume sanguíneo → edema celular (se não tivesse um regulador hídrico). O controle hídrico é realizado por neurônios do hipotálamo → caso haja diminuição da ingesta de água → estimulam a produção de ADH → maior reabsorção de água → se há um aumento na ingesta de água → há um aumento do volume hídrico das células ao redor dos neurônios → ocorrendo a não liberação de ADH → menor reabsorção de água e consequentemente maior eliminação. Urinálise • Urina como “janela para funcionamento interno do corpo” • Fluido instável – muda de composição assim que é eliminado pela micção. • A coleta, armazenamento e manuseio precisos são cruciais para manter a integridade da amostra. As amostras de urina coletadas na primeira micção ou “urina da manhã” são consideradas as melhores representativas para o teste. A urina acumulada durante a noite na bexiga é mais concentrada, portanto, fornece uma visão sobre as capacidades de concentração dos rins e permite a detecção de traços de substâncias que podem não estar presentes em amostras mais diluídas. Teste Diagnóstico Uma urinálise completa consiste em 3 componentes ou exames: físico, químico e microscópico. • O exame físico descreve o volume, cor, clareza, odor e densidade específica. • O exame químico identifica pH, glóbulos vermelhos, glóbulos brancos, proteínas, glicose, urobilinogênio, bilirrubina, corpos cetônicos, esterase de leucócitos e nitritos. • O exame microscópico abrange a detecção de cilindros, células, cristais e microrganismos. Arquitetura Renal Funções dos rins • Regulam o volume hídrico no organismo: 1.800L sangue/rins/dia → 180L de FG → 1-2L de urina • Controlam o balanço eletrolítico: Na, K, Mg, Cl, HCO3, Ca, HPO4 • Regulam o equilíbrio ácido-básico: secretam radicais ácidos (H+, NH4), conservam HCO3 • Conservam nutrientes: glicose, aminoácidos, proteínas (o material vai ser filtrado, mas 100% reabsorvido) • Excretam resíduos metabólicos: ureia, ácido úrico, uratos, creatinina → metabolizados de substâncias nitrogenadas (não são voláteis) • Regulam a hemodinâmica renal e sistêmica – regula a pressão arterial, efeito hipertensor (sistema renina-angiotensina) e hipotensor (prostaglandinas e cininas renais) • Participam na produção de eritrócitos: eritropoietina (EPO) → função endócrina • Participam na regulação do metabolismo ósseo do cálcio e fósforo: ativação final da vitamina D em calcitriol • Gliconeogênese: durante o jejum prolongado, os rins produzem 40% da glicose Pacientes renais crônicos muitas vezes têm anemias, problemas ósseos, deficiência de vitamina D. Local de produção da EPO A produção de EPO é pelo interstício renal O rim tem um sistema molecular que monitoriza a quantidade de oxigênio, percebendo diminuição, começa a produzir EPO, que estimula a eritropoiese na medula óssea, aumentando assim a quantidade de hemácias e melhorando o carreamento de oxigênio. Circulação Renal Arteriograma Renal Rim é altamente vascularizado, o fluxo sanguíneo para os 2 rins é cerca de 22% do DC (1.100mL/min) Artéria renal → artérias segmentares → artérias interlobares → artérias arqueadas → artérias interlobulares (radiais) → artérias aferentes → capilares glomerulares → arteríolas eferentes → capilares peritubulares → vasos do sistema venoso (veia interlobular, veia arqueada, veia interlobal e veia renal) Circulação renal → tem uma característica única! Dois leitos capilares (glomerular e peritubular) organizados em série e separados pelas arteríolas eferentes. • As arteríolas auxiliam na regulação da pressão hidrostática nas duas redes de capilares • Alta pressão hidrostática nos capilares glomerulares (~ 60mmHg) resulta na filtração • Pressão hidrostática mais baixa nos capilares peritubulares (~13mmHg) permite reabsorção • As alterações na resistência das arteríolas aferentes e eferentes regula a pressão hidrostática nos capilares glomerulares e peritubulares alterando a intensidade de filtração e/ou reabsorção Néfron O néfron é a unidade funcional do rim. O néfron tem duas partes: corpúsculo renal e túbulos renais. Corpúsculo renal É a unidade de filtração, composto por: • Cápsula de Bowman • Glomérulo • Espaço de Bowman Sua estrutura forma uma barreira seletiva para macromoléculas (proteínas) e células. Túbulos renais É a unidade de reabsorção e secreção • TCP – túbulo contorcido proximal • AH – alça néfrica (de Henle) • TCD – túbulo contorcido distal Expressa vários canais iônicos e de água, bem como transportadores que auxiliam a ajustar a composição do filtrado por reabsorção e secreção. O ducto coletor não é integrante do néfron, porque cerca de 4.000 néfrons estão ligados a um ducto coletor. Filtração Renal Filtração glomerular → formação da urina primária (ultrafiltrado glomerular), tem a mesma composição do plasma, com exceção das proteínas e das células, só é urina quando chega no ducto coletor. Há a filtração de grandes quantidades de fluido – 180L/dia A alta taxa de filtração glomerular depende: • Alta taxa de fluxo sanguíneo renal • Propriedades especiais da barreira de filtração glomerular Composição do Ultrafiltrado Glomerular A composição é semelhante ao do plasma, quase livre de proteínas e células. • Água • Eletrólitos (Na, K, Cl, etc) • Moléculas orgânicas (glicose, urina, aminoácidos) Exceções: algumas substâncias de baixo peso molecular como ácidos graxos e cálcio são apenas parcialmente filtrados, pois metade do cálcio e a maior parte dos ácidos graxos estão ligados à proteínas plasmáticas. Ultrafiltrado = plasma – (células e proteínas) Este processo de filtração é clinicamente importante uma vez que: 1. A perda de imunoglobulinas (anticorpos) comprometeria a defesa 2. A perda de células vermelhas sanguíneas resultaria em anemia 3. A perda de proteínas (albumina) resultaria na formação de edema Após o processo de filtração, o ultrafiltrado gerado (urina primária) é processado pelos túbulos renais através de mecanismos complexos de reabsorção e secreção. Conforme o FG entra nos túbulos renais, ele flui sequencialmente através das partes sucessivas do túbulo: túbulo proximal → alça de Henle → túbulo distal → túbulo coletor → ducto coletor, antes de ser excretado na urina. Ao longo desse curso, algumas substâncias são reabsorvidas seletivamente dos túbulos de volta ao sangue, enquanto outras são secretadas do sangue para o lúmen tubular. Seletividade da barreira de filtração glomerular Urina A formação da urina resulta de filtração glomerular, reabsorção tubular e secreção tubular. Depuração Renal Substância A • Livremente filtrada, mas não é reabsorvida • Intensidade de excreção = Intensidade de filtração • Ex: Creatinina Um teste de creatinina sérica mede o nível de creatinina no sangue e fornece uma estimativa de quão bem os seus rins filtram (taxa de filtração glomerular). A creatinina é um produto da degradação da fosfocreatina no músculo, e é, geralmente, produzida em uma taxa praticamente constante pelo corpo – taxa diretamente proporcional à massa muscular da pessoa: quanto maior a massa muscular, maior a taxa. A creatininaé encontrada no soro, plasma e urina e é excretada por filtração glomerular a uma taxa constante e na mesma concentração do plasma. Substância B • Livremente filtrada, mas é parcialmente reabsorvida • Intensidade de excreção = Menor que a da filtração (filtração – reabsorção) • Ex: típico de muitos eletrólitos, como Na, Cl Substância C • Livremente filtrada, mas não é excretada na urina, pois é totalmente reabsorvida • Ex: típico de substâncias nutritivas como aminoácidos e glicose • Este tipo de depuração permite a conservação dessas substâncias nos líquidos corporais Substância D • Livremente filtrada, não sendo reabsorvida e quantidades adicionais são secretadas do sangue para os túbulos • Ex: ocorre com ácidos e bases orgânicas • Intensidade de excreção = a de filtração mais a de secreção 1. Processos de filtração glomerular e reabsorção tubular são quantitativamente maiores, em relação à excreção urinária para muitas substâncias 2. Diferente da filtração glomerular, relativamente não seletiva – passa quase tudo menos proteínas e células), a reabsorção é altamente seletiva Por que grandes quantidades de solutos são filtradas e depois reabsorvidas pelos rins? • Permite que os rins removam rapidamente os resíduos do corpo que dependem principalmente da filtração glomerular para sua excreção • A maioria dos produtos residuais são poucos reabsorvidos pelos túbulos (grande parte por não existir um transportador de membrana) e, portanto, dependem de uma alta TG para remoção efetiva do corpo • Permite que todos os fluidos corporais sejam filtrados e processados pelo rim muitas vezes ao dia • Como todo o volume de plasma é de apenas 3L, enquanto a TFG é de cerca de 180L/dia, todo o plasma pode ser filtrado e processado cerca de 60 vezes por dia • Esta alta taxa de filtração glomerular permite que os rins controlem com precisão e rapidez o volume e a composição dos fluidos corporais Ao controlar sua reabsorção de diferentes substâncias, os rins regulam a excreção de solutos independentemente um do outro, uma capacidade que é essencial para o controle preciso da composição do fluido corporal. Taxa de filtração glomerular (TFG) TFG = Kf (coeficiente de filtração) X Pressão de filtração líquida Forças envolvidas na FG A pressão sanguínea do capilar glomerular (1) é a principal força que causa ultrafiltração glomerular. Os capilares glomerulares são muito mais permeáveis que outros capilares. O balanço de forças através da membrana de filtração é tal que a filtração ocorre ao longo de todo o capilar glomerular. Pressão capilar glomerular • É a pressão de fluidos exercida pelo sangue dentro dos capilares glomerulares. • Depende da contração do coração (DC) • Em média = 55mmHg • Mais alta que a pressão sanguínea capilar de outros lugares, porque o diâmetro da arteríola aferente é maior que o da arteríola eferente Pressão coloidosmótica do plasma • Causada pela distribuição desigual de proteínas plasmáticas através da membrana glomerular • Proteínas não são filtradas e a água sim • Concentração de água é mais alta na cápsula de Bowman que nos capilares glomerulares, assim a água é osmoticamente atraída de volta para o glomérulo. Este movimento se opõe à filtração, com uma força osmótica média de 30mmHg Pressão hidrostática da cápsula de Bowman • Pressão exercida pelo fluido na parte inicial dos túbulos renais • Em média = 15mmHg • Esta pressão opõe-se ao movimento de filtração de fluidos para fora dos capilares glomerulares Pressão líquida de filtração • A pressão sanguínea capilar glomerular (55mmHg) é oposta pelo total das outras 2 pressões de cerca de 45mmHg • Diferença de 10mmHg → pressão líquida de filtração • Esta modesta pressão força grandes volumes de fluidos do sangue através da membrana glomerular altamente permeável Mudanças na TFG resultam primariamente de mudanças na pressão sanguínea capilar glomerular Ajustes controlados na TFG • Pressão capilar glomerular (PCG) pode ser controlada para ajustar a TFG para atender as demandas do corpo • A magnitude da PCG depende da taxa de fluxo sanguíneo dentro de cada glomérulo • Essa taxa é determinada amplamente pela PA sistêmica média e a resistência oferecida principalmente pelas arteríolas aferentes Corpúsculo renal – 4 tipos celulares 1. Célula endotelial glomerular (GEC) 2. Podócitos (Pod) 3. Células mesangiais (MC) 4. Células epiteliais parietais (PEC) Membrana de filtração glomerular Cinco camadas: do lúmen capilar para o espaço urinário 1. Glicocálice das células endoteliais 2. Fenestras do endotélio 3. Membrana basal glomerular 4. Fendas de filtração (Podócitos) 5. Diafragma dos podócitos (“junções”) Túbulos Renais 1 – Corpúsculo Renal 2 – Túbulo contorcido proximal 3 – Túbulo reto proximal 4 – Ramo descendente fino da AH 5 – Ramo ascendente fino da AH 6 – Ramo ascendente espesso da AH 7 – Mácula densa (faz parte do controle de sódio no túbulo distal) 8 – Túbulo contorcido distal 9 – Túbulo coletor 10 – Ducto coletor cortical 11 – Ducto coletor medular externo 12 – Ducto coletor medular interno Reabsorção tubular Para uma substância ser reabsorvida, ela deve primeiro ser transportada. 1. Através das membranas epiteliais tubulares para o líquido intersticial renal 2. Através da membrana capilar peritubular de volta para o sangue Transporte paracelular → passagem da substância entre as células Transporte transcelular → passagem da substância por dentro da célula Há canais e transportadores no domínio apical e basolateral. Toda reabsorção envolve gasto de energia, mesmo que de maneira indireta. Transporte de Sódio Mecanismo básico para o transporte ativo primário de sódio através da célula epitelial tubular. A bomba de sódio-potássio transporta sódio do interior da célula através da membrana basolateral, criando uma baixa concentração de sódio intracelular e um potencial elétrico intracelular negativo. A baixa concentração de sódio intracelular e o potencial elétrico negativo fazem com que os íons de sódio se difundam do lúmen tubular para a célula através da borda em escova (microvilosidades). Ou seja, a bomba de maneira ativa – com gasto de ATP – diminuição a concentração intracelular de sódio, possibilitando a entrada de sódio na célula, por meio do potencial elétrico negativo gerado (lembrar que a saída do Na+ deixa a célula “negativa”). Força Motriz O transporte transepitelial é energizado por ATP, as consequências da atividade da NA-K-ATPase podem ser divididas em 4 etapas parcialmente sobrepostas, todas contribuindo para a reabsorção resultante. Etapa 1 Gradiente iônico – a bomba NA-K está localizada na membrana basolateral. Ela troca 3 íons Na intracelulares por 2 íons K extracelulares, criando um gradiente direcionado ao interior para a difusão de Na através das membranas apical e basolateral. Etapa 2 Gradiente de voltagem – o bombeamento de íons Na para o interstício modifica a diferença de potencial entre o interstício e a luz do TP. Embora a diferença seja pequena, ao redor de 3mV, cria uma força direcionadora significativa para o movimento iônico. Etapa 3 Gradiente osmótico – o bombeamento de íons Na para o interior do interstício também cria um gradiente osmótico que direciona o fluxo de água da luz para o túbulo através das junções de oclusão. Etapa 4 Arrasto por solvente – a água que flui pelas junções intercelulares, em resposta a um gradiente osmótico, cria um repuxo de solvente que traz junto íons e pequenas moléculas orgânicas. Etapa 5 Gradiente químico – a reabsorção de água concentraos solutos que são deixados para atrás na luz do túbulo, criando, portanto, um gradiente químico que favorece a reabsorção por difusão. Reabsorção da água A reabsorção da água é passiva por osmose, estando acoplada, principalmente, à reabsorção de sódio. A movimentação da água, através do epitélio tubular só ocorre se a membrana for permeável à água, não importando quão grande é o gradiente osmótico. A permeabilidade do túbulo proximal à água é elevada, enquanto no ramo ascendente da alça de Henle é baixa. Nas últimas porções dos túbulos – néfron distal (TCD2, TC, DC) essa permeabilidade pode ser alta ou baixa, dependendo da presença ou não de ADH. A presença das aquaporinas determina reabsorção de água. Túbulo contorcido proximal (TCP) Três regiões (segmentos) S1 – segmento contornado inicial S2 – final do segmento contornado e início do segmento reto S3 – consiste no restante da parte reta Reabsorção Tubular Proximal Há um tour de force da reabsorção do filtrado glomerular. A alta taxa de filtração glomerular (TFG) demanda um aumento correspondente na reabsorção para prevenir perda de solutos valiosos e água. O túbulo proximal é o principal sítio reabsortivo de NaCl, NaHCO3 e H2O, deixando o ajuste fino para o néfron distal. Existe uma regulação limitada da absorção gastrointestinal de Na+, Cl-, ou HCO3- de modo que o rim é órgão primário que regula o equilíbrio eletrolítico externo. O túbulo proximal também completa a reabsorção de glicose, aminoácidos e ânions importantes, incluindo fosfato e citrato, porque é o único local de transporte desses solutos filtrados. - Reabsorve isosmoticamente 60% a 70% do NaCl e H2O filtrados. Reabsorção isosmótica: mesma proporção de reabsorção da água e do íon → não há alteração da concentração - Reabsorve ~90% do bicarbonato (HCO3-) filtrado → importante tampão sanguíneo - Secreção de amônia em casos de acidose (amoniagênese renal) → com finalidade de eliminar H+ - Reabsorve nutrientes orgânicos: quase toda a glicose, aminoácidos e pequenas proteínas filtradas. - Reabsorve cerca de 80% dos eletrólitos (K+, fosfato, cálcio, magnésio), ureia e ácido úrico. - Secreta ativamente substâncias orgânicas (cátions e ânions orgânicos) - Principal sítio de produção da forma ativa da vitamina D (calcitriol). - Importante local de gliconeogênese Qual a importância do LEC (líquido extracelular)? É o líquido presente no interstício, nas articulações sinoviais, humor vítreo, plasma, que mantém a homeostasia. Homeostasia: manutenção das condições ideais para o funcionamento da célula, que é dado pelo LEC. A absorção em massa de NaCl e água, bem como de NaHCO3 são exemplos de recuperação do filtrado que são críticos na prevenção de choque e acidose fatal. Na+ é o cátion primário que mantém o volume do LEC. Como o Cl- é 4x mais abundante que o HCO3- como ânion do LEC, o equilíbrio do NaCl se tornou sinônimo de regulação do volume do LEC. O HCO3- também é um soluto principal do LEC, perdendo apenas para o NaCl, mas é o principal tampão intracelular e extracelular para H+. Assim, é mais conhecido por seu papel no equilíbrio ácido- base do que na manutenção do volume do LEC. Alta capacidade para reabsorção ativa e passiva como resultado de suas características celulares especiais. - Células com alto metabolismo (grande número de mitocôndrias) - Extensa borda estriada na membrana luminal (microvilosidades) - Extenso labirinto de canais intercelulares e basais - Muitas proteínas carreadoras na extensa superfície membranosa Reabsorção no Túbulo Proximal A célula mostra o Cotransporte (simporte) de glicose e aminoácidos, juntamente, com íons de sódio através do lado apical das células epiteliais tubulares, seguido de difusão facilitada (transporte passivo independente de Na+) através das membranas basolaterais. ATP → trifosfato de adenosina GLUT → transportador de glicose SGLT → co-transportador de sódio e glicose (SABER O NOME), porque é alvo de drogas importante em determinadas doenças. Transporte ativo secundário → tanto a glicose, quanto o aa entram na célula utilizando a energia do sódio. Reabsorção de Glicose A reabsorção de glicose, no túbulo proximal, ocorre por cotransporte de sódio-glucose. SGLT2 (90-97% da glicose) → alta capacidade e baixa afinidade (local de ação para fármacos que tratam a diabetes) SGLT1 (3-10%) → baixa capacidade e alta afinidade A saída de glicose através da membrana plasmática basolateral ocorre pelos transportadores de glicose GLUT2 e GLUT1. Inibidores de SGLT-2 no tratamento de DM-2 Uma capacidade significativa do SGLT1 de reabsorver a glicose é desmascarada pela inibição do SGLT2 e durante a hiperglicemia (reabsorção de ~ 40–50%), que aumentam a entrega de glicose ao túbulo proximal tardio (S2/S3). Como consequência, a hiperglicemia induzida pelo diabetes ou a inibição do SGLT2 aumentam o aumento da excreção de glicose induzido pela inibição do SGLT1, o último fornecendo a justificativa renal para a inibição dupla do SGLT1 / 2. Reabsorção do cloreto Quando o sódio é reabsorvido pela célula epitelial tubular, os íons negativos, como o cloreto, são transportados junto com o sódio por causa dos potenciais elétricos. Ou seja, o transporte de íons de sódio carregados positivamente para fora do lúmen deixa o interior do lúmen com carga negativa, em comparação com o fluido intersticial, fazendo com que íons cloreto se difundam passivamente através da via paracelular. Resumo: pela passagem de sódio para o interstício é formado um gradiente de concentração, que favorece a passagem de cloreto por difusão passiva, via transporte paracelular. Secreção de H+ no Túbulo Proximal A célula mostra o CONTRAtransporte (antiporte) de íons de hidrogênio do interior da célula através da membrana apical e no lúmen tubular (secreção ativa secundária de H+). O movimento de íons sódio na célula, abaixo de um gradiente eletroquímico estabelecido pela bomba de sódio-potássio na membrana basolateral, fornece a energia para o transporte dos íons de hidrogênio de dentro da célula para o lúmen tubular. Reabsorção HCO3- A membrana das células apicais do túbulo proximal é impermeável (não possui transportadores) ao bicarbonato, só que a sua reabsorção é necessária pela sua grande importância funcional (ser um tampão sanguíneo). Explicar como funciona esse processo → há a secreção de H+ por transporte ativo e contratransporte de sódio para o interior do lúmen, por meio da reação de interação de ácido-base, há a formação de ácido carbônico, que é instável, sofrendo a ação da enzima anidrase carbônica que reduz o ácido carbônico à CO2 e H2O, o gás carbônico é absorvido por meio de canais e transportadores específicos. Ao entrar na célula epitelial tubular, torna-se bicarbonato novamente pela ação das anidrases, sendo reabsorvido por cotransporte de sódio. Secreção de solutos orgânicos A secreção de eletrólitos orgânicos a partir do sangue para o fluido tubular é uma via para remoção e desintoxicação de xenobióticos e fármacos. - Drogas (ATB, antivirais, diuréticos, AINES e agentes antidiabéticos) - Metabólitos fisiologicamente importantes (folato, a- cetoglurato, urato e carnitina) - Nutrientes (vitaminas e flavonoides) - Moléculas de sinalização (odorantes, nucleotídeos cíclicos e prostaglandinas) - Toxinas exógenas (conjugados mercuriais e ácido aristolóquico) - Produtos do microbioma intestinal (quinurenina) - Toxinas endógenas (chamadas toxinas urêmicas, como o sulfato de indoxila) Além de excretar pequenas moléculas de drogas não modificadas, o rim lida com muitos metabólitos conjugados, a maioria dos quais são produzidos pelo metabolismodas fases 1 e 2 no fígado (produtos de reações de hidroxilação, sulfatação e glucoronidação). Situação: considere um doente renal crônico hipotético, que pode ter níveis ligeiramente elevados de toxinas urêmicas circulante, ex: sulfato de indoxil, e também está sendo tratado com ATB B-lactâmicos, diuréticos de alça, estatinas e agentes virais. Portanto, esse cenário inclui uma série de drogas, metabólitos e moléculas que são secretadas por transportadores dos túbulos proximais, que orquestram sua depuração do sangue e sua eliminação na urina. A captação no epitélio do túbulo proximal prossegue através de transportadores de ânions orgânicos multiespecíficos (OAT) e transportadores de cátions orgânicos (OCT) no domínio da membrana basolateral. A maioria dos solutos orgânicos é transportada apenas no túbulo proximal. A secreção de pequenas moléculas pelos túbulos proximais representa uma função homeostática vital para “limpar” rapidamente os solutos endógenos e os medicamentos da circulação. Interação medicamentosa O conhecimento das interações droga-droga (IDD) no nível de transporte de íons orgânicos nos rins também pode influenciar os cuidados. Algumas IDDs, como a penicilina e probenecide, têm maior probabilidade de serem usadas clinicamente. A meia-vida da penicilina é bastante prolongada pela co-administração de probenecide, um inibidor da OAT. Isso acontece, porque a taxa de excreção de penicilina é muito alta, o probenecide compete pelo mesmo cotransportador, com isso há um tempo de ação e disponibilidade maior da penicilina. Então é uma ação benéfica. Por outro lado, algumas IDDs podem levar a terríveis consequências. O metotrexato é retirado do sangue via OATs. Os AINES podem inibir as OATs e, quando o metotrexato e essas drogas são usados conjuntamente, pode ocorrer toxicidade do metotrexato, manifestando-se como uma severa supressão da medula óssea. Como muitos ânions orgânicos competem pelas mesmas vias secretoras, níveis plasmáticos elevados de um ânion frequentemente inibem a secreção dos outros. Ex: a infusão de para-amino-hipurato (PAH) pode reduzir a secreção de penicilina pelo túbulo proximal. Como os rins são responsáveis pela eliminação da penicilina, a infusão de PAH em pessoas que recebem penicilina reduz a excreção da mesma, e assim, prolonga a meia-vida biológica do medicamento. A co-adiministração de cátions orgânicos (medicamentos) pode aumentar as concentrações plasmáticas de ambos para níveis muito altos do que aqueles observados quando os medicamentos são administrados isoladamente. Este efeito pode levar à toxicidade do medicamento. Reabsorção de proteínas Embora digamos que o filtrado glomerular é livre de PROTEÍNAS, não é verdadeiramente livre de todas as proteínas, apenas possui uma concentração total de proteínas muito menor que o plasma. Peptídeos e proteínas menores, como angiotensina e insulina, por ex, presentes em baixas concentrações no sangue, são filtrados em quantidades consideráveis. Para albumina, a proteína plasmática de maior concentração no sangue, a concentração do filtrado é normalmente de cerca de 1mg/dL, ou aproximadamente 0,02% da concentração plasmática de albumina (5g/dL). No entanto, devido ao grande volume de fluido filtrado por dia, a quantidade total de proteína filtrada não é desprezível → normalmente, todas essas proteínas e peptídeos são reabsorvidos completamente, não da maneira convencional, mas por endocitose mediada por receptor. Estes são degradados enzimaticamente em aminoácidos, que são devolvidos ao sangue. Para as proteínas maiores, o passo inicial na recuperação é a endocitose na membrana apical. Esse processo que requer energia é desencadeado pela ligação de moléculas de proteína filtrada a receptores específicos na membrana apical. Pinocitose Endocitose mediada por receptor. As proteínas filtradas nos glomérulos renais são removidas do líquido tubular por endocitose no túbulo proximal mediada pelos dois receptores megalina e cubilina. Após a captação endocítica, as proteínas são transferidas para os lisossomos para degradação, enquanto os receptores são devolvidos à membrana celular apical pela reciclagem do receptor em túbulos apicais densos. O processo reabsortivo é extremamente eficiente, conforme evidenciado pela urina virtualmente livre de proteínas em humanos. O processo serve não apenas para remover as proteínas do ultrafiltrado, mas também para conservar uma variedade de substâncias essenciais, tais como vitaminas e oligoelementos transportados pelas proteínas plasmáticas (vitamina D, vitamina A, vitamina B12 e ferro). Concentrações de solutos no Túbulo Proximal Alterações nas concentrações de diferentes substâncias no líquido tubular ao longo do túbulo proximal em relação às concentrações dessas substâncias no plasma e no filtrado glomerular. Valor = 1,0, a concentração da substância no líquido tubular é a mesma do plasma. < 1,0 – substância é reabsorvida mais avidamente que a água > 1,0 – substância é reabsorvida em menor grau do que a água ou que é secretada nos túbulos. Embora a quantidade de sódio no líquido tubular diminua acentuadamente ao longo do túbulo proximal, a concentração de sódio e osmolaridade total, permanece relativamente constante porque a permeabilidade à água dos túbulos proximais é tão grande que a reabsorção de água acompanha a reabsorção de sódio. Alça de Henle É uma invenção de aves e mamíferos. Possui três segmentos distintos: - Ramo descendente fino - Ramo ascendente fino - Ramo ascendente espesso Os finos segmentos descendentes e nos ascendentes, como seus nomes indicam, têm membranas epiteliais finais sem borda em escova, poucas mitocôndrias e níveis mínimos de atividade metabólica. Ramo descendente fino da alça de Henle A parte descendente fina da alça de henle é altamente permeável à água e moderamente à maioria dos solutos (ureia e sódio), possui poucas mitocôndrias e pouca ou nenhuma reabsorção ativa. Cerca de 20% da água filtrada é reabsorvida, e quase tudo isso ocorre no ramo descendente delgado. É pouco permeável aos sais, então à medida que o filtrado passa pelo ramo descendente fino da alça de Henle, há aumento da osmolaridade, devido à alta reabsorção de água. Ramo ascendente da alça de Henle Tanto o ramo ascendente fino, quanto o ascendente espesso da alça de henle são virtualmente impermeáveis à água, porque não possuem aquaporina. O fluido tubular no ramo ascendente torna-se muito diluído (hiposmótico) à medida que flui em direção ao túbulo distal, uma característica que é importante para permitir que os rins diluam ou concentrem a urina sob diferentes condições. É um segmento diluidor, à medida que o filtrado passa pelo ramo ascendente espesso da alça de henle, sua osmolaridade diminui devido à reabsorção de soluto sem reabsorção de água. Ramo ascendente espesso da alça de Henle O ramo ascendente espesso reabsorve cerca de 25% das cargas filtradas de sódio, cloreto e potássio. Além de quantidades consideráveis de cálcio, bicarbonato e magnésio. Este segmento também secreta íons de hidrogênio do lúmen tubular. Mecanismos de transporte no ramo ascendente espesso A NKCC2 é um cotransportador eletroneutro, sendo importante, por ser alvo de várias medicações na prática clínica. A NKCC2 está presente na membrana luminal transportando 3 íons especificados abaixo, utilizando como energia potencial, aquela gerada pela difusão de sódio. A NKCC2 permite a entrada de 2-cloretos, 1-potássio e 1-sódio, dentro da célula há aumento da concentração de potássio saindo por canais de potássio pela membrana basolateral e apical (de um lado ocorre reabsorção edo outro secreção). A secreção de potássio faz com que o lúmen fique eletricamente mais positivo, possibilitando a reabsorção paracelular de outros eletrólitos (cálcio e magnésio). A maior fração de reabsorção de sal (NaCl) pela alça de Henle prossegue através do co-transportador NKCC2 na membrana luminal, que é especificamente inibida por diuréticos de alça (bumetanida e furosemida). É comum paciente com uso de diuréticos de alça, começarem a usar diuréticos poupadores de potássio. O sódio também é transportado para a célula tubular pelo contra-transporte de hidrogênio-sódio (NHE). Importante na manutenção da homeostase ácido- base. Já que reabsorve cerca de 15% do bicarbonato filtrado através dos trocadores de sódio/hidrogênio NHE3 e NHE2 na membrana plasmática luminal. As células do néfron secretam H+ no líquido tubular e, ao fazê-lo, reabsorvem a carga filtrada de HCO3- Embora a NKCC2 mova quantidades iguais de cátions e ânions para dentro da célula (eletroneutro), há um leve refluxo de íons de potássio para o lúmen através de um canal chamado ROMK, criando uma carga positiva de cerca de +8 milivolts no lúmen tubular. A carga positiva (+8mV) do lúmen tubular em relação ao fluido intersticial força os cátions, como Mg2+, Ca2+, Na+ e K+ a se difundirem do lúmen para o líquido intersticial através da via paracelular. Néfron distal Que compreende o TCD (túbulo contorcido distal – TCD1 e TCD2), TC (túbulo coletor) e DCC (ducto coletor cortical). Mácula densa: a primeira porção do túbulo distal forma a mácula densa, que é um grupo de células epiteliais compactadas que faz parte do complexo justaglomerular e fornece controle de feedback da TFG e do fluxo sanguíneo nesse mesmo néfron. Túbulo contorcido distal e Túbulo conector O túbulo contorcido distal (TCD) é dividido em segmentos precoces (TCD1) e tardios (TCD2). O túbulo conector (TCN) está localizado imediatamente a jusante do DCT2. Funcionalmente, fala-se em túbulo contorcido distal inicial e néfron distal. Néfron distal: túbulo contorcido distal tardio (TCD2), túbulo conector e ducto coletor cortical. Túbulo contorcido distal inicial Apesar de curto em comprimento, o TCD1 desempenha um papel crítico na homeostase de sódio, cloreto e cátions bivalentes. Reabsorve avidamente, aproximadamente, 5% da carga filtrada de cloreto de sódio, mas é virtualmente impermeável à água e à ureia. Por esse motivo, é denominado segmento diluidor, pois também dilui o fluido tubular. NCC Sódio e cloreto são transportados do lúmen tubular para a célula por um co-transportador de sódio e cloreto (NCC), é alvo dos diuréticos tiazídicos (sódio e cloreto) – amplamente usados para tratar HAS e IC, porém a inibição de reabsorção de NaCl é só de 5%. O sódio é bombeado para fora da célula pela sódio- potássio-ATPase, e o cloreto se difunde para o fluido intersticial através dos canais de cloreto. Néfron distal Consiste em túbulos distais finais (DCT2), os túbulos coletores e ductos coletores corticais. A segunda metade do túbulo distal (DCT2), o túbulo coletor e ducto coletor cortical subsequentes têm características funcionais semelhantes. Anatomicamente, eles são compostos por 2 tipos distintos de células, as células principais e as células intercaladas. Tipo celulares • Células principais (AQP2, ENaC e ROMK) • Células intercaladas tipo A (H+-ATPase) • Células intercaladas tipo B É sensível à aldosterona e ADH. É o último segmento, no qual é possível regular a concentração de íons e de água. TCD1 – expressa NCC Células principais: reabsorvem Na+ e H2O, secretam K+. Células intercaladas do tipo A: reabsorvem K+, secretam H+ e reabsorvem HCO3 -. Células principais Reabsorvem o sódio do lúmen, enquanto secretam íons de potássio, existe uma troca iônica, na presença de aldosterona. Reabsorção de Na+: bomba de sódio-potássio- ATPase mantém uma baixa de Na+ no citoplasma e, portanto, favorece a difusão de Na+ para dentro da célula através de canais especiais (ENaC). Secreção de K+: tem 2 passos, K+ entra na célula devido à Na+/ K+-ATPase e mantém a [K+] intracelular alta, então K+ difunde-se para fora pela ROMK de acordo com o gradiente de concentração através da membrana luminal. Regulação realizada pela aldosterona na reabsorção de sódio e secreção de potássio nas células principais nos segmentos distais do néfron. Células principais são sítios de ação dos diuréticos poupadores de K+ 2 classes de diuréticos poupadores de potássio (bloqueio dos transportadores e inibição de aldosterona). Os bloqueadores dos canais de sódio inibem diretamente a entrada de sódio nos canais de sódio. Com o bloqueio da ENac, não há reabsorção de sódio, com isso a bomba de sódio-potássio não funciona, não há entrada de potássio e consequentemente não tem secreção de potássio → potássio sendo poupado. Os antagonistas da aldosterona competem com a aldosterona por sítios de ligação na célula e, portanto, inibem os efeitos da aldosterona para estimular a reabsorção de sódio e a secreção de potássio. Espirolactona inibe a sinalização, por inibição da aldosterona. Os receptores dos esteroides são fatores de crescimento, ativando a produção no núcleo de transportadores de sódio e potássio (ENac e ROMK). Reabsorção de Água É a última oportunidade de reabsorver a água, dependendo da osmolaridade dos fluidos. Quando a ingestão de água excede as necessidades homeostáticas, a urina diluída é transportada pelos túbulos coletores, basicamente inalterada, para a bexiga, como se fluindo em cano robusto. Se existir uma necessidade de conservar a água, praticamente todo o líquido (tirando-se o 0,5L/dia de perda obrigatória) pode ser retomado. A vasopressina atua nas células principais dos rins. Aquaporina-2 é a única controlada por hormônio. A recuperação da água e a concentração final da urina são controladas pela presença de aquaporinas no epitélio dos túbulos, e são reguladas pelo hormônio antidiurético ADH – vasopressina. Mecanismo do ADH O AVP (ADH) liga-se aos seus receptores V2, que são acoplados com proteínas G estimuladoras (Gs) que ativam a adenilato ciclase (AC) e estimulam a formação de monofosfato de adenosina cíclico (Camp). Isso, por sua vez, ativa a proteína quinase A e a fosforilação das proteínas intracelulares, causando o movimento da aquaporina-2 (AQP2) para o lado luminal da membrana celular. As moléculas de AQP2 se fundem para formar canais de água. No lado basolateral da membrana celular estão outras aquaporinas, AQP3 e AQP4, que permitem que a água flua para fora da célula. Situação A Situação B Células intercaladas Função: papel na regulação ácido-base • 30-40% das células dos túbulos e ductos coletores Células intercaladas tipo A: secretam H+ pelo transportador H+ - ATPase, reabsorvem HCO3-, podem reabsorver também K+. Células intercaladas tipo B: funções opostas – secretam HCO3-, enquanto reabsorvem H+ na alcalose. Transportadores em lados opostos da membrana celular comparadas às células do tipo A. Células intercaladas tipo A Contêm hidrogênio-ATPase e hidrogênio-potássio- ATPase na membrana luminal e secretam ativamente H+, enquanto reabsorvem os íons HCO3- e K+ na acidose. Este processo é diferente da secreção ativa secundária de H+ pelo túbulo proximal (NHE) porque é capaz de secretar íons H+ contra um grande gradiente de concentração, tanto quanto 1000 para 1. Isso está em contraste com o gradiente relativamente pequeno (4 a 10 vezes) para íons H+ que podem ser obtidos por secreção ativa secundária no túbulo proximal. Células intercaladas do tipo B Nas células do tipo B, os transportadores hidrogênio- ATPase e hidrogênio-potássio-ATPaselocalizam-se na membrana basolateral e reabsorvem H+, enquanto secretam íons HCO3- e K+ na alcalose. Resumo Néfron Distal - Regulação final do equilíbrio ácido-base secretando hidrogênio na urina e reabsorvendo o bicarbonato no plasma. - Reabsorve cerca de 5% de NaCl filtrado regulada por aldosterona. -Reabsorção de água regulada por ADH - Local principal, com túbulo coletor, de regulação ativa da excreção de cálcio -Impermeáveis à ureia Tipos celulares: células principais e intercaladas (tipo A e B) Ducto coletor medular Sítio final para o processamento da urina, desempenhando um papel crítico na determinação da produção final da urina de água e solutos. São permeáveis à ureia, que é reabsorvida nesses segmentos tubulares, ajudando a manter a osmolaridade nesta região e contribuindo para capacidade de concentrar a urina. Reabsorvem menos que 10% da água e Na+ do filtrado. A reabsorção de água nos ductos coletores medulares é controlada por ADH. Secretam íons hidrogênio contra grande gradiente de concentração, como no ducto coletor cortical e ajuda no balanço ácido-base. Efeito do ADH no túbulo distal e ducto coletor Diabetes insipidus Caracterizada por uma poliúria hipotônica (urina diluída). Pode ser do tipo central ou nefrogênica. Central/Neurogênico: falta de produção ou secreção de ADH pelos neurônios hipotalâmicos (neurohipófise). Nefrogênico: não responsivo à ADH – mutações no gene do receptor V2 do ADH (V2R) ou no gene da aquaporina-2 (AQP2). Pode ser um problema genético, iatrogênico. Síndrome da secreção inapropriada de ADH Liberação não suprimida de hormônio antidiurético (ADH) da neuro-hipófise ou de fontes não hipofisárias ou sua ação contínua nos receptores de vasopressina. Esse problema faz com que o corpo retenha água em vez de excretá-la normalmente na urina levando à uma hiponatremia. Diurético osmótico (manitol) → usado em situações de urgência, como edema cerebral, não há receptor de manitol, com isso há aumento da osmolaridade, e maior eliminação de água. Resumão • Os túbulos proximais reabsorvem a maioria da água e eletrólitos, enquanto outros solutos tais como ácido úrico e ânions orgânicos, potássio e prótons são secretados no filtrado. • A alça de Henle está envolvida principalmente na concentração de solutos. • O túbulo distal e o ducto coletor são segmentos onde o transporte de solutos altamente regulados ocorre. Cada segmento é fundamental para manter a homeostase de eletrólitos e água.
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