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Uniprojeção- Centro Universitário Aluna: Dalila Maria Dourado dos Santos Silva - Matrícula: 202120733 Curso: Psicologia Disciplina: Psicologia da Aprendizagem Profa.: Julia Fonseca A Psicologia de Henri Wallon Exercícios: 1). Pensar a criança completa, concreta e contextualizada significa abrir mão do caráter universal e a-histórico do desenvolvimento de Wallon construiu sua teoria sobre essa base. Como você poderia justificar a escolha feita por ele? R: Wallon compreende o comportamento infantil por meio das relações da criança com seu ambiente, dentro do contexto das relações interpessoais, históricas e culturais. Seu profundo interesse pela psicologia e pedagogia como ciências complementares permitiu estabelecer relações recíprocas entre o desenvolvimento biológico e o desenvolvimento social. Para ele o ser humano é geneticamente social e a resposta do meio vai favorecer as conexões da criança, já as reações impulsivas precisam ser compensadas e interpretadas pelo meio. 2) Wallon descreve o desenvolvimento infantil como uma construção progressiva, em que se sucedem períodos com predominância alternadamente afetiva e cognitiva. A que correspondem as atividades predominantes de cada etapa? R: Para Wallon a criança é voltada para sensibilidade interna (visceral e afetiva) . Ao nascer ele define o ser humano como centrípeto, ocupado mais consigo mesmo, que abrange seu primeiro ano de vida, porém não se trata de um processo linear. Há uma relação de conflito e oposição permanente como em um princípio dialético, um processo relacional onde há etapas de estágio. O estágio impulsivo-emocional aponta para o fechamento da consciência sobre si, isto é, para diferenciação entre a criança e o outro. Gradativamente os elementos do mundo exterior vão se constituindo como objeto de interesse e exploração. Na etapa sensório-motora e projetiva emancipa a criança da realidade, no estágio do personalismo a criança se volta para o mundo humano colocando sucessivamente em situação de oposição, sedução e imitação. Já a etapa categorial há u predomínio do universo simbólico a fase da adolescência volta-se para o mundo modificado pelo caráter cognitivo, distinguindo do outro pela diferenciação dos pontos de vista. A descrição das etapas evidencia o que Wallon denomina de princípios funcionais: integração, preponderância e alternância. O desenvolvimento como um processo descontínuo marcado por rupturas e crises, ora marcado pelos processos afetivos, ora pelos cognitivos, permeado pela cultura e pelo ambiente em que a criança vive. 3) De acordo com a teoria Walloniana, o fundamento do psiquismo é a emoção, que opera do mundo orgânico para social. A partir desse pressuposto discuta: O que caracteriza essa passagem? R: Para Wallon a emoção é simultaneamente biológica e social. Biológica por que garante a sobrevivência do recém-nascido e social devido sua interação. O estágio do personalismo no qual a criança já consegue identificar e nomear objetos iniciando outra vez a fase centrípeta do desenvolvimento. Qual o papel do meio humano nesse processo? R: O papel do meio humano é ser contagiado por estados de profunda emoção por aqueles que estão próximos. A criança imita e adquire repertório e autonomia ampliando seu domínio no espaço físico. 4) A inteligência pode ser caracterizada de diferentes maneiras, ao longo do desenvolvimento da criança, segundo Wallon. Uma delas é o pensamento sincrético, presente entre os três e os seis anos de idade. Como você explica? R: O pensamento da criança de três a seis anos está impregnado de subjetividade no qual prevalecem os critérios afetivos sobre os lógicos e objetivos. Uma mesma palavra serve para designer os mesmos objetos, a cada objeto corresponde a um nome, ou seja, a representação dos objetos está impregnada de experiências sensoriais e afetivas. 5) Ainda entre os três e os seis anos de idade, a grande tarefa da criança é a construção do “eu”. Nesse sentido a construção do objeto deve estar a serviço da construção do sujeito e não ao contrário. Porque? R: O processo de simbolização vai permitir que o pensamento se distancie da subjetividade para atingir uma representação mais objetiva da realidade a partir de referenciais mais objetivos. Crianças tem diálogos consigo mesmas sendo esse um exercício do “eu” e o “outro”. A utilização do pronome em primeira pessoa no processo de percepção de um “eu” como indício da consciência de si está a serviço da construção do sujeito. A criança como sujeito num processo de interseção social com adultos e seus pares 6). Observando criança de aproximadamente dois anos de idade, registrou-se a seguinte cena: Aproximando-se de novo do espelho, J (20 meses) ’fala’ com ele. Olha, abre a boca, ergue os braços, ergue roupa, olha sua barriga e a barriga no espelho. Encosta o rosto no espelho e “fala” de novo. Aproxima-se distancia-se, Ri, faz careta, se mexe e sai do espelho. Discuta seu significado no processo de consciência de si R: O processo da consciência de si é muito importante para a construção do sujeito que se estabelece nas relações sociais dele, onde o sujeito afeta o ambiente e também é afetado nos seus diversos espaços. 7) . Vendo imagens do grupo de crianças ao qual pertence, filmadas em dias anteriores, L (33 meses), parecendo entusiasmada com a própria imagem, identifica-se espontaneamente com L., utilizando a terceira pessoa para referir-se a si mesma. Em seguida diz “Sou eu! Sou eu! ”. Como você explica essa situação? R: As experiências vividas pelas crianças vão construir referências para ela e estabelecer suas singularidades. Esse processo de humanização se concretiza no meio onde a criança frequenta. A criança ao passar pelo estagio do personalismo, ela deixa de referir a si mesma na terceira pessoa e passa a fazer uso do pronome pessoal para tal feito, tomando consciência de si em um processo de busca de afirmação e diferenciação. Esse processo é chamado de oposição. 8). Exigir que a criança pequena fique sentada, ´parada, impede-a de pensar. Relacione essa afirmação ao pensamento ideomotor? R: Como o pensamento ideomotor é um alongamento do espaço mental, no qual os limites vão se ampliando na medida do pensamento, que vai ser expresso por meio do movimento e da linguagem. O pensamento é sustentado pela motricidade e, gradativamente, ao longo da infância, por ser obrigada a ficar quieta demais, a motricidade se reduzira aos movimentos vocais e o pensamento será impulsionado apenas pela fala. 9). Qual é o papel da imitação no desenvolvimento da criança? R: O poder imitar reflete em uma fusão entre situações e objeto, fazendo com que a criança elabore uma cópia ou imitação de sua ação no presente, no entanto, algo que está sobreposto à essa ação é que, de um lado, tem-se aquilo que é percebido, imaginado ou desejado e, do outro, aquilo que é realizado ou que se constitui na representação do modelo. 2
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