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Decisões de Investimento e Financiamento a Curto e a Longo Prazo

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MODULO II
DECISÕES DE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO A
CURTO E A LONGO PRAZO.
PROF: ANTONIO RUIZ FILHO
2 – Decisões de Investimento e Financiamento a Curto e Longo Prazo
2.1- Decisões de Investimento a Curto e Longo Prazo
Valor do Dinheiro no Tempo
A circulação dos recursos é importante para as atividades das pessoas,
das empresas e de todas as formas de organização.
Os agentes superavitários têm recursos sobrando, e podem emprestá-
los para os agentes deficitários.
Em face da diversidade de possibilidades de investimentos, é preciso
conhecer técnicas que avaliem as condições em que são realizados e
quais as possibilidades de retorno existentes
A primeira noção importante para esse estudo é o valor do dinheiro no
tempo:
O dinheiro recebido hoje tem mais valor do que a mesma quantia de
dinheiro recebida amanhã.
Mesmo que não exista inflação, que os preços permaneçam constantes,
que as necessidades das pessoas não mudem, a possibilidade de
comprar um produto hoje, fazer um investimento hoje, desfrutar um
serviço hoje; vale mais do que a mesma possibilidade amanhã.
 Essa é a Teoria da Preferência pela Liquidez.
Como o dinheiro vale mais hoje do que amanhã, então quem tem
o recurso, o agente superavitário, só abre mão do consumo hoje, se
for receber um valor maior no futuro.
O que faz os recursos aplicados hoje aumentarem de valor no
futuro?
As taxas de juros.
Para os nossos cálculos, quando nada for dito em contrário, a taxa
de juros a que nos referimos é a taxa de juros nominal i.
Resumindo:
o dinheiro é aplicado hoje, para ser remunerado a uma taxa de juros i,
que cubra todos os aspectos de remuneração do custo do dinheiro:
recuperação do poder de compra daquele recurso, em função da
inflação; remuneração pelo risco de não se receber o dinheiro de volta,
ou no caso de títulos financeiros, remuneração pela dificuldade de
revender esse papel no mercado e ainda a remuneração pelo risco de
as taxas de juros básicas vierem a mudar ao longo do período de
aplicação, Naturalmente quem toma recursos emprestados deverá
arcar com o pagamento dessa taxa de juros.
Para facilitar os cálculos do valor do dinheiro no tempo, os valores e as
taxas são representados por letras.
O Quadro 1 apresenta algumas dessas notações.
Quadro 1: O valor do dinheiro no tempo
Valor Presente
PV, P, C, CI
Present Value (Valor Presente), Principal, Capital, Capital Inicial.
É o valor emprestado no início do período.
 Valor presente hoje do empréstimo ou da aplicação.
Taxa de Juros
i
expresso em percentual
É a remuneração a ser paga pelos recursos emprestados.
Valor Futuro
FV, VF, M, VN
Future Value (Valor Futuro), Valor Final, Montante, Valor Nominal
É o montante a ser devolvido ou resgatado ao final do prazo do
empréstimo ou período de aplicação.
Prestação
PMT, PR
Parcelas, Prestação
Prestação ou pagamentos intermediários.
Tempo
t
Tempo
Período de tempo da aplicação.
Períodos
n
Período
Número de períodos da aplicação.
Juros
J
Juros em valor
Valor Total de Juros Pagos.
Fonte: LEMES (2010:pág. 105)
Formas de Capitalização
Como se calculam os juros?
 Os juros pagos são calculados como percentuais do valor
emprestado.
A forma como esse valor de juros é somado ao valor emprestado se
chama capitalização.
 Em uma situação simples, o cálculo dos juros é direto:
toma o recurso emprestado e, no vencimento, paga o principal
mais os juros, segundo o princípio da capitalização simples.
Capitalização Simples
A capitalização Simples, o valor de juros a ser pago é calculado sempre
sobre o principal emprestado. Por exemplo:
Uma empresa toma $ 1.000,00 emprestado, para pagar dali a um mês,
com juros de 5% ao mês.
PV = 1.000,00
n = 1 mês                                                                                                                
  
FV = ?
i = 5% am => 0,05
PV = 1.000,00
J=PV.i.n
J= 1.000,00x0,05x1
J= 50,00
FV=PV(1+i.n)
FV= 1.000,00(1+0,05x1)
FV= 1.000,00(1,05)
FV = 1.050,00
O tomador do empréstimo vai pagar:
De juros = 50,00
O montante no vencimento = 1.050,00
Sempre que você estiver em face de um problema de valor do dinheiro
no tempo, siga:
a) Desenhe a linha do tempo
b) Identifique as variáveis que você já conhece, lembre-se de que as
taxas vêm expressas em percentual e devem ser transformadas em
decimal.
c) Identifique qual é a sua dúvida, ou que você precisa calcular.
Exercícios resolvidos:
1) Quanto você deverá aplicar hoje, em uma aplicação que paga
juros simples de 1,5% ao trimestre, para receber $ 537,50 daqui a cinco
trimestres?
PV=?
i= 1,5% at => 0,015 at
FV = 537,50
n= 5 trimestres
FV=PV(1+i.n)
PV =      FV   (1+i.n)
PV =    537,50
        (1+0,015x5)
PV = 537,50
         1+ 0,075
PV = 537,50.          1,075
PV = 500,00                                   Devo aplicar $ 500,00 hoje.
2) Você foi promovido à função de tesoureiro de uma pequena empresa
comercial. Desconfiado de que o cheque especial da empresa está
custando muito caro, você vai fazer os cálculos de quanto está pagando
de juros por essa fonte de financiamento de curto prazo.
Recentemente a conta ficou devedora em $ 1.350,00 nos últimos sete
dias do mês. No oitavo dia, coincidentemente o último dia do mês, um
cliente depositou $ 2.000,00 e saldo ficou positivo em $621,65. Calcule
qual a taxa de juros cobrada por dia.
FV = 2.000,00 – 621,65 = 1.378,35
PV = 1.350,00
n= 7 dias
i= ?
FV=PV(1+i.n)
1.378,35 = 1.350,00(1+7xi )
1.378,35/ 1.350,00 = 1.021
1.378,35 = 1+7i
1,021 = 1+7.i
1,021 – 1 = 7i
0,021 /7i = 0,003 x 100 = 0,30% ao dia
I = 0,30% ao dia.
Capitalização Composta
As operações financeiras realizadas no regime de capitalização composta
são as mais usuais no ambiente dos negócios.
O empréstimo é realizado por determinado número de períodos, e os juros
de cada período vão sendo incorporados ao principal emprestado.
Por exemplo:
A empresa contraiu um empréstimo de $ 20.000,00 para quitar dali a dois
meses, pagando juros de 3% ao mês, no regime de capitalização .
composta.
PV = 20.000,00
n = 2 meses
i = 3% am   => 0,03 ao mês
J= ?
FV=PV(1+i)n
FV = 20.000,00.(1+0,03)2 1,03 x 1,03 = 1,0609
FV = 20.000,00.(1,03) 2
FV = 20.000,00.(1,0609)
FV = 21.218,00
Exercícios resolvidos:
3) Quanto deverá ser aplicado hoje, em uma aplicação
financeira que paga juros líquidos de 1% ao dia, para se poder
resgatar $ 2.109,13 daqui a 75 dias?
PV = ?
i = 1% ad. => 0,01 ad.
FV = 2.109,13
n = 75 dias
FV=PV(1+i)n
PV =     FV       (1+i) n
PV =   2.109,13     /     (1+0,01) 75
PV =   2.109,13     /     (1,01)75 = 2,1091
PV =   2.109,13 / 2,1091 = 1.000,00
           
PV = 1.000,00
4) Qual a taxa mensal de juros cobrada num empréstimo de R$ 64.000,00
para ser quitado por R$ 79.600,00 no prazo de 117 dias?
PV = 64.000,00
PF = 79.600,00
n = 117 dias
i = ?
I = ( 1 + i ) n - 1
I = 79.600,00
 64.000,00 – 1 = 0,24375x100 = 0u 24,375%
I = 1,24375 elevado 30/117 – 1 = 0,05752 x 100 = ou 5,752%
Série de Pagamentos
Quando ocorrerem mais de uma entrada e/ou mais de uma saída
de recursos, durante a operação, temos uma série de pagamentos.
VALOR ATUAL DE UMA RENDA IMEDIATA (postecipada) ( 0 + n)
O primeiro pagamento será dado no final do primeiro período
VALOR ATUAL(Valor à vista, Valor Presente)
Por exemplo:
João comprou um carro que irá pagar em quatro prestações mensais de R$
2.626,24 sem entrada. As prestações serão pagas à partir do mês seguinte ao da
compra e o vendedor afirmou estar cobrando uma taxa de juros compostos de 2%
a.m. Qual o preço do carro à vista ?
PMT = 2.626,24     POSTECIPADA
i = 2% am
n = 4 meses
PV = ?
POSTECIPADA
PV = PMT (1 + i)n - 1                         
                  (1 + i)n x i  
        
PV = 2.626,24 (1+ 0,02)4 – 1
                       (1+ 0,02)4 x 0,02
PV = 2.626,24 (1,02) 4 – 1
                       (1,02) 4 x 0,02
PV = 2.626,24 x (1,08243216 – 1)
           0,02164864
PV = 2.626,24 x 3,80772926
PV = 10.000,00
Exercícios resolvidos:
5) Numa agênciade automóveis o preço de um carro, à vista é de R$
50.000,00.Qual é o valor da prestação mensal, se o carro for financiado em 24
meses, sem entrada, e a taxa de juros for de 3% a.m. ?
PV = 50.000,00
PMT = ?
n = 24 meses
ic = 3% am
POSTECIPADA
PMT = PV (1 + i)n x i                         
                  (1 + i)n - 1  
                     
PMT = 50.000,00 (1+0,03) 24 x 0,03
                              (1+0,03) 24 - 1
PMT = 50.000,00 (1,03) 24 x 0,03
                              (1,03) 24 – 1
PMT = 50.000,00 (2,03279411) x 0,03
                              (2,03279411) – 1
PMT = 50.000,00 x    0,06098382
                                 1,03279411
PMT = 50.000,00 X 0,05904742
PMT = 2.952,37
VALOR ATUAL DE UMA RENDA ANTECIPADA ( 1 + n-1)
O primeiro pagamento dado no início do período.
Por exemplo:
Uma dona de casa compra um televisor em cores em 24 prestações de
630,64, sendo que a 1a. prestação é dada como entrada. Sabendo - se que
a taxa de mercado é de 4 % a.m. Qual seria o valor do T.V. à vista ?
n = 24          PMT = 630,64        ANTECIPADA         i = 4% am             PV = ?
PV = PMT (1+i)n - 1
                 (1+i)n¯- 1 x i
PV = 630,64 (1+0,04) 24 - 1
             (1+0,04) 24-1 x 0,04
PV = 630,64 (1,04) 24 - 1
             (1,04) 23 x 0,04
PV = 630,64 2,563304 - 1
             2,464716 x 0,04
PV = 630,64 1,563304
             0,098589
PV = 630,64 X 15,856779 = R$ 9.999,92
PV = R$ 10.000,00
Exercício resolvido:
6) Qual a prestação mensal antecipada capaz de amortizar com 12
pagamentos, um financiamento de R$ 10.000,00 com juros de 3% a.m.
PMT = ?      ANTECIPADA          PV = 10.000,00         i = 3% am
PMT = PV (1+i)n¯¹ x i
                    (1+i)n – 1
PMT = 10.000,00 (1+0,03)¹²-¹ x 0,03
                    (1+0,03)¹² - 1
PMT = 10.000,00 (1,03)¹¹ x 0,03
                    (1,03)¹² - 1
PMT = 10.000,00 1,384234 x 0,03
                    1,425761 – 1
PMT = 10.000,00 0,041527
                    0,425761
PMT = 10.000,00 x 0,097536
PMT = 975,36
VALOR FUTURO OU MONTANTE DE UMA RENDA IMEDIATA(postecipada)
Estudaremos agora as parcelas, também denominadas de depósitos
(pagamentos) que se relacionam com o “VALOR FUTURO “, UM MONTANTE ,
após   determinado número de depósitos(pagamentos)
               
O primeiro pagamento dado no final do primeiro período e o valor futuro
coincide com o último pagamento.
Por exemplo:
O pai de um estudante efetua mensalmente durante 3 anos, depósitos de R$
2.000,00 em um banco que paga 2% a.m. sobre o saldo credor. Este dinheiro
se destina ao custeamento do estudo superior do filho. Qual será o montante
acumulado após ser efetuado o último depósito.
PMT = 2.000,00          i = 2% am             n = 3 anos è 3 x 12 = 36 meses          FV = ?
FV = PMT (1+i)n - 1
                      i
FV = 2.000,00 (1+0,02) 36 - 1
                      0,02
FV = 2.000,00 (1,02) 36 - 1
                      0,02
FV = 2.000,00 (2,03988734 – 1)
                      0,02
FV = 2.000,00 (1,03988734)
                      0,02
FV = 2.000,00 x 51,99436720
FV = R$ 103.988,73
Exercício resolvido:
7) Uma empresa deseja construir um fundo de provisão de forma
que depois do décimo depósito possua o montante de
1.200.000,00. Quanto deve depositar, no fim de cada ano, num
banco que paga juros de 10% a.a.
FV = 1.200.000,00            n = 10           i = 10% aa             PMT = ?
PMT = FV x i     
          (1+i)n – 1
PMT = 1.200.000,00 x 0,10
            (1+0,10) 10 – 1
PMT = 1.200.000,00 x 0,10
             2,59374246 – 1
PMT = 120.000,00
            1,59374246
PMT = 75.294,47
VALOR FUTURO OU MONTANTE DE UMA RENDA ANTECIPADA
O primeiro pagamento dado no início do primeiro pagamento e o
valor futuro em período depois ao último pagamento  
Por exemplo:
Prevendo que a taxa de juros de uma aplicação financeira é de 10%
a.m., vou depositar no início de cada mês R$ 1.000,00 durante 1 ano.
Qual será o montante no final de um ano ?
PMT = 1.000,00
i = 10% am
n = 12 m
FV = ?
FV = PMT ( 1 + i ) [( 1 + i )n -1]
                                    i
FV = 1.000, (1,10) x [(1,10) 12 – 1]
                             0,10
FV = 1.000, (1,10) x [3,1384 – 1]
                               0,10
FV = 1.000 x 23,5227
FV = 23.522,71
Exercício Resolvido:
8) Quanto devo depositar em um banco a 18% a.a. ( taxa
nominal ) no início de cada semestre para, possuir o montante
de R$ 50.000,00 no final de 3 anos ?
2 - semestre
18ª/2s = 9% as
FV = 50.000
n = 3anos x 2s = 6 s ( 6 semestre)
PMT =            FV x i               
             ( 1 + i ). ( 1 + i )n -1
PMT =      50.000, X 0,09
             1,09 x [(1,09) 6 – 1]
PMT =          4.500               
            1,09 x (1,6771 – 1)
PMT =     4.500
               0,7380
PMT = 6.097,56
2.2.) As decisões de investimento de longo prazo, também chamadas
decisões de investimento de capital.
A análise de investimento tem como objetivo principal servir de ferramenta
analítica para auxiliar a tomada de decisões entre investimentos
alternativos ou, ainda, para que se possa verificar se determinado
investimento apresenta condições de atingir o retorno exigido pelo
capitalista ou pela empresa. Dessa maneira, a análise de investimento
busca por meio de técnicas avançadas, utilizando Estatística, Matemática
Financeira e Informática, uma solução eficiente para uma decisão
compensadora.
O termo investimento é extremamente genérico, pois permite aceitar
desde investir numa microempresa até em uma mega fusão industrial.
Portanto, é necessário o domínio de vários indicadores para estruturar um
modelo que forneça resultados otimizados.
A tomada de decisão em projetos de grande porte, a seleção de
alternativas de ampliação, retração ou modificação de negócios, tudo
isso é sempre motivo de polêmica. Selecionar investimentos não é uma
tarefa muito fácil.
A prévia avaliação econômica das decisões de investimento é
considerada uma tarefa imprescindível no ambiente empresarial. As
decisões de investimento são importantes para a empresa porque
envolvem valores significativos e geralmente têm um alcance de longo
prazo.
O objetivo básico da análise de investimento é avaliar uma alternativa
de ação ou escolher a mais atrativa entre várias, usando métodos
quantitativos.
Quando a análise de investimento refere-se a uma decisão de grande
envergadura, um novo empreendimento ou a ampliação de um já
existente, seu prognóstico é decisivo para aceitação ou rejeição da
proposta.
 Para decisões de menor expressão, como comprar ou alugar um
equipamento, automatizar ou não determinada tarefa, a conclusão da
análise de investimento pode não ser o fator decisivo para a escolha.
Outros elementos, inclusive de natureza qualitativa, podem influenciar
a decisão a ser tomada.
Existem diversas metodologias a serem seguidas para a tomada de decisão. Em
geral, em uma seqüência é possível identificar principais fases:
* Identificação das alternativas: parte criativa da tomada de decisão. Para esta
fase, faz-se necessário definir o nível das análises a ser realizado, bem como
perguntas do tipo: onde, quem, quando, como e por quê;
* Estudo Preliminar de Viabilidade das Alternativas: nesse nível, são eliminadas as
alternativas dominadas por outras ou aquelas em que a criatividade foi além da
possibilidade efetiva de realização;
* Seleção Preliminar das Alternativas: estimativas preliminares de custos de capital
(Investimentos) e operacionais (Custos Fixos, Variáveis, Volume de Produção),
receitas (Volume de Venda, Preço) que compõem o processo decisório;
* Estudo de Viabilidade das Alternativas Selecionadas: nesse ponto, o estudo
econômico passa a ser detalhado, envolvendo diversas estimativas, previsões
científicas sobre o mercado, cronogramas de desembolso, culminando em fluxos
de caixa, possíveis fontes de financiamento, estruturas decapital (próprio/
financiado) e custo de capital (taxa de juros de empréstimos) e perfil da dívida
(prazos para repagamento de empréstimo);
* Considerações sobre Risco e Incertezas: etapa na qual se consideram as
incertezas associadas aos fatores-chave do projeto e o grau de propensão ao
risco do organismo empreendedor, além da sensibilidade dos resultados a
possíveis variações em determinados fatores, as quais poderão vir a
comprometer a viabilidade econômica do empreendimento;
* Implementação das alternativas selecionadas
* Análises a posteriori, melhoria do sistema decisório.
DEFINIR ALTERNATIVAS DE INVESTIMENTOS
Cabe a Engenharia Econômica definir, tão precisamente quanto
possível, alternativas de investimentos e prever suas consequências,
reduzidas a termos monetários, elegendo-se um instante de referência
temporal e considerando o valor do dinheiro no tempo.
Um mesmo objetivo pode ser atingido de várias maneiras. Neste mundo
competitivo e globalizado, obtém sucesso quem alcançar o objetivo da
maneira mais econômica, ou, ainda, para um mesmo nível de
investimento, o investidor ou a empresa com maior rentabilidade.
Muitas vezes, o objetivo proposto só será alcançado após decorrido um
determinado tempo para maturação do investimento, durante o qual
muito esforço terá que ser realizado, consumindo-se recursos escassos,
tais como: capital, trabalho, insumos e capacidade gerencial.
ALGUMAS PERGUNTAS A SEREM FEITAS
* Por que, afinal, esse investimento tem que ser feito?
Por exemplo, em vez de investir em dado setor da economia mais tradicional,
como a industria automobilística, por que não entrar em um novo negócio, como
o e-business, na chamada nova economia? Por que não estudar uma fusão ou
aquisição? Atualmente, são muitas a s empresas cujo crescimento se dá por meio
de Fusões e Aquisições (F&A), ou em inglês, Mergers & Acquisitions (M&A).
* Por que fazê-lo agora? É possível ou deve ser adiado?
Uma empresa quer se modernizar adquirindo computadores eletrônicos. Um
pesadelo freqüente dos administradores é a obsolescência galopante dos
recursos de hardware e software, hoje em dia. Por isso, muitas decisões são
adiadas porque “uma nova plataforma de hardware será lançada ainda este
ano”, ou “uma nova versão de sistema operacional será anunciada pelo
fabricante”. Isso, irá atrasar todo o processo.
* Por que fazê-lo dessa maneira?
Estendendo o exemplo anterior, uma compra pode não ser tão interessante
quanto o leasing, ou arrendamento mercantil, para equipamentos de informática.
Ou então, todo o conceito pode ser revisto, com terceirização de serviços,
incluindo hardware, software e mão de obra (humanware).
OBJETIVOS, ESTIMATIVAS, MODELAGEM E DECISÃO.
A solução dos problemas de Engenharia Econômica começa com a
definição clara dos objetivos a serem alcançados. As alternativas
disponíveis para atingir tais objetivos devem ser especificadas em dado
grau de detalhamento, o qual irá crescer à medida que passa o tempo.
A precisão com que as estimativas de custos são feitas cresce também à
medida que uma idéia passa do papel para sua concretização. Ao final
de todo o processo é que se saberá, por meio da contabilização de
todos os custos, quanto o processo realmente custou.
A modelagem econômico-financeira dessas opções tem que ser feita
com determinado grau de confiabilidade, mas sempre haverá certo nível
de incerteza ou risco na orçamentação de capital.
A decisão entre duas opções, quando uma claramente predomina sobre
a outra, é uma tranqüilidade. Quando há dúvidas, é hora de lançar mão
de Análise de Sensibilidade, ou Análise de Cenários, ou de Risco.
EXEMPLOS:
A técnica de análise de investimento é usada na avaliação de projetos de
investimentos, ou seja, no aumento do Ativo, com o objetivo de maximizar o
retorno do capital investido.
Suponha que um investidor tenha mais de uma alternativa para investir seu
capital. Toda vez que ele decide por uma das alternativas, renuncia ao
lucro que teria obtido com cada uma dessas alternativas. Essa renúncia é o
seu custo de oportunidade, cujo valor é o lucro da melhor alternativa a qual
renunciou, supondo que todas as alternativas tenham o mesmo risco e o
mesmo período.
Consequentemente, ele só realizará o investimento na alternativa escolhida,
se a expectativa de lucro dessa alternativa for maior do que o lucro da
melhor alternativa das que renunciou. A alternativa escolhida é a que tem a
maior expectativa de retorno do investimento, maximizando o retorno do
capital investido. No final do investimento, aumentará seu patrimônio.
Na análise de investimentos consideram-se os Fluxos de Caixa incrementais
do projeto e não os fluxos da empresa.
MÉTODOS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
Os métodos de análise de investimento se dividem em dois grupos:
* Métodos práticos ou métodos simplificados
* Métodos analíticos
MÉTODOS PRÁTICOS OU MÉTODOS SIMPLIFICADOS
São imprecisos e podem conduzir a decisões erradas, embora sejam
utilizadas por muitas empresas, principalmente as pequenas e médias
que tende a afetar negativamente a qualidade de suas decisões de
investimento.
MÉTODOS ANALÍTICOS
Baseiam-se no valor do dinheiro no tempo, o que os torna consistentes,
onde são empregados na análise de investimento a Taxa de Retorno
Interno (TIR), o Valor Presente Líquido (VPL). Esses métodos são mais
precisos do que os métodos práticos em decorrência de sua
metodologia de cálculo.
Para ilustrar a utilização dos vários métodos de análise de investimento,
usaremos o seguinte projeto de investimento que designaremos por
Projeto Bem-te-vi:
Valor do investimento = $ 60.000,                               Vida útil = 6 anos
Valor residual = zero                                                    Entradas anuais de
caixa = $ 24.593,54
Saídas anuais de caixa = $ 10.000,
O Fluxo de Caixa correspondente a esse projeto de investimento é o
seguinte:
ANOS
INVESTIMENTO
ENTRADAS DE CAIXA
SAÍDAS DE CAIXA
FLUXO DE CAIXA
0
             (60.000)
 
 
           (60.000,00)
1
 
                   24.593,54 
              10.000,00 
            14.593,54 
2
 
                   24.593,54 
              10.000,00 
            14.593,54 
3
                24.593,54 
              10.000,00 
            14.593,54 
4
 
                   24.593,54 
              10.000,00 
            14.593,54 
5
 
                   24.593,54 
              10.000,00 
            14.593,54 
6
 
                   24.593,54 
              10.000,00 
            14.593,54 
3
 
                   24.593,54 
              10.000,00 
            14.593,54 
MÉTODOS PRÁTICOS OU MÉTODOS SIMPLIFICADOS
Existem dois métodos práticos de análise de investimento:
* Taxa de Retorno Contábil
* Tempo de Retorno (Payback)
TAXA DE RETORNO CONTÁBIL
A taxa de retorno contábil é a relação entre o fluxo de caixa
anual esperado e o valor do investimento. Tem dois pontos fracos:
1.        Não considera o valor do dinheiro no tempo;
2.        Implicitamente admite que a vida útil dos ativos tem
duração infinita.
Esta última premissa torna a taxa de retorno contábil super
avaliada em comparação com a taxa interna de retorno.
TR = taxa de retorno contábil anual
FL = fluxo de caixa anual esperado
I = Investimento
TR =     FL
              I
TR = $ 14.593,54
            $ 60.000,
TR = 0,2432 ou 24,32% aa
Existem outras variantes para o cálculo da taxa de retorno contábil.
As mais comuns são:
a) Considerar o lucro contábil médio do projeto e seu investimento
médio;
b) Considerar o lucro contábil ao invés do fluxo de caixa.
A taxa de retorno contábil ou qualquer de suas variantes pode
trazer distorções muito grandes à verdadeira rentabilidade de um
projeto de investimento, principalmente por não levar em conta o
valor do dinheiro no tempo.
Embora seja um critério frágil para análise prospectiva de
investimento, a taxa de retorno contábil é utilizada pelas empresas
para fazer o acompanhamento da rentabilidade de seus
investimentos.
TEMPO DE RETORNO (PAYBACK)
O tempo de retorno, também conhecidocomo Payback, é a relação
entre o valor do investimento e o fluxo de caixa do projeto (ou o lucro
contábil anual). O tempo de retorno indica em quanto tempo ocorre à
recuperação do investimento. Os pontos fracos desse método são:
* Não considera o valor do dinheiro no tempo;
* Não considera os fluxos de caixa após a recuperação do capital;
* Não pode ser aplicado quando o fluxo de caixa não é convencional.
Um fluxo de caixa não convencional é aquele em que existem mais de
uma mudança de sinal (negativo para positivo ou vice-versa).
T = Tempo de retorno em anos (Payback)
I = Investimento
E = Fluxo de caixa anual ou lucro contábil anual
T =   I   
         E
T =   $ 60.000, 00    
      $ 14.593,54
T = 4,1 anos
MÉTODOS ANALÍTICOS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
Os métodos analíticos são precisos porque se baseiam no valor do
dinheiro no tempo. A precisão mencionada se refere à metodologia
utilizada para analisar os dados do projeto. O valor do dinheiro no
tempo para cada empresa é expressão por um parâmetro
denominado Taxa Mínima de Atratividade (TMA). Essa taxa é
específica para cada empresa e representa a taxa de retorno que
ela está disposta a aceitar em um investimento de risco (projeto
empresarial) para abrir mão de um retorno certo num investimento
sem risco no mercado financeiro.
                Os métodos analíticos empregados em análise de
investimentos são:
* Valor Presente Líquido (VPL)
* Taxa Interna de Retorno (TIR)
* Tempo de Retorno Descontado (Discounted Payback)
VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL)
O valor presente líquido (VPL) de um projeto de investimento é
igual ao valor presente de suas entradas de caixa menos o
valor presente de suas saídas de caixa. Para cálculo do valor
presente das entradas e saídas de caixa é utilizada a Taxa
Mínima de Atratividade (TMA) como taxa de desconto (ou
taxa de retorno de mercado). O valor presente líquido
calculado para um projeto significa o somatório do valor
presente das parcelas periódicas de lucro econômico gerado
ao longo da vida útil desse projeto. O lucro econômico pode
ser definido como a diferença entre a receita periódica e o
custo operacional periódico acrescido do custo de
oportunidade periódica do investimento.
Considerando-se uma TMA de 10% aa, encontramos para o
projeto de investimento “bem-te-vi”, um valor presente líquido
(VPL) igual a:
VPL = -I + FLCX1 + FLCX2 + ..........+ FLCXn
                  (1 + i)¹      (1 + i)²                 (1 + i)n
VPL = -60.000,00 + 14.593,54 + 14.593,54+ 14.593,54+ 14.593,54+
14.593,54+ 14.593,54
                                      (1+0,10)¹     (1+0,10)²    (1+0,10)³     (1+0,10)4    
(1+0,10)5     (1+0,10)6
VPL = -60.000,00 + 14.593,54 + 14.593,54+ 14.593,54+ 14.593,54+
14.593,54+ 14.593,54
                                       (1,10)¹           (1,10)²         (1,10)³          (1,10)4    
     (1,10)5        (1,10)6
VPL = -60.000,00 + 14.593,54 + 14.593,54+ 14.593,54+ 14.593,54+
14.593,54+ 14.593,54
                                     (1,1000)¹      (1,2100)²     (1,3310)³     (1,4641)4  
 (1,6105)5     (1,7716)6
VPL = -60.000,00 + 13.266,85 + 12.060,78 + 10.964,34 + 9.967,58 +
9.061,44 + 8.237,67
VPL = 3.558,67
VPL > 0 è Investimento é viável.
Considerando-se uma TMA de 12% aa, encontramos para o projeto
de investimento “bem-te-vi”, um valor presente líquido (VPL) igual a:
VPL = -I + FLCX1 + FLCX2 + ..........+ FLCXn
                  (1 + i)¹     (1 + i)²                  (1 + i)n
VPL = -60.000,00 + 14.593,54 + 14.593,54+ 14.593,54+ 14.593,54+
14.593,54+ 14.593,54
                                     (1+0,12)¹      (1+0,12)²     (1+0,12)³     (1+0,12)4  
 (1+0,12)5     (1+0,12)6
VPL = -60.000,00 + 14.593,54 + 14.593,54+ 14.593,54+ 14.593,54+
14.593,54+ 14.593,54
                                        (1,12)¹          (1,12)²          (1,12)³         (1,12)4        
(1,12)5        (1,12)6
VPL = -60.000,00 + 14.593,54 + 14.593,54+ 14.593,54+ 14.593,54+
14.593,54+ 14.593,54
                                     (1,1200)¹      (1,2544)²      (1,4049)³     (1,5735)4  
 (1,7623)5    (1,9738)6
VPL = -60.000,00 + 13.029,95 + 11.633,88 + 10.387,39 + 9.274,46 + 8280,77
+ 7.393,54
VPL = 0,00
VPL = 0 è Investimento é indiferente na Teoria, mas é inviável na
prática.
Considerando-se uma TMA de 15% aa, encontramos para o projeto de
investimento “bem-te-vi”, um valor presente líquido (VPL) igual a:
VPL = -I + FLCX1 + FLCX2 + ..........+ FLCXn
                   (1 + i)¹    (1 + i)²                  (1 + i)n
VPL = -60.000,00 + 14.593,54 + 14.593,54+ 14.593,54+ 14.593,54+ 14.593,54+
14.593,54
                                     (1+0,15)¹      (1+0,15)²     (1+0,15)³     (1+0,15)4  
 (1+0,15)5     (1+0,15)6
VPL = -60.000,00 + 14.593,54 + 14.593,54+ 14.593,54+ 14.593,54+ 14.593,54+
14.593,54
                                        (1,15)¹          (1,15)²         (1,15)³          (1,15)4        
(1,15)5        (1,15)6
VPL = -60.000,00 + 14.593,54 + 14.593,54+ 14.593,54+ 14.593,54+ 14.593,54+
14.593,54
                                      (1,1500)¹     (1,3225)²      (1,5209)³     (1,7490)4  
 (2,0114)5   (2,3131)6
VPL = -60.000,00 + 12.690,03 + 11.034,81 + 9.595,49 + 8.343,90 + 7.255,57 +
6.309,19
VPL = - 4.771,00
VPL < 0 è Investimento inviável.
Podemos ter as seguintes possibilidades para o Valor Presente Líquido
de um projeto de investimento:
VPL > 0
VPL = 0
VPL < 0
VPL > 0 => significa que o investimento é economicamente atrativo,
pois o valor presente das entradas de caixa é maior do que o valor
presente das saídas de caixa.
VPL = 0 => o investimento é indiferente pois o valor presente das
entradas de caixa é igual ao valor presente das saídas de caixa.
VPL < 0 => indica que o investimento não é economicamente atrativo
porque o valor presente das entradas de caixa é menor do que o valor
presente das saídas de caixa.
Entre vários projetos de investimento, o mais atrativo é aquele que tem
maior Valor Presente Líquido.
TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)
A Taxa Interna de Retorno é o percentual de retorno obtido sobre o saldo
investido e ainda não recuperado em um projeto de investimento.
Matematicamente, a Taxa Interna de Retorno é a taxa de juros que torna o valor
presente das entradas de caixa igual ao valor presente das saídas de caixa do
projeto de investimento.
  
VPL =    -I + FLCX1 + FLCX2 + FLCX3 + FLCX4 + FLCX5 + FLCX6 
                     (1 + i)¹      (1 + i)²     (1 + i)³     (1 + i)4     (1 + i)5    (1 + i)6 
Para calcular a TIR, iguala a VPL a zero:
VPL = 0
 0 =   (60.000) + 14.593,54+ 14.593,54 + 14.593,54 + 14.593,54 + 14.593,54 + 14.593,54 
                         (1 + i)¹         (1 + i)²        (1 + i)³          (1 + i)4          (1 + i)5       (1 + i)6
Pode-se resolver essa equação de duas maneiras:
1º) por tentativa, vai substituindo o i por um percentual até o 2º
membro ficar igual ao 1º membro, ou seja, quando zerar.
2º) utilizando a calculadora financeira 12C.
Digitar:
60.000 CHS g CFO
14.593,54 g CFj
14.593,54 g CFj
14.593,54 g CFj
14.593,54 g CFj
14.593,54 g CFj
14.593,54 g CFj     f    IRR    => i = 12,00%
Este projeto será atrativo se a empresa tiver uma TMA menor do que
12,00% aa.
TIR > TMA è O investimento é viável.
A Taxa Interna de Retorno de um investimento pode ser:
TIR > TMA èsignifica que o investimento é economicamente atrativo, pois
a Taxa Interna de Retorno é maior do que o Custo do Capital (TMA)
TIR = TMA èo investimento é indiferente, pois a Taxa Interna de Retorno é
igual ao o Custo do Capital (TMA).
TIR < TMA è=>  indica que o investimento não é economicamente
atrativo porque a Taxa Interna de Retorno é menor do que o Custo do
Capital (TMA).
Entre vários investimentos, o melhor será aquele que tiver a maior Taxa
Interna de Retorno.
TEMPO DE RETORNO DESCONTADO (DISCOUNTED PAYBACK) – PBD
Uma alternativa para diminuir a imprecisão do critério do tempo de retorno
é considerar os fluxos de caixa pelo seu valor presente. Para isso, considera-
se uma taxa de desconto, ou seja, uma taxa de retorno de mercado. O
PBDmostra quanto tempo a empresa leva para recuperar o investimento,
levando em consideração o custo do dinheiro.
TD = Tempo de retorno descontados em anos (Discounted Payback)
I = Investimento
E = Fluxo de caixa anual ou lucro contábil anual
r = taxa de desconto ou taxa de retorno de mercado
O Fluxo de Caixa no valor presente correspondente a esse projeto de investimento é o
seguinte:
Considerando a taxa de desconto igual a 10% aa.
VPL = -I + FLCX1 + FLCX2 + ..........+ FLCXn
                  (1 + i)¹      (1 + i)²                 (1 + i)n
VPL = -60.000,00 + 14.593,54 + 14.593,54+ 14.593,54+ 14.593,54+ 14.593,54 + 14.593,54
                                     (1+0,10)¹      (1+0,10)²    (1+0,10)³     (1+0,10)4    (1+0,10)5     (1+0,10)6
VPL = -60.000,00 + 14.593,54 + 14.593,54 + 14.593,54 + 14.593,54+ 14.593,54 + 14.593,54
                                         (1,10)¹         (1,10)²          (1,10)³         (1,10)4          (1,10)5        (1,10)6
VPL = -60.000,00 + 14.593,54 +  14.593,54 + 14.593,54+ 14.593,54 + 14.593,54 + 14.593,54
                                     (1,1000)¹      (1,2100)²     (1,3310)³     (1,4641)4    (1,6105)5     (1,7716)6
VPL = -60.000,00 + 13.266,85 + 12.060,78 + 10.964,34 + 9.967,58 + 9.061,44 + 8.237,67
PBD =   período 0 + período 1  + período 2 +  período 3 + período 4  +  período 5
+ período 6
PBD = -60.000,00 – 46.733,15 – 34.672,37 – 23.708,03 – 13.740,45 – 4.679,01 +
3.558,66
Do período 5 para o período 6, o PBD passou de negativo para positivo.
Portanto, em algum ponto o PBD zerou. Precisamos achar esse ponto. Então o
PBD é igual a 5 anos. Os meses, vamos calcular do valor negativo até zerar,
nesse caso faltam + 4.679,01, faremos o cálculo a seguir:
4.679,01 = 0,568002 ano
8.237,67
1 ano        = 12 meses
0,568002 =       x
X = 6,81602    è Então o PBD = 5 anos, 6 meses e vamos calcular os dias.
1 mês            = 30 dias
0,81602 mês = x
X = 24 dias    è Então o PBD = 5 anos, 6 meses e 24 dias.
Resposta: PBD = 5 anos, 6 meses e 24 dias
Considerando-se uma TMA de 12% aa, encontramos para o projeto de
investimento “bem-te-vi”, um valor presente líquido (VPL) igual a:
VPL = -I + FLCX1 + FLCX2 + ..........+ FLCXn
                  (1 + i)¹      (1 + i)²                  (1 + i)n
VPL = -60.000,00 + 14.593,54 + 14.593,54+ 14.593,54+ 14.593,54+ 14.593,54+ 14.593,54
                                     (1+0,12)¹      (1+0,12)²     (1+0,12)³     (1+0,12)4    (1+0,12)5     (1+0,12)6
VPL = -60.000,00 + 14.593,54 + 14.593,54+ 14.593,54+ 14.593,54+ 14.593,54+ 14.593,54
                                        (1,12)¹          (1,12)²         (1,12)³          (1,12)4          (1,12)5        (1,12)6
VPL = -60.000,00 + 14.593,54 + 14.593,54+ 14.593,54+ 14.593,54+ 14.593,54+ 14.593,54
                                     (1,1200)¹      (1,2544)²     (1,4049)³     (1,5735)4    (1,7623)5     (1,9738)6
VPL = -60.000,00 + 13.029,95 + 11.633,88 + 10.387,39 + 9.274,46 +   8280,77   + 7.393,54
PBD =   período 0 + período 1 + período 2 + período 3 + período 4 + período 5 + período 6
PBD = -60.000,00 – 46.970,05 – 35.336,17 – 24.949,14 – 15.674,68 – 7.393,91 + 0,00
Resposta: PBD = 6 anos.
Considerando-se uma TMA de 15% aa, encontramos para o projeto de investimento “bem-te-
vi”, um valor presente líquido (VPL) igual a:
VPL = -I + FLCX1 + FLCX2 + ..........+ FLCXn
                  (1 + i)¹      (1 + i)²                  (1 + i)n
VPL = -60.000,00 + 14.593,54 + 14.593,54 + 14.593,54+ 14.593,54+ 14.593,54+ 14.593,54
                                      (1+0,15)¹     (1+0,15)²     (1+0,15)³     (1+0,15)4    (1+0,15)5     (1+0,15)6
VPL = -60.000,00 + 14.593,54 + 14.593,54 + 14.593,54 + 14.593,54 + 14.593,54 + 14.593,54
                                         (1,15)¹          (1,15)²         (1,15)³         (1,15)4          (1,15)5        (1,15)6
VPL = -60.000,00 + 14.593,54 + 14.593,54 + 14.593,54 + 14.593,54 + 14.593,54+ 14.593,54
                                     (1,1500)¹     (1,3225)²      (1,5209)³     (1,7490)4    (2,0114)5     (2,3131)6
VPL = -60.000,00 + 12.690,03 + 11.034,81 + 9.595,49 + 8.343,90 + 7.255,57 + 6.309,19
PBD =   período 0 + período 1  + período 2 +  período 3 + período 4  +  período 5   + período 6
PBD = -60.000,00 – 47.309,97 – 36.275,16 – 26.679,67 – 18.335,77 – 11.080,021 – 4.771,01
No período 6, o PBD continua negativo. Portanto, esse investimento é inviável.
Resposta: PBD = > 6 anos è INVIÁVEL
2.2  – Decisões de Financiamento a Curto e Longo Prazo
Os principais conceitos e teorias de custo de capital e mostrar diversas fontes de
financiamento. É de vital importância saber quanto você paga por seus recursos
financeiros. O custo de capital é fundamental no desconto dos fluxos de caixa
utilizados nas decisões de investimento de compra de ativos. Ele é afetado por
diversos fatores como: condições gerais da economia, condições de mercado,
decisões operacionais e financeiras da empresa e volume de recursos a serem
financiados. As condições gerais da economia abrangem aspectos como a
demanda, a oferta e a inflação; as condições de mercado implicam em
considerações sobre a facilidade de negociação dos títulos e de obtenção de
crédito; as decisões operacionais e financeiras implicam na avaliação dos riscos de
negócios e financeiro e o volume de recursos a ser financiado e sua oferta.
O sucesso empresarial depende muito do custo  em que ela incorre para financiar
seus projetos. O retorno médio exigido pelos acionistas, no caso de capital próprio, ou
pelos intermediários financeiros, no caso de capital de terceiros, determina o custo
médio ponderado de capital, mais comumente denominado de custo de capital. É
calculado considerando as necessidades futuras de capital, as fontes de
financiamento, os custos específicos de cada fonte. Portanto, é determinado em
função das expectativas de custo das diversas fontes de financiamento.
A capacidade que se tem de obter custo de capital a uma taxa menor que a de
uma concorrente pode proporcionar uma vantagem competitiva.
Custo de Capital
Para tomar decisões financeiras de longo prazo, é preciso conhecer o
custo de capital. Quando o tomamos como padrão financeiro é
fundamental que entendamos, em detalhes, como esse custo é formado.
Ele é calculado sempre considerando o custo das diversas fontes de
financiamento de longo prazo, após o imposto de renda. Dessa forma,
seu cálculo requer informações específicas de cada fonte de
financiamento. É o caso, por exemplo, dos juros sobre o capital próprio,
no Brasil onde é permitido abatimento do imposto de renda.
Custo médio ponderado de capital é a remuneração recomendada
para servir como taxa de desconto nas avaliações de projetos. É possível
financiar-se inteiramente dom recursos próprios, emitindo ações. Poderá
também financiar-se apenas com capital de terceiros.
Capital é qualquer bem suscetível de ser aplicada à produção, toda
riqueza capaz de proporcionar renda. É um fator necessário ao
funcionamento do negócio e tem um custo.
Custo de capital é remuneração mínima exigida nas propostas de
orçamento de capital para manter o valor das ações.
Custo de capital de terceiros é o custo de um componente dos
financiamentos de terceiros, calculado após o imposto de renda.
Custo de ações preferenciais é o custo d financiamento por meio de
emissão de novas ações preferenciais. Não tem desconto de
imposto de renda.
Custo de lucros retidos é o custo dos lucros não distribuídos aos
acionistas. Por se tratar de capital próprio interno não incorre em
custo de corretagem.
Custo de ações ordinárias é o custo de novas ações ordinárias
lançadas no mercado, que incorrem em custos de corretagem.
As principais fontes de financiamento de longo prazo disponíveis
para as empresas no país. A captação de recursos financeiros de
longo prazo no Brasil é um dos aspectos críticos, devido às altas
taxas de juros praticados pelos bancos, com exceção do BNDES –
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico eSocial, a quem
cabe operacionalizar as políticas públicas de apoio ao
desenvolvimento empresarial brasileiro.
Os bancos privados, em parte porque não conseguem captar
recursos de longo prazo, e também porque conseguem aplicar no
mercado de curto prazo a taxas altamente recompensadoras,
deixam de oferecer linhas de financiamento de longo prazo às
empresas, com exceção de repasses do BNDES.
As principais formas de financiamento de longo prazo são:
1) recursos próprios gerados internamente por lucros retidos;
2) recursos de terceiros;
3) recursos sob a forma de emissão de ações.
Os financiamentos de longo prazo no Brasil são praticamente
balizados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social – BNDES, que de forma geral concede prazos de um a seis anos
e é o principal “banco de investimento”. Bancos múltiplos e de
investimento são os grandes agentes dessa modalidade, atuando
muitas vezes como repassadores dos recursos do BNDES, no caso de
financiamentos.
Os bancos de investimento são os grandes agentes nos processos de
abertura de capital, no lançamento de debêntures e nas operações
de subscrições de novas ações, desempenhando o papel de
intermediário entre as empresas e os investidores, institucionais e
individuais; nacionais e estrangeiros.
Referencia Bibliográfica:
Administração Financeira: Princípios, Fundamentos e Práticas Brasileiras.
 LEMES JUNIOR, Antônio Barbosa; RIGO, Cláudio Miessa; CHEROBIM,
 Ana Paula Mussi Szabo. Editora Campus

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