Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
AO JUÍZO DA PRESIDÊNCIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS PROCESSO Nº: ‘’...’’ OSMAR ALONSO ROCHA, brasileiro, casado, motorista, RG de nº 1005544 DGPD/GO, CPF DE Nº 534.261.822-87, Residente e domiciliado na Rua 02, nº 10, Setor Morada Nova, Pontalina – Go, por via de seu advogado, já devidamente qualificado e subscrito nos autos deste processo, vem a presença de Vossa Excelência interpor: REVISÃO CRIMINAL, Com fulcro no artigo 621, III, do Código de Processo Penal, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas. I DOS FATOS Consta-se nos autos deste processo que o Sr OSMAR ALONSO ROCHA, ora interpositor de tal recurso por via de seu advogado, teve denúncia oferecida pelo Ministério Público do Estado de Goiás, por via de seu Promotor, pelo fato de haver contra ele, um termo circunstanciado de ocorrência. Neste narra que o Sr OSMAR ALONSO ROCHA, no dia 17 de fevereiro de 2011, alegando obrigação de ir buscar um novo cliente de seu emprego, visto que o mesmo é motorista de transporte escolar, se dirigiu juntamente com sua ajudante, NAYARA ALVES DA SILVA, diretamente para o setor Vila Frei Walter, na cidade de Pontalina, onde o Réu, estacionando seu veículo em um lote baldio, começou a praticar, de maneira forçada, atos libidinosos com a vítima, que tentando se esquivar, acabou por ter sido obrigada a se deixar levar pela prática, visto que foi ameaçada. Alegou também que tal prática cessou apenas quando um veículo se aproximou do local onde o ato estava acontecendo, deixando então o sr OSMAR ALONSO ROCHA com temor de que algum cidadão pudesse vir a perceber tal prática. Tal alegação findou-se em sentenciar o Sr OSMAR ALONSO ROCHA em uma pena restritiva de liberdade por um prazo de 8 ANOS E 6 MESES. II DO DIREITO Vossa Excelência, sabemos o quão pequena é a densidade populacional e o e extensão territorial da cidade onde alegou-se ter ocorrido a prática de tal ato. Um crime de estupro, contra uma adolescente de apenas 15 anos de idade, em tal local, acaba por se espalhar rapidamente, podemos utilizar aqui o ditado popular de ‘’como em um estalar de dedos’’, observando tamanha rapidez, juntamente com a contribuição de quem alega ser transmissor de tal mal, como alegou a tia da garota, ao bater no portão do Sr OSMAR ALONSO ROCHA. Imagine, Vossa Excelência, o Sr Osmar passando, frente a sua família, frente ao seu filho, amigo da pessoa que alegou ser vítima, ouvindo isso do pai. Vendo outro homem ameaçar tirar a vida de seu pai, dando facadas no portão da sua casa. Imagine o quão assustado deve ter ficado este homem ao tentar trabalhar, perdendo sua clientela a medida em que o boato se espalhava e tramitava este processo, até então, sem Sentença transitada em julgado. Não obstante, o mesmo foi condenado Culpado de tal crime, e desde então, tem passado seus dias encarcerados, temendo por sua vida, visto que não faz parte do obscuro mundo da criminalidade, visto que onde se encontra não é o seu lugar. Pois bem, Excelência, o lugar do Sr OSMAR ALONSO ROCHA não é dentro de uma cárcere, visto que traz o artigo 621, III, do Código de Processo Penal: Art. 621. A revisão dos processos findos será admitida: I - (...) II - (...) III - quando, após a sentença, se descobrirem novas provas de inocência do condenado ou de circunstância que determine ou autorize diminuição especial da pena. Isto exposto, temos nova prova nos autos do inquérito policial. Se trata de Nova declaração da vítima, e nesta, a mesma alegou que por ódio ao Sr OSMAR ALONSO ROCHA, decidiu proferir contra ele tais alegações, não se importando se tratar de um crime tão ofensivo à imagem do mesmo, como a mesma relatou em um novo boletim de ocorrência, constante nos autos do processo. Não obstante, há matéria proferida, e, assim sendo, entendimento concreto sobre tal ocorrência de fato no Tribunal Regional Federal da 5ª Região - TRF-5, a qual vejamos: Cuida-se de revisão criminal ajuizada por Maria Marcia Vasconcelos Cortez, representada pela Defensoria Pública da União, com base no art. 621, III, do CPP, objetivando desconstituir acórdão proferido nos autos do Processo nº 0011020-89.2010.4.05.8300 (ACR 9845-PE), no qual se imputou a pratica dos crimes do art. 1º, I, c/c 12 da Lei nº 8.137/1990 e art. 71 do CP, em concurso material com o art. 337-A e art. 71 do CP.- Cabível a rescisão do julgado que condenou a requerente, na qualidade de sócia administradora de pessoa jurídica, pelo crime de sonegação fiscal e previdenciária (art. 1º, I c/c 12 da Lei nº 8.137/90 e 337-A, CP), quando laudo pericial produzido em ação penal posteriormente ajuizada pelo MPF contra outro sócio administrador da mesma pessoa jurídica, cônjuge da requerente, demonstrar que a empresa no período recolheu, na realidade, mais do que o devido.- Revisão criminal julgada procedente, absolvendo a requerente. ACÓRDAO: Vistos, relatados e discutidos os autos do processo tombado sob o número em epígrafe, em que são partes as acima identificadas, acordam os Desembargadores Federais do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, em sessão plenária realizada nesta data, na conformidade dos votos e das notas taquigráficas que integram o presente, por unanimidade, julgar procedente a ação, nos termos do voto do Relator. TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO TRF-5 - REVISÃO CRIMINAL: RVCR 00021268520164050000. III - DO PEDIDO Ante o exposto, requer-se: A – A EXPEDIÇÃO IMEDIATA DE ALVARÁ DE SOLTURA EM FACE DO SR OSMAR ALONSO ROCHA. B – A CONVERSÃO DA PRIVAÇÃO DA LIBERDADE EM LIBERDADE. Nestes termos, Pede deferimento. ___________________________ ADVOGADO OAB/GO ‘’...’’ Pontalina-Go, ‘’...’’de ‘’...’’ de 2019. HÉRICK DE OLIVEIRA GUIMARÃES.
Compartilhar