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MEDICINA | RESUMO DE ORTOPEDIA TATIANE CELEIRO NASCIMENTO 1 Tumores ósseos e lesões pseudotumorais Quadro clínico: dor local, insidiosa, noturna, durante o repouso e progressiva. Aumento de volume local. Febre FLUXOGRAMA DIAGNÓSTICO Idade → Imagem → Localização Infecção é diagnóstico sempre! TUMORES MALIGNOS PRIMÁRIOS Idade: < 30 anos e > 30 anos • < 30 anos: 1º osteossarcoma 2º sarcoma de Ewing 3º condrossarcoma • < 10 anos: 1º sarcoma de Ewing 2º osteossarcoma • > 40 anos: 1º mieloma múltiplo 2º osteossarcoma 3º condrossarcoma 4º sarcoma de Ewing # Qual a neoplasia óssea maligna mais comum? Metástase Imagem: Osteolítica (maioria): bem definida ou mal definida Osteoblástica (esclerótica): sempre bem definida Raio X é o exame mais útil para o diagnóstico LESÕES BENIGNAS/INDOLENTES Zona de transição estreita Margem bem definida Sem destruição cortical LESÕES MALIGNAS/AGRESSIVAS Zona de transição ampla Margem mal definia Com destruição cortical LESÕES OSTEOBLÁSTICAS Sempre têm zona de transição estreita Não serve para diferenciar benigno de maligno Siga o fluxograma De sequencia com a RNM para diferenciar # TIPOS DE REAÇÃO PERIOSTEAL Benigna Sólida • Osteoma osteóide • Fratura por estresse • Traumas • Osteomielite • Osteossarcoma Agressiva: MEDICINA | RESUMO DE ORTOPEDIA TATIANE CELEIRO NASCIMENTO 2 • Em “casca de cebola”: sarcoma de Ewing, osteomielite, osteossarcoma • Em “raios solares”: osteossarcoma, condrossarcoma, sarcoma de Ewing • Elevação so periósteo – triângulo de Codman: osteossarcoma, sarcoma de Ewing, tumor de células gigantes, osteomielite OSSOS MAIS ACOMETIDOS 1. Fêmur distal 2. Tíbia proximal 3. Mão 4. Úmero proximal # LOCALIZAÇÃO NO OSSO < 30 anos > 30 anos LOCALIZAÇÃO NA COLUNA > 40 anos 1. metástase 2. mieloma múltiplo 3. hemangioma < 30 anos Corpo: 1. Histiocitose 2. Hemangioma Elementos posteriores: 1. Osteoma osteóide 2. Osteoblastoma METASTASES Fontes mais comuns: 1. Mama e prótata 2. Pulmão 3. Rim 4. Tireoide # Neoplasia maligna ósseas mais comum: metástase # Neoplasia maligna primária óssea mais comum em > 40 anos: mieloma múltiplo # Fonte primária mais comum de metástase: mama e próstata # Fonte mais comum de metástase quando não tem tumor conhecido: pulmão e rim # Fonte mais comum de metástase nas extremidades quando não tem tumor conhecido: pulmão Local mais comum de metástase no osso: coluna Quadro clínico: dor, fratura patológica Imagem: lesões líticas (mama, pulmão, rim, tireoide), lesões blásticas (próstata), lesões mistas (mama, próstata) Rastreamento para descobrir de onde vem o tumor: hemograma, VHS, eletrólitos, enzimas hepáticas, fosfatase alcalinas, eletroforese de proteínas séricas, PSA | Raio X de tórax e local acometido | Cintilografia óssea | TC tórax, abdome e pelve Joelho MEDICINA | RESUMO DE ORTOPEDIA TATIANE CELEIRO NASCIMENTO 3 Quando biopsiar? Após o rastreio: diagnóstico pode advir do próprio rastreio | pode achar lesão com acesso mais fácil | o rastreio auxilia o raciocínio do patologista MIELOMA MULTIPLO Origem: proliferação descontrolada de plasmócitos monoclonais Idade: 5ª e 6ª década | sexo masculino Local: esqueleto axial Quadro clínico: dor, fratura patológica, fadiga, perda de peso, IR, anemia, trombocitopenia, neuropatia periférica, hipercalcemia Imagem: lesões líticas, aspecto em saca-bocado | pode ser blástica tbm Cintilografia: maioria não capitante # OSTEOSSARCOMA Pode ser osteoblástico, fibroblástico ou condroblástico... mas tem que ser formado de MATRIZ ÓSSEA (ostóide) Tipos: Convencional intramedular (alto grau) Intramedular (baixo grau) Parosteal (baixo grau) Periosteal (grau intermediário) Telangiectásico (alto grau) Pequenas células (alto grau) Extraesquelético (alto grau) Epidemiologia: 20 a 30 anos | homens Localização: metáfise de ossos longos 1. Fêmur distal 2. Tíbia proximal 3. Úmero proximal Invade partes moles no inicio da doença Quadro clínico: dor local e insidiosa, noturna, aumento de volume Metastase: pulmões, osso, skip metastasis (no próprio osso) Imagem: reação periosteal – raio de sol, cabelo em pé, triangulo de Codman | destruição cortical | lítica ou blástica (comum misto) Sequência do tratamento: 1. Quimioterapia neoadjuvante 2. Cirurgia com margem oncológica 3. Ressecção dos nódulos metastáticos 4. Quimioterapia adjuvante OSTEOSSARCOMA SECUNDÁRIO Raro em jovens Lesões precursoras: • Doença de Paget • Radiação prévia • Osteocondroma • Infarto ósseo • Osteomielite crônica • Condrossarcoma SARCOMA DE EWING Células pequenas e redondas Translocação t(11;22)(q24;q12) Local mais comum: diáfise de ossos longos 1. Fêmur 2. Fíbula 3. Tíbia 4. Cintura escapular pélvica Invade partes moles no início da doença Quadro clinico: dor e aumento de volume Febre, sinais logísticos, astenia, leucocitose com desvio a esquerda, pus → confunde com osteomielite, mandar material para anatomopatológico Metástase: pulmões, skip metastasis (raro) Imagem: reação em casca de cebola, lítica, padrão em roído de traça Sequência do tratamento: 1. Quimioterapia neoadjuvante 2. Cirurgia ou radioterapia 3. Quimioterapia adjuvante CONDROSSARCOMA Origem: formador de matriz cartilaginosa Epidemiologia: 5ª a 7ª década | homens Na parede torácica e na mão, é o câncer primário mais comum Local mais comum: metáfise dos ossos longos 1. Fêmur proximal 2. Úmero proximal 3. Cintura escapular e pélvica Quadro clinico: dor insidiosa local Metástase: pulmão Imagem: lítico ou blástico | cêntrico | calcificações irregulares | destruição óssea | quando baixo grau, confunde com encondroma Sequência de tratamento: 1. Cirurgia 2. Resposta ruim a quimio e radioterapia TUMOR DE CÉLULAS GIGANTES Células gigantes multinucleadas Benigno, mas agressivo Pode dar metástase pulmonar MEDICINA | RESUMO DE ORTOPEDIA TATIANE CELEIRO NASCIMENTO 4 Epidemiologia: 3ª e 4ª décadas | mulheres Local mais comum: epífise 1. Fêmur distal 2. Tíbia proximal 3. Radio distal Quadro clinico: dor local insidiosa, se invade articulação (é epifisário): derrame articular Imagem: lítico, expansão e destruição da cortical, excêntrica, sem neoformação óssea ou reação periosteal Sequência do tratamento: 1. Ressecção intralesional 2. Adjuvancia local: eletrocautério, nitrogênio, liquido, cimento, fenol, álcool 3. Preenche com enxerto Alta taxa de recidiva CONDROBLASTOMA Importante diagnóstico diferencial do TCG Epifisário, lítico, pode dar derrame articular Mas... a lesão é cêntrica Origem: matriz cartilaginosa Idade: 10 a 25 anos | homem Local mais comum: semelhante ao TCG Metástase: pulmonar Quadro clinico: dor local inciosa Imagem: lítico, cêntrica, 30 a 50% com calcificações Sequência do tratamento: 1. Ressecção intralesional 2. Enxerto ENCONDROMA Origem: matriz cartilaginosa Idade: adulto pp | homens = mulheres Local mais comum: 1. Diáfise das falanges das mãos e pés 2. Metáfise de ossos longos: fêmur Tumor mais comum das mãos e pés Quadro clinico: assintomático | fratura patológicas nos dedos Imagem: lítico, bordas bem definidas, cêntrico Pode ter calcificações, afilamento cortical, expansão Sequência do tratamento: Observação Se fraturar: 1. Curetagem 2. Enxerto ósseo autólogo # DONÇA DE OLLIER Encondromatose múltipla: • Deformidades • Predomínio em um hemicorpo • Risco de 25 a 30% de degeneração sarcomatosa # DOENÇA DE MAFFUCCI Encondromatose múltipla • Hemangiomas de partes moles • Risco > 50% de degeneração sarcomatosaOSTEOCONDROMA Tumor ósseo benigno mais frequente Idade: adolescentes | homens Local mais comum: metáfise de ossos longos 1. Fêmur distal 2. Úmero proximal 3. Ossos chatos: escapula e ilíaco Quadro clinico: massa palpável, dor ou parestesia se impactar ou comprimir partes moles, deixa de crescer com a maturidade esquelética Imagem: séssil, pediculado Sequência de tratamento: ressecção intralesional Risco de degeneração sarcomatosa de 5 a 25% OSTEOMA OSTEÓIDE Origem: matriz óssea Idade: 2ª e 3ª de cada | homens Local mais comum: colo do fêmur, diáfise de ossos longos tíbia e fêmur Quadro clinico: dor local insidiosa, noturna, melhora com AAS e AINES Imagem: blástica com nidus central (< 1,5 cm), intracortical Sequencia de tratamento: resolução espontânea em 3 a 4 anos ou ressecção do nidus Não ocorre degeneração sarcomatosa DOENÇA DE PAGET Desregular do turnover ósseo: reabsorção excessiva (fase lítica), osteogênese excessiva (fase blástica) Idade: > 60 anos | homens Local mais comum: 1. Pelve 2. Úmero 3. Fêmur 4. Tíbia 5. Crânio Quadro clinico: assintomático | arqueamento ósseo com deformidade (tíbia pp) | fraturas patológicas | aumento do crânio | perda auditiva e cefaleia | aumento do débito cardíaco (neovascularização óssea) Histologia: imagem em mosaico Degeneração sarcomatosa: osteossarcoma secundário MEDICINA | RESUMO DE ORTOPEDIA TATIANE CELEIRO NASCIMENTO 5 Imagem: lesão mista, aparência semelhante a algodão, arqueamento ósseo, padrão trabeculoso grosseiro, áreas líticas bem definidas “osteíte circunscrita” Sequência de tratamento: 1. Bifosfonatos
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