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Bioquímica Clínica AULA 06: AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO RENAL Sistema urinário- fisiologia Sistema urinário Órgãos de armazenamento e eliminação de urina Órgãos Formadores de urinaRins Ureteres Bexiga Uretra Unidades Funcionais Regulação de Fluidos Corporais Filtração do sangue Remoção de metabólitos Equilibrio ácido-base Regulação de fluídos corporais = filtração sanguínea Reabsorção Tubular Secreção Tubular Formação da urina Fisiologia renal Filtração = Filtração Glomerular - Primeira etapa; - Início passagem do sangue pelos rins (glomérulo); - Processo não seletivo; Fisiologia renal Reabsorção Tubular - Reabsorção ultrafiltrado; - Aprox. 80% do ultrafiltrado é reabsorvido - Ex: Glicose, potássio, cálcio, sódio, potássio, aminoácidos... - A substâncias são reabsorvidas em proporções variadas; - Única substância não reabsorvido creatinina Fisiologia renal Reabsorção Tubular - Substâncias de Transporte Máximo (STM) :em valores normais, são quase totalmente reabsorvidas; Limiar Renal x STM - Exemplo: Glicose, potássio, Ácido Ascórbico... -Glicose: limiar renal 160 à 180 mg/dL Fisiologia renal Secreção tubular - Atuação oposta à reabsorção tubular; Moléculas que devem retornar à circulação; X Moléculas que precisam ser eliminadas, mas não são filtradas Fisiologia renal Secreção tubular - Atuação oposta à reabsorção tubular; - Substâncias são transportadas para os túbulos para posterior eliminação; - Remoção de produtos finais exógenos medicamentos e macromoléculas - Remoção de produtos finais endógenosmetabólitos Fisiologia renal Excreção • Ocorre após a conclusão dos processos de filtração • A excreção ocorre quando a urina é eliminada do corpo, através da micção. Fisiologia renal • Eliminar resíduos metabólicos (uréia, creatinina, ácido úrico, ácidos orgânicos, bilirrubina conjugada, drogas e toxinas); • Reter nutrientes (proteínas, aminoácidos, glicose, sódio, cálcio, cloretos, bicarbonato e água). Homeostase Fisiologia renal • Regular o equilíbrio eletrolítico. • Síntetizar eritropoietina, renina, prostaglandinas e 1,25- diidroxicolecalciferol (forma ativa da vitamina D). Homeostase Avaliação Laboratorial da Função Renal Exames utilizando urina; - Sumário de Urina; - Testes de depuração e Taxa de filtração Avaliação Laboratorial da Função Renal Sumário de Urina Exame Físico Exame Químico Exame Microscópico - Volume; - Cor; - Aspecto; - Densidade. - Volume - Densidade - pH - Hemoglobina (Heme) - Proteínas - Glicose - Corpos Cetônicos - Nitritos - Esterase Leucocitária - Bilirrubina - Urobilinogênio - E. Celulares; - EF: Cilindros; - EF: Cristais; - Microorganismos; - Muco. Avaliação Laboratorial da Função Renal Teste de depuração - Avaliam a taxa de filtração glomerular; - Capacidade funcional dos rins - Ex: Proteinúria, albuminúria... Avaliação Laboratorial da Função Renal Proteinúria • A proteína total excretada na urina varia de 20 mg a 150 mg/dia; • Metade corresponde à albumina e o restante quase totalmente à proteína de Tamm-Horsfall, um constituinte dos cilindros urinários. Avaliação Laboratorial da Função Renal Proteinúria • Amostra: urina de 24 hrs. • Proteinúria glomerular perda de albumina e proteínas de tamanho semelhante; • Valores de referênciasendo < 300 mg/24 horas Avaliação Laboratorial da Função Renal Albuminúria • A albuminúria ou microalbuminúria é definida como a presença de 30 mg a 300 mg de albumina em amostra de urina de 24 horas; • A determinação da albuminúria tem sido utilizada para acompanhamento de pacientes com diabetes mellitus, hipertensão e pré-eclampsia; • Intervenção clínica precoce pode preservar a capacidade de filtração glomerular. Avaliação Laboratorial da Função Renal Albuminúria • Outras situações clínicas podem levar à albuminúria transitória sem relevância médica. • As mais comuns são a presença de processo infeccioso urinário, febre, insuficiência cardíaca, obesidade mórbida, hiperglicemia, gestação e atividade física intensa. Avaliação Laboratorial da Função Renal NITROGÊNIOS NÃO-PROTÉICO - A fração nitrogênio não-protéico sérico é formada de todos os compostos nitrogenados exceto proteínas. - Catabolismo de proteínas e ácidos nucléicos resultam na formação dos compostos nitrogenados não-protéicos. Avaliação Laboratorial da Função Renal NITROGÊNIOS NÃO-PROTÉICO - O rim exerce papel fundamental na eliminação da maioria destes compostos do organismo. - A dosagem destas substâncias na rotina laboratorial faz parte do estudo do “status” renal do paciente; Avaliação Laboratorial da Função Renal NITROGÊNIOS NÃO-PROTÉICO • Existem mais de 15 compostos nitrogenados não protéicos na plasma; • Derivados do metabolismo de proteínas tanto endógenas (tecidos) como exógenas (dieta). • Os principais são: Uréia, Creatinina e ácido úrico. Avaliação Laboratorial da Função Renal URÉIA - A uréia sérica também e um parâmetro utilizado para avaliar função renal; - Exceções fatores não associados a disfunção renal; Ex: Hemorragia gastrointestinal, terapia com corticosteróide e dieta rica em proteínas. Avaliação Laboratorial da Função Renal URÉIA - A uréia constitui 45% do nitrogênio não protéico no sangue Catabolismo proteíco Aminoáciodos amônia - Após a síntese hepática, a uréia é transportada pelo plasma até os rins, onde é filtrada pelos glomérulos. - OBS: 40 à 70% da U filtrada é reabsorvida, e reconvertida em Amônia. Avaliação Laboratorial da Função Renal URÉIA - Condições: não exige jejum - Amostra : soro, plasma ou urina - Valor de referência: 10 à 40 mg/dL* - Métodos: enzimático (urease) /colorimétrico. Avaliação Laboratorial da Função Renal Hiperuremia • Enfermidades renais com diferentes tipos de lesões • A uréia como indicador da função renal é limitada por fatores não-renais. • Interpretação clínica: pré-renal, renal e pós-renal. Avaliação Laboratorial da Função Renal Hiperuremia Pré-renal • Distúrbio funcional resultante da perfusão inadequada dos rins filtração glomerular diminuída em presença de função renal normal: - ICC grave, Fluxo sanguíneo renal diminuído, Terapia por corticoesteróides e tetraciclinas. • Detecção: aumento da uréia plasmática sem a elevação da creatinina sangüínea. Avaliação Laboratorial da Função Renal Hiperuremia Renal • A filtração glomerular está diminuída com retenção de uréia em consequência da doença renal aguda ou crônica. • Insuficiência renal é resultante de lesões nos vasos sanguíneos renais, glomérulos e túbulos. Uréia Urinária Uréia plasmática Avaliação Laboratorial da Função Renal Hiperuremia Pós Renal • É resultante da obstrução do trato urinário com a reabsorção da uréia pela circulação: - Obstrução ureteral (cálculos, coágulos, tumores da bexiga, hipertrofia prostática, compressões externas e necrose). -Obstrução na saída da bexiga (bexiga neurogênica, hipertrofia prostática, carcinoma, cálculos, coágulo e estenose uretral). Avaliação Laboratorial da Função Renal Hipouremia • Os baixos níveis de uréia são encontrados na presença de hepatopatia grave. • Síntese de uréia comprometida (>) de amônia sangüínea, causando intoxicação, com evolução para encefalopatia hepática. Avaliação Laboratorial da Função Renal CREATININA • A creatinina é produzida como resultado da desidratação não enzimática da creatina muscular. • Síntese rim e pâncreas e é transportada para as células musculares e cérebro. Creatina fosforilação creatina-fosfato reservatório de energia Avaliação Laboratorial da Função Renal CREATININA • Não é reutilizada no metabolismo corporal resíduos metabólico da creatina; • É difundida do músculo e levada para o plasma, e sofre remoção constante por filtração glomerular. Avaliação Laboratorial da Função Renal CREATININA • A quantidade de creatinina excretada diariamente é proporcionalà massa muscular; • Não é afetada pela dieta, idade, sexo ou exercício e corresponde a 2% das reservas corpóreas da creatina fosfato. • A mulher excreta menos creatinina do que o homem devido a menor massa muscular. Avaliação Laboratorial da Função Renal CREATININA • A concentração da creatinina sérica é uma excelente medida para avaliar a função renal. • Os teores de creatinina sérica são mais sensíveis e específicos do que a uréia plasmática no estudo da velocidade de filtração glomerular reduzida. Avaliação Laboratorial da Função Renal DETERMINAÇÃO DA CREATININA Paciente: - Evitar prática de exercício excessivo durante 8 h. - Amostra: Soro, plasma isento de hemólise, lipemia ou ictéricia. Principio: cinético ou enzimático (Jaffé) Avaliação Laboratorial da Função Renal DETERMINAÇÃO DA CREATININA Valores de referência para a creatinina Homens 0,6 a 1,2 mg/dL Mulheres 0,6 a 1,1 mg/dL Urina (homens) 14 a 26 mg/kg/d Urina (mulheres) 11 a 20 mg/kg/d Avaliação Laboratorial da Função Renal Hipercreatinemia • Condições: Redução da velocidade de filtração glomerular menor excreção urinária de creatinina aumento na concentração plasmática da mesma. • Aumenta quando ocorre a formação ou excreção reduzida de urina e independe da causa ser pré -renal, renal ou pós-renal. Avaliação Laboratorial da Função Renal Hipercreatinemia • Valores aumentados indicam a deterioração da função renal, sendo que o nível sérico geralmente acompanha, paralelamente, a severidade da enfermidade. Avaliação Laboratorial da Função Renal Ácido úrico • Ácido úrico é o principal produto do catabolismo das bases purínicas (adenina e guanina) sendo formado, principalmente no fígado. • Como resultado da contínua renovação das substâncias contendo purinas, quantidades constantes de ácido úrico são formadas e excretadas. Avaliação Laboratorial da Função Renal Ácido úrico • O teor de urato encontrado no plasma (ao redor de 6 mg/dL) representa o equilíbrio entre a produção (700 mg/d) e a excreção pela urina (500 mg/d) e fezes (200 mg/d). Avaliação Laboratorial da Função Renal Ácido úrico O ácido úrico plasmático varia influenciado por vários fatores fisiológicos: Sexo: Os valores de referência para o ácido úrico plasmático são maiores em homens do que em mulheres. Obesidade: O ácido úrico plasmático tende ser maior em indivíduos obesos. Avaliação Laboratorial da Função Renal Ácido úrico Classe social: As classes mais abastadas tendem à hiperuricemia . Dieta: Dietas ricas em proteínas e ácidos nucléicos, como também, o elevado consumo de álcool aumentam o teor de uricemia. Avaliação Laboratorial da Função Renal Ácido úrico - Determinação • Paciente. Não necessita jejum nem cuidados especiais. • Amostras. Soro, plasma e urina. Separar o soro e o plasma mais rápido possível das células. Evitar amostras com lipemia intensa e com traços de hemólise. Valores de referência : - Homem 3,5 a 7,2 mg/dL - Mulher: 2,6 a 6,0 mg/dL Avaliação Laboratorial da Função Renal Hiperuricemia - O acúmulo de urato pode ser devido ao aumento da sua síntese ou por defeitos em sua eliminação. - Gota: deposição de cristais de uratos monossódicos (tofos) insolúveis nas juntas das extremidades. • Os cristais são fagocitados pelos leucócitos e macrófagos. Nos leucócitos promovem lesões nas membranas internas Avaliação Laboratorial da Função Renal Hiperuricemia • Urolitíase: Ao redor de 5% de todos os cálculos renais tem urato em sua composição, sendo que 10-20% dos indivíduos gotosos desenvolvem cálculo. Avaliação Laboratorial da Função Renal Hipouricemia -A hipouricemia é de pouca importância clínica. -Teores reduzidos de ácido úrico (abaixo de 2 mg/dL) são encontrados: doença hepatocelular severa com redução da síntese das purinas Avaliação Laboratorial da Função Renal Outros marcadores - Cistatina C; - Dismorfismo eritrocitário; - Clearence de creatinina; - Eritropoetina. Fim!
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