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AULA 06 
PRESCRIÇÃO NUTRICIONAL: 
BIODISPONIBILIDADE DE 
NUTRIENTES E ALIMENTOS 
FUNCIONAIS 
Profª Me. Marina Talamini Piltz de Andrade 
 
 
2 
TEMA 1 – SAÚDE INTESTINAL 
O trato gastrointestinal é colonizado por bilhares de bactérias, sendo o 
intestino a maior porção colonizada, abrigando mais de oitocentas espécies 
diferentes. Esta composição bacteriana compõe a microbiota, que possui 
variadas funções relacionadas ao processo digestivo e sistema imunológico. O 
estabelecimento da microbiota ocorre nos estágios iniciais da vida, sendo 
influenciada ainda pelo tipo de parto e a alimentação nos primeiros meses de 
vida. Sua composição é influenciada por fatores tanto endógenos e quanto 
exógenos, como dieta, uso de medicamentos antibióticos, e xenobióticos. 
Entretanto, a dieta é um dos principais responsáveis por esta composição, 
fornecendo nutrientes responsáveis pela manutenção e crescimento da flora 
intestinal, auxiliando na produção de serotonina, hormônio responsável pela 
sensação de bem-estar. Além desses, outros fatores influenciam na composição 
da microbiota, como o aumento no tempo de trânsito intestinal, uma vez que 
quanto maior a permanência das fezes no intestino, maior a proporção de 
bactérias não benéficas. A fermentação das fibras solúveis, fazendo com que o 
amido resistente seja consumido pelas bactérias, limitando a fonte nutricional 
para as bactérias probióticas, contribuindo para o desenvolvimento de disbiose. 
E o pH intestinal, que deve ser levemente ácido, devido a característica das 
bactérias probióticas que são acidófilas. 
Os compostos bioativos presente nos alimentos são metabolizados pelas 
bactérias intestinais, antes de serem absorvidos, modificando a sua função e os 
possíveis benefícios à saúde promovidos por estes compostos. Os compostos 
bioativos atuam modificando também a composição da microbiota, assim como o 
consumo de fibras alimentares, consideradas prebióticos. Prebióticos são 
componentes alimentares não digeríveis que estimulam seletivamente a 
proliferação ou atividade de bactérias probióticas no intestino, principalmente no 
cólon, beneficiando o indivíduo hospedeiro. Para que um alimento seja 
considerado prebiótico, não deve ser metabolizado ou absorvido pelo trato 
gastrointestinal, além disso, devem servir de substrato a uma ou mais bactérias 
probióticas para garantir seu crescimento e favorecer sua colonização. 
Alguns exemplos destes alimentos são banana, alho, alho poró, trigo e 
cebola, que contém inulina e oligossacarídeos, presentes naturalmente em 
quantidades variadas, principalmente em frutas e vegetais. 
 
 
3 
Também é possível de encontrar os próprios microrganismos probióticos em 
alimentos fermentados, como o kombucha, kefir, tofu, missô e iogurtes. Como as 
bactérias não colonizam permanentemente o intestino, devemos consumi-las 
diariamente, na quantidade mínima de 10⁹ UFC/dia. 
 
TEMA 2 – COMPOSIÇÃO CORPORAL E APETITE 
O aumento da adiposidade é um processo impulsionado tanto hipertrofia, 
quanto pela hiperplasia dos adipócitos, ou seja, pelo aumento de tamanho e do 
número de células do tecido adiposo. Sendo este acontecimento uma 
consequência do desequilíbrio entre a ingestão calórica e o gasto de energia 
despendida, desta forma, se o consumo for superior ao gasto, promove-se o 
armazenamento de energia pelo organismo por meio do acúmulo de lipídeos. O 
excesso de peso é o processo que antecede a obesidade, esta por sua vez, é 
uma doença de causa multifatorial, relacionada com o desbalanço do consumo 
energético, mas também de fatores genéticos, sociais e ambientais. 
É de fundamental importância que para evitar ou tratar o excesso de peso 
e obesidade haja mudanças comportamentais que envolvem hábitos alimentares 
e de vida. A inclusão de atividade física para aumento do gasto energético e 
restrição calórica, de acordo com as necessidades nutricionais do indivíduo, são 
as principais metas a serem abordadas. Entretanto, orientações nutricionais que 
envolvam a qualidade da alimentação também são de extrema importância, não 
sendo apenas a quantidade de alimentos a ser considerada. 
De fato, o fornecimento de nutrientes garante melhor estado de saúde 
global, auxiliando na manutenção da saúde e evitando o desenvolvimento de 
comorbidades comumente associadas ao quadro de obesidade. Alimentos 
funcionais e compostos bioativos de alimentos desempenham papel importante 
no controle de peso, alguns exemplos de alimentos considerados termogênicos 
como a pimenta, canela e o café, também podem ser utilizados como recursos 
no controle do peso corporal. Alimentos ricos em ômega 3 atuam na 
manutenção dos níveis de triglicerídeos, a betaglucana, encontrada 
principalmente na aveia e fitoesteróis de leguminosas, atuam na redução da 
absorção de colesterol. Compostos antioxidantes agem prevenindo estresse 
oxidativo e o desenvolvimento de complicações decorrentes do processo 
inflamatório resultante da obesidade. O psílio e a quitosana, agem na redução 
da absorção de gorduras da dieta. 
 
 
4 
A inclusão de alimentos fonte de fibras alimentares são um grande aliado 
no processo de emagrecimento, garantindo maior saciedade e contribuindo para 
o controle de peso e apetite. O efeito das fibras sobre a perda de peso e controle 
do apetite se dá por sua resistência à ação das enzimas digestivas. Apesar de 
serem indigeríveis no intestino humano, as fibras são completas ou parcialmente 
fermentadas ao longo do intestino, formando produtos indispensáveis à saúde 
dos colonócitos, apresentando propriedades funcionais que permitem o seu uso 
na formulação de alimentos com grandes benefícios à saúde. As fibras atuam 
ainda no estímulo da secreção salivar e do suco gástrico, favorecendo a 
sensação de saciedade, devido a maior necessidade de mastigação. Também 
reduzem a velocidade do esvaziamento gástrico, aumentando a saciedade e 
controlando a glicemia pós-prandial, diminuindo assim, a lipogênese. Além disso, 
a ingestão de fibras diminui a absorção de lipídeos da dieta. 
 
TEMA 3 – EXERCÍCIO FÍSICO 
No âmbito da nutrição esportiva, alimentos funcionais podem beneficiar de 
diferentes maneiras o desempenho atlético, melhorando a capacidade aeróbica, 
a resistência anaeróbica, aumentando a força, potência e favorecendo a 
hipertrofia muscular. Além disso, compostos bioativos presentes nos alimentos 
podem auxiliar na recuperação pós-exercício, no aumento da imunidade, 
promover ação antioxidante contra o estresse oxidativo resultante do exercício 
físico intenso e ainda melhorar a composição corporal. 
Após a prática esportiva intensa e de longa duração os níveis de 
hormônios como cortisol, adrenalina e citocinas inflamatórias, como interleucinas 
6 e 10, tornam-se elevados, gerando o estresse metabólico. Como 
consequência, há o aumento do risco de infecções, principalmente respiratórias, 
pela fragilização do sistema imunológico. Dietas de restrição calórica e o baixo 
consumo de carboidratos podem contribuir para maior impacto deste 
acometimento imune. Desta forma, principalmente em casos de indivíduos 
atletas, deve-se priorizar pelo consumo adequado de energia e nutrientes 
alimentares, proteínas e carboidratos, para manutenção de consolidação das 
defesas imunológicas. Nutrientes como o ferro, magnésio, zinco, cobre, selênio e 
vitaminas A, C, E, B6 e B12, também são fundamentais para esta condição. 
Atletas em processo de emagrecimento, que estão passando por restrição 
calórica devem receber maior atenção quanto a intensidade e duração de 
 
 
5 
treinos, e avaliar a possibilidade de manter períodos de competição 
programados de acordo com os objetivos a serem atingidos, devido a 
suscetibilidade do comprometimento imunológico e consequentemente de 
rendimento esportivo. Situações de padrão alimentar monótono, sem variação 
na dieta, e o consumo de alimentos de baixo valor nutricionais,porém com as 
metas energéticas atingidas, também podem influenciar o indivíduo do ponto de 
vista imunológico. Alimentos com alta densidade calórica, mas pobre em 
nutrientes, não fornecem vitaminas e minerais em quantidades suficientes para 
as necessidades, devendo haver ajustes na dieta para adequação e substituição 
de tais alimentos. 
As modificações na composição da dieta e as possíveis intervenções 
nutricionais de maneira específica, também contribuem para manutenção e 
crescimento da microbiota intestinal, uma vez que os microrganismos nela 
presentes obtêm energia através do metabolismo de nutrientes ingeridos da 
dieta, bem como de produtos finais e intermediários provenientes da 
fermentação das fibras alimentares. Contribuindo para melhora da capacidade 
aeróbica e resistência anaeróbica de atletas, favorece a recuperação pós 
exercício, aumentando imunidade e reduzindo o estresse oxidativo provocado 
pelo próprio esforço físico e ainda auxilia na manutenção da composição 
corporal. A microbiota intestinal apresenta importante papel nos processos 
metabólicos, imunológicos e nutricionais. O quadro de disbiose intestinal, ou 
seja, o desequilíbrio da flora intestinal, está relacionado a desordens como 
doenças inflamatórias intestinais, obesidade e diabetes. 
Alimentos funcionais e seus compostos bioativos trazem grandes 
benefícios aos atletas, e estão no contexto de alimentação saudável, 
contribuindo para as demandas energéticas e nutricionais adequadas. O 
gengibre é um alimento com potencial antioxidante e anti-inflamatório que possui 
um composto denominado gingerol, responsável pelo bloqueio de enzimas 
produtoras de inflamação. O alho, contém alicina, substancia responsável pela 
manutenção do sistema imune, ação anti-inflamatória e beneficiar a saúde do 
músculo esquelético durante o treinamento, contribuindo para o aumento de 
força e resistência. Também é um alimento rico em arginina, relacionada com a 
ação antioxidante, quando consumida junto com carboidratos complexos. 
Alguns outros possíveis benefícios estão associados a redução da 
pressão sanguínea e redução de fadiga. Porém, tanto o consumo de alho, 
 
 
6 
quanto de gengibre, ou outros alimentos que não sejam do cotidiano do atleta, 
devem ser provados e consumidos em momentos oportunos, longe de período 
de competições e provas importantes. Pois podem promover efeitos 
indesejados, não contribuindo para os benefícios esperados. No caso do alho, 
seu odor característico, pode contribuir para alterações gastrointestinais, como 
azia, náuses e gases. O gengibre pode não ser bem tolerados devido ao seu 
sabor acentuado, especialmente por indivíduos com gastrite. 
Os flavonoides, com sua conhecida ação antioxidante, contribuem para 
melhora da produção de energia, beneficia o sistema imunológico e atua como 
anti-inflamatório, auxiliando na recuperação pós treino. Os polifenóis, como o 
resveratrol presente em frutas como a uva, podem aumentar a resistência e 
melhorar a recuperação pós atividade física, também possuem propriedades 
anti-inflamatórias e antioxidantes, atundo na prevenção de agregação 
plaquetária e do risco de desenvolvimento de aterosclerose. 
 
TEMA 4 – ANTIOXIDANTES 
 
Os benefícios à saúde obtidos pela prática de atividade física são bem 
conhecidos e elucidados pelas pesquisas científicas, entretanto, fatores como a 
alta intensidade e a longa duração do exercício podem promover a produção de 
radicais livres de forma exacerbada. Os radicais livres são moléculas que 
contêm elétrons não pareados que podem facilmente reagir com outras 
moléculas biológicas, ocasionando alterações celulares, caso a capacidade do 
organismo em neutralizá-los seja ineficiente. O excesso de radiais livres pode 
acarretar o estresse oxidativo, o qual pode desencadear patologias como: 
câncer, diabetes e doenças cardíacas. No caso da atividade física, a maior 
produção de radicais livres está relacionada com o aumento significativo do 
volume de oxigênio consumido pelos tecidos. 
O sistema de defesa antioxidante do ser humano possui capacidade de 
se adaptar ao aumento de produção de radicais livres, pelo processo de 
destoxicação. Mas caso os radicais livres não sejam neutralizados pelos agentes 
antioxidante, estabelece-se o quadro de estresse oxidativo. Primeiramente, há o 
aumento da produção de substancias antioxidantes, um processo adaptativo 
para tentar compensar o efeito destes radicais, caso não haja ação suficiente por 
parte dos compostos antioxidantes, os macronutrientes constitucionais, 
 
 
7 
carboidratos, proteínas e lipídeos de membranas sofrem agressão, resultando 
em dano tecidual, que pode gerar necrose celular ou apoptose. Os efeitos do 
estresse oxidativo variam de acordo com a alimentação, o estado fisiológico, 
idade, exposição à radiação UV, consumo de álcool e a intensidade de 
atividades físicas. 
Compostos antioxidantes são moléculas que inibem ou minimizam o 
processo de oxidação, agindo também na proteção de biomoléculas e estruturas 
celulares contra os efeitos deletérios de substâncias oxidativas. Esta ação é 
desenvolvida por alguns micronutrientes e compostos bioativos de alimentos, 
como as vitaminas C e E, zinco, selênio e carotenoides. A vitamina E ou 
tocoferol, atua como antioxidante através da doação de um hidrogênio, 
promovendo a “varredura” de radicais livres e é encontrada principalmente em 
óleos vegetais e oleagionosas. Já a vitamina C ou ácido ascórbico, encontrada 
em frutas cítricas, age recebendo elétrons e proporcionando a reestruturação da 
forma estável da vitamina E. O zinco atua em conjunto com proteínas, 
beneficiando o sistema imunológico e a redução do estresse oxidativo, o zinco 
está presente em alimentos como fígado, carnes bovinas e ostras. O selênio é 
considerado um mineral ultra traço, pois é encontrado em pequenas quantidades 
no organismo humano. Apesar disso, é um micronutriente essencial para a 
construção enzimática que neutraliza os radicais livres, além de atuar em 
conjunto com a vitamina E em sua ação antioxidante. O selênio é encontrado 
principalmente na castanha-do-Pará, peixes como o atum, frango e ovos. Os 
carotenoides são pigmentos naturais de algumas plantas fotossintetizantes, 
como o betacaroteno e licopeno, encontrados em alimentos como tomates, 
laranjas, cenouras e melancia e são responsáveis pela ação antioxidante nas 
fases lipídicas, impedindo que os radicais livres deteriorem membranas 
lipoprotéicas. 
 
TEMA 5 – PLANTAS HIPOGLICEMIANTES 
 
Diabetes Melitus (DM) é uma desordem metabólica que acomete cerca de 
um quarto da população mundial, a DM é classificada em dois principais tipo, 1 e 
2, o tipo 1 (DM1) é caracterizado pela falta de produção endógena de insulina 
pelo pâncreas, quanto o tipo 2 (DM2) é, geralmente, causado por hábitos de vida 
como sedentarismo e dieta rica e alimentos refinados, sendo comumente 
 
 
8 
presente em indivíduos obesos e associada às outras comorbidades. A insulina 
e o glucagon são os principais hormônios responsáveis pelo controle glicêmico, 
a glicose proveniente do processo digestivo de carboidratos principalmente é 
transportada da circulação sanguínea para células beta pancreáticas das ilhotas 
de Langerhans, estimulando a secreção de insulina. A insulina promove a 
redução dos níveis séricos de glicose, ou seja, a glicemia, promovendo a 
utilização e armazenamento de glicose hepática e inibindo a lipólise. Já o 
glucagon age de forma oposta à insulina, quando os níveis de glicemia estão 
baixos. O glucagon age no aumento dois níveis séricos de glicose, a partir da 
liberação hepática de glicose ou pelo aumento da lipólise e liberação de ácidos 
graxos do tecido adiposo. 
A administração de insulina exógena é bastante utilizada no tratamento 
do diabetes, principalmente do tipo 1, enquanto que no DM2, o uso de fármacos 
hipoglicemiantes orais é a formade tratamento mais comum, aliado ao controle 
da ingestão de carboidratos e aumento do consumo de fibras. Entretanto, os 
hipoglicemiantes orais é o método de tratamento que mais apresenta efeitos 
colaterais, como aumento do apetite, ganho de peso e distúrbios 
gastrointestinais: dores abdominais, diarreia, além de possível hepatotoxicidade. 
Sendo assim, a possibilidade de novos métodos de controle do diabetes 
que priorizam a qualidade de vida dos pacientes, minimizando efeitos colaterais 
e demais malefícios do uso prolongado de drogas farmacológicas é alvo de 
constantes pesquisas. Um dos meios de obter o tratamento alternativo, de 
maneira coadjuvante ao tratamento farmacológico, é através do uso de plantas 
hipoglicemiantes. Diferentes partes de vegetais são empregadas com a 
finalidade de controle glicêmico, raízes, caule, folhas e frutos podem conter 
compostos fotoquímicos responsáveis por esta ação. Existem mais de 800 
plantas com potencial hipoglicemiante que normalmente são analisadas por 
estudos pré-clínicos em experimentos com animais, para que após a 
comprovação de sua segurança e não toxicidade, possa ser utilizada em 
humanos. 
Os mecanismos de ação das plantas em controla a glicemia podem ser 
diversos, desde a promoção do aumento da capacidade de liberação de insulina 
ou da resistência de células beta-pancreáticas, gerando proteção contra ação 
diabética em casos de modelos animais induzido farmacologicamente. Também 
pela inibição da enzima que catalisa o processo digestivo de carboidratos, a 
 
 
9 
alfaglicosidade, ou por promover a proliferação de células beta-pancreáticas e 
reversão de lesões pancreáticas. Tais efeitos são relacionados diretamente a 
composição nutricional de compostos bioativos dos alimentos hipoglicemiantes. 
Estes compostos encontrados em produtos de origem vegetal apresentam 
benefícios envolvidos na redução do risco de desenvolvimento de doenças 
relacionadas ao envelhecimento, como câncer, doenças cardiovasculares, 
osteoporose, doenças neurodegenerativas e o próprio diabetes. A presença de 
compostos antioxidantes, como os compostos fenólicos, apresenta atividade 
relacionada à digestão de carboidratos, assim como na secreção e sinalização 
de insulina e absorção de glicose. 
 
 
REFERÊNCIAS 
COSTA, N. M. B., ROSA, C. O. B. Alimentos funcionais: componentes 
bioativos e efeitos fisiológicos. v.2. ed. rev. e ampl Rio de Janeiro, RJ: Rubio, 
2016. 
 
COUSINS R. J.; SHILS, R. A. C. Tratado de Nutrição Moderna de Shils: na 
Saúde e na Doença. 10ª ed. Barueri: Manole, 2009. 
 
COZZOLINO, S. M. F. Biodisponibilidade de minerais. R. Nutr. Campinas, v. 10, 
n.2, 1997. 
 
COZZOLINO, S. M. F. Biodisponibilidade de nutrientes. 4. ed. Barueri: 
Manole, 2012. 
 
COZZOLINO, S. M. F.; COMINETTI, C. Bases bioquímicas e fisiológicas da 
nutrição: nas diferentes fases da vida, na saúde e na doença. Barueri, São 
Paulo: Manole, 2013. 
 
MAHAN L. K.; ESCOTT-STSMP. KRAUSE: Alimentos, Nutrição e 
Dietoterapia. 10ª edição. São Paulo: Roca, 1998. 
 
PACHOAL, V.; NAVES, A. Tratado de nutrição esportiva funcional. 2ª ed. São 
Paulo: Roca, 2016. 
 
PACHOAL, V.; NAVES, A.; FONSECA, A. B. B. L. Nutrição clínica funcional: 
dos principios à prática clínica. 2ª ed. São Paulo: Valéria Paschoal editora, 2007.

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