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Alterações no interstício

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Anna Raphaella – Medicina UFG 68 
Interstício
Introdução: 
> Interstício = “espaço” entre as células, ocupado pela 
matriz extracelular 
> Componentes: 
• Fibras (colágenas e elásticas) 
• Membrana basal 
• Proteínas de aderência → laminina, fibronectina 
• Substância fundamental amorfa → “gel 
hidratado”: glicosaminoglicanos, proteoglicanos 
• Líquido intersticial 
> Existe um equilíbrio entre a degradação e a 
renovação da MEC 
• Degradação é realizada pelas MMP 
(metaloproteinases de matriz) 
• Renovação é realizada por um balanço entre 
MMP e TIMP (inibidor tecidual de MMP) 
 
Metaloproteinases de matriz 
- São enzimas que degradam a matriz 
 
Síntese de MMP: 
- Realizada por fagócitos e todas as células do conjuntivo 
 
Controle de MMP: 
- Realizado por citocinas, proteínas de fase aguda e TIMPs 
 
componentes do interstício: 
> Colágeno: fibras colágenas e reticulares 
• Proteína mais abundante 
• Molécula do colágeno: 3 cadeias polipeptídicas 
tipo α 
 Em forma de hélice 
 Direcionados para direita 
 Enrolada umas sobre as outras 
 Roda no sentido horário → afinidade com 
corantes 
• Tipos mais importantes: I (pele, ossos, tendões, 
ligamentos), II (cartilagem, humor vítreo, disco 
intervertebral), III (vasos sanguíneos, útero, 
pele), IV (membranas basais) 
• Constituição: glicina, prolina, hidroxiprolina, 
hidroxilisina 
• Biossíntese feita por: fibroblastos, osteoblastos, 
condrócitos, leiomiócitos 
1. Fator crescimento 
2. Síntese de cadeia alfa 
3. Penetração dos polipeptídios no RER 
4. Hidroxilação de prolina e lisina 
5. Junção das 3 cadeias em forma de hélice 
(pró-colágeno) 
6. Adição de galactose-glicosil-galactose-
glicosilação 
7. Transporte pela membrana 
8. Moléculas de pró-colágeno sofrem ação das 
peptidases e são clivadas 
9. Associação das moléculas do colágeno para 
formação das fibrilas colágenas 
10. Organização das fibrilas em fibras colágenas 
• Degradação feita por: colagenases, fibroblastos, 
macrófagos, neutrófilos, bactérias 
> Fibras elásticas: 
• Componente: elastina, prolina e glicina 
• Biossíntese: fibroblastos, leiomiócitos, endotélio 
• Degradação: elastases, plaquetas, suco 
pancreático 
> Membrana basal: fina camada de MEC especializada, 
sintetizada em conjuntos pelas células epiteliais e os 
fibroblastos 
• Função: adesão do tecido epitelial ao conjuntivo 
• Componentes: colágeno tipo IV, laminina, 
proteoglicano 
> Substância fundamental amorfa: circunda as células 
e as fibras do conjuntivo 
• Componentes: água, polissacarídeos e proteínas 
• Função: participa da organização da MEC ligada 
a proteínas fibrosas e fibronectina 
• Pode assumir consistência rígida (no tecido 
ósseo) ou líquida (no plasma) 
 
Patologias do interstício: 
> As patologias do interstício são classificadas em: 
• Primárias (congênitas): qualidade dos 
componentes está anormal 
• Secundárias (adquiridas): quantidade dos 
componentes está anormal 
 
I. colágeno 
a) Alterações qualitativas (doenças congênitas) 
– Mutação nos genes de cadeia α → síndrome 
de Ehlers-Danlos (VII), osteogênese imperfeita 
(I, II, IV) 
– Deficiência de lisina-hidroxilase → síndrome de 
Ehlers-Danlos (VII) 
– Deficiência de glicosil-transferase → epidemólise 
bolhosa congênita 
– Deficiência de pró-colágeno peptidase → 
dermatopráxis 
Anna Raphaella – Medicina UFG 68 
– Deficiência de lisil-oxidase “cútis laxa”, síndrome 
de Menkes 
– Alteração básica desconhecida → síndrome de 
Ehlers-Danlos (V), síndrome de Ehlers-Danlos 
(III, VIII) 
b) Alterações quantitativas (doenças adquiridas) 
– Aumento de colágeno (fibrose) → cirrose, 
fibrose periportal (esquistossomótica), fibrose 
cardíaca, arteriosclerose 
– Reparo tecidual (feita pelo aumento de 
colágeno) → infarto 
 
Feridas (reparo tecidual) 
Etapas de cicatrização da pele: 
1. inflamação 
2. proliferação 
3. maturação 
4. remodelação 
 
 
 
II. Fibras elásticas 
a) Alterações qualitativas (doenças congênitas) 
– Defeito na fibrilina → síndrome de Marfan 
– Fibras elásticas fragmentadas e grosseiras → 
elastoderma 
b) Alterações quantitativas (doenças adquiridas) 
– Aumento de fibras elásticas (elastose) → 
elastose cutânea solar (rugas), fibroelastose 
endocárdica (doença de Chagas e IC) 
– Redução das fibras elásticas → enfisema 
pulmonar 
 
III. Membrana basal 
a) Alterações qualitativas (doenças congênitas) 
– Espessamento da membrana → diabetes 
mellitus 
– Depósitos de imunocomplexos → 
glomerulopatias 
 
IV. Substância Fundamental amorfa 
a) Alterações quantitativas (doenças adquiridas) 
– Alteração na quantidade de substância → 
desnutrição proteica (politraumatizados, 
acamados)

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