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Núcleos da base

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Sistem� Nerv�� - Núcle� d� bas�
Ana Júlia Marques Oliveira - FIP GBI
Consideram-se como núcleos da base os aglomerados
de neurônios (substância cinzenta) existentes na
porção basal do cérebro. Sendo assim, do ponto de
vista anatômico, os núcleos da base são : o núcleo
caudado, o putâmen e o globo pálido, em conjunto
chamados de núcleo lentiforme, o claustrom, o corpo
amigdalóide, o núcleo accumbens.
● NÚCLEO CAUDADO
É uma massa alongada e bastante volumosa, de
substância cinzenta, relacionada em toda a sua
extensão com os ventrículos laterais. Sua
extremidade anterior, muito dilatada, constitui a
cabeça do núcleo caudado. Segue-se o corpo do núcleo
caudado, situado no assoalho da parte central do
ventrículo lateral, a cauda do núcleo caudado, que é
longa, delgada e fortemente arqueada. Os dois
núcleos são, em conjunto, chamados de estriado, e
têm funções relacionadas sobretudo com a
motricidade.
● NÚCLEO LENTIFORME
Não aparece na superfície ventricular, situando-se
profundamente no interior do hemisfério.
Medialmente relaciona-se com a cápsula interna que
o separa do núcleo caudado e do tálamo; lateralmente,
relaciona-se com o córtex da ínsula, do qual é
separado por substância branca e pelo claustrum.
É dividido em putâmen e globo pálido por uma �na
lâmina de substância branca. O putâmen situa-se
lateralmente e é maior que o globo pálido, o qual se
dispõe medialmente. O globo pálido é subdividido, por
outra lâmina de substância branca, em uma porção
lateral e outra medial, e tem função sobretudo
motora. Constituem o chamado corpo estriado dorsal.
Embora os núcleos da base, em especial o corpo
estriado dorsal, continuem a ser estruturas
predominantemente motoras, eles também estão
envolvidos com várias funções não motoras,
relacionadas a processos cognitivos, emocionais e
motivacionais.
● CLAUSTRUM
É uma delgada calota de substância cinzenta situada
entre o córtex da ínsula e o núcleo lentiforme.
Separa-se daquele por uma �na lâmina branca, a
cápsula extrema. Entre o claustrum e o núcleo
lentiforme existe outra lâmina branca, a cápsula
externa. Tem conexões recíprocas com praticamente
todas as áreas corticais, mas sua função é ainda
enigmática
● CORPO AMIGDALÓIDE OU AMÍGDALA É uma massa esférica de substância cinzenta de cerca
de 2 cm de diâmetro, situada no polo temporal do
hemisfério cerebral, em relação com a cauda do
núcleo
caudado. Tem importante função relacionada com as
emoções, em especial com o medo. Faz parte do
Sistema Límbico.
● NÚCLEO ACCUMBENS
Massa de substância cinzenta situada na zona de
união entre o putâmen e a cabeça do núcleo caudado,
integrando conjunto que alguns autores chamam de
corpo estriado ventral. É uma importante área de
prazer do cérebro. Os núcleos basal de Meynert e
accumbens integram o corpo estriado ventral. Faz
parte do Sistema Límbico.
CORPO ESTRIADO
1.0 ORGANIZAÇÃO GERAL
O corpo estriado, também chamado corpo estriado
dorsal, é constituído pelo núcleo caudado, putâmen e
globo pálido (pálido medial e pálido lateral). O
putâmen e o globo pálido, em conjunto, constituem o
núcleo lentiforme. Funcionalmente o putâmen tem
mais a�nidade com o núcleo caudado. Assim, pode-se
dividir o corpo estriado dorsal em uma parte recente,
neoestriado (putâmen e núcleo caudado) e uma parte
antiga, paleoestriado (globo pálido). Existem muitas
�bras ligando o núcleo caudado e o putâmen ao globo
pálido.
O estriado ventral tem como principal componente o
núcleo accumbens, situado na união entre o putâmen
e a cabeça do núcleo caudado.
1.1 CONEXÕES E CIRCUITOS
O corpo estriado não tem conexões aferentes ou
eferentes diretas com a medula. Suas funções são
exercidas por circuitos nos quais áreas corticais de
funções diferentes projetam-se para áreas
especí�cas do corpo estriado que, por sua vez, liga-se
ao tálamo e, através deste, às áreas corticais de
origem (corticoestriado-talamocorticais). Foram
identi�cados 5 tipos:
a. circuito motor - começa nas áreas motora e
somestésica do córtex e participa da
regulação da motricidade voluntária;
b. circuito oculomotor - começa e termina no
campo ocular motor e está relacionado aos
movimentos oculares;
c. circuito pré-frontal dorsolateral - começa na
parte dorsolateral da área pré-frontal.
Projeta- -se para o núcleo caudado, daí para o
globo pálido, núcleo dorsomedial do tálamo e
volta ao córtex pré-frontal. Suas funções são
aquelas atribuídas a esta porção da área
pré-frontal.
d. circuito pré-frontal orbitofrontal - começa e
termina na parte orbitofrontal da área pré
-frontal e tem o mesmo trajeto do circuito
pré-frontal dorsolateral. Responsável pela
manutenção da atenção e supressão de
comportamentos socialmente indesejáveis.
e. circuito límbico - origina-se nas áreas
neocorticais do sistema límbico, projeta-se
para o estriado ventral em especial o núcleo
accumbens, daí para o núcleo anterior do
tálamo. Este circuito está relacionado com o
processamento das emoções.
Os dois primeiros são motores, os pré-frontais
relacionados com funções psíquicas superiores, e os
límbicos com as emoções.
1.1.1 CIRCUITO MOTOR
Origina-se nas áreas motoras do córtex e na área
somestésica e projeta-se para o putâmen de maneira
somatotópica (correspondente). A partir do putâmen,
o circuito motor pode seguir por duas vias, direta e
indireta.
VIA DIRETA: a conexão do putâmen se faz
diretamente com o pálido medial e deste para os
núcleos ventral anterior (VA) e ventral lateral (VL)
do tálamo de onde se projetam para as mesmas áreas
motoras de origem.
VIA INDIRETA: a conexão é com o pálido lateral que,
por sua vez, projeta-se para o núcleo subtalâmico e
deste para o pálido medial. Do pálido medial, seguido
do tálamo e córtex como na via direta.
Além disso, há um circuito subsidiário, no qual o
putâmen se relaciona com a substância negra, que
possui �bras dopaminérgicas que exercem ação
modulatória sobre o circuito motor. Excitatória na via
direta (receptor de dopamina excitador D1 presente
no putâmen) e inibitório na via indireta (receptor de
dopamina inibidor D2 presente no putâmen).
Nas duas vias o pálido medial mantém uma inibição
permanente dos dois núcleos talâmicos resultando
em inibição das áreas motoras do córtex. Na via
direta, o putâmen inibe o pálido medial, cessa a
inibição deste sobre o tálamo resultando ativação do
córtex e facilitação dos movimentos. Na via indireta
ocorre o oposto. A projeção excitatória do núcleo
subtalâmico sobre o pálido medial aumenta a inibição
deste sobre os núcleos talâmicos resultando em
inibição do córtex e dos movimentos.
1.2 CONSIDERAÇÕES FUNCIONAIS E
CLÍNICAS
As funções do corpo estriado podem ser divididas em
duas categorias, motoras e não motoras, sendo as
primeiras mais conhecidas e importantes.
1.2.1 FUNÇÕES DO CORPO ESTRIADO
A atividade tônica inibitória das eferências do pálido
medial é um freio permanente para movimentos
indesejados. A necessidade de realizar um movimento
interromperia esse freio tônico, permitindo liberação
do comando motor ordenado pelo córtex cerebral.
Dessa forma, os núcleos da base têm um papel na
preparação de programas motores e na execução
automática de programas motores já aprendidos.
Assim, as aferências da via indireta poderiam frear
ou suavizar o movimento, enquanto,
simultaneamente, a direta o facilitaria e ambas
participariam na gradação de amplitude e velocidade
do movimento. O comportamento motor normal
depende do equilíbrio entre a atividade das vias direta
e indireta.
1.2.2. DISFUNÇÕES DO CORPO ESTRIADO
São hipercinéticos, hipocinéticos ou comportamentais
e emocionais esses últimos de interesse
neuropsiquiátrico. Os principais transtornos do corpo
estriado são descritos a seguir:
a. Hemibalismo é o mais conhecido,
caracterizado por movimentos involuntários,
de grande amplitude e forte intensidade, dos
membros do lado da lesão. A causa mais
comum são lesões do núcleo subtalâmico,
geralmente resultantes de pequenos
acidentes vasculares. Distúrbio hipercinético:
diminuição da atividade excitatória das
projeções do núcleo subtalâmico para o pálido
medial,diminuindo o efeito inibidor deste
sobre os núcleos talâmicos e sobre as áreas
motoras do córtex. Com isso, essas áreas
respondem exageradamente aos comandos
corticais ou de outras aferências.
b. Doença de Parkinson - Caracteriza-se
por três sintomas básicos: tremor, rigidez e
bradicinesia. O tremor manifesta-se nas
extremidades quando elas estão paradas, e
desaparece com o movimento. A rigidez
resulta de uma hipertonia de toda a
musculatura esquelética. A bradicinesia
manifesta-se por lentidão e redução da
atividade motora espontânea, na ausência de
paralisia. Veri�cou-se que, na doença de
Parkinson, a disfunção está na substância
negra, resultando em diminuição de dopamina
nas �bras nigroestriatais. Desse modo, cessa
a atividade moduladora que essas �bras
exercem sobre as vias direta e indireta,
resultando em aumento da inibição dos
núcleos talâmicos.
A perda da aferência dopaminérgica para o
estriado leva à diminuição de atividade da via
direta, onde a dopamina tem ação excitatória,
e ao aumento na via indireta, onde a dopamina
tem ação inibitória.
Estas alterações levam ao aumento na
atividade do pálido medial e consequente
aumento da inibição dos neurônios
talamocorticais, ocasionando os sintomas
hipocinéticos característicos da doença.

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