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Patologia Geral – Laís Nunes [4° semestre] São processos essenciais para os seres vivos! Multiplicação celular É responsável pela formação do conjunto de células que compõem os indivíduos, muito importante durante o desenvolvimento dos organismos e necessária para repor células que morreram após o seu período de vida ou por processos patológicos; Essa fase é bastante ativa durante o crescimento celular e durante a renovação dos nossos tecidos após algum tipo de lesão; Diferenciação celular É a especialização morfológica e funcional das células, permitindo o desenvolvimento do organismo como um todo integrado; IPC: PODE ACONTECER QUE ALGUM PROBLEMA EM A CÉLULA PRECISE TER ALGUMA RESPOSTA ADAPTATIVA, JÁ QUE ESSES PROCESSOS ESTÃO SUSCEPTIVEIS ÀS INTERVENÇÕES, UMA VEZ QUE SOFREM BASTANTE INFLUÊNCIA, TANTO DE AGENTES EXTERNOS QUANTO DE AGENTES INTERNOS DAS CÉLULAS! Classificação dos tipos de células Quanto ao seu ciclo, existem quatro tipos de classificações; Células Lábeis Essas células, possuem um alto potencial mitótico e estão em constante proliferação, ou seja, elas continuam a se multiplicar durante toda a vida; as células estão em mitose, nas fases G1, S e G2 e células que estão se diferenciando; São exemplos de células lábeis: células do sangue (hematopoiéticas) na medula óssea e a maioria dos epitélios de superfície, como o epitélio estratificado escamoso da pele, cavidade oral, vagina e colo uterino; o epitélio cúbico dos ductos das glândulas exócrinas, o epitélio colunar do trato gastrointestinal, útero e tubas uterinas; e o epitélio de transição do trato urinário; Todas as células lábeis são eliminadas e substituídas; IPC: NA PELE A CADA 28 DIAS HÁ UMA POPULAÇÃO “NOVA” DE CÉLULAS, JÁ NA MUCOSA INTESTINAL , A CADA 5-6 DIAS HÁ UMA RENOVAÇÃO CELULAR. Patologia Geral – Laís Nunes [4° semestre] Células Estáveis Essas células são quiescentes, e em seu estado normal elas possuem baixa atividade replicativa, ou seja, sua capacidade de replicação permanece em descanso na maior parte do tempo, porém são capazes de se proliferar em resposta a lesões ou perda de massa tecidual, podendo reconstruir o órgão; São exemplos de células estáveis: células parenquimatosas (capazes de se dividir) dos órgãos glandulares, as células mesenquimais (são células do tecido embrionário, onde encontram-se as células indiferenciadas dos tecidos conjuntivos), glândulas salivares, osteócitos, hepatócitos (células do fígado), as células endoteliais, os fibroblastos, células musculares lisas, hepatócitos e as células dos túbulos renais; Ex.: O fígado, por exemplo, regenera-se completamente, inclusive sua estrutura estomática, ou seja, vasos sanguíneos, sistema de ductos, arcabouço conjuntivo etc. Já no rim, o glomérulo não se refaz após destruição completa, mas o epitélio tubular pode se regenerar completamente. A cartilagem, por outro lado, não se refaz, assim como os acenos das glândulas salivares. O tecido ósseo tem regeneração mais complexa, mas também pode adquirir sua estrutura original. IPC: A QUIESCÊNCIA CELULAR CORRESPONDE AO PERÍODO EM QUE AS CÉLULAS NÃO ESTÃO EM FASE DE PROLIFERAÇÃO, OU SEJA, SE DIVIDINDO, APESAR DE CONTINUAREM METABOLICAMENTE ATIVAS, PORÉM ESSE ESTADO REVERSÍVEL E AS CÉLULAS PODEM “ACORDAR” QUANDO RECEBEM UM ESTÍMULO MITÓTICO ADEQUADO. Células Permanentes/ Perenes São células que possuem um baixíssimo poder mitótico e alta especialização; quando atingem o seu estágio de maturação terminal, ou seja, perderam totalmente a capacidade de se dividir; não se dividem mais após o nascimento; Caso estimuladas por fatores de crescimento em grande quantidade, podem entrar em G1 e sintetizar DNA, mas permanecem em G2 ou completam a divisão nuclear, sem realizar a divisão celular, ou seja, a capacidade proliferativa não é suficiente para regenerar um tecido lesado. O reparo geralmente é tipicamente dominado por formação de uma cicatriz (crescimento celular desproporcional ao tecido); São exemplos de células permanentes: células da musculatura esquelética, cardíaca e células nervosas; Ex.: As células nervosas, por exemplo, não se proliferam, portanto, não se regeneram. O tecido nervoso periférico, quando agredido (por exemplo, rompimento da fibra), pode se restituir não por proliferação da célula, mas pelo prolongamento do axônio mais próximo, juntamente com a ação de células satélites ao feixe vascular (as células de Schwann). Portanto, é um processo reparativo, mas não uma regeneração. Processo semelhante é visto nas células musculares, cuja reparação advém principalmente do sarcoplasma; C C Patologia Geral – Laís Nunes [4° semestre] IPC: NAS CÉLULAS DA MUSCULATURA ESQUELÉTICA OCORRE UMA DIVERGÊNCIA; ENTÃO ELAS PODEM SER ESTÁVEIS OU PERMANENTES A DEPENDER DA EXTENSÃO DA LESÃO E DO COMPROMETIMENTO DOS MÚSCULOS, PODENDO ASSIM ENTRAR EM CICLO CELULAR EM PROL DA RECUPERAÇÃO TECIDUAL - SÃO AS CÉLULAS SATÉLITES . Células Tronco São células indiferenciadas que são capazes de se proliferar, autorrenovar e produzir ''descendentes'' (células progenitoras) que, após um número variável de divisões, irão se diferenciar e renovar as células de diferentes tecidos; Possuem a propriedade de interagir com o meio onde estão, modificando as suas propriedades; As células-tronco podem permanecer estáveis (quiescentes) nos tecidos por um longo período e, posteriormente, entrar em divisão e voltar ao estado de quiescência (estabilidade); Classificação quanto a origem: ❖ C.T embrionárias: são as indiferenciadas, presentes na massa celular interna do blastocisto e que possuem extensa capacidade de renovação. podem ser induzidas a formar células especializadas dos três folhetos germinativos, como os neurônios, células cardíacas, hepáticas e células das ilhotas pancreáticas ❖ C.T adultas (teciduais): são encontradas entre células diferenciadas dentro de um órgão ou de um tecido (nichos de células-tronco). estão envolvidas na homeostasia do tecido. ❖ C.T ''induced stem cells'' (induzidas a partir de cél. já diferenciadas): são obtidas através da introdução de genes característicos das CT. embrionárias em células maduras. Classificação quanto a capacidade de originar descendentes: ❖ Totipotentes: capazes de se diferenciar em todos os tecidos humanos, incluindo a placenta e os anexos embrionários; ❖ Pluripotentes: capazes de se diferenciar em quase todos os tecidos humanos, excluindo a placenta e anexos embrionários; ❖ Onipotentes: capazes de se diferenciar em poucos tecidos; ❖ Unipotentes: são capazes de se diferenciar em um único tecido a qual pertencem. Fisiopatogênese das lesões As células tão sujeitas à diversos fatores que podem fazer com que elas se condicionem à alguma adaptação celular ou sofrer apoptose (morte); As células possuem um limite de adaptação; isso ocasiona em lesões reversíveis, quando a célula mesmo com o estímulo cessado tem condições de se readaptar, e lesões irreversíveis, quando o estímulo ocorre em excesso e a célula não é capaz de responder; C
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