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2021 - Direito Processual Civil III - TEORIA GERAL DA EXECUÇÃO - 2021

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Direito Processual Civil III – LEI-13.105 de 16 de Março de 2015
GIOVANNY ALEFFY
AULA 1 -
Teoria Geral da Execução – a primeiro ponto, A EXECUÇÃO É A ATIVIDADE QUE VISA SATISFAZER O DIREITO DO CREDOR em um título executivo Judicial ou extrajudicial, ou seja, a execução que visa SATISFAZER o direito do credor, só ocorre se houver um título executivo, seja judicial ou extrajudicial.
Título executivo - De acordo com Didier “o título executivo é o documento que certifica um ato jurídico normativo, que atribui a alguém um dever de prestar líquido, certo e exigível, a que a lei atribui o efeito de autorizar a instauração da atividade executiva”. 
FRAGMENTANDO E DISCORRENDO SOBRE O EXPOSTO ACIMA
· Processo – 
Obs.- no código de 1973, existia a fase do processo de conhecimento, cautelar e execução, com a reforma de 2015, o NCPC extinguiu a fase cautelar, hoje o processo só existe a fase cognitiva e de execução.
· Conhecimento
· Procedimento Comum
Obs. no CPC/73 o procedimento comum se dividia procedimento ordinário e procedimento sumário, no NCPC não existe mais essas divisões, é somente procedimento comum.
· Procedimento especiais
· CPC
· Jurisdição contenciosa (lide)
· Jurisdição voluntária (Situação de interesse mútuo)
· Leis especiais (ex. lei 9099/1995)
· Execução
Obs. Na fase de execução, passada a fase de conhecimento, comprovada a dívida, é permitido ao credor que adentre ao patrimônio do devedor, pois esse é a garantia de satisfação da dívida. Mas a execução só ocorre se houver TÍTULO EXECUTIVO.
· Título Executivo Judicial (Cumprimento de Sentença) art. 513 a 538 NCPC/2015
A execução de dá por cumprimento de sentença, ou seja, passada a fase de conhecimento, quando sentenciado, o processo sai da fase cognitiva e entra na fase de execução, ou seja, na fase de cumprimento de sentença.
Obs. No CPC/73, após a sentença, era necessário inaugurar um novo processo de execução, um processo autônomo, ou seja, entrar com a inicial aguardar a citação do réu e assim seguir um novo processo, o NCPC extinguiu essa regra e adotou o Chamado PROCESSO SINCRÉTICO, que é aquele que no processo de conhecimento também entra a fase da execução.
Processo sincrético - Em suma, o processo sincrético é aquele que contém as tutelas cognitiva e executiva, o que permite a declaração e a satisfação do direito material em uma única relação jurídico-processual.
Exceções ao Processo sincrético – PAE- (Penal, Arbitral e Estrangeira). Executa-se iniciando no processo autônomo, como no processo de título extrajudicial, mas trata-se de título executivo judicial, porém não se pede execução no mesmo processo, inicia-se no processo autônomo e após a citação volta-se à fase de execução, isto ocorre porque nessas sentenças não houve o processo cognitivo, são elas:
1. Sentença Penal Condenatória
2. Sentença arbitral
3. Sentença estrangeira 
· Título Executivo Extra Judicial (Processo autônomo) Art. 771 a 925 NCPC/2015.
Exemplo - cheque - título executivo extrajudicial, sendo o título executivo extrajudicial, não é necessário processo de conhecimento (peticionar, aguardar citação, contestação, impugnação a contestação até chegar à sentença). Não precisa-se de uma sentença reconhecendo a divida, o cheque em si já é a prova.
Resumo – é chamado autônomo por que não depende de uma sentença reconhecendo a dívida, para então pedir o cumprimento da sentença, no autônomo a execução ocorre direto porque o título em si comprova a dívida.
 Porém se o cheque (título executivo extrajudicial) estiver prescrito, será obrigatório passar fase cognitiva do processo.
QUADRO SINNÓPITICO – TEORIA SINÓPTICO DA EXECUÇÃO
FRAGMENTANDO E DISCORRENDO SOBRE O EXPOSTO ACIMA
Fase de EXECUÇÃO – TEORIA GERAL.
Na fase de execução, não se fala em reconhecimento do direito (isso ocorreu na fase cognitiva), trata-se aqui do cumprimento da obrigação, e essa só ocorre por meio de título executivo, podendo assim, afirmar que, a execução é a satisfação de direito por meio de título executivo.
REQUISITOS –Art. 783/786 NCPC/2015 – C.E.L – Certo, Exigível e Líquido. 
1. Certeza – Sabe-se no título quem é o credor e devedor, bem como a espécie de execução.
2. Exigibilidade – não há condição, termo ou prazo para exigir o direito.
3. Liquidez – Obrigação de estar expresso (cheque de 10 mil)
PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EXECUÇÃO
· PRINCÍPIO DA PATRIMONIALIDADE – em regra o patrimônio do devedor é a garantia de satisfação da dívida para com o credor. Esse princípio abrange os bens atuais e futuros. Art.789 CPC/2015.
Os bens respondem pela dívida por meio de penhora, em razão isso há duas exceções a este princípio em razão de haver bens que não podem ser penhoráveis.
São esses:
1. Bens previstos no art.833 CPC/2015
2. Bens previstos na lei 8009/90 – bens de família 
· PRINCIPIO DA MENOR ONEROSIDADE DO DEVEDOR – art.805 CPC/2015. Esse princípio garante que os bens do devedor que irão responder pela divida por meio de penhora, deve ser aquele menos prejudicial ao devedor. 
Ex. o devedor possui um barco e um carro, e sua profissão é motorista de Uber, e utiliza o carro para trabalhar, por conta deste princípio o bem a ser penhorado será o barco, por ser menos PREJUDICIAL ao devedor.
· PRINCIPIO DA AUTONOMIA DO PROCESSO DE EXECUÇÃO – a primeiro ponto esse princípio é para processo autônomo, ou seja, recai ao título executivo extrajudicial, não recai sobre o processo judicial SALVO no caso das exceções supracitadas onde o processo iniciar-se-á em modo autônomo porem ainda sim será judicial. (P.A.E).
· PRINCIPIO DO EXATO ADIMPLEMTNETO – Só será cobrado do devedor o valor extado que ele deveria ter adimplido sem a execução. Nas obrigações de fazer e de não fazer, será cobrado o exato cumprimento que o devedor deveria ter cumprido sem a execução. Art.536 (E 189) NCPC/2015
· PRINCIPIO DA DISPONIBILIDADE DO PROCESSO PELO CFREDOR – em regra, esse princípio garante ao credor a possibilidade de desistir da execução. POREM há exceção, se o devedor compuser embargos, o processo tramitará até o fim. 
· PRINCIPIO DA UTILIDADE – ART. 775 e 836 NCPC/2015. É o princípio que oferece uma vantagem para o credor SUPERFICIAL ESTUDAR MAIS
· PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO - Art.5 LV CF/88 – O contraditório na execução existe porem é mais reservado, na execução esse principio resguarda ao devedor o direito de oferecer embargos à execução, quando o credor quiser desistir da execução.
· PRINCIPIO DA RESPONSABILIDADE OBJETIVA – Art.776 e 520, inciso I do NCPC/2015. Esse princípio obriga o exequente a reparar dano causado ao executado durante a execução objetivamente, ou seja, independe de dolo ou culpa, causando dano será obrigado a reparar e isso ocorre por meio de indenização. Esse princípio é uma proteção ao EXECUTADO.
· PRINCÍPIO DA ATIPICIDADE DA EXECUÇÃO – Art.536 paragrafo 1°, e no Art. 139 inciso IV – esse princípio veio com o NCPC/2015, quando o art.536 paragrafo primeiro determina “entre outras medidas”, ele garante ao juiz poder descartar as opções expostas no artigo e adotar medidas além do que está previsto, por isso o nome atipicidade, por poder optar por medidas não tipificadas no artigo em questão.
Art. 536. § 1º Para atender ao disposto no caput, o juiz poderá determinar, entre outras medidas, a imposição de multa, a busca e apreensão, a remoção de pessoas e coisas, o desfazimento de obras e o impedimento de atividade nociva, podendo, caso necessário, requisitar o auxílio de força policial.
· PRINCÍPIO DA NULLA EXECUTIO SINE TÍTULO – Art. 783 e Art. 803 inciso I, do NCPC/2015, não há execução sem título executivo. Para que exista é necessário o título executivo preencher seus requisitos. (C.E.L).
1. Obs. Art. 515 do NCPC/2015 (tutela provisória)
2. Obs. Art. 785 do NCPC/2015 garante que mesmo tento título executivo judicial é possível entrar com processo de conhecimento.
· PRINCIPIO DA MÁXIMA EFETIVIDADE DA EXECUÇÃO – ART.797 ncpc/2015
Art. 797. Ressalvado o caso de insolvência do devedor, em que tem lugar o concurso universal, realiza-se a execução no interesse do exequente que adquire, pelapenhora, o direito de preferência sobre os bens penhorados.
· PRÍNCIPIO DA ESPECIFICIDADE DA EXECUÇÃO – Este corrobora as obrigações de fazer e não fazer, tendo que ser a obrigação especifica.
· PRÍNCIPIO DA LEALDADE E BOA-FÉ PROCESSUAL – Art. 774. NCPC/2015.
Art. 774. Considera-se atentatória à dignidade da justiça a conduta comissiva ou omissiva do executado que:
I - frauda a execução;
II - se opõe maliciosamente à execução, empregando ardis e meios artificiosos;
III - dificulta ou embaraça a realização da penhora;
IV - resiste injustificadamente às ordens judiciais;
V - intimado, não indica ao juiz quais são e onde estão os bens sujeitos à penhora e os respectivos valores, nem exibe prova de sua propriedade e, se for o caso, certidão negativa de ônus.
AULA 2 –

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