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Ao nascer, uma pessoa possui uma personalidade que tende a ser unificada, constituindo-se como um todo. No decorrer do processo do desenvolvimento, essa personalidade vai se “quebrando” em subpersonalidades. Na teoria analítica, a sombra é uma dessas subpersonalidades. Ainda no processo de desenvolvimento, a consciência do ego é formada, nessa formação boa parte de conteúdos são deixados no inconsciente, é estruturado com internalizações e experiências traumáticas (STEIN, 2000). A sombra é um dos fatores psíquicos que o ego não pode controlar, dessa forma, o ego não tem consciência do que projeta na sombra. A sombra não deve ser aludida como uma “coisa”, mas em seus traços psicológicos ou qualidades que estão nela. Os conteúdos que estariam no ego se estivessem integrados, mas por algum motivo foram suprimidos, são colocados na sombra. Esses conteúdos podem mudar dependendo do grau de defensa do ego. Ela não é diretamente experimentada pelo ego, sendo inconsciente, ela é projetada nos outros (STEIN, 2000). No geral, a sombra contém conteúdos que são considerados imorais e pouco recomendados no contexto social do indivíduo, sendo contrários aos costumes e convenções morais da sociedade. Nesse sentido, a sombra é o lado inconsciente das operações intencionais, voluntárias e defensivas do ego. Contudo, é importante salientar que nem tudo que está na sombra é ruim (STEIN, 2000). Ir ao encontro da sombra não é fácil, pois ali se encontram conteúdos por vezes traumáticos. Mas, se uma pessoa se encontra totalmente alheia à sua sombra, como consequência, sua vida tende a ser incompleta. Ao abrir-se à sombra, mesmo que machada de imoralidade, uma pessoa alcança maior grau de totalidade (STEIN, 2000). Meu material te ajudou? Por Rafaela Fidelis @rafaelafidelis.psico ALGUMAS CONSIDERAÇÕES Sombra REFERÊNCIAS STEIN, Murray. Jung – O Mapa da alma. SP: Cutrix, 2000. curte e salva !