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Trabalho comunicação juridica, Artigo Poliamor

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2.1 ENTIDADES FAMILIARES PERANTE A SOCIEDADE.
Com o passar dos anos o Direito Brasileiro vem sendo modificado, tendo regras e direitos sendo implantados com frequência. tendo em vista que ainda possuímos muitos tabus na sociedade, principalmente quando falamos sobre a constituição da família.(Rodrigues,2017)
Destacando pelo conceito de Marcos Vinicius Rodrigues(2017)
Família é onde cada pessoa de encontra em harmonia com as outras, sendo através dela que obtém seu próprio caráter e personalidade. Há algum tempo atrás não existia outro tipo de família a não ser o modelo de família tradicional: pai, mãe e filhos. Mas desde então, o direito evoluiu, e com isso foram aceitos outros tipos de relacionamentos familiares, e o poliamor é um deles.
No ponto de vista dos psicólogos, para as pessoas que aceitam este tipo de pratica, possuem certa capacidade de mantes relações afetivas com mais de um individuo ao mesmo espaço de tempo, tendo o consentimento entre as partes de aceitar esta pratica como um relacionamento afetivo sem considerarem traição, sendo posta por eles, que isso não fere a fidelidade conjugal estabelecida pelas leis, sendo uma pratica normal e aceita pelos que praticam o poliamorismo, não havendo conflitos entre as partes ao conviver com seus parceiros afetivos.(Malmonge,2016)
O Poliamor é um assunto que vem sendo discutido no Brasil desde 2012, Tendo que neste ano a primeira união poliamorosa realizada e registrada em cartório trazendo com isto muitas discussões sobre esta pratica, deixando alguns dos princípios da sociedade de lado. (Rodrigues,2017)
Hoje é muito comum os casos paralelos, que mantêm um concubinato desleal, que possuem apenas o intuito de satisfação sexual entre as partes, descartando qualquer intuito de constituir uma família e de convivência pública. Tendo em vista que não é permitido a vulgarização para o uso indiscriminado do instituto assinado, sendo que nem todos os relacionamentos amorosos podem ser caracterizado pela pratica do poliamorismo. A união estabelecida e movida pela adrenalina do desejo sexual entre as partes, não possuem em “prima face” as características condizentes com a tutela do Estado.(Malmonge,2016)
Poliamor é uma nova forma conjugal. Temos no casamento tradicional um relacionamento entre apenas um casal, não sendo aceito quaisquer tipo de traição. Já no poliamorismo algumas de suas características mudam, sendo que o relacionamento é de três ou mais pessoas, porém todas que estão relacionadas neste meio sabem e concordam com as pessoas que estão se relacionando, dentro da mesma casa, como uma forma de união estável convencional apenas mudando a quantidade de pessoas dentro do relacionamento, sendo que no poliamorismo todas as partes devem concordar com os envolvidos, havendo honestidade, pois não pode haver qualquer tipo de enganação na relação. Pois esta pratica não se diz respeito apenas sobre sexo, mas sim a afeto e respeito. (Rodrigues,2017)
Entre os séculos XVI e XIX a sociedade Brasileira era muito influenciada sobre a igreja, nesta época a família tinha o cunho inteiramente econômico. Para Giancarlo Buche (2011) a família patriarcal e monogâmica teve origem no Brasil Colônia. Com a integração da figura feminina no trabalho, passou o papel de patriarca não apenas o homem para também para as mulheres, tendo isto grandes transformações e diminuições dos membros da família. Sendo que a partir disto, começou o questionamento e tomada de consciência em respeito ao sistema patriarcal e a monogamia, tendo ai um afastamento do Estado considerável em relação a igreja, passando assim a manter relações afetivas até mesmo sem a figura de um patriarca. (Malmonge, 2016)
Nas palavras de Giobana Pelagio Melo(2010, apud Malmonge), o poliamorismo apresenta-se como outra visão do amor, onde há a opção de maior troca entre os parceiros, gerando um equilíbrio harmônico sem a ocorrência de frustrações. A pratica não constitui em procurar obsessivamente novas relações afetivas para suprir outras afeições, mas sim de poder viver com a ideia de liberdade individual, que acaba por possibilitar a criação de sentimentos como a amizade e o companheirismo.
2.2 DIFERENTES FORMAS DE POLIAMOR.
Podemos dizer que poligamia nada mais é do que poliamorismo de uma forma “repaginada”! As pequenas diferenças se dá em sua atual formação. Hoje temos dois ou mais homens com uma só mulher, ou varias mulheres com um homem apenas ou mista. De acordo com a Bíblia, antes apenas os homens poderiam ter varias mulheres, sendo de que uma mulher com vários homens era considerada adultério, um crime. (Souza, 2018)
Existem varias formas de poliamor, trazendo as regras impostas a cada um dos envolvidos. Tais formas são: polifidelidade, Mono-poli, Relações em grupo, Sug-relacionamentos. Temos de pontuar aqui também a diferença entre poliamor e suas relações em comparação a pansexualidade, poligamia e bigamia. (Rodrigues, 2017)
Traduzindo o significado de poliamor exatamente como poligamia, sendo como radical, vem do grego poli(vários) e gamia(casamento). Temos assim uma pequena diferença quase que irrelevante diferença de sentidos. Poligamia é, um relacionamento onde o homem tem varias mulheres ao mesmo tempo, e sendo menos comum porém não inexistente, a mulher com mais de um marido simultaneamente. Sendo de que o Poliamorismo trás uma diferente finalidade, estabelecendo um fundamento principal que é o amor, a união, e a vontade de constituir um laço familiar com vários ao mesmo tempo de espaço. Temos um grande livro que traz uma certa aceitação em relação a poligamia, o Alcorão como o livro sagrado que permite legalmente. Sendo que em grande parte dos países que adotam o Islamismo como uma de suas crenças. No entanto por existirem varias responsabilidades que são impostas pelas leis e por conta da religião, o Alcorão permite mas ao mesmo tempo os limita. “...podereis desposar duas, três ou quatro das que vos aprouver, entre as mulheres. Mas, se temerdes não poder ser equitativos para com elas, casai, então, com uma só( Alcorão 4:3. Apude Souza, 2018)
Temos de diferenciar também o Poliamor da pansexualidade, sendo que ambos atrás conceitos totalmente distintos um do outro, o Poliamor trás a definição de uma família, sendo que o pansexualismo trás o desejo sexual por varias pessoas do sexo oposto ou até mesmo do mesmo sexo.( Rodrigues, 2017)
Temos também a Poliandria que vem do grego (poly: muitos) e (andros: homens). Sendo que nesta união temos apenas uma mulher que esta em um só relacionamento com dois ou mais homens ao mesmo tempo. Um caso que podemos citar aqui é na crença comum de muitos antropólogos, aonde a forma mais comum de poliandria é quando dois ou mais irmãos se relacionam com a mesma mulher, Sendo que a poliandria é a menos comum na história da humanidade.( Souza, 2018)
A poligamia é bem aceita em países árabes, sendo uma união de um homem com varias mulheres, sendo que lá essa é a cultura de ter quantas mulheres o homem quiser, e mulheres que também podem ter muitos maridos, sendo aceitável sem trazer vários tabus, diferentes dos países ocidentais. ( Rodrigues, 2017)
Já a Poliginia podemos dizer que é o oposto da poliandria, sendo que esta pratica acaba sendo bem mais aceita e comum, onde um homem possui duas ou mais esposas.( Souza, 2018)
No Brasil a poligamia não é aceito, sendo considerado um tipo de pratica criminoso constituído pelo Cóigo Penal Brasileiro, tendo como pena de 3 a 6 anos de reclusão, sendo que um segundo casamento é aceito apenas após o divorcio do primeiro casamento tendo a anulação. No Art. 235, fala-se sobre a bigamia, aonde acontece o ato de enganar a companheira de relação, constituindo um segundo matrimonio ainda estando casada com ela, sendo que no Brasil este tipo de pratica é inaceitável. ( Rodrigues, 2017)
2.3 POLIAMOR NOS DIAS ATUAIS, E A CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
Tem muito espanto e murmúrios ainda quando falamos sobre poliamor, sendo que deveríamos saber que acontece comumente nos dias atuais, porém nunca correlacionamos os fatos, pois muitaspessoas vivem em relações assim, principalmente no ocidente, quando não sobre o mesmo teto, tem um conhecimento e aceitação mutua. Sabemos que é mais comum os homens casados terem amantes fixas e até de famílias constituídas fora de seu primeiro casamento. Já no caso das mulheres talvez seja pior sendo censurado ( porém, sem preconceitos). (Souza, 2018)
Ao analisar o Código de 1916, sendo mais especifica o art. 233, ficando evidentemente a influência Romana, temos o Art. 233, que diz: O marido é o chefe da sociedade conjugal, função que exerce com a colaboração da mulher, no interesse comum do casal e dos filhos( art. 240, 247 e 251). Neste artigo as principais características são: a representação legal da família. A administração dos bens comuns e particulares da mulher que ao marido incumbir. O direito de fixar o domicilio da família. Promover a manutenção da família. ( Alexandre, 2014)
Aduz o Código Civil de 1916, definia a família como sendo “o conjunto de pessoas que descendem do tronco ancestral comum, ou seja, unidos por laços de sangue. Em sentido estrito, a família representa o grupo formado pelos pais e filhos”. Nas palavras de Welter(2003, p.31, apud Alexandre)
 
Em caso de separação de uma família poliafetiva, a paternidade, se deve dar de duas distintas formas: a socioafetiva e a biológica. Tendo como dever dos envolvidos de fato saberem quem é o pai, e então o outro passará a assumir como socioafetivo. Devendo se considerar que seria desumano ter de impor a um filho uma convivência sem vínculos. Sendo assim, o companheiro que não for o paio biológico, devera como pai socioafetivo, assumir suas responsabilidades, em todos os sentidos, principalmente seguir fazendo parte da vida da criança, pois assim os filhos apenas sairiam ganhando. Uma das consequências da adoção deste novo modelo familiar, será de arcar também com o “ônus”( que são elas tais como, pensão, alimentos, entre outros deveres). ( Souza, 2018)
Um grande marco para a Constituição foi quando ocorreu a promulgação da Constituição da Republica Federativa do Brasil, em 1988, o Código Civil de 1916 não estava mais correspondendo aos interesses sociais, sendo substituídos. Temos como um exemplo, reconhecer como entidade familiar apenas o casamento, contradizendo as realidades das famílias polifacetado, que se formavam e necessitavam de uma nova regulamentação, apenas em 1988, a Constituição ampliou o alcance legislativo. Assim como o Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado. §4°. Entende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes. (Alexandre, 2014)
Frente as palavras da Elane Souza, 2018.
Existe decisões nos tribunais.? Infelizmente também não! O que existe são recomendações. Uma delas vem do conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do ano de 2016. Naquele momento a ministra Nancy Andrighi recomendou aos cartórios do Brasil que agissem com parcimônia quando o assunto fosse lavrar Escritura Pública de união poliafetiva. 
CONCLUSÃO
Com o presente artigo, a acadêmica conclui-se que, estamos em constantes mudanças na Constituição Federal em relação ao Direito da Família. Diante a abordagem do tema, podemos concluir que pelo funesto risco pelo qual o sistema judiciário esta sendo submetido quando o poder opta por não conduzir as mudanças impostas e sofridas pela sociedade, sendo de dever dos operadores do direito, se sensibilizar diante as particularidades de cada caso, e aplicar as leis conforme suas necessidades exigidas pelas partes. Tendo em vista que os valores da sociedade mudam constantemente junto com o tempo, deste modo novas formas de relações afetivas sem surgindo, tendo grupos com variáveis conceitos, se adaptando oque melhor lhes cabem como família, se sentindo mais amados e afetuosos. 
É certo de que a sociedade exige um posicionamento concreto e realista em relação ás mudanças ligadas á formação familiar, sem deixar de lado as mudanças no pensamento social, já existe novas posturas á situação.
Desta forma podemos dizer que o Poliamor é um afeto por varias pessoas adeptas a fim de formar esta união, não sendo consideradas como bigamia e poligamia, tendo que cada um dos envolvidos aceite e respeite o outro individuo.
REFERENCIAS 
RODRIGUES, Marcos Vinicius; Poliamor: A construção de novos modelos familiares desafios contemporâneos para o reconhecimento do poliamor,06/2017. https://jus.com.br/artigos/58545/poliamor-a-contrucao-de-novos-modelos-familiares
MALMONGE, Luana Cristina; Poliamor: a quebra do paradigma da “Família Tradicional Brasileiro” Boletim jurídico, Direito Civil, Doutrina, família e sucessões, 2016. https://boletimjuridico.com.br/doutrina/texto.asp?id=4204
ALEXANDRE, Fernando Cruz; união poliafetiva: uma análise de sua juridicidade em face da recente mutação constitucional no coneito jurídico de entidade familiar,2014, https://fern.jusbrasil.com.br/artigos/148760065/uniao-poliafetiva-uma-analise-de-sua-juridicidade-em-face-da-recente-mutacao-constitucional-no-conceito-juridico-de-entidade-familiar
SOUZA, Elane; Poliamorismo um novo velho conceito de família com um recado para a sociedade, 2018. https://divulgandodireitos.com https://diariodeconteudojuridico.jusbrasil.com.br/artigos/554228496/poliamorismo-um-novo-velho-modelo-de-familia-com-um-recado-para-a-sociedade

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