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Stella de Mello
COMUNICAÇÃO
E EXPRESSÃO
1ª Edição, 2020
Centro Universitário Adventista de São Paulo
Fundado em 1915 — www.unasp.br
Missão Educar no contexto dos valores bíblicos para um viver pleno e para 
a excelência no serviço a Deus e à humanidade.
Visão Ser uma instituição educacional reconhecida pela excelência nos serviços prestados, 
pelos seus elevados padrões éticos e pela qualidade pessoal e pro� ssional de seus egressos.
Administração da Entidade
Mantenedora (IAE)
Diretor-Presidente: Maurício Lima
Diretor Administrativo: Edson Medeiros
Diretor-Secretário: Emmanuel Oliveira Guimarães
Diretor Depto. de Educação: Ivan Góes
Administração Geral
do Unasp
Reitor: Martin Kuhn
Vice-Reitor Executivo Campus EC: Antônio Marcos da Silva Alves
Vice-Reitor Executivo Campus HT: Afonso Ligório Cardoso
Vice-Reitor Executivo Campus SP: Douglas Jeferson Menslin
Pró-Reitor Administrativo: Telson Bombassaro Vargas
Pró-Reitor Acadêmico: Afonso Ligório Cardoso
Pró-Reitor de Educação a Distância: Fabiano Leichsenring Silva
Pró-Reitor de Pesquisa e Desenvolvimento Institucional: Allan Macedo de Novaes
Pró-Reitor de Desenvolvimento Espiritual, Comunitário e Estudantil: Martin Kuhn
Secretário-Geral: Marcelo Franca Alves
Faculdade Adventista
de Teologia
Diretor: Reinaldo Wenceslau Siqueira
Coordenador de Pós-Graduação: Vanderlei Dorneles da Silva
Coordenador de Graduação: Adriani Milli Rodrigues
Órgãos Executivos 
Campus Engenheiro Coelho
Pró-Reitor Administrativo Associado: Murilo Marques Bezerra
Pró-Reitor Acadêmico Associado: Everson Muckenberger
Pró-Reitor de Desenvolvimento Estudantil Associado: Bruno de Moura Fortes
Pró-Reitor de Desenvolvimento Espiritual e Comunitário Associado: Ebenézer do Vale Oliveira
Órgãos Executivos 
Campus Hortolândia
Pró-Reitor Administrativo Associado: Claudio Valdir Knoener
Pró-Reitora Acadêmica Associada: Suzete Araújo Águas Maia
Pró-Reitor de Desenvolvimento Estudantil Associado: Daniel Fioramonte Costa
Pró-Reitor de Desenvolvimento Espiritual e Comunitário Associado: Wanderson Paiva
Órgãos Executivos 
Campus São Paulo
Pró-Reitor Administrativo Associado: Flavio Knöner
Pró-Reitora Acadêmica Associada: Silvia Cristina de Oliveira Quadros
Pró-Reitor de Desenvolvimento Estudantil Associado: Ricardo Bertazzo
Pró-Reitor de Desenvolvimento Espiritual e Comunitário Associado: Robson Aleixo de Souza
Editor-chefe Rodrigo Follis
Gerente de projetos Bruno Sales Ferreira
Editor associado Alysson Huf
Supervisor administrativo Werter Gouveia
Gerente de vendas Francileide Santos
Editores Adriane Ferrari, Gabriel Pilon Galvani,Jônathas Sant’Ana e � amires Mattos
Designers grá� cos Felipe Rocha e Kenny Zukowski
Imprensa Universitária Adventista
Centro Universitário Adventista de São Paulo
Fundado em 1915 — www.unasp.br
Missão Educar no contexto dos valores bíblicos para um viver pleno e para 
a excelência no serviço a Deus e à humanidade.
Visão Ser uma instituição educacional reconhecida pela excelência nos serviços prestados, 
pelos seus elevados padrões éticos e pela qualidade pessoal e pro� ssional de seus egressos.
Administração da Entidade
Mantenedora (IAE)
Diretor-Presidente: Maurício Lima
Diretor Administrativo: Edson Medeiros
Diretor-Secretário: Emmanuel Oliveira Guimarães
Diretor Depto. de Educação: Ivan Góes
Administração Geral
do Unasp
Reitor: Martin Kuhn
Vice-Reitor Executivo Campus EC: Antônio Marcos da Silva Alves
Vice-Reitor Executivo Campus HT: Afonso Ligório Cardoso
Vice-Reitor Executivo Campus SP: Douglas Jeferson Menslin
Pró-Reitor Administrativo: Telson Bombassaro Vargas
Pró-Reitor Acadêmico: Afonso Ligório Cardoso
Pró-Reitor de Educação a Distância: Fabiano Leichsenring Silva
Pró-Reitor de Pesquisa e Desenvolvimento Institucional: Allan Macedo de Novaes
Pró-Reitor de Desenvolvimento Espiritual, Comunitário e Estudantil: Martin Kuhn
Secretário-Geral: Marcelo Franca Alves
Faculdade Adventista
de Teologia
Diretor: Reinaldo Wenceslau Siqueira
Coordenador de Pós-Graduação: Vanderlei Dorneles da Silva
Coordenador de Graduação: Adriani Milli Rodrigues
Órgãos Executivos 
Campus Engenheiro Coelho
Pró-Reitor Administrativo Associado: Murilo Marques Bezerra
Pró-Reitor Acadêmico Associado: Everson Muckenberger
Pró-Reitor de Desenvolvimento Estudantil Associado: Bruno de Moura Fortes
Pró-Reitor de Desenvolvimento Espiritual e Comunitário Associado: Ebenézer do Vale Oliveira
Órgãos Executivos 
Campus Hortolândia
Pró-Reitor Administrativo Associado: Claudio Valdir Knoener
Pró-Reitora Acadêmica Associada: Suzete Araújo Águas Maia
Pró-Reitor de Desenvolvimento Estudantil Associado: Daniel Fioramonte Costa
Pró-Reitor de Desenvolvimento Espiritual e Comunitário Associado: Wanderson Paiva
Órgãos Executivos 
Campus São Paulo
Pró-Reitor Administrativo Associado: Flavio Knöner
Pró-Reitora Acadêmica Associada: Silvia Cristina de Oliveira Quadros
Pró-Reitor de Desenvolvimento Estudantil Associado: Ricardo Bertazzo
Pró-Reitor de Desenvolvimento Espiritual e Comunitário Associado: Robson Aleixo de Souza
Editor-chefe Rodrigo Follis
Gerente de projetos Bruno Sales Ferreira
Editor associado Alysson Huf
Supervisor administrativo Werter Gouveia
Gerente de vendas Francileide Santos
Editores Adriane Ferrari, Gabriel Pilon Galvani,Jônathas Sant’Ana e � amires Mattos
Designers grá� cos Felipe Rocha e Kenny Zukowski
Imprensa Universitária Adventista
1ª Edição, 2020
Imprensa Universitária Adventista
Engenheiro Coelho, SP
Stella de Mello
COMUNICAÇÃO
E EXPRESSÃO
Mello, Stella de.
Comunicação e expressão [livro eletrônico] / Stella de Mello. Engenheiro Coelho: Unaspress, 
2020.
1 Mb ; PDF
ISBN 978-85-8463-172-8
1. Carreira pro� ssional 2. Contabilidade 3. Contabilidade como pro� ssão 4. Contabilidade como 
pro� ssão - Leis e legislação 5. Formação pro� ssional 6. Negócios I. Título.
20-33026 CDD-370.113
Dados Internacionais da Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Índices para catálogo sistemático:
1. Contabilidade : Educação pro� ssional 370.113
Maria Alice Ferreira - Bibliotecária - CRB-8/7964
Comunicação e expressão
1ª edição – 2020
e-book (pdf)
OP 00123_056
Editora associada:
Todos os direitos reservados para a unaspress - Imprensa universitária Adventista. 
Proibida a reprodução por quaisquer meios, sem prévia autorização escrita da editora, 
salvo em breves citações, com indicação da fonte.
Preparação: Matheus Cardoso
Revisão: Giovanna Finco
Projeto grá� co: Ana Paula Pirani 
Capa: Jonathas Sant’Ana
Diagramação: Ana Paula Pirani
Caixa Postal 88 – Reitoria Unasp
Engenheiro Coelho, SP CEP 13.448-900
Tels.: (19) 3858-5222 / (19) 3858-5221
www.unaspress.com.br
Imprensa Universitária Adventista
Validação editorial cientí� ca ad hoc:
Waggnoor Macieira Kettle
Doutor em Educação pela Universidade Metodista de Piraci-
caba, SP, com ênfase no ensino da Contabilidade
Conselho editorial e artístico: Dr. Martin Kuhn, Esp. 
Telson Vargas, Me. Antônio Marcos, Dr. Afonso Cardoso, 
Dr. Douglas Menslin, Dr. Rodrigo Follis, Dr. Lélio Lellis, Dr. 
Allan Novaes, Esp. Jael Enéas, Esp. José Júnior, Dr. Reinaldo 
Siqueira, Dr. Fábio Al� eri, Dra. Gildene Lopes, Me. Edilson 
Valiante, Me. Diogo Cavalcante, Dr. Adolfo Suárez
SUMÁRIO
GÊNEROS TEXTUAIS E SUAS APLICABILIDADES ..... 13
Introdução ........................................................................................14
Breves reflexões sobre o ato de escrever 
na esfera universitária ......................................................................15
Resumo ............................................................................................17
Resumos indicativos ...............................................................18
Resumos informativos ............................................................19
Resumos críticos ou resenha ..................................................21
Sobre os vários tipos de resumo: importante........................24
Fichamento ......................................................................................25
No que toca ao aspecto físico .................................................26
Artigo acadêmico.............................................................................27
Leitura ..............................................................................................32
As condições de produção da leitura ......................................36
Estratégias de leitura ...............................................................38
Lendo e produzindo textos ..............................................................43
Referências .......................................................................................50
A COMUNICAÇÃO APLICADA 
AO AMBIENTE CORPORATIVO ................................ 53
Introdução ........................................................................................54
Sistema da comunicação .................................................................54
Funções da linguagem ....................................................................63
Função informativa (referencial/denotativa) .........................65
Função expressiva (emotiva) ..................................................66
Função conativa (apelativa)....................................................67
Função fática (ou interativa) ...................................................68
Função metalinguística ...........................................................69
Função poética ........................................................................70
A apresentação eficaz ......................................................................73
Pontualidade ...........................................................................73
VO
CÊ
 ES
TÁ
 A
QU
I
Equipamentos .........................................................................74
Conexão com a rede ................................................................75
Linguagem ..............................................................................76
Apresentação em grupo .........................................................77
Ansiedade ...............................................................................78
Concluindo ..............................................................................79
Perguntas ................................................................................79
Vestuário .................................................................................80
Para finalizar ............................................................................80
Habilidades comunicacionais ..........................................................82
Fases de uma apresentação ....................................................84
O que evitar? ...........................................................................89
Referências .......................................................................................93
VO
CÊ
 ES
TÁ
 A
QU
I
PARA OTIMIZAR A IMPRESSÃO DESTE ARQUIVO, CONFIGURE 
A IMPRESSORA PARA DUAS PÁGINAS POR FOLHA.
Leitura e Interpretação de Textos. 
Construção de textos técnicos. 
Elaboração, crítica e análise de relatórios 
e projetos. Comunicação Empresarial. 
Desenvolvimento de Expressão Oral. 
O gestor como comunicador. Mídias 
organizacionais. Organização e postura em 
reuniões, eventos e momentos públicos.
EMENTA
CONHEÇA O CONTEÚDO
Seja bem-vindo(a) ao estudo sobre Comunicação 
e Expressão! Neste material, você terá acesso a 
alguns conceitos importantes quando falamos de 
Língua Portuguesa escrita. Mas, diferentemente 
do que, talvez, você lembre de seus aprendiza-
dos anteriores, o estudo da nossa língua não se 
resume ao conhecimento gramatical dos seus 
elementos ou a decorar quais tipos de textos 
existem. Ele vai além de qualquer ensino que 
esteja focado na gramática pura e simplesmente. 
Aliás, o estudo de gramática existe para auxiliar 
a nossa percepção crítica sobre o que lemos e 
ouvimos em nossa vida.
Aqui, levantaremos questões relacionadas 
à linguagem, visando desenvolver o racio-
cínio crítico e conceitos básicos dos textos 
acadêmicos. Para melhor assimilação do 
conteúdo, este material foi dividido em duas 
partes, que têm o objetivo de abordar com 
maiores detalhes todos os assuntos relevan-
tes para a área em questão. A primeira parte 
apresentará breves reflexões sobre o ato 
de escrever dentro do contexto acadêmico, 
sobre os gêneros textuais mais utilizados na 
esfera universitária e ainda, sobre a leitura, 
a produção e a análise de textos. A segunda 
parte do estudo terá a comunicação como 
tema central, relacionando-a com o ambiente 
de trabalho e com a importância de se ter 
uma comunicação eficaz num mundo cor-
porativo. Esperamos que você aproveite este 
conteúdo e que, a partir dele, consiga desen-
volver suas habilidades com a escrita, leitura 
e produção de textos.
Bons estudos!
- Adquirir conhecimentos linguísticos necessários 
para sintetizar – de maneira lógica - ideias, projetos, 
empreendimentos, procedimentos;
- Escrever, falar e ler de maneira clara, objetiva 
e assertiva em todas as situações envolvidas no 
administrar de uma empresa;
- Contribuir para o crescimento da empresa no que se 
refere à solução de problemas por meio do raciocínio 
lógico-linguístico.
A COMUNICAÇÃO APLICADA 
AO AMBIENTE CORPORATIVO
uNIDADE 2
OB
JE
TI
VO
S
54
COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO
INTRODUÇÃO
Quando pensamos em língua, podemos concluir que 
é o idioma que falamos ou um idioma específico. Sobre 
linguagem, podemos afirmar que ela se trata de um 
conceito mais amplo e mais complexo, que se refere às 
formas de expressão que utilizamos para nos comunicar. 
Quanto mais você souber a respeito da linguagem e 
do modo como ela funciona, mais seguro você estará 
em qualquer situação em que argumentar ou ouvir 
argumentos for fundamental. Este material foi preparado 
para melhorar seus conhecimentos sobre a linguagem e 
para ajudá-lo a melhorar em seu desempenho profissional. 
Portanto, esperamos que ao final desta unidade você tenha 
compreendido:o sistema da comunicação e seus elementos; 
• a linguagem e suas muitas funções;
• os textos corporativos e suas especificidades;
• a apresentação de projetos e trabalhos 
e como apresentá-los. 
SISTEMA DA COMUNICAÇÃO
Em uma situação de comunicação, seja ela qual for, 
em casa, na rua, no trabalho, sempre temos como objetivo 
55
A COMuNICAçãO APLICADA AO AMBIENTE CORPORATIVO
transmitir uma mensagem. Mesmo parecendo simples, esse 
processo comunicativo é composto por diversos elementos que 
o tornam complexo.
As mensagens podem ser faladas, digitalizadas ou mesmo 
escritas de próprio punho. Cada uma possui níveis de dificuldades 
no processo de comunicação, pois envolve níveis de conhecimento, 
visão de mundo, normas, códigos de conduta, entre outros 
aspectos que fazem parte da vida das pessoas e das empresas.
Terciotti e Macarenco (2013) ponderam que se o diálogo 
entre seres humanos é que gera novos saberes, a comunicação 
passa a ser estratégica na vida contemporânea das pessoas e das 
empresas. As autoras comentam, também, que um profissional 
que se comunica não é alguém que meramente repete o que 
lhe foi dito. Saber se comunicar é ter habilidade de expressar a 
própria intelectualidade, sua criatividade, seu conhecimento e 
seu ponto de vista. Ao se comunicar, o ser humano avança no 
seu conhecimento, faz avançar o conhecimento dos outros e, 
assim, enriquece as ações empresariais e profissionais.
Na vida profissional, a comunicação é essencial. Perissé 
(2003, p. 5) indica que a comunicação é absolutamente 
necessária em todas as profissões: “O pesquisador que precisa 
escrever uma tese ou um ensaio, o médico que precisa escrever 
56
COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO
um artigo sobre sua especialidade, o advogado que precisa 
escrever uma petição, o empresário que precisa escrever umrelatório ou um parecer”. Enfim, todos precisam não somente 
da escrita como meio para se comunicar, mas, no entendimento 
de Perissé (2003), necessitam escrever bem para serem 
compreendidos nas suas mensagens e terem eficácia na sua 
comunicação. A simplicidade apresentada na Figura 2 não se 
confirma nas práticas de comunicação tanto pessoal quanto em 
ambiente corporativo.
Figura 2 - O sistema da comunicação 
EMISSOR RECEPTOR
CANAL
CÓDIGO
MENSAGEM
Fonte: elaborado pelo autor 
57
A COMuNICAçãO APLICADA AO AMBIENTE CORPORATIVO
MATERIAL COMPLEMENTAR
Em um mundo globalizado, as informações e as dinâmi-
cas profissionais estão em constante mudança. Dessa 
forma, o profissional que tem conhecimento e habili-
dade para lidar com a comunicação se destaca. E o que 
seria a comunicação empresarial? O Catho, site brasileiro 
de classificados de empregos, em seu canal do YouTube, 
traz uma reportagem que aborda muito bem o assunto.
Disponível em: <https://bit.ly/2MXtygH>. Acesso em: 14 jun. 2020.
Analisou a Figura 2? Então, vamos conhecer cada um 
desses elementos do processo de comunicação, conforme 
apresentados por Terciotti e Macarenco (2013, p. 3):
• Emissor: é quem transmite a mensagem decodificada 
ao receptor. Trata-se da fonte do processo de 
comunicação. Pode ser uma pessoa ou um grupo 
(uma empresa, por exemplo). As autoras destacam 
que “a experiência e a autoridade do emissor 
aumentam a atenção do receptor à mensagem”;
• Receptor: é quem recebe, decodifica e interpreta 
a mensagem enviada pelo emissor. Trata-se do 
interlocutor: aquele que interage com o locutor 
58
COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO
(no caso, o emissor). Pode também se referir a 
um indivíduo ou a um grupo de pessoas;
• Mensagem: é a informação transmitida pelo 
emissor ao seu interlocutor; é o objeto da 
comunicação, seu conteúdo. É um conjunto 
organizado de sinais (ou signos) que 
pertencem ou não a um código linguístico;
• Código: é o conjunto de sinais ou signos, linguísticos 
ou não, comuns ao emissor e ao receptor. Conforme 
regras específicas, as mensagens são elaboradas 
por meio desse conjunto de códigos. Observe: o 
emissor utiliza o código (a Língua Portuguesa, por 
exemplo); o receptor, se conseguir identificar o 
sistema e tiver condições, decodifica a mensagem;
• Canal de comunicação: é a via, o meio (oral, 
escrito, visual ou corporal) pelo qual as mensagens 
são transmitidas, servindo de suporte físico à 
transmissão. É o que permite a comunicação entre 
emissor e receptor. É importante você atentar para 
o fato de que as mensagens mudam conforme o 
canal. Por isso, há mensagens visuais (imagens); 
sonoras (palavras, músicas e sons em geral); 
59
A COMuNICAçãO APLICADA AO AMBIENTE CORPORATIVO
táteis (o telefone vibrando; um choque elétrico); 
olfativas (odores, o pão fresquinho) e gustativas 
(temperos, doces, ácidos). Porém, um choque ou 
um “tapinha nas costas” apenas se caracterizam 
como mensagens se, por intenção de um emissor, 
veicularem uma ou várias informações ao receptor;
• Ambiente: é o contexto que envolve toda a situação 
comunicacional, incluindo as circunstâncias de 
espaço e de tempo. É bem importante ressaltar 
que o ambiente é um elemento extralinguístico 
fundamental, pois molda o comportamento 
comunicacional dos falantes. Basta considerar 
que, entre amigos, o modo de se comunicar é 
um e em ambientes menos descontraídos ou 
formais o comportamento é bem diferente. Há 
situações em que você escolhe bem as palavras, 
os gestos ou cuida para não gesticular. Tudo isso 
é processado sem que você sequer perceba.
Nesse esquema de comunicação que você acabou de 
conhecer, Medeiros (2005) e Terciotti e Macarenco (2013) 
afirmam se configurar como base do modelo mecanicista, que 
entende o processo como não humano, existindo, de um lado, 
uma fonte, do outro, um destino. A fonte transmite um sinal 
60
COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO
que deve ser captado pelo receptor, e isso é o que acontece nas 
transmissões de TV em rede aberta, por exemplo.
A mensagem (o programa, digamos assim) pode, 
entretanto, sofrer algum tipo de interferência, chegar 
comprometida ao seu destino, que pouco ou nada pode fazer 
para decodificá-la completamente. A isso chamamos ruído.
Terciotti e Macarenco (2013, p. 74) afirmam que os 
ruídos na comunicação podem ser definidos como “qualquer 
elemento que dificulte a comunicação e que não seja 
pretendido pelo emissor”. Essas autoras consideram ainda que, 
em uma comunicação escrita, os ruídos podem ser causados 
pelos seguintes fatores:
• diferença de linguagem e de vocabulário 
entre o emissor e o receptor;
• diferença de repertório entre o emissor e o receptor;
• falta de sequência do raciocínio lógico (falta 
de encadeamento das ideias) na mensagem;
• presença de ideias estereotipadas 
ou preconceituosas;
61
A COMuNICAçãO APLICADA AO AMBIENTE CORPORATIVO
• uso de canais ou veículos 
(e-mails, memorandos, 
relatórios, circulares, 
faxes etc.) inadequados ao 
tipo de comunicação;
• uso de redundância.
Mas, no sistema que apresentamos 
(e que você analisou bem, por meio 
da figura), há uma diferença. Nele, é 
considerado o ambiente, que envolve 
todo o processo da comunicação humana, 
incluindo variantes sociológicas e 
psicológicas. Na visão de Medeiros 
(2005) e de Terciotti e Macarenco (2013), o 
modelo circular de comunicação considera 
um processo de duas vias, em que 
emissor e receptor trocam de posição o 
tempo todo. Basta imaginar um diálogo 
entre duas pessoas.
Assim, para as autoras supracitadas, 
ao contemplar o contexto, o modelo 
circular faz com que emissor e receptor 
Os ruídos são 
elementos que 
dificultam a 
comunicação 
e que não são 
pretendidos 
pelo emissor.
62
COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO
considerem não só a mensagem 
bruta, mas também o modo como 
cada um a interpreta – e isso interfere, 
decisivamente, no modo como essa 
mensagem é decodificada. Já podemos, 
portanto, compreender o modelo 
psicológico, o qual, na concepção 
das autoras, considera os fatores 
que interagem no processo junto às 
pessoas, de modo que a decodificação 
das mensagens depende também da 
interpretação de fatores íntimos.
Medeiros (2005) e Terciotti e 
Macarenco (2013) identificam outros 
modelos de comunicação, como o 
sociológico, antropológico e sistêmico de 
comunicação. No modelo sociológico, o 
grupo social do qual o indivíduo faz parte 
desempenha um papel fundamental no 
processo, pois define os códigos e símbolos 
necessários para a interpretação.
No modelo antropológico, a 
comunicação é percebida como o fator que 
BRUTA
Segundo o site Significados, 
“bruta(o)” é algo “que continua 
no estado natural; que não foi 
trabalhado nem polido: matéria 
bruta, diamante bruto”. 
Fonte: <https://bit.ly/2Z4QHEc>. 
Acesso em: 04 set. 2020.
63
A COMuNICAçãO APLICADA AO AMBIENTE CORPORATIVO
estrutura todos os componentes da cultura de uma sociedade 
específica. Por fim, as autoras destacam que o modelo sistêmico 
analisa a condição contextual que envolve uma mensagem, 
interessando-se pelos objetivos e pelos resultados obtidos no 
processo comunicacional. É importante ressaltar que esses 
modelos não se excluem mutuamente. São modos distintos 
para entendermos a comunicação e, também, as partes de um 
contexto ainda mais amplo. Exceto o modelo mecanicista, os 
demais contêm três etapas básicas:
1. Composição: o emissor converte dados de 
natureza distinta na mensagem;
2. Interpretação: o receptor usa o seu conheci-
mento para atribuir sentido à mensagem;
3. Resposta: o receptor processa a mensagem e, 
assumindo a posição de emissor, devolve uma 
mensagem nova ao seu interlocutor.
FUNÇÕES DA LINGUAGEM
A comunicação é produto da necessidade humana 
de se expressar. Por meio dela constroem-se relações 
64
COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO
de significado, que possibilitam 
que a comunicação cumpra certas 
funções específicas e desenvolva 
diferentes performances. No ambiente 
corporativo, conforme asseveram 
Terciotti e Macarenco(2013, p. 
37), “a comunicação passa a ser 
encarada como um processo que 
leva à realização das potencialidades 
estratégicas e à ampliação e integração 
das estruturas organizacionais, de 
modo a envolver todos os atores que 
participam desse processo”.
Agora que você já percebeu 
que o processo de comunicação é 
naturalmente complexo, veremos 
seis funções básicas da linguagem, 
largamente utilizadas todos os dias, e 
a todo momento, algumas mais do que 
outras, correspondendo a cada um dos 
fatores do sistema de comunicação que 
vimos no item anterior.
A comunicação 
é produto da 
necessidade 
humana de se 
expressar.
65
A COMuNICAçãO APLICADA AO AMBIENTE CORPORATIVO
MATERIAL COMPLEMENTAR
O canal do YouTube da Rádio CBN traz um diálogo com 
o psicoterapeuta Léo Fraiman sobre boa leitura, qualida-
de no texto e no vocabulário. Na entrevista, Léo Fraiman 
pontua dicas para jovens que estão se preparando para 
o mercado de trabalho.
Disponível em: <https://bit.ly/2MYKaoc>. Acesso em: 14 jun. 2020.
FUNÇÃO INFORMATIVA 
(REFERENCIAL/DENOTATIVA)
Comecemos com um exemplo de uma notícia do jornal 
Folha de São Paulo, redigida por Soares (2014): 
Após dois meses seguidos de retração da produção 
das fábricas, o emprego na indústria se mantém 
debilitado. Em abril, as vagas de trabalho no setor 
caíram 0,3%, na comparação livre de efeitos sazonais 
(típicos de cada período) com março. Os dados foram 
divulgados pelo IBGE nesta quarta-feira (11).
66
COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO
Centrada no contexto, a função 
referencial destaca a informação. É a 
forma utilizada nos textos acadêmicos 
e nas notícias e surge quando o emissor 
oferece dados reais, usando a terceira 
pessoa do singular: “Após dois meses 
seguidos de retração da produção das 
fábricas, o emprego na indústria se 
mantém debilitado” (SOARES, 2014). 
Note como essa função valoriza, de modo 
bem objetivo, aquilo que é informado, 
sem deixar margem para interpretação. 
Tudo é muito bem explicado.
FUNÇÃO EXPRESSIVA (EMOTIVA)
Acompanhe esse trecho de uma 
declaração do ministro Gilberto Carvalho 
ao jornal Folha de São Paulo (NALON, 
2014): “Teremos problema sim se houver 
tentativa de manifestações violentas que 
tentem impedir o direito de outras pessoas 
de celebrar a Copa. Para isso, as forças de 
segurança serão acionadas”.
Podemos 
detectar 
a função 
expressiva 
em textos 
centrados no 
emissor (ou 
remetente) da 
mensagem.
67
A COMuNICAçãO APLICADA AO AMBIENTE CORPORATIVO
Podemos detectar a função expressiva em textos 
centrados no emissor (ou remetente) da mensagem. Essa 
função é caracterizada pelo uso da primeira pessoa no 
discurso – eu, nós – muitas vezes, com interjeições e/
ou exclamações. Trata-se da linguagem das declarações 
pessoais, memórias, subjetividades, correspondências 
íntimas, exprimindo a atitude do emissor em relação ao 
conteúdo de sua mensagem, bem como da situação em que 
se encontra.
FUNÇÃO CONATIVA (APELATIVA)
Quem nunca assistiu a um comercial muito apelativo na 
TV, do tipo “Experimenta!”, “Compra, compra, compra!”? A 
função conativa é dedicada ao receptor (ou destinatário) e sua 
especialidade são os textos de publicidade, montados com 
verbos no modo imperativo, vocativos e com o uso das pessoas 
do discurso tu e você. 
No exemplo “Compre batom”, a propaganda do 
chocolate Garoto apela ao receptor por meio de expressão 
e construção discursiva que se aproximam das comuns à 
linguagem do público-alvo, justificando o coloquialismo 
habitual desse tipo de discurso.
68
COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO
FUNÇÃO FÁTICA (OU INTERATIVA)
Olá! Como vai?
Eu vou indo. E você, tudo bem?
Tudo bem! Eu vou indo, correndo pegar 
meu lugar no futuro… E você?
Tudo bem! Eu vou indo, em busca de um 
sono tranquilo… Quem sabe?
Quanto tempo!
Pois é, quanto tempo!
Me perdoe a pressa, é a alma dos nossos negócios!
Qual, não tem de quê! Eu também só ando a cem!
Quando é que você telefona? Precisamos nos ver por aí!
Pra semana, prometo talvez nos vejamos… Quem sabe?
Quanto tempo!
Pois é… Quanto tempo! (VIOLA, 1970).
Essa é a canção Sinal fechado, de Paulinho da Viola, 
regravada por Chico Buarque, e por outros artistas da Música 
Popular Brasileira. Como você pôde notar pelo exemplo, 
a função fática fica centrada no canal de comunicação em 
si, ou seja, busca estabelecer o contato psicológico entre os 
interlocutores. Seu objetivo não é transmitir informação e 
sim, manter a sociabilidade. Note que no diálogo da letra 
da canção não há assunto objetivo, somente a cortesia entre 
duas pessoas que em algum momento foram muito próximas. 
Assim, tecnicamente, a função fática é a linguagem das falas 
69
A COMuNICAçãO APLICADA AO AMBIENTE CORPORATIVO
telefônicas, dos cumprimentos, das 
saudações e outras expressões similares.
FUNÇÃO METALINGUÍSTICA
Veja o seguinte verbete do 
dicionário online Priberam: “Gestão. 
Ges.tão. substantivo feminino. 1. 
gerência; 2. administração” (PRIBERAM, 
2020, online).
A função metalinguística aparece nos 
dicionários, gramáticas, enciclopédias 
etc. - obras em que a língua é utilizada 
para explicar a si própria. Essa função 
está centrada no código linguístico em si. 
É tudo o que, na mensagem, explica ou 
esclarece o código utilizado pelo emissor. 
Observe o diálogo a seguir:
– Não deu.
– Oi?
– É. Tentei acertar a 
massa, mas não deu.
A função fática é a linguagem 
das falas telefônicas, dos 
cumprimentos, das saudações 
e outras expressões similares.
Fonte: Shutterstock (https://shutr.bz/31Zn8G1)
70
COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO
Nesse caso, surge a necessidade de esclarecimento 
por parte do emissor, para tornar aquilo que ele quis dizer 
compreensível. Quando há essa necessidade de esclarecimento 
sobre algo sem significado ou subentendido também é feito o 
uso da função metalinguística.
FUNÇÃO POÉTICA
Essa função da linguagem está centrada na própria 
mensagem, colocando em evidência os próprios signos. Aparece 
em textos cuja mensagem possui algo de especial, algo que vai 
além da transmissão de uma informação.
Ausência
Por muito tempo achei que a ausência é 
falta. E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços, 
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada, 
ninguém a rouba mais de mim (ANDRADE, 1989).
71
A COMuNICAçãO APLICADA AO AMBIENTE CORPORATIVO
O poema de Carlos Drummond de Andrade trata 
apenas de alguém divagando sobre a falta que certa pessoa 
lhe faz; porém, a escolha das palavras, a sonoridade, a 
disposição do texto dão o toque especial à linguagem quando 
empregada desse modo. Assim, na função poética é comum 
notarmos jogos de linguagem. Observe como cada palavra é 
cuidadosamente selecionada, a fim de alcançar a atmosfera 
narrativa desejada pelo autor.
Encerrando a apresentação das funções da linguagem, 
saiba que elas não se excluem entre si: um texto pode revelar o 
uso de mais de uma função ao mesmo tempo. Dominar essas 
peculiaridades conceituais permitirá a você fortalecer o seu 
potencial argumentativo.
NA PRÁTICA
Centrada no contexto, a função informativa/referencial/denotativa 
destaca a informação. Mas o que significa dizer “a função informativa 
destaca a informação”?
Acompanhe um trecho da matéria “Com produção em queda, emprego 
na indústria recua 0,3% em abril”, de Pedro Soares:
72
COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO
Após dois meses seguidos de retração da produção das fábricas, o emprego 
na indústria se mantém debilitado. Em abril, as vagas de trabalho no setor 
caíram 0,3%, na comparação livre de efeitos sazonais (típicos de cada período) 
com março. Os dados foram divulgados pelo IBGE nesta quarta-feira (11). Em 
relação a abril do ano passado, a queda é de 2,2%. Sem uma retomada à vista 
da produção e com empresários pouco otimistas, o emprego na indústria patina 
e tende a fechar 2014 em terreno negativo. O emprego não reage, nem mesmo 
quando a produçãodá soluços de melhora, diante da reduzida confiança de 
empresários, que não esperam uma retomada mais forte à frente – e por isso 
não contratam diante dos elevados custos de admissão. Essa situação ocorre 
em um cenário de inibição ao consumo causado por juros maiores, crédito 
escasso, inadimplência em nível elevado e inflação alta. O índice acumulado nos 
primeiros quatro meses de 2014 aponta uma retração de 2%. No acumulado dos 
últimos 12 meses até abril, a queda é de 1,5% (SOARES, 2014).
Vamos, agora, identificar exemplos de aplicação da função referencial da 
linguagem. Quando dizemos que essa função da linguagem “destaca a 
informação”, significa que o que está em primeiro plano é o repasse da 
informação e não, por exemplo, a opinião do redator ou o convencimento 
ao consumo de algum produto, entre outras possibilidades. Em cada 
uma das orações ou frases que compõem o texto, o que se lê são dados 
relacionados ao fato apresentado:
• o emprego na indústria se mantém debilitado;
• as vagas de abril de 2014 caíram em relação ao mesmo período 
do ano passado;
• os dados são do IBGE;
• a tendência é negativa para 2014;
• os custos de admissão são elevados;
• inibição do consumo, juros elevados.
73
A COMuNICAçãO APLICADA AO AMBIENTE CORPORATIVO
Isso irá ocorrer em todo o texto. O que está em foco, portanto, é o fato e seus 
desdobramentos, sem elucubrações ou especulações. Note, portanto, como 
essa função valoriza, de modo bastante objetivo, aquilo que é informado, sem 
deixar margem para interpretação. Explica-se tudo muito bem.
A APRESENTAÇÃO EFICAZ
Terciotti e Macarenco (2013) defendem que, para ser eficaz, 
uma apresentação deve ser composta, além do conteúdo que a 
constitui em linguagem verbal, por gestos, movimentos corporais, 
aparência física (vestuário, cabelo, acessórios), expressão da face, 
entonação da voz, modo de olhar, entre outros fatores. Uma 
apresentação, por mais simples que pareça ser, sempre é um 
evento complexo, exigindo conhecimentos, postura ética, gestão de 
relacionamentos, imagem, visão de mundo, entre outros aspectos. 
Com base em Terciotti e Macarenco (2013), vamos conhecer alguns 
aspectos relativos à apresentação em maiores detalhes. Acompanhe!
PONTUALIDADE
Se você tem uma apresentação agendada, o primeiro item 
a ser considerado é o horário. Se o seu horário é às 10h, por 
74
COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO
exemplo, esteja no local, já à disposição, 
ao menos meia hora antes. Imprevistos 
acontecem o tempo todo, é normal. 
Contudo, é muito inoportuno ter que 
resolver problemas com questões técnicas 
na frente das pessoas que estão lá para 
assistir ou avaliar a sua apresentação. 
É algo chato para você e, também, para 
quem separou um tempo em sua agenda 
para ouvir o que você tem a dizer.
No caso de uma apresentação on-
line, a regra é a mesma: esteja pronto 
e disponível para que tudo comece no 
horário. Caso alguém tenha que esperar, 
que esse alguém seja você e não o público 
ou seus colegas de apresentação.
EQUIPAMENTOS
Há muitos recursos para uma 
apresentação: do quadro com giz à 
lousa mágica; do projetor aos recursos 
audiovisuais em geral. Considerando isso, 
Uma 
apresentação 
é composta 
por gestos, 
movimentos 
corporais, 
aparência 
física, 
expressão 
da face, 
entonação da 
voz, modo 
de olhar.
75
A COMuNICAçãO APLICADA AO AMBIENTE CORPORATIVO
prepare a sua apresentação, tendo em vista os recursos que você 
terá à sua disposição. Não é necessário utilizar todos – afinal, são 
recursos, e não objetos do seu trabalho.
Para que tudo aconteça conforme o planejado, certifique-se 
de que o local da apresentação oferece os equipamentos de que 
você precisa. Informe-se sobre quais são esses equipamentos 
e softwares, pois coisas simples podem atrapalhar o seu 
desempenho. Um arquivo eletrônico que não abre, em função 
de diferentes versões do software; um adaptador para a saída 
de vídeo do seu notebook; caixas de som, no caso de você 
necessitar de áudio; rede de acesso à internet, entre outros 
fatores que podem atrapalhar o bom curso da sua apresentação.
CONEXÃO COM A REDE
Se você precisa de acesso à internet, confira se ela está 
funcionando, certifique-se de que você possui a senha de acesso 
e de que o sinal é confiável. Mas, para que tudo dê certo, tenha 
todas as mídias que você pretende utilizar em modo offline.
Suponhamos que um vídeo do YouTube é fundamental para a 
sua exposição. Sabendo disso, você preparou todo o equipamento. 
Entretanto, você havia testado o sinal antes do momento de 
76
COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO
pico de uso da rede local e, justamente, quando precisa exibir, o 
vídeo não carrega, fica lento, trava. Isso é constrangedor! Então, é 
importante que você tenha tudo o que necessita em modo off-line, 
gravado em seu computador ou em um pen drive.
LINGUAGEM
Muito importante: falar é diferente de escrever. A 
linguagem é outra. Na fala, podemos nos pronunciar mais 
à vontade; mas a apresentação de um trabalho ou projeto é 
uma ocasião formal. Portanto, use a linguagem adequada, 
tendo em vista a clareza e a objetividade. E, se precisar 
utilizar termos muito técnicos, esclareça do que se tratam, 
sempre que for preciso.
Antes, porém, apresente-se. Diga o seu nome, ou o 
nome dos membros da equipe, qual a instituição a que você 
pertence, o título do seu trabalho e esclareça questões como 
abordagem, metodologia e quais técnicas foram utilizadas.
Há apresentações que permitem a leitura do artigo (ou 
paper). Mas é uma estratégia pouco recomendada, pois a 
tendência é perder a atenção do público. Considere isso: você 
escreveu o trabalho, logo está sabendo todo o conteúdo. É melhor 
77
A COMuNICAçãO APLICADA AO AMBIENTE CORPORATIVO
ter uma folha resumida com os tópicos a serem abordados e 
falar a respeito deles. Proceda assim, também, quando você 
utilizar o projetor e os slides no programa PowerPoint (ou algum 
equivalente). Você não deve ler o que está nos slides; eles apenas 
orientam o espectador sobre aquilo que você está comunicando. 
Assim, nos slides não deve estar todo o texto e sim apenas 
os tópicos da sua exposição. Utilize-os também para ilustrar o 
conteúdo abordado, com imagens, quadros, tabelas ou gráficos 
cuja interpretação você fará verbalmente. De igual importância, 
atente para o seu tom de voz: fale com calma, busque 
pronunciar bem as palavras e fale um pouco mais alto que o seu 
tom habitual. Mantenha uma linha de diálogo: converse com as 
pessoas que estão assistindo.
APRESENTAÇÃO EM GRUPO
Se o trabalho é em equipe, todos os pontos anteriores 
valem do mesmo modo. O sucesso de uma equipe está na 
coesão de seus membros e no uso adequado da aptidão de 
cada pessoa do grupo. Em uma equipe, os membros devem 
desempenhar funções distintas. Se cada membro fizer a sua 
parte, tudo sai bem.
78
COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO
Mas atenção: não queira se destacar 
sobre os seus colegas, pois isso não mostra 
que você sabe mais, mostra somente que 
você tem dificuldade em trabalhar em 
conjunto e ceder espaço aos outros. Em 
um trabalho conjunto, o grupo é que está 
sendo avaliado e não os membros de 
modo isolado.
ANSIEDADE
Você já viu a ansiedade ajudar 
alguém em alguma coisa? Obviamente, 
não. Logo, se você elaborou o trabalho, 
conhece o assunto, verificou a 
infraestrutura, não há motivo algum para 
ficar nervoso. A adrenalina se manifesta 
nesse tipo de ocasião. É normal. Então, 
respire fundo e mantenha a calma!
Mas não improvise! Você está 
começando a sua carreira e precisa de 
cautela. No momento, você pode até 
deixar de lado o roteiro da apresentação, 
ADRENALINA
De acordo com o dicionário Dicio, 
adrenalina é uma “energia; exci-
tação causada por uma ação que 
estimula, que aumenta a atividade 
do organismo”. 
Fonte: <https://bit.ly/3bqKh7m>. 
Acesso em: 02 set. 2020.
79
A COMuNICAçãO APLICADA AO AMBIENTE CORPORATIVO
mas ele tem de estar ali, disponível para ser consultado, se for 
necessário. Se você tem 30 minutos para a exposição, planejee 
distribua o tempo adequadamente. Cinco minutos a mais ou a 
menos não são um problema; porém, quinze a mais ou a menos, 
sim! Não ultrapasse o espaço das outras apresentações nem 
acelere o cronograma. Para evitar esses imprevistos, ensaie a 
sua apresentação em voz alta, cronometre o tempo e veja se está 
dentro do limite.
CONCLUINDO
Do mesmo modo como funciona ao escrever um texto, 
a conclusão deve estar amparada nos dados pesquisados e 
apresentados. Se você, na conclusão, apresentar novos dados, 
será preciso fazer uma nova análise.
PERGUNTAS
No início da apresentação, defina as “regras do jogo”. 
Informe que, ao fim da exposição, haverá espaço para perguntas 
ou que o público poderá fazê-las ao longo da sua fala – é uma 
opção mais arriscada, pois a tendência é você perder o controle 
do debate, o assunto avançar e você “perder o fio da meada”.
80
COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO
Se surgir alguma questão que você não consegue 
responder, agradeça a colaboração e seja sincero. Diga: 
“Interessante isso! Não havia pensado nessa abordagem. 
Vou considerar esse aspecto na próxima etapa do trabalho. 
Obrigado(a) pela observação!”.
VESTUÁRIO
Durante uma apresentação, você já está em evidência. Por 
isso, não queira parecer diferente do que você é habitualmente. 
Vista-se de modo sóbrio, use camisa e não camiseta (mas, se 
usar, evite estampas ou tecidos muito chamativos).
Atenção: não se apresenta um trabalho vestindo bermuda 
ou minissaia. Não desvie a atenção da plateia. Não deixe que 
a roupa atrapalhe você ou a avaliação do seu trabalho, sinta-
se confortável e seja discreto nesse aspecto. Também não use 
chapéu ou boné e não exagere no perfume!
PARA FINALIZAR
Não se esqueça de agradecer a presença e atenção de 
todos. Mencione as pessoas que auxiliaram na realização do 
81
A COMuNICAçãO APLICADA AO AMBIENTE CORPORATIVO
trabalho. Reconhecer a dedicação dos outros demonstra a 
sua gentileza e cordialidade. A exposição pública é sempre 
difícil, seja esta direta – por meio da apresentação de um 
trabalho em que, mesmo o autor tendo segurança e ampla 
intimidade com o assunto, sempre estará sujeito a variáveis 
não controladas, isto é, por meio da escrita, na publicação de 
um livro, de um texto – seja em um ambiente organizacional, 
de uma comunicação interna.
Perissé (2003) argumenta que, embora não conheça seu 
público, um autor de qualquer texto está em ampla exposição, e 
isso não ocorre somente pelo fato de possivelmente seus escritos 
ou fala não serem integralmente compreendidos, mas porque 
o processo de comunicação é naturalmente complexo. Desse 
modo, a escrita ou fala, enfim, uma mensagem, precisa ter como 
objetivo ser compreendida em seu contexto.
Por seu lado, Hunter (2004) considera que no ambiente 
organizacional as ações somente fazem sentido se tiverem 
conexão com a cultura da empresa, e esta, por sua vez, 
é expressa em normas, regras, refletindo-se sobre os 
comportamentos das pessoas em todo seu processo de 
comunicação. Fora de seu contexto, uma mensagem perde 
seu sentido, comprometendo o processo de comunicação; 
logo, até uma apresentação simples requer alguns cuidados, 
82
COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO
para que o processo de comunicação não seja prejudicado 
e, o mais importante, para que a imagem da pessoa ou da 
empresa não sofra danos.
HABILIDADES COMUNICACIONAIS
Terciotti e Macarenco (2013, p. 108) destacam alguns requisitos 
necessários a um palestrante. De acordo com as autoras, “planejar 
e preparar uma apresentação não é tão simples como parece”. 
Então, além do que frisamos no tópico anterior, um palestrante 
deve demonstrar os seguintes requisitos ou habilidades:
• Competência: conhecimento aprofundado 
do assunto e habilidade para repassar 
essas informações aos ouvintes;
• Dinamismo: estilo dinâmico, pois algumas 
apresentações podem ser muito competentes em 
vários aspectos, mas muito monótonas (cansativas);
• Coordenação: domínio da sequência do tema, 
do manuseio do material visual e do tempo 
de que dispõe para realizar a apresentação;
83
A COMuNICAçãO APLICADA AO AMBIENTE CORPORATIVO
• Entusiasmo: capacidade de 
salientar a importância do 
assunto para a sua plateia 
de forma entusiástica;
• Clareza: tanto o discurso quanto 
o material visual devem ser 
apresentados de forma clara e 
compreensível. Vale ressaltar 
que, se o comunicador não 
tiver definido para si próprio 
o que quer comunicar ao 
público, não conseguirá se fazer 
claro para os outros. Ideias 
claras transformam-se em 
mensagens compreensíveis.
Ainda na visão de Terciotti e 
Macarenco (2013, p. 109), o apresentador 
também deve considerar o perfil de seu 
público-alvo. Dentre os aspectos que 
podem comprometer a eficácia de uma 
apresentação, as autoras mencionam:
O apresentador 
deve sempre 
considerar o 
perfil de seu 
público-alvo.
84
COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO
• dificuldade de concentração da plateia;
• falta de conhecimento técnico do 
assunto apresentado;
• falta de interesse pelo assunto;
• frustração de expectativas;
• número de pessoas.
FASES DE UMA APRESENTAÇÃO
Mas voltando um passo em nosso assunto, toda 
apresentação tem, segundo Terciotti e Macarenco (2013), três 
fases distintas: preparação, escolha de recursos e transmissão 
ou exposição oral. Embora já tenhamos exposto alguns desses 
aspectos, vejamos como as autoras desenvolvem o assunto.
PREPARAÇÃO
É constituída por diversas etapas. Além disso, é essa fase 
que determinará ou não o sucesso de uma apresentação – daí 
a necessidade de planejá-la e executá-la com muito cuidado. 
Segundo Terciotti e Macarenco (2013), a preparação inclui:
85
A COMuNICAçãO APLICADA AO AMBIENTE CORPORATIVO
• Definição clara do assunto: defina o conteúdo a ser 
exposto de maneira precisa, relacionando, muito 
bem, os pontos-chave. Isso implica pensar qual o 
público-alvo, pois quanto melhor você definir o 
recorte, mais fácil será a confecção do trabalho;
• Intenção da apresentação: saiba definir bem 
os objetivos a serem alcançados. Eles incluem: 
informar, emocionar (ter um apelo menos 
racional e mais emotivo) e vender ideias 
(como a mudança pode gerar benefícios);
• Análise da audiência: conheça o público-
alvo e seu perfil comportamental, 
adequando a linguagem e a mensagem;
• Esboço da apresentação (roteiro): não confie 
na memória. Estruturar a apresentação com 
começo, meio e fim. No início, falar das etapas 
que constituem o trabalho; no meio, nada de 
usar chavões ou frases feitas. Relacione ideias de 
forma sutil e inteligente e no fim precisa resumir 
e concluir a partir dos dados apresentados;
86
COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO
• Definição do conteúdo a ser exposto: precisão 
e profundidade são as qualidades às quais se 
deve apegar. Terá de relacionar bem os assuntos 
tratados, de modo que um conduza a outro;
• Antecipação das perguntas e dúvidas: busque 
esclarecer os termos técnicos que surgirem e que 
forem essenciais à compreensão do trabalho;
• Planejamento adequado ao tempo: planeje cada 
parte e quanto tempo durará a sua exposição. Isso 
ajuda a sentir-se seguro. Treinar, treinar e treinar;
• Estado de atenção da plateia: atentar ao 
interesse da plateia. O interesse do público 
depende da escolha certa do assunto e de 
uma abordagem inteligente e instigante. Além 
de clareza e objetividade, a comunicação 
deve ser atraente e convincente;
• Planejamento dos recursos instrucionais: 
definir o material de apoio, utilizando, 
de modo eficiente, o maior número 
possível de recursos audiovisuais;
87
A COMuNICAçãO APLICADA AO AMBIENTE CORPORATIVO
• Memorização: memorizar apenas os quadros 
sinópticos ou os esquemas fundamentais;
• Interrupções convenientes: planejar interrupções 
que rompam uma possível monotonia e 
evitem que os participantes da apresentação 
fiquem por muito tempo imóveis. Caso, por 
exemplo, a apresentação dure três horas, deve-
se dividi-la em duas partes, de modo que a 
primeira seja maior que a segunda, evitando 
a sensação incômoda de “ainda faltatanto” 
– que passa para “poderia durar mais”.
ESCOLHA DE RECURSOS
Trata-se da segunda fase da apresentação. Aqui se 
escolhem os meios pelos quais você transmitirá o conteúdo 
para o público. Podem ser utilizados equipamentos de 
imagem, vídeo, áudio etc., incluindo-se aqui o microfone. 
Outro aspecto relevante é o material a ser distribuído, que 
deve ser cativante, com um resumo do que foi apresentado. 
Deve ser entregue no final, de modo a não atrapalhar o 
elemento surpresa do trabalho e favorecer o marketing pessoal 
do palestrante.
88
COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO
TRANSMISSÃO OU EXPOSIÇÃO ORAL
Momento em que o trabalho 
desenvolvido será exposto e apreciado. 
Aqui, entram em questão a postura e 
a expressão corporal do apresentador, 
pois quando nos comunicamos todo o 
nosso corpo fala. Em suma, deve-se:
• Adotar uma postura 
descontraída, nem tensa nem 
displicente: descontração 
demonstra confiança e gera 
interesse na plateia. Deve-se 
atentar para a posição das mãos, 
dos braços, dos pés – tudo 
precisa estar em equilíbrio;
• Movimentar-se/andar: 
aproximar-se da plateia 
causa uma empatia positiva. 
Deve-se cuidar para não 
dar as costas à audiência;
• Utilizar gesticulação 
adequada: manter a 
Quando nos comunicamos 
todo o nosso corpo fala.
Fonte: Shutterstock (https://shutr.bz/3buojAl)
89
A COMuNICAçãO APLICADA AO AMBIENTE CORPORATIVO
naturalidade. Manter gestos que sejam harmônicos 
com as palavras. Não falar com as mãos nos 
bolsos, com os braços cruzados, apoiar-se na mesa, 
balançar o corpo ou incliná-lo. Os gestos devem 
ser expressivos, mas não exagerados. Convencer 
implica certa dramaticidade, assim o apresentador 
pode se comportar como se fosse um ator;
• Ter cuidado com o olhar: não fixar o olhar 
em um ponto único, ou apenas em um 
participante. A posição do corpo e dos olhos 
não deve apresentar humildade excessiva, 
tampouco arrogância. Deve-se ponderar;
• Dar exemplos, ilustrar: relacionar o assunto 
com casos práticos ou situações reais.
O QUE EVITAR?
Tão importante quanto o que saber fazer, é saber o que não 
fazer. Estes são, segundo Terciotti e Macarenco (2013), os seis 
pecados de uma apresentação:
• pedir desculpas à audiência;
90
COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO
• contar piadas;
• fazer perguntas aos ouvintes no início;
• opinar sobre um assunto polêmico;
• utilizar chavões, frases feitas ou vulgares;
• repetir excessivamente vícios de linguagem.
Finalizamos esta unidade destacando que fizemos um bom 
resumo das habilidades comunicacionais. Se você levar essas 
indicações à risca, certamente apresentará o seu trabalho de 
forma eficaz. Boa sorte!
NA PRÁTICA
No livro O Português do dia a dia consta uma série de depoimentos a 
respeito da atividade de seu autor, o professor Sérgio Duarte Nogueira da 
Silva. Em um desses depoimentos, Gustavo Brigadão, advogado, observa:
na advocacia, em regra, dois profissionais se confrontam com um único 
objetivo de demonstrar a um terceiro, o juiz, que o trabalho do outro é um 
completo equívoco. Nessa batalha, vence aquele que tiver maior poder 
de convencimento e, portanto, maior clareza na exposição de suas ideias, 
qualidades essas que pressupõem o bom domínio das regras e princípios que 
norteiam a boa redação, principalmente em decorrência do fato de que as 
manifestações do advogado no processo se dão, em sua esmagadora maioria, 
na forma escrita (SILVA, 2009, p. 11)
91
A COMuNICAçãO APLICADA AO AMBIENTE CORPORATIVO
Perceba, portanto, que estudar e desenvolver a comunicação interpessoal 
não é uma exigência que se faz apenas a você, que está buscando 
espaço no mercado de trabalho ou buscando maiores conhecimentos. 
As pessoas que já estão com suas profissões definidas buscam aprimorar 
seu desempenho linguístico, de oratória e de escrita, de modo que os 
cuidados e fatores que caracterizam a boa apresentação valem para 
qualquer profissional. Os tempos mudam, a tecnologia muda e a língua 
também. Portanto, reciclar-se é uma necessidade, assim como estar em 
dia com a tecnologia e com as técnicas de oratória e de expressão escrita.
RESUMO
Nesta unidade, tivemos a oportunidade de recapitular alguns 
assuntos relevantes para a comunicação aplicada ao ambiente 
corporativo. Vimos que:
• o processo de comunicação é composto por vários elementos: 
emissor, receptor, mensagem, canal, código e contexto;
• no processo comunicacional, a linguagem desenvolve 
diferentes performances ou funções: 
1. referencial (ou denotativa): destaca a informação;
2. emotiva (ou expressiva): centrada 
no emissor da mensagem;
92
COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO
3. conativa (ou apelativa): dedicada 
ao receptor da mensagem;
4. fática: centrada no canal de comunicação;
5. metalinguística: aparece nos dicionários, 
gramáticas, enciclopédias etc.;
6. poética: centrada nos jogos de linguagem.
• as funções da linguagem coabitam um mesmo texto, ou seja, é 
possível identificar mais de uma função em um mesmo texto;
• para uma apresentação ser eficaz, ela depende de 
fatores como pontualidade, preparo dos equipamentos 
necessários, mídias, reserva off-line, linguagem 
adequada, unidade de equipe, tranquilidade, 
cordialidade, vestuário adequado e treino;
• uma boa apresentação exige alguns requisitos: competência, 
dinamismo, coordenação, entusiasmo e clareza;
• a preparação é constituída de etapas e é a fase que 
determina o sucesso de uma apresentação;
93
A COMuNICAçãO APLICADA AO AMBIENTE CORPORATIVO
• a escolha de recursos é a segunda fase da 
apresentação; é onde são definidos os melhores 
meios de transmitir o conteúdo para o público;
• na hora da apresentação é preciso adotar uma postura 
de apresentador, ser descontraído, se movimentar e 
gesticular sem exageros, não fixar os olhos em apenas 
um ponto e sempre que possível dar bons exemplos;
• na apresentação, deve-se evitar: pedir desculpas à audiência, 
contar piadas, fazer perguntas aos ouvintes no início, opinar 
sobre um assunto polêmico, utilizar chavões, frases feitas 
ou vulgares e repetir excessivamente vícios de linguagem.
REFERÊNCIAS
ANDRADE, C. D. Ausência. 1989. Disponível em: <https://bit.
ly/2B7pfN6>. Acesso em: 14 jun. 2014.
HUNTER, J. C. O monge e o executivo. Rio de Janeiro: Sextante, 
2004.
MEDEIROS, J. B. Português instrumental. São Paulo: Atlas, 2005.
94
COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO
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