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1 Laura steffanello – Fisioterapia UFCSPA AD2025 Relativismo e Etnocentrismo Etnocentrismo é uma visão preconceituosa de mundo na qual a cultura, grupo étnico e nação do observador prevalece socialmente em relação as demais. No primeiro vídeo (Escolarizando o mundo) já conseguimos perceber o forte etnocentrismo, através da imagem da mulher branca flutuando sobre a aldeia indígena, visto que ela representa uma superioridade. Além disso, com o desenrolar do documentário também observamos o relativismo cultural, que consiste na concepção de que determinada cultura é considerada inválida, para retratar isso, o vídeo mostra diversas crianças indígenas retiradas de suas famílias para frequentarem internatos administrados pelo governo, onde os valores da sua cultura são apagados, como, por exemplo a compaixão. Ainda nesse contexto, o vídeo denota que diversas crianças e adolescentes que vão para a escola e, com o passar do tempo, não lembram mais os costumes básicos do seu grupo, como o artesanato e a plantação, pois os colégios têm como principal objetivo transformar os indígenas em “pessoas civilizadas”, introduzindo uma monocultura para gerarem resultados uniformes, acabarem com a diversidade e suprirem suas necessidades, como, por exemplo compor a sociedade de massa, ou seja, a base das corporações (falsa “educação para todos”). Entretanto, não são todos os adolescentes que atingem esse objetivo imposto, pois quando vão para o mercado “real”, no qual existe desigualdade, desemprego, preconceito, etc acontece uma forte quebra de expectativa e por não conseguirem empregos são taxados como fracassados. Os vídeos e textos do projeto 1 e 2 são focados, principalmente, em como os povos indígenas, como por exemplo, o povoado Manoki, aldeias indígenas do parque do Tumucumaque e Paru d´este, comunidade do maxakali, etc estão se reinventando e adquirindo, dentro da sua cultura, formas de lidar com a pandemia da Covid-19. O que mais me chamou atenção, em ambos os projetos, é a importância da cultura individual de cada grupo nessa luta, como a criação de uma espécie de barreira sanitária, para que outros povoados não levassem a doença para a sua aldeia, a utilização da natureza como fonte de esperança e resistência diante dessa doença até então desconhecida e a valorização do uso da medicação a base de folhas e raízes (já usados para o combate da malária em outros tempos), utilizando a natureza sempre com muito respeito, Ainda nesse sentido, o povo Manoki (entrevistado em um dos vídeos) acredita que a Covid-19 veio como vingança devido aos maus cuidados do homem em relação a terra, aos animais e a natureza num geral. Outro assunto que foi abordado em um dos textos e me gerou interesse é como está sendo a gravidez e parto nas diversas aldeias durante a pandemia. A pesquisa mostra que cada grupo apresenta suas peculiaridades e decide o melhor dentro do quadro, entretanto pode-se notar que, antes da pandemia, grande parte das gestantes optavam por utilizar os recursos médicos das cidades e agora, durante a pandemia, o atendimento hospitalar é recusado (pelo medo, pelas notícias de gestantes levadas a óbito, etc) e as mulheres passaram a parir seus bebês nas aldeias, com a ajuda de mulheres mitã jaryi (“parteiras”).
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