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INTRODUÇÃO A Aloe Vera, detentora do nome popular de Babosa, é utilizada para fins medicinais e cosméticos desde a Antiguidade, com os primeiros vestígios de uso encontrados na Mesopotâmia e Egito, onde era considerada a planta da imortalidade. É ainda uma das plantas medicinais mais utilizadas pela população brasileira, possuindo mais de 75 componentes com potencial ação farmacêutica. Trata-se de uma planta pertencente à família Xanthorrhoeaceae, podendo ser classificada por alguns autores como membro da família Liliaceae. É uma espécie de suculenta de origem africana de fácil adaptação a outros biomas- como o do Cerrado brasileiro- a qual possui uma substância mucilaginosa na região central de suas folhas, o denominado gel de Aloe vera. Ademais, outras características associadas a essa planta estão em ser uma planta perene, com folhas carnudas, cerosas, grossas, de cor verde, com formato de lança e levemente espinhosas. O nome dessa espécie advém da palavra arábica alloeh, que significa substância amarga e brilhante. As principais propriedades medicinais encontradas nessa espécie são: antimicrobiana, antioxidante, anti-inflamatória, antifúngica, cicatrizante, hidratante, imunomoduladora entre outras. Em conformidade com tantos atributos, um estudo fitoquímico e de atividade medicinal da Aloe vera se faz necessário. ATIVIDADE BIOLÓGICA A folha da Aloe vera pode se dividia em três partes principais, as quais são o látex, as cascas das folhas e o gel mucilaginoso, todas apresentando substâncias com possíveis utilidades farmacêuticas, sendo a composição feita por antraquinonas, vitaminas, minerais, carboidratos, enzimas, aminoácidos, lipídios e compostos orgânicos. O gel mucilaginoso, de aparência viscosa e incolor, é constituído principalmente de água, carboidratos complexos, ácidos e sais orgânicos, bem como enzimas, saponinas, polifenóis, vitaminas e diversos minerais. Nas folhas, minerais e constituintes potencialmente ativos estão presentes, por exemplo potássio, ferro, fosfato de cálcio, sódio, manganês, cromo, lignas, saponinas, ácido salicílico, entre outros. Tais compostos somente conseguem realizar os efeitos químicos desejados caso ocorra o sinergismo entre os diferentes elementos, ao passo que, caso as frações sejam separadas, o poder efetivo da planta não é alcançado. Abaixo detém-se uma tabela descritiva acerca dos componentes presente na Aloe vera, cada um possibilitando utilizações diferentes. Uma das características químicas mais marcantes dessa planta é a presença de constituintes fenólicos pertencentes a dois grupos: as cromonas, como a aloensina, e as antraquinonas, como a barbaloína, isobarbaloína e a aloemodina. As antraquinonas mostram efeitos antivirais para algumas infecções, como herpes tipo 1 e 2, varicela e influenza. Outro efeito medicinal que a Aloe vera detém é acerca do uso tópico de seu gel, o qual estimula a atividade de fibroblastos e a proliferação de colágeno, favorecendo a cicatrização. Essa propriedade é bastante utilizada para a regeneração da pele em casos de queimaduras, e ainda reduz o edema e a dor. Além disso, estudos indicam que a composição de alguns polissacarídeos presentes possui propriedades imunomoduladoras. A Aloe vera também possui atividade gastro-protetora, estimulando pepsina e secreções mucosas, ao passo que inibe a produção de ácido gástrico. Portanto, é possível ingeri-la em casos de doenças gastrointestinais como a úlcera gástrica, gastrite, Síndrome do intestino irritado, dentre outras. A aplicação do Aloe vera se estende ainda na diminuição dos níveis de glicose sanguínea, do tamanho dos adipócitos e dos níveis de colesterol LDL (Lipoproteína de baixa densidade). A partir de um estudo mostrou-se, então, que o gel poderia ser usado no tratamento de diabetes Mellitus tipo II. Por último, se destaca sua ação anti-oxidante, resultado de propriedades encontradas em polissacarídeos. PRESENÇA NO MEMENTO FITOTERÁPICO O Memento Fitoterápico, documento publicado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) que objetiva orientar a prescrição de fitoterápicos no Brasil, inclui a Aloe vera como planta medicinal passível de uso terapêutico. Com nome popular de babosa, a planta apresenta-se no documento como fitoterápico isento de prescrição médica. A parte utilizada é, majoritariamente, o gel mucilaginoso, sendo a indicação terapêutica adotada em queimaduras de primeiro e segundo graus, como cicatrizante. É contraindicado em pacientes com hipersensibilidade a algum de seus componentes e em casos de alergias conhecidas de plantas da mesma família. Suas formas farmacêuticas são de gel hidrofílico e pomada, possuindo ainda nome comercial de Solarcaine e Probeks. RESULTADOS FINAIS A combinação dos diversos metabólitos secundários presente na Aloe vera acarreta na existência de numerosas atividades biológicas as quais essa planta consegue executar, sendo eficaz no tratamento de diversos tipos diferentes de enfermidades. Outrossim, além dos usos medicinais, a babosa vem ganhando cada vez mais espaço nas atividades cosméticas. Deve-se destacar, portanto, a importância da realização de mais estudos que auxiliaram na possível extração de metabólitos para composição de mais medicamentos e entendimento mais aprofundado de suas propriedades, assegurando, ainda, eficácia e segurança para a população que utiliza essa planta. MAPA MENTAL REFERÊNCIAS • DOMINGUEZ-FERNANDEZ, R. N. et al. El gel de Aloe vera: estructura, composición química, procesamiento, actividad biológica y impotancia en la industria farmaéutica y alimentaria . Rev. Mex. 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