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Anatomia e fisiologia do olho 
Clinica de pequenos 
Anatomia: 
Camadas teciduais do olho: 
• Bulbo ocular: formado por 3 túnicas, que são so-
brepostas uma sobre a outra: 
- Túnica fibrosa: mais externa, possível ser visuali-
zada durante o exame clinico. Esclera e córnea 
- Úvea = túnica vascular, é a camada intermediária 
- Nervosa: camada mais interna, composta pela 
retina e nervo óptico 
Esclera: 
• É parte branca do olho 
• Possui fibras desorganizadas 
• É hidratada 
• Protege as estruturas mais internas 
• Membrana fibrosa recoberta pela conjuntiva bul-
bar 
Córnea: 
• Conjunto posterior do olho: está situado em toda 
a frente do globo, através do qual se vê a íris e a 
pupila 
• Transparente pois tem uma organização das fi-
bras colágenas 
• É desidratada 
• Funções: formado por tecido conjuntivo, garan-
tindo o formato do olho - arredondado ; protege 
as estruturas intraoculares ; ajuda na refração da 
imagem 
• Recobre o olho em 360º 
• Possui 5 camadas: 
- 1ª Camada: filme lacrimal - aderida na superficie 
dela 
- 2ª Camada: camada epitelial + membrana basal 
- 3ª Camada: estroma 90% da cornea - tecido con-
juntivo 
- 4ª Camada: membra de descemet 
- 5ª Camada: endotélio 
Úvea: 
• Formada pela íris, corpo ciliar e coróide 
• Anterior 
• Formada pela íris (parte anterior da úvea) 
- Remete a coloração do olho , presente na parte 
anterior (no meio da íris tem uma abertura - ori-
fício pupilar) 
- Controlam a abertura e fechamento da pupila = a 
abertura varia em função inversa à luminosidade 
do ambiente. Quanto menos luz, mais dilata a 
pupila fica. 
• Formada pelo corpo ciliar - parte posterior à íris 
- Formado por músculo liso 
- Responsável pela formação do humor aquoso, a 
qual ocorre diariamente 
- Mantém a pressão ocular adequada 
• Formada pelo Coróide 
- Camada média do olho, fica localiza entre a es-
clera e a retina 
- É uma membrana fina e vascularizada 
- Responsável pela nutrição do olho, nutrindo a 
esclera, retina 
Câmara posterior: entre o corpo ciliar e a íris 
Câmara anterior Entre a córnea e íris 
• Humor aquoso (produzido pelo corpo ciliar) pre-
enche a câmara posterior, a medida que o dia vai 
passando esse liquido passa pela abertura pupi-
lar e preenche a câmara anterior e dentro da câ-
mara anterior ele vai exercer uma pressão (vari-
ando entre 8 a 20 mmhg) 
• Esse líquido precisa ser drenado para manter o 
equilíbrio —— drenagem - como ocorre: entre a 
córnea e a esclera e a íris = ângulo iridocorneano 
- local onde ocorre a drenagem no humor aquo-
so — depois cai na circulação 
Cristalino: lente transparente 
• Fica atrás da íris 
• Do corpo ciliar parte estruturas chamadas zonu-
las de sustentação (ligamentos) as quais ajudam 
a sustentar a lente/ cristalino 
• Função: ajuda na refração da imagem 
Acomodação: mudança no formato da lente para 
conseguir focar em um objeto de longe ou de per-
to 
Quando corpo ciliar relaxa/ contrai: ajuda na aco-
modação da lente —- pode ficar mais achatada ou 
mais arredondada e isso que faz a visão de perto 
ou longe 
Contração: zonulas ficam mais curtos, esticam, len-
tes com formado mais elíptico/plano ; 
Quando CC relaxa: zonulas ficam mais folgadas e 
lentes mais arredondadas ; adaptava para a visão 
de perto 
Essa acomodação ocorre com mais frequência nos 
humanos, nos animais essa acomodação é pequena 
Os animais não enxergam direito detalhes 
Retina 
• Camada mais interna 
• Corresponde a um fino tecido nervoso visto que 
transmite as informações para o cérebro através 
do nervo óptico 
• Traduz as informações para o cérebro 
• As células da retina sensíveis à luz são conheci-
das como cones e bastonetes. 
• Luz deve chegar na parte central da retina de 
maneira organizada, quem garante isso: córnea, 
lente e humor aquoso 
• Fototradução - traduz ondas eletromagnéticas 
em energias químicas e depois em impulsos —> 
Sistema nervoso só entende a informação que 
chega em forma de impulso elétrico —-> Infor-
mação sai pelo nervo óptico e vai pelo nervo oc-
cipital do cérebro 
Câmara vitrea: 
• Espaço entre a retina e a lente ; 
• Composto por um líquido transparente chamado 
vítreo/ humor vítreo = função de fazer pressão 
contra a retina, garantido que ela fique em sua 
posição ideal; 
• Ajuda na refração da imagem ; 
• Possui aspecto de gel, conteúdo 99% de água e 
não tem capacidade de regeneração 
 
No exame físico: consigo ver íris, esclera, pupila. 
• Olho fica localizado na orbita óssea - pode ser 
incompleta ou completa, depende da espécie do 
animal 
• Completa: cão, gato 
• A posição da órbita dos predadores: olhos cen-
trais - binocular - visão com maior profundidade 
• E nos animais que são presas: visão mais perifé-
rica = monocular, como os equinos 
Espaço retrobulbar: espaço atrás do olho na órbita, 
nesse lugar tem o nervo óptico e os músculos ex-
traoculares responsáveis pela sua movimentação 
• Músculos retos: dorsal, ventral, medial e lateral 
(quando olha pra baixo, o ventral se contrai) 
• Músculo obliquo: dorsal e ventral - fazem a rota-
ção dos olhos 
Lágrima: 
• Lubrifica a superfície corneana 
• Possui 3 camadas: 
- 1ª Camada: chamada de camada mucóide: garan-
te a adesão da lágrima na córnea 
- 2ª Camada: parte aquosa —> mais desenvolvida 
pois é a responsável pela lubrificação da córnea 
- 3ª Camada: parte lipídica —> impede a evapora-
ção da lágrima 
**Deficiência quantitativa: deficiência na camada 
aquosa - olho seco 
**Deficiência na lipídica ou na mucóide: problema 
na qualidade da lágrima 
**Shitszu: lágrima evapora mais rápido que o nor-
mal - deficiência na qualidade da lágrima 
Parte lipídica: 
- Glândulas microscópicas - glândulas de tarsais 
ou meibômio 
- Inflamação da pálpebra: inflamação das glându-
las - animal não produz lagrima, resultando em 
olho seco 
Mucóide: 
- Conjuntiva palpebral - células caliciformes que 
produzem a parte mucóide da lagrima 
- Animal com conjuntivite - olho seco - pois ocorre 
a inflamação dessas células - qualidade da lágri-
ma ruim 
Parte aquosa: 
- Terceira pálpebra 
- Glândula da terceira pálpebra produz 40% da 
parte aquosa da lágrima 
- Glândula lacrimal: fica na órbita que produz o 
restante da parte aquosa - 60% 
A visão: 
Shitszu, tem os olhos saltados = órbita rasa, não 
abrigando o olho direito ; quando olho sai pra 
fora, pode ter ruptura dos músculos e dos nervos 
• É uma visão adaptada para a visão noturna = vi-
são escotópica - são caçadores/ predadores 
• Enxergam colorido mas não todas as cores 
• Na retira dos animais, tem 2 tipos de foto recep-
tores = cones e bastonetes 
• Cones: responsáveis pela captação de imagem 
coloridas 
• Bastonete: responsáveis pela visão noturna, com 
baixa luminosidade 
Cores: 
• So enxergam alguns comprimentos de luz: per-
cebem tons alaranjados, amarelados, azulados e 
esverdeados 
• Os cones captam cores com umas frequências 
especificas 
• Visão dicromática colorida 
Exame clinico e procedimentos diagnósticos 
Anamnese: 
• Principais sintomas: 
- Olhos fechados/ parcialmente fechados 
- Dor 
- Lacrimejamento 
- Secreção ocular 
Exame clinico: 
• Inspeção: 
Avaliação da parte anterior do olho 
• Avaliação da visão 
- Feito pelo teste de ameaça com as mãos ; 
- Teste de obstaculo - coloca objetos na sala, o tu-
tor fica do lado oposto do animal e observa o 
comportamento dele ao caminho do tutor - fazer 
no claro e no escuro 
- Teste de movimento 
• Simetria: tendem a ter tamanho simétrico 
- Reflexo pupilar à luz: nao é teste de visão.Se a 
pupila não dilata nao quer dizer ele não tem vi-
são 
- Como: coloca a luz no olho e a pupila precisa di-
latar ; consensual: joga em um olho mas avalia a 
resposta do outro olho 
- Animais velhos: tem atrofia da musculatura da 
íris, pupila não dilata mais 
 Testes oftálmicos específicos 
• Teste lacrimal de schirmer : 
- Avaliação da produção de lágrimas em um minu-
to 
- Parteaquosa da lágrima: quantidade 
- Teste baixo: significa deficiência quantitativa 
- Normal: não exclui olhos secos 
Valores normais: 
Cão: > 15 mm/min 
10 - 15 : suspeito de olho seco 
Gato: 17 mm/min 
- Quando animal tem dor ocular: lacrimejamento - 
exame da um valor maior 
• Teste de fluoresceína 
- Investigação de lesão de córnea - ulceras 
- Em forma de colírio ou fitas (Stips - usado quan-
do pode ter uma contaminação no olho do ani-
mal) 
- Quando positivo: fica com aspecto verde — isso 
ocorre quando tenho uma falha do epitélio e tem 
a exposição do estroma 
- Quando não tem falha no epitélio, não tem expo-
sição do estroma, não fica verde 
- Fluoresceína só marca o estroma quando ele está 
exposto = perda total do epitélio 
- Para avaliação apenas do epitélio é usado outro 
tipo de corante 
- Para animais que estão com dor: colírio anestési-
co, mas só pode usar em exames pois ele é epite-
liotóxico 
• Tonometria 
- Medição da pressão ocular 
- Valor normal: 12 a 16 mmhg - mas depende do 
aparelho usado 
- Tonômetro: aplanação - Tono Pen® = mais utili-
zado na veterinária (valor de 8 a 16 mmhg) 
- Necessário anestesia tópica 
- Tonômetro de rebote: Tonovet ® - não precisa de 
colírio anestésico 
- Fazer em todos os animais 
- Pressão alta: glaucoma 
- Pressão baixa: inflamação intraocular grave - 
uveíte 
• Exame de olho com foco de luz e magnificação 
- Precisa de iluminação direta e indireta 
- No exame preciso dilatar a pupila pra poder ver a 
parte posterior do olho 
- Tropicamida 1% - espera 30 min para poder avali-
ar 
- Possível ver extensão do cristalino, câmera vítrea 
- Contraindicações: luxação de cristalino, se pres-
são to olho está alta 
• Oftalmoscopia direta e indireta: 
- Para avaliação da retina e da câmara vítrea 
- Imagem do fundo do olho - câmera do nervo óp-
tico, vênulas retinianas e tapetum (potencializa a 
visao noturna, possível ser visualizado quando 
coloca luz no animal no escuro, e ele fica bri-
lhando) 
Exames complementares: 
• Eletroretinografia 
- Avaliação do funcionamento dos cones e basto-
netes 
- Animal precisa ficar sedado 
- Precisa ser feito no escuro e claro 
- Valor de 500 a 600 reais 
• Ultrassonografia ocular 
- Animal acordado, com anestesia ocular 
- Avaliação de deslocamento de retina, processo 
inflamatória, se tem neoplasia, tamanho anormal 
dos olhos, assimetria 
- Valor de 300 reais

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