Buscar

Anatomia e Fisiologia Oftalmológica

Prévia do material em texto

- Pode ser compreendido por 3 camadas (túnicas): uma túnica externa 
(túnica fibrosa), túnica intermediária (túnica vascular) e túnica interna 
(túnica nervosa). Todas elas vão se continuar da porção posterior até a 
anterior do olho. 
o Túnica externa: esclera e córnea. 
o Túnica intermediária: úvea. 
o Túnica interna: retina. 
 
- Além disso, o olho também possui 3 compartimentos: segmento ocular 
anterior, o posterior, e o que separa eles é o diafragma 
eritropsadiniano. Então, eles têm uma comunicação, mas o processo que é 
limitado a um compartimento não costuma passar para o outro 
compartimento, a não ser que seja muito grave. 
- No seguimento ocular anterior, antes do cristalino, há a câmara anterior e 
a câmara posterior, que fica entre o cristalino e a córnea. Após o cristalino 
está a cavidade vítrea. 
 
 
Giovanna Lopes 
Na imagem observam-se as duas câmaras: a câmara anterior (entre a córnea 
e a íris), e o pequeno espaço abaixo da íris, entre a íris e o cristalino, seria a 
câmara posterior. 
 
- Compreende, de anterior para posterior: córnea, câmara anterior, 
pupila, íris, cristalino e, então, entra no espaço vítreo (já faz parte do 
seguimento posterior). 
- Essas informações são importantes em termos de hemostasia ocular e 
abordagem cirúrgica. 
- O trabeculado é responsável pela drenagem do humor aquoso, muito 
envolvido nos casos de glaucoma. 
- A via de acesso cirúrgico da câmara anterior é através do limbo (transição 
entre a córnea e a esclera). 
- A câmara posterior já fica atrás da íris e possui alguns ligamentos que 
seguram o cristalino na sua posição. 
A faixa vermelha é a vascularização da câmara anterior. 
 
- Diâmetro vertical de 10.5mm e horizontal de 11.5mm. 
- A zona óptica da córnea é central, com 4mm. Ela tem que estar boa para a 
pessoa poder enxergar bem e a luz poder penetrar, passar pelo cristalino e 
chegar na retina. 
- O Limbo é transição da córnea para a esclera (é uma via de acesso 
cirúrgico). 
- A córnea vai aumentando com o tempo, até a vida adulta. O conhecimento 
do seu diâmetro é importante para determinar algumas patologias. A parte 
mais importante da córnea é a parte central, por onde os raios penetram e 
são projetados na retina. Pela parte periférica entram alguns raios, mas 
pelo tamanho da pupila, o que entra é filtrado. Então, em uma lesão 
localizada fora da zona central de 4 mm o paciente pode enxergar 
100%. Por outro lado, uma lesão dentro da zona central, mesmo sendo 
pequena, já traz prejuízos a visão do paciente. 
- A córnea se continua na túnica fibrosa com a esclera por meio do limbo. O 
limbo é importante pois é a área de acesso para a maioria das cirurgias do 
seguimento ocular anterior. 
 
 
 
É importante saber a medida do tamanho da córnea. Na imagem acima, é 
preciso avaliar se é o olho que está muito pequeno (hipotrófico) ou o outro 
olho está maior do que o normal. É preciso fazer a medida para avaliar o 
caso. Nesse caso, o paciente apresenta uma buftalmia de olho direito 
(hidroftalmia -> distensão do globo ocular). 
 
 
Acima temos a imagem de transplante de córnea: observa-se a importância 
da parte central transparente. A parte periférica pode estar opaca, cheia 
de pontos, mas sem comprometimento da visão do paciente, pois a parte 
central está preservada. 
- Camadas: 
o Camada Epitelial -> camada mais externa, composta por epitélio 
estratificado. 
o Camada de Bowman. 
o Estroma -> camada fibrosa, permite que a córnea seja transparente. 
o Membrana de Descemet. 
o Camada Endotelial -> composta por células únicas que não se 
regeneram, uma espécie de mesênquima, tem a função de manter a 
córnea desidratada, para possibilitar que ela seja transparente. É a 
camada mais interna e tem importância na hemostasia da córnea. 
É um tecido conjuntivo transparente e, para isso, é necessário que haja uma 
organização das fibras de uma maneira que a luz entre. O endotélio tem um 
mecanismo ativo de deixar o estroma desidratado. Com o passar dos anos, 
vamos perdendo essas células da córnea. A catarata faz essas células 
morrerem e perderem a possibilidade dessa desidratação fisiológica -> a 
visão fica embaçada e o olho branco e opaco (a desidratação é que permite a 
córnea ser transparente). Caso o paciente tenha uma inflamação grave ou 
algum processo traumático, ele também já vai perdendo as células 
endoteliais. 
 
- Função: 
o Proteção -> O tecido fibroso elástico tem bastante colágeno. 
o Refração (Transparência Corneana) -> Só é possível por conta da 
curvatura da córnea, sua transparência, e das propriedades que o 
endotélio proporciona. A curvatura da córnea é em torno de 45 
dioptrias (é isso que dá o foco da imagem que nós vemos na retina). O 
restante do olho complementa essa dioptria, mas o principal poder 
dióptrico do olho vem da córnea e sua curvatura e sua relação com a 
lágrima e com o ar. Pensa-se na lente do olho como sendo o cristalino, 
mas na verdade a córnea é a principal responsável pela refração do 
olho. Se o indivíduo possui uma córnea plana, ele tem mais de 40 graus 
de miopia; se o afetado for o cristalino, a pessoa tem de 10 a 14 graus 
de correção necessária. 
 
- É a continuação posterior da túnica fibrosa da córnea. 
- A esclera tem a composição semelhante à da córnea, em termos de 
estrutura. 
- A diferença é que ela tem o objetivo contrário. Ao invés de ser 
transparente, como a córnea, ela é branca (opaca), para possibilitar que a 
imagem que vemos seja a que vem da frente e não as imagens ao redor. 
- Ela tem tecido colágeno, mas em uma disposição que impossibilita a luz de 
entrar. 
 
- É a transição entre córnea e esclera. 
- É a via de acesso cirúrgico em segmentos oculares anteriores (catarata, 
glaucoma...). É bom por não alterar o eixo da via visual. Por ser uma região 
longe da área central pode-se suturar, cortar, sem atrapalhar o resultado 
final da acuidade visual do paciente. 
 
- Entrando na camada vascular, tem-se o trato uveal. Da mesma maneira que 
acolhe a túnica fibrosa, ele vai da parte anterior até a parte posterior, 
modificando a sua forma. 
- Anteriormente. apresenta-se como íris, depois como corpo ciliar e, mais 
posteriormente (no seguimento ocular posterior), tem-se a coroide. 
- É importante na hemostasia do olho. 
- Tem um papel na defesa imunológica com apresentação de antígenos. 
- Produz o humor aquoso. 
- É o local de inserção das fibras oculares do cristalino (participa da 
acomodação). 
 
- Possui um diâmetro de 10mm e uma espessura de 4mm. 
- Possui uma curvatura de 20 dioptrias (20 D) de poder de refração. É como 
se fosse a lente do olho. 
- É no cristalino que se mexe quando se faz uma cirurgia de catarata. O 
cirurgião retira as 20 D, se faz um cálculo no computador para saber qual a 
dioptria que o paciente precisa ter para ficar com uma refração normal. Se 
for pro paciente ficar sem usar óculos, é necessário colocar uma lente de 23 
D, por exemplo. 
- Função: 
o Refração da luz -> O seu poder refrativo é de aproximadamente 20 
dioptrias, enquanto o da córnea é em torno de 45 dioptrias. Logo, 
observa-se que apesar de o cristalino ser conhecido como lente, a 
mais importante, levando em conta o poder refrativo, é a córnea. 
o Acomodação -> Essa característica permite que se enxergue bem 
tanto de longe quanto de perto. É o foco de diferentes distâncias. O 
cristalino muda sua forma e muda o poder dióptrico, deslocando o 
foco da retina. Essa propriedade é perdida ao longo da vida (processo 
de envelhecimento do cristalino -> ele fica dentro de uma cápsula, 
suas células são constantemente produzidas e são degradadas lá 
mesmo), então um indivíduo de 40 anos já não tem a mesma 
capacidade de enxergar de perto e precisa do auxílio de óculos pelo 
menos para a leitura. Nesses casos, o cristalino vai ficando mais 
rígido (não consegue mudar sua forma), vai ficando esclerosado e 
amarelado, vai aumentando de tamanho continuamente... A catarata é 
quando acontece todo esse processojuntamente com a perda da 
transparência (a pessoa deixa de enxergar porque a luz não consegue 
passar pelo cristalino). Essa acomodação é possível por causa da 
contração do músculo ciliar que muda a curva do cristalino e faz com 
que os raios em vez de serem refratados mais posteriormente, sejam 
refratados mais anteriormente; assim, é possível mudar o foco do 
olho. 
- Acomodação para perto -> contração do músculo ciliar: coroide e corpo 
ciliar para frente e para dentro = diminuição da tensão da zônula. 
- Alterações com a idade: 
 Crescimento contínuo, sem perda de células. 
 Porção central menos flexível e mais compacta. 
 Cápsula mais espessa. 
 Núcleo mais esclerosado e amarelado = aumento do índice de 
refração. 
- O cristalino é composto por várias lamelas que vão se depositando com o 
tempo, e além disso possui uma cápsula, a qual faz o suporte do mesmo. A 
deposição de lamelas com o tempo é o que pode levar às alterações 
decorrentes da idade. Esse crescimento contínuo, dependendo da 
característica olho da pessoa, pode levar a algumas complicações. Se há um 
espaço fechado e o cristalino continua crescendo, com o tempo isso pode 
atrapalhar o fluxo de líquido dentro do olho e levar a situação de glaucoma, 
por exemplo. 
- Além disso, o cristalino se torna mais rígido, o que também dificulta a 
acomodação e atrapalha o fluxo do humor aquoso dentro do olho. 
- No início da vida, o cristalino é bem transparente. À medida que vão 
passando os anos, a sua coloração vai mudando, ficando mais amarelado. 
Dependendo da pessoa e dos fatores de risco envolvidos, esse processo 
pode findar na catarata, que impossibilita a refração. Antes disso, o índice 
de refração pode aumentar, fenômeno conhecido como “segunda visão”. 
Nesses casos, uma pessoa de 60 anos que começou a enxergar bem de perto 
novamente; o que aconteceu foi que a pessoa desenvolveu uma catarata que 
aumentou índice de refração, permitindo que o indivíduo enxergue bem de 
perto de novo (para longe não). 
 
- Túnica mais interna -> Túnica Neural/Nervosa. 
- Mais posterior. 
- Pela sua origem embriológica, a retina pode ser classificada em 2 camadas 
principais: retina neurossensorial (retina nervosa propriamente dita) e 
epitélio pigmentado da retina (que são justapostos na formação do folheto 
embrionário do olho). 
- Não existe espaço entre as camadas da retina em pessoas saudáveis, 
apenas se for alguma patologia. 
- Isso tem importância porque, no descolamento de retina, a separação 
ocorre entre essas duas camadas, e não entre as outras camadas 
intermediárias da retina. 
A imagem da retina que se vê no exame de fundo de olho é um aspecto 
alaranjado/avermelhado, observa-se o nervo óptico, a parte central da 
mácula e os vasos da retina. Os vasos maiores e calibrosos são os vasos da 
coroide. A parte central é a mácula. Ela tem uma diferenciação que 
possibilita a visão “20/20” (é o que dá nossa visão 100%). Todas as áreas da 
retina enxergam, mas a partir do ponto central adiante, a resolução espacial 
aumenta. Por características particulares de diferenciação, a mácula é uma 
área que não tem vasos sanguíneos e nenhum outro tipo de células além do 
fotorreceptor. Um defeito na parte periférica não causa grandes 
complicações, podendo até passar desapercebido; por outro lado, um defeito 
na parte central pode complicar. 
A parte central é mais vascular e possui uma maior concentração de 
fotorreceptores (cones). Observa-se na imagem uma 
angiofluoresceinografia da mácula: os vasos sanguíneos vão até um limite, 
não chegam até a área central. Isso permite que a luz entre nessa região e 
estimule os fotorreceptores, originando os fenômenos químicos e elétricos 
que permitem a percepção visual. 
 
Na tomografia de coerência óptica observa-se que conforme se tem corpo 
celular e sinapse há uma refringência diferente. É possível ver todas as 
camadas: epitélio pigmentado; junção do seguimento interno e externo do 
fotorreceptor; membrana limitante externa; membrana nuclear externa, 
com os núcleos dos fotorreceptores; camada plexiforme externa, que é a 
junção dos fotorreceptores às células bipolares, que forma a nuclear 
interna; em outra sinapse forma-se a plexiforme interna; depois as células 
ganglionares e camada nervosa. Resumindo, fotorreceptores estão na parte 
inferior; a camada de células intermediárias é formada principalmente pelas 
células bipolares, mas também há células de sustentação e células que 
fazem a transmissão de sinal (como as células amácrinas e horizontais); e 
por fim as células ganglionares, cujos axônios irão levar a informação até o 
corpo geniculado lateral, no encéfalo. Cada sinapse forma uma camada 
plexiforme, e cada corpo celular forma uma camada nucleada. 
 
- Camadas da Retina: 
o Fotorreceptores. 
o Membrana limitante externa. 
o Nuclear externa. 
o Plexiforme externa. 
o Nuclear interna. 
o Plexiforme interna. 
o Células ganglionares. 
o Fibras nervosas. 
o Membrana limitante interna. 
 
 
Na imagem observam-se todas as camadas da retina, além das 2 principais. 
Na verdade, é a retina sensorial que vai possuir todas essas outras camadas. 
O que acontece é que 3 tipos de células (fotorreceptores, bipolares e 
ganglionares) vão se ligando umas às outras e formam as camadas da retina. 
A camada dos fotorreceptores é a mais externa, está mais próxima da 
esclera do olho, e a mais interna é a membrana limitante interna (mais 
próxima do vítreo). As células ganglionares se concentram todas no nervo 
óptico, que irá para o corpo geniculado lateral para processar a informação 
que será enviada ao córtex occipital. 
 
 
- Possuem 5 planos: 
o Pele -> Pouco espessa, cicatrização boa, sem TCS, elástica. 
o Músculo orbicular do olho -> Função de fechar as pálpebras, dividido 
em pré-tarsal, pré-septal e orbital, inervado pelo Nervo Facial. 
o Tecido areolar (tecido conjuntivo frouxo). 
o Tarso (placa mais fibrosa e espessa) -> Sustentação da pálpebra, é 
mais rígido. 
o Conjuntiva palpebral (lamelas anterior e posterior). 
 
- Reconhecer as lamelas é importante no reparo da pálpebra (alinhamento da 
linha cinzenta na hora de suturar um corte, por exemplo) e também na 
avaliação de algumas condições, como flacidez da pálpebra ou lesões 
cicatriciais, fazendo com que as lamelas assumam posições patológicas. 
 
 
- Margem Palpebral: 
 Linha cinzenta (divide a lamela anterior e a posterior). 
 Lamela Anterior: cílios, glândulas de Zeis e Moll (glândulas 
sudoríparas e sebáceas). 
 Lamela Posterior: orifícios das glândulas meibomianas, pontos 
lacrimais. 
Lâmpada de Fenda -> infravermelho visualizando as glândulas 
meibomianas 
- Com o passar do tempo, pacientes que possuem hordéolo de repetição pode 
acabar perdendo as glândulas meibomianas, causando olho seco de repetição 
(xerostomia), pois as glândulas são responsáveis pela lubrificação. 
- Fissura Palpebral (é o espaço entre as pálpebras superior e inferior): 
 Cantos medial (estrutura involuída -> perdeu sua função ao longo da 
evolução humana) e lateral. 
 Lago lacrimal, carúncula lacrimal e prega semilunar. 
 Epicanto (presente em recém-nascidos e asiáticos -> ponte nasal 
baixa). 
Pseudoestrabismo convergente -> parece estrabismo, mas é só a prega 
epicantal cobrindo a parte medial do olho. 
Não possuem mais função. 
- Septo Orbitário: 
o Delimita a porção pré-septal e o que vai estar dentro da órbita. 
o Fáscia da porção posterior do músculo orbicular. 
o Mistura-se com tendão do músculo elevador palpebral e tarsos 
superiores e inferiores. 
 
 
 
O septo orbitário define quando seremos mais agressivos na abordagem. A 
órbita com as setas se encontra com o nervo óptico esticado, com bainha 
evidente, bastante cavitação na região... Nesse caso, o paciente tem uma 
inflamação retrobulbar, sendo necessário internar e fazer antibióticos 
intravenosos. 
 
- Retratores Palpebrais: 
 Abertura das pálpebras. 
 Músculos estriados e lisos. 
 Complexo elevador dapálpebra superior e fáscia cápsulo-palpebral -> 
quando perdem sua função acabam gerando ptose palpebral. 
 Inferior: Músculo reto inferior + Músculo oblíquo inferior + Músculo 
tarsal inferior. 
 Inervação: Nervos simpáticos e Nervo Oculomotor. 
 
 
 
 
 
- Inervação Sensorial e Vascularização: 
 Inervação basicamente feita pelos ramos do Nervo Trigêmeo 
(lembrar disso em casos de processos inflamatórios que acometam o 
Nervo Trigêmeo, como a herpes). 
 Nervo Oftálmico -> nervo lacrimal, supraorbital, supratroclear, 
infratroclear e nasal externo. 
 Nervo Maxilar -> nervo infraorbital, nervo zigomáticofacial e 
zigomáticotemporal. 
 Artérias lacrimais e oftálmicas -> ramos palpebrais medial e lateral, 
arcada tarsal (tecido aerolar). 
 Veia oftálmica e vasos da fronte e têmporas. 
- Drenagem linfática: 
 Canto lateral e pálpebra superior: linfonodos parótidos e pré-
auriculares. 
 Canto medial e pálpebra inferior: linfonodos submandibulares. 
 Importante lembrar em casos de tumores nas pálpebras e 
metástases. Em alguns processos inflamatórios, como a conjuntivite, os 
linfonodos também são notórios. 
 
- Complexo Lacrimal: 
 Glândula lacrimal, glândulas lacrimais acessórias, pontos lacrimais, 
ampolas, canalículos, saco lacrimal e ducto nasolacrimal. 
 
 
A glândula lacrimal principal fica na fossa lacrimal do osso frontal, a lágrima 
fica na conjuntiva e depois é drenada pelos canalículos até chegar no canal 
lacrimal e abrir no meato inferior da cavidade nasal. 
A lágrima possui várias funções e, se ela não tiver boa, o paciente perde o 
poder dióptrico ideal da córnea. Se o paciente tem problema de lubrificação 
no olho, ele não enxerga direito, sendo importante para a refração também. 
As lágrimas proporcionam a nutrição da córnea e fazem o conforto ocular. 
Pessoas que estão sempre com a lágrima de qualidade ruim ou lágrima 
evaporando rápido (climas secos, muito tempo no ar-condicionado, telas), 
acaba perdendo células e tendo uma irritação ocular, com sensação de areia 
no olho, ardor e vermelhidão. 
 
- Componentes da lágrima: 
 Porção lipídica: Produzida pelas glândulas meibomianas, dá 
estabilidade para a lágrima não evaporar o tempo todo. 
 Porção aquosa: É a maior, produzida pela glândula lacrimal principal 
e acessórias, facilita a nutrição da córnea. 
 Camada de mucina: Produzida pelas células caliciformes da 
conjuntiva, possibilita que o conteúdo aquoso se ligue no epitélio da 
córnea (que é um epitélio hidrofóbico). 
As glândulas lacrimais acessórias ficam na conjuntiva. A lágrima vai pelos 
pontos lacrimais, depois pelas ampolas, depois pelos canalículos 
(principalmente o inferior por conta da gravidade), vai para o canalículo 
comum e aparece a primeira prega mucosa, depois cai no saco lacrimal e 
depois cai no canal lacrimo-nasal que se abre no meato inferior, onde 
encontramos a válvula de Hasner protegendo o meato (quando essa válvula 
não está aberta, a lágrima tenta descer e não consegue, fica acumulada no 
saco lacrimal, ocasionando um lacrimejamento excessivo no paciente). 
 
- Glândula lacrimal: 
 Porção orbital: Fossa lacrimal. 
 Porção palpebral: Ductos secretores lacrimais. 
 
- Glândulas acessórias (Krause e Wolfring): Conjuntiva palpebral. 
- Drenagem da Lágrima: 
 Pontos lacrimais superiores e inferiores. 
 Ampolas (2mm). 
 Canalículos superior e inferior (8mm). 
 Canalículo comum (90%) -> Válvula de Rosenmuller. 
 Saco lacrimal (10mm). 
 Ducto nasolacrimal (Válvula de Hasner -> meato inferior da cavidade 
nasal -> 12mm). 
 Mecanismo: Capilaridade, gravidade, ação de piscar, ação de 
bombear do músculo de Horner (fica em cima do saco lacrimal, quando 
se pisca ele abre e dá um vácuo no saco lacrimal, ajudando a lágrima a 
descer). Se o paciente tem uma pálpebra flácida, a lágrima não vai para 
o lugar certo e ocorrerá um lacrimejamento excessivo. 
 
 
- É um arcabouço ósseo que irá proteger toda a parte delicada do globo 
ocular. 
- Tem o aspecto de um cone truncado e é composta por 7 ossos. 
- Possui 4 paredes: 
o Teto: Frontal e asa menor do esfenoide. 
o Assoalho: Maxila, zigomático e o palatino (parte mais frágil e mais 
propensa a fraturas). 
o Parede lateral: Zigomático e asa maior do esfenoide. 
o Parede medial: Maxila, lacrimal, etmoide, esfenoide. 
A órbita possui relações íntimas com os seios da face. 
 
- Conteúdos da Órbita - Orifícios: 
 Canal Óptico: Nervo Óptico, artéria oftálmica e plexo simpático. 
 Fissura Orbital Superior: Nervos lacrimais, frontal e troclear, veia 
oftálmica superior, nervos oculomotor, abducente e nasociliar -> nervos 
que cuidam da motilidade ocular. 
 Fissura Orbital Inferior: Nervos maxilar (infraorbital), zigomático, 
ramos do gânglio ptérigo-palatino, veia oftálmica inferior. 
 Forames etmoidais, zigomaticofacial e zigomaticorbital. 
- Funcionamento da Órbita -> Periórbita ou Periósteo Orbital: 
 Aderida frouxamente. 
 Anel tendíneo (ânulo de Zinn) -> origem dos músculos extraoculares 
(os 4 músculos retos) -> parte posterior. 
 
- Existem 6 músculos estriados esqueléticos. 
- 4 deles se originam no ângulo de Zinn (anel tendíneo) -> Músculo reto 
superior, reto inferior, reto lateral (abdução) e reto medial (adução). 
Quando esses músculos se contraem, a sua movimentação é na direção da 
sua contração, que eles puxam. Se inserem anteriormente ao Equador. 
- Os outros 2: Músculo oblíquo superior (se origina no esfenoide) e oblíquo 
inferior (se origina no assoalho da órbita). Se inserem posteriormente ao 
Equador. 
A tróclea serve para um desses músculos se apoiarem nela, mesmo que 
tenha se originado bem lá atrás. 
 
- Eixos de Fick: Transverso, sagital e vertical. 
 
- Funções dos músculos: 
Imagem anterior da inserção desses músculos no globo ocular. Importante 
saber nos casos de manuseio de reparos na superfície ocular, saber a 
distância da inserção e de um pro outro. 
- Vascularização: 
 Praticamente toda pela Artéria Oftálmica: 
 Ramo lateral -> Músculo Reto Superior e Lateral. 
 Ramo medial -> Músculo Reto Inferior e Medial e Músculo 
Oblíquo Inferior. 
 Ramo superior -> Músculo Oblíquo Superior. 
 Artéria lacrimal: Músculo Reto Lateral. 
 Artéria Infra-orbitária: Músculo Oblíquo Inferior. 
- Movimentos Oculares: 
 Ducção: supraducção, infraducção, levoducção -> movimentos 
monoculares. 
 Versões: direções iguais (os dois olhos para direita ou esquerda...) -> 
movimentos binoculares. 
 Vergências: direções opostas (convergência -> quando aproxima um 
objeto do paciente e divergência -> quando o objeta se afasta do 
paciente o olho vai virando ao contrário). 
Sabendo os movimentos oculares, podemos inferir que o olho esquerdo é o 
olho com problema. Na posição primária do olhar, o olho esquerdo possui um 
exodesvio. Quando o paciente olha para a direita, é normal os dois olhos, 
pois ambos os Músculos Reto Lateral (direito) e Reto Medial (esquerdo) 
estão bons. Já para a esquerda, o Músculo Reto Medial do direito está bom, 
mas o Músculo Reto Lateral esquerdo está com alteração. 
 
- Posição do olhar: 
 Posição primária do olhar, posições cardinais, posição de fixação no 
ponto próximo. 
- Agonistas: Produz a movimentação para o mesmo lado. 
- Antagonista: Tem que relaxar para o agonista poder funcionar. 
- Sinergistas: Combinação dos 2 olhos (o Reto Medial de um combinando 
com a movimentação do Reto Lateral do outro). 
 
- Lei de Hering: Inervação igual e simultânea para músculos de ambos os 
olhos. Musculatura dos 2 olhos. 
- Lei de Sherrington: Aumento da contração do agonista, diminuição da 
ação do antagonista. O desequilíbrio disso leva ao estrabismo.

Continue navegando