Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Evolução • O2: Linha do tempo sobre a concentração atmosférica de O2 -> principais eventos evolutivos -> aparecimento de organelas -> mitocôndrias -> respiração que antes era anaeróbica, passa a ser aeróbica -> mudança no processo respiratório -> extremamente importante para obtenção de energia (metabólica). -> “Respiração celular refere-se à reação intracelular do oxigênio com moléculas orgânicas para produzir dióxido de carbono, água e energia na forma de ATP”. • Evolutivamente -> grande reserva pulmonar! • Respiração -> Interação -> Pulmão -> Vias condutoras -> Sistema nervoso -> Músculos respiratórios. Cãrãçterístíçãs Gerãís • Os órgãos respiratórios têm diversas formas, porém todos possuem uma grande área de superfície comprimida em um pequeno espaço. • Os pulmões humanos são encerrados na cavidade do tórax para limitar o seu contato com o ar exterior. A internalização cria um ambiente úmido ideal para as trocas gasosas com o sangue e protege a delicada superfície alveolar de danos. • A internalização dos pulmões cria outro desafio: como mover o ar entre a atmosfera e a superfície de troca localizada profundamente dentro do corpo - > gradiente de pressão (contração da musculatura). • ↑ Área de secção transversa (somatório) ↓ velocidade do fluxo de ar -> melhor troca gasosa e aquecimento do ar. A velocidade do fluxo de ar é maior nas vias aéreas superiores e menor a partir dos bronquíolos terminais. • Fluxo de ar na traqueia é muito alta -> sistema vai se ramificado -> velocidade do fluxo de ar vai diminuindo. • Ar chega com baixa velocidade nos pulmões -> somatório das áreas nos ácinos e alvéolos pulmonares -> troca gasosa mais eficiente nos alvéolos. • Princípios que governam o fluxo global (de massa) de sangue no sistema circulatório: 1. O fluxo ocorre a partir de regiões de pressão mais alta para regiões de pressão mais baixa. 2. Uma bomba muscular cria gradientes de pressão. 3. A resistência ao fluxo de ar é influenciada principalmente pelo diâmetro dos tubos pelos quais o ar está fluindo. • A diferença primária entre o fluxo de ar no sistema respiratório e o fluxo sanguíneo no sistema circulatório é que o ar é uma mistura de gases menos viscosa e compressível, ao passo que o sangue é um líquido não compressível. Função do Sístemã Respírãtorío -> Troca gasosa entre a atmosfera e o sangue. O corpo traz o O2 e o distribui para os tecidos, eliminando o CO2 produzido pelo metabolismo. “Os pulmões de um homem de 70 kg possuem uma superfície de trocas gasosas de grande tamanho, comprimida em um volume que é bem menor. Necessário para suprir os trilhões de células do corpo com quantidade adequada de oxigênio.” -> Regulação homeostática do pH do corpo. Os pulmões podem alterar o pH corporal retendo ou eliminando seletivamente o CO2. -> Mecanismos de defesa pulmonar; o epitélio respiratório é bem suprido com mecanismos de defesa que aprisionam e destroem substâncias potencialmente nocivas antes que elas possam entrar no corpo. -> Metabolismo pulmonar: fonte significativa de perda de água e de calor do corpo. Essas perdas devem ser balanceadas com o uso de compensações homeostáticas. -> Manipulação de materiais bioativos; -> Fonação / Vocalização: o ar move-se através das pregas vocais, criando vibrações usadas para falar, cantar e outras formas de comunicação. Respírãção externã • Pode ser subdividida em quatro processos integrados: 1. A troca de ar entre a atmosfera e os pulmões. -> ventilação, ou respiração. 2. A troca de O2 e de CO2 entre os pulmões e o sangue. 3. O transporte de O2 e CO2 pelo sangue. 4. A troca de gases entre o sangue e as células. Ventílãção e ã leí dos gãses Com mover o ar da atmosfera para o Pulmão? -> Gradiente de Pressão. • Para que tenha a movimentação de ar para os alvéolos é necessário que ele esteja com uma menor pressão que a atm -> INSPIRAÇÃO (inalação) é o movimento do ar para dentro dos pulmões. • EXPIRAÇÃO (exalação) é o movimento de ar para fora dos pulmões -> retirada do ar nos alvéolos -> pressão alveolar tem ficar maior que a atmosférica. LEI DE DALTON: PRESSÃO PARCIAL DO GÁS (PGÁS) • O ar é uma mistura de gases -> A lei de Dalton afirma que a pressão total exercida por uma mistura de gases é a soma das pressões exercidas pelos gases individualmente. • A pressão de um único gás em uma mistura é conhecida como pressão parcial (Pgás). • Pressão atmosférica (Patm) convencionou-se em 0 cmH2O ao nível do mar. Isso foi feito para que a determinação da mecânica respiratória em locais com menor ou maior disponibilidade de oxigênio ou com maior ou menor umidade e temperatura do ar seja efetuada com maior facilidade. • Por que é importante considerar a umidade e a temperatura do ar? Captação de 02 é menor em ambientes acima do nível do mar Em La Paz 490 mmHg, PO2: 103 mmHg LEI DE BOYLE: RELAÇÃO PRESSÃO-VOLUME • A pressão exercida por um gás ou por uma mistura de gases em um recipiente fechado é criada pelas colisões das moléculas do gás em movimento com as paredes do recipiente e umas com as outras. • Se o tamanho do recipiente é reduzido, os choques entre as moléculas de gás e as paredes tornam-se mais frequentes, a pressão aumenta. -> Pulmões e Alvéolos aumentam o seu volume para diminuir a pressão. -> Pulmões e Alvéolos diminuem o seu volume para aumentar a pressão. Os mecanismos pelos quais a ventilação ocorre são chamados coletivamente de mecânica da respiração. Como alterar o Volume Pulmonar? • Quando o volume do tórax aumenta, a pressão alveolar diminui, e o ar flui para dentro do sistema respiratório. Quando o volume do tórax diminui, a pressão alveolar aumenta, e o ar flui para a atmosfera. Esse movimento de ar é chamado de FLUXO DE MASSA, visto que toda a mistura de gás está se movendo, e não somente um ou dois dos gases distribuídos pelo ar. • Ação dos músculos na inspiração e expiração (passiva) -> Esforço Físico, Fala, Canto, Tosse, Espirro, Patológico -> Situações em que existe expiração forçada. Como ã çontrãção musçulãr expãnde o pulmão? • Sacos pleurais envolvem os pulmões; pulmões são formados por tecido leve e esponjoso, cujo volume é ocupado basicamente por espaços cheios de ar. • Cada pulmão é rodeado por um saco pleural de parede dupla, cujas membranas forram o interior do tórax e cobrem a superfície externa dos pulmões. Cada membrana pleural/pleura é formada por muitas camadas de tecido conectivo elástico e um grande número de capilares. As camadas opostas da membrana pleural são mantidas unidas por uma fina camada de líquido pleural. • As forças de coesão do líquido intrapleural promovem a adesão dos pulmões à caixa torácica. Quando a caixa torácica se movimenta durante a respiração, os pulmões movem-se junto. • Alvéolos são estirados pelo parênquima pulmonar. • SITUAÇÃO DE REPOUSO -> FORÇAS OPOSTAS -> parede torácica atua para manter os alvéolos abertos opondo-se a retração elástica -> pressão do líquido pleural fica menor do que a atmosférica -> pressão negativa interpleural (SEMPRE!). PRESSÃO ALVEOLAR -> PODE SER POSITIVA OU NEGATIVA. • Rompimento da pleura -> modificações da pressão. Pressoes • Durante a ventilação, o ar flui devido aos gradientes de pressão. • Palveolar: Pressão de retração elástica (negativa na inspiração; positiva na expiração). •Pintrapleural: Pressão do espaço pleural subatmosférica -3 a -5 cm H2O. (Pressão intrapleural negativa ou Pressão intratorácica negativa) OBS: gráfico (pressão 0 -> patm = palveolar). INSPIRAÇÃO • Ocorre quando a pressão alveolar diminui: para que o ar possa se mover para dentro dos alvéolos, a pressão dentro dos pulmões deve ser mais baixa do que a pressão atm. De acordo com a lei de Boyle, um aumento no volume gera uma redução na pressão.Durante a inspiração, o volume torácico aumenta quando músculos esqueléticos da caixa torácica e o diafragma se contraem. (F.H) Pneumotórax: se a cavidade pleural for aberta e ficar conectada à atmosfera, o ar flui para dentro. A ligação que mantém o pulmão aderido à caixa torácia é perdida, e o pulmão colapsa, criando um pneumotórax (ar no tórax). Ptranspulmonar = Palveolar – Pintrapleural -> Quando o diafragma contrai, ele desce em direção ao abdome. • Lembre-se que a pressão atm recebe o valor de 0 mmHg. Números negativos designam pressões subatmosféricas, e números positivos denotam pressões maiores do que a atmosférica. • TEMPO 0: a breve pausa entre as respirações, a Palveolar é igual à Patm (A1). Quando as pressões são iguais, não há fluxo de ar. • Tempo 0 a 2 segundos: inspiração. -> Com o aumento do volume, a pressão alveolar diminui cerca de 1 mmHg abaixo da pressão atmosférica (A2), e o ar flui para dentro dos alvéolos (ponto C1 a C2). A mudança do volume torácico ocorre mais rapidamente do que a velocidade do ar fluindo para dentro dos pulmões, e, assim, a pressão alveolar atinge o seu valor mais baixo no meio do processo de inspiração (A2). -> Como o ar continua a fluir para dentro dos alvéolos, a pressão aumenta até a caixa torácica parar de expandir-se, imediatamente antes do término da inspiração. O movimento do ar continua por mais uma fração de segundo, até que a pressão dentro dos pulmões se iguala à pressão atm (A3). Ao término da inspiração, o volume pulmonar está no seu valor máximo no ciclo respiratório (C2), e a pressão alveolar é igual à pressão atmosférica. EXPIRAÇÃO • Ocorre quando a pressão alveolar aumenta: • Tempo 2 a 4 segundos: expiração. -> Como os volumes pulmonares e torácicos diminuem durante a expiração, a pressão de ar nos pulmões aumenta, atingindo cerca de 1 mmHg acima da Patm (A4). A Palveolar é agora maior do que a Patm -> fluxo de ar se inverte -> ar move-se para fora dos pulmões. • Tempo 4 segundos: no final da expiração, o movimento de ar cessa quando a Palveolar novamente se iguala à Patm (A5). O volume pulmonar atinge o seu valor mínimo dentro do ciclo respiratório (ponto C3). Nesse ponto, o ciclo respiratório terminou e está pronto para ser iniciado novamente com a próxima respiração. • PRESSÃO INTRAPLEURAL SUBATMOSFÉRICA: a combinação da caixa torácica puxando para fora e a retração elástica dos pulmões puxando para dentro cria uma pressão intrapleural subatmosférica de cerca de 3 mmHg. (F.H) Meçãníçã Respírãtoríã I. Músculos da caixa torácica e o diafragma funcionam como uma bomba; II. A maior parte do tecido pulmonar (parênquima) é um fino epitélio de troca e fibras elásticas e colágenas; III. Músculos contraem e pulmões expandem, uma vez que estão presos à parede interna do tórax pelo líquido pleural (seroso). Pintrapleural+neg. IV. Para mover o ar para dentro dos alvéolos, a pressão dentro dos pulmões deve ser mais baixa do que a pressão atmosférica. V. Boyle: ↑volume ↓pressão. Complãçençíã • Os dois fatores que têm maior influência na quantidade de trabalho necessária para a respiração são a DISTENSIBILIDADE dos pulmões e a RESISTÊNCIA das vias aéreas ao fluxo de ar. • Complacência: quantª de força (pressão) para alterar o volume pulmonar (expansão). Clinicamente, a habilidade do pulmão de se estirar. -> Um pulmão de alta complacência pode ser estirado facilmente. Um pulmão com baixa complacência requer mais força (maior Pintrapulmonar) dos músculos inspiratórios para ser estirado. ( - HISTERESE: diferenças nas curvas de complacência inspiratória (mais trabalho) e expiratória. Diminui a complacência: • DOENÇA RESTRITIVA PULMONAR: condições patológicas nas quais a complacência está reduzida -> mais trabalho deve ser realizado para estirar um pulmão mais rígido. Exemplos: -> FIBROSE PULMONAR: desenvolvimento de tecido fibroso cicatricial rígido que restringe a insuflação pulmonar; -> Sarcoidose. -> Lesão química ou térmica pulmonar. -> Congestão vascular pulmonar ou áreas de alvéolos colapsados (atelectasia -> dificuldade de expandir os alvéolos) -> Presença de ar, excesso de líquido ou sangue no espaço intrapleural: por p. ex produção alveolar inadequada de surfactante. -> Parede torácica em obesos -> Afecções músculo esqueléticas, com menor mobilidade da caixa torácica (Ex.cifoescoliose). Elãstãnçíã •. “É a capacidade de resistir à deformação mecânica. A elastância também se refere à capacidade que um corpo tem de voltar a sua forma original quando a forca que promove a sua deformação é removida”. •. Oposto da capacitância: capacidade de um pulmão resistir ao estiramento, ou de voltar ao seu estado de repouso. Permiti o corpo (no caso, alvéolos) voltar ao seu estado basal. -> Ex: ENFISEMA = perda da parte elástica do pulmão (hiperinsuflação -> dificuldade do ar sair -> aprisionamento). Fibras de elastina normalmente encontradas no tecido pulmonar são destruídas -> destruição da elastina resulta em pulmões que exibem alta complacência e estiram facilmente durante a inspiração. Todavia, esses pulmões também apresentam uma elasticidade diminuída, de modo que não retornam à sua posição de repouso durante a expiração. -> Os pacientes com enfisema contraem seus músculos expiratórios (expiração ativa) para forçar a saída de ar que não está saindo com o recolhimento elástico dos pulmões. Fãtores que ínfluençíãm o Trãbãlho Respírãtorío -> Complacência -> Tensão Superficial -> Resistência Tensão Superfíçíãl •. A tensão superficial criada pelo fino filme de líquido é direcionada para o centro da bolha e cria pressão no interior dela. •. Normalmente, nossos pulmões secretam um SURFACTANTE que reduz a tensão superficial. Os surfactantes são moléculas que rompem as forças coesivas entre as moléculas. Nos pulmões, o surfactante diminui a tensão superficial do líquido alveolar e, assim, diminui a resistência do pulmão ao estiramento. -> O surfactante diminui o trabalho respiratório Complãçençíã - Tensão Superfíçíãl •. "Note que as pressões transpleurais, necessárias para expandir os pulmões cheios de ar, são cerca de três vezes maiores que as necessárias para expandir os pulmões cheios de solução salina. Assim, pode-se concluir que as forças elásticas teciduais, que tendem a provocar o colapso do pulmão cheio de ar representam, apenas cerca de um terço da elasticidade total pulmonar, enquanto as forças de tensão superficial líquido-ar nos alvéolos representam cerca de dois terços.” Para se expandir o pulmão precisa superar: -> Forças elásticas do tecido pulmonar = elastina + colágeno (1/3). -> Forças elásticas pela tensão superficial (2/3). Tensão Superficial e Surfactante • Células alveolares do tipo II (Pneumócitos tipo II) sintetizam e secretam surfactante no espaço alveolar, “agentes ativos de superfície”. • Se alinham na superfície alveolar com as porções hidrofóbicas atraídas entre si e as porções hidrofílicas repelidas. Surfactante (relacionada ao raio) reduz a Tensão Superficial. Lei de Laplace P= 2T/r SEM SUFACTANTE = COMPLACÊNCIA DIMINUI! Fãtores que ãumentãm ã Resístençíã DOENÇAS OBSTRUTIVAS -> Enfisema: perda da retração elástica pulmonar. -> Asma: contração espasmódicas dos m. lisos nos bronquíolos. (dificuldade na inspiração e principalmente na expiração). -> DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica): tampões de muco e estreitamento dos bronquíolos. (dificuldade para passagem de ar -> fluxo reduzido -- -> por diminuição do raio – equação de Poiseuille). -> Neoplasias pulmonares: obstrução de vias aéreas centrais. BRONCOCONSTRIÇÃO •Aumenta a resistência ao fluxo de ar e diminui a quantidade de ar “novo” que alcança os alvéolos. •Fisiológico: broncoespasmoinduzido por exercício (BIE). Ref: SILVERTHORN, D. U. Fisiologia Humana: 7 Ed – São Paulo: Artmed editora ltda, 2017. Unidade 3, CAP 17 GUYTON, Arthur C; Hall, John E. Tratado de fisiologia médica. 13a ed. São Paulo: Elsevier, 2017. CAP 38 Aluna: Iasmim Araújo Xavier Fonseca – Medicina UNINOVE Bebês que nascem prematuramente sem concentrações adequadas de surfactante em seus alvéolos desenvolvem a síndrome da angústia respiratória do recém-nascido (SARRN). Além do “endurecimento” (baixa complacência) dos pulmões, bebês com SARRN também possuem alvéolos que colapsam cada vez que eles expiram. (F.H)
Compartilhar