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CIS

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MARINHA DO BRASIL 
CENTRO DE INSTRUÇÃO ALMIRANTE GRAÇA ARANHA 
ESCOLA DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS DA MARINHA MERCANTE 
CURSO DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS DE NAÚTICA 
 
 
 
 
 
RHUAN CARLOS MAIA SANCHEZ 
YURI DE ARAUJO NASCIMENTO 
 
 
 
SISTEMA INTERNACIONAL DE COMUNICAÇAO NAVAL 
 
 
 
 
 
 
 
RIO DE JANEIRO 
2017 
 
 
RHUAN CARLOS MAIA SANCHEZ 
YURI DE ARAUJO NASCIMENTO 
 
 
 
 
 
 SISTEMA INTERNACIONAL DE COMUNICAÇAO NAVAL 
 
 
 
Trabalho de conclusão de curso 
apresentado como exigência para 
obtenção do título de Bacharel em 
Ciências Náuticas do Curso de Formação 
de Oficiais de Náutica da Marinha 
Mercante, ministrado pelo Centro de 
Instrução Almirante Graça Aranha. 
Orientador: Brizola de Oliveira Olegário 
 
 
 
 
RIO DE JANEIRO 
2017 
 
 
RHUAN CARLOS MAIA SANCHEZ 
YURI DE ARAUJO NASCIMENTO 
 
 
 
 SISTEMA INTERNACIONAL DE COMUNICAÇAO NAVAL 
 
Trabalho de conclusão de curso 
apresentado como exigência para 
obtenção do título de Bacharel em 
Ciências Náuticas do Curso de Formação 
de Oficiais de Náutica da Marinha 
Mercante, ministrado pelo Centro de 
Instrução Almirante Graça Aranha. 
 
Data da aprovação: ____/____/____ 
 
Orientador: Brizola de Oliveira Olegário 
 
 
________________________________ 
Assinatura do orientador 
 
NOTA FINAL: ________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Deus, nossos pais, familiares e amigos. 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 Primeiramente, a Deus, por nos conceder a glória e nos guiar em seus 
caminhos. 
 Aos nossos pais, Antonio Carlos Machado Sanchez (Sanchez), Tania Raquel 
Maia Sanchez (Sanchez), (Francisco Carlos Nascimento) (Yuri Nascimento) e (Nelma 
Menezes de Araujo Nascimento) (Yuri Nascimento) por nos apoiarem em todas as 
escolhas que tomamos, e pela educação que nos foi dada. Amamos vocês! 
 Às nossas namoradas (Maressa Vieira Lopes de Carvalho) (Sanchez) e 
(Thayná dos Santos Huguenin) (Yuri Nascimento) que nos deram força nos momentos 
mais dificeis dessa trajetória. Vocês são sensacionais! 
Aos amigos de infância, que assim como os pais sempre estiveram presentes 
perante nossas escolhas na vida, assumindo o papel insubstituível de companheiros 
durante todos os anos de amizade. Nunca esqueceremos de vocês! 
 Aos nossos companheiros de camarote, responsáveis por tornar a vida na 
escola mais tranquila e divertida. Esses três anos não seriam os mesmos sem vocês 
aqui! Nossos mais sinceros agradecimentos! 
 A turma EFOMM 2015, da qual nos orgulhamos de fazer parte. É um sentimento 
indescritível saber que vou tê-los como amigos de trabalho pro resto da vida! 
Aos nossos veteranos da turma EFOMM 2013, que nos adaptaram à rotina da 
Escola de uma forma que ninguem conseguiria fazer igual, nos orientaram e ajudaram 
a fazer crescer o amor pela profissão. 
A todos os professores que fizeram parte da nossa formação, especialmente, 
o professor Brizola, por todas as orientações e pela atenção e pelo conhecimento que 
foram fundamentais para a conclusão deste trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Muito obrigado! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“O sucesso é ir de fracasso em fracasso sem perder o entusiasmo. ” 
(Winston Churchill) 
 
 
RESUMO 
A vida no mar é bastante dependente de uma comunicação rápida e objetiva, 
pois existem situações na qual um navio pode afundar ou até mesmo gerar inúmeras 
mortes pelo simples fato de demorar a manter um contato com outra embarcação. 
Apesar de alguns códigos mencionados nessa monografia serem raramente usados, 
ainda assim se faz necessário a utilização do Código Internacional de Sinais (CIS) na 
navegação marítima. 
O objetivo desse Código é simplificar e agilizar a compreensão de uma 
mensagem relacionada à segurança da navegação e das pessoas, principalmente 
quando existe dificuldade no entendimento do idioma, evitando possíveis desastres 
que viriam ocorrer devido a falhas na comunicação, minimizando os riscos da vida 
humana e ao meio ambiente marinho. 
Palavras-chaves: Código, comunicação, navegação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
Life at sea is very dependent on quick and objective communication, as there 
are situations in which a ship can sink or even generate countless deaths simply 
because it takes time to maintain contact with another vessel. Despite some research 
codes, this monograph is rarely, there is still a need to use the International Code of 
Signals (CIS) in maritime navigation. 
The purpose of this Code is to simplify and streamline an understanding of a 
message related to the safety of navigation and people, especially when there is 
difficulty without understanding the language, avoiding the possibility of becoming a 
client speaking in communication, minimizing the risks of human life to the marine 
environment. 
Key words: Code, communication, navigation. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
Figura 1: Bandeiras Alfabéticas, galhardetes numerais, cornetas substitutas e 
distintivo do código ou galhardete de resposta. 18 
Figura 2: Sinais de uma letra 20 
Figura 3: Tabela fonética para algarismos 22 
Figura 4: Alfabeto fonético internacional 22 
Figura 5: Tabela de sinais morse para transmissão com os braços, com ou sem 
bandeirolas 24 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO 11 
1.1 Objetivo 12 
2 HISTÓRICO 13 
3 CONCEITOS GERAIS 16 
3.1 Navegação 16 
3.2 Tipos de Navegação 16 
3.2.1 Navegação Oceanica 16 
3.2.2 Navegação Costeira 16 
3.2.3 Navegação em águas restritas 17 
4 MÉTODOS DE SINALIZAÇÃO 18 
4.1 Sinalização por bandeiras 18 
4.1.1 Chamadas 19 
4.1.2 Respondendo os Sinais 19 
4.1.3 Completando Sinais 19 
4.1.4 Como agir em caso de não distinguir sinais 19 
4.1.5 Como Soletrar 19 
4.1.6 Sinais de uma letra 20 
4.2 Sinalização por lampejos 20 
4.3 Sinais Acusticos 21 
4.4 Radiotelefonia 22 
4.4.1 Método de chamada 23 
4.4.2 Como responder chamadas 23 
4.5 Sinalização Morse com os braços, com ou sem bandeirolas 24 
5 COMUNICAÇÃO VISUAL 25 
5.1 Transmissão de mensagens através de bandeiras 25 
5.1.1 Mensagem de perigo e emergencia 25 
5.1.2 Mensagem referente à acidentes e avarias 27 
5.1.3 Mensagens de auxílio a navegação 29 
5.1.4 Mensagem de manobras 30 
5.1.5 Mensagens meteorológicas 31 
5.1.6 Mensagens de comunicação 32 
 
 
 
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 33 
REFERÊNCIAS 34 
 11 
 
1 INTRODUÇÃO 
 A comunicação provem do termo latim “communis”, que significa comum, por 
esse motivo, ao comunicar-se se estabelece algo comum com alguém. A 
comunicação consiste em um processo de interação social através de simbolos e 
sistemas de mensagens que produzem como parte da atividade humana. Por isso, ela 
está presente em todos os âmbitos profissionais e sociais, sendo de suma importancia 
na area naval. Existem diversos livros e publicações tais como Ripeam, Imo SMCP, 
Código internacional de sinais, etc... Cujo objetivo é prover meios e métodosde 
comunicação em situações relacionadas principalmente com a segurança da 
navegação e da vida humana no mar, especialmente quando surgirem na 
comunicação devido a diferença idiomática. 
 A comunicação pode ser estabelecida na area maritima por sinais por 
bandeiras, sinais por lampejos, sinais acusticos, radiotelefonia, sinalização morse com 
os braços, com ou sem bandeirolas, simbolos Morse-Tabelas Fonéticas-Sinais de 
Procedimento, Sinais de uma letra, sinais de uma letra comcomplementos, sinais de 
uma letra trocados entre um quebra-gelo e o navio assistido... etc 
Tendo esse conhecimento, o navegante está apto a tomar as atitudes corretas 
e executar as ações precisas em eventos aleatórios que venham a ocorrer a bordo, 
salvaguardando a tripulação e a embarcação. 
 Portanto, torna-se indispensável o uso da comunicação naval no dia a dia dos 
aquaviários, pois a mesma é responsável e possui o objetivo de estabelecer um 
contato sem ruído entre duas partes que nem sempre são de mesma nacionalidade 
tendo como objetivo primordial a não ocorrencia de um acidente devido a falha na 
comunicação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 12 
 
1.1 Objetivo 
Geral: Analisar e ressaltar a importancia da padronização da comunicação 
naval internacional. 
Específico: Apresentar os códigos e sinais utilizados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 13 
 
2 HISTÓRICO 
 
 O código Internacional de Sinais para uso dos marítimos vem sendo publicado 
em varios países desde o começo do século desenove. Segundo a publicação “Código 
Internacional de Sinais”, publicado pela International Maritime Organization (IMO) e 
Diretoria de Portos e Costas (DPC) 1969. O primeiro Código Internacional de Sinais, 
foi construído em 1855 por um comitê convocado pela Câmara Britânica de Comércio, 
continha 70 mil sinais, usava 18 bandeiras e foi publicado em 1857 numa edição 
composta de duas partes: a primeira contendo sinais universais e internacionais e a 
segunda somente sinais para uso da Marinha Britânica. O código foi adotado por 
grande parte das naçoes marítimas. 
 Essa primeira edição foi vista pelo comitê convocado em 1887 pela mesma 
Câmara de comércio e as propostas desse comitê foram discutidas pelas principais 
potências marítimas na conferência internacional de washington, em 1889. Como 
resultado, inúmeras alterações foram feitas, completando-se o trabalho em 1897, 
quando então foi distribuído as potências marítimas. Todavia, essa nova edição não 
sobreviveu ao teste da primeira grande guerra. 
 A conferencia Radiotelegráfica internacional, realizada no ano de 1927, em 
washington, considerou as propostas para uma nova revisão do código, ficando 
decidido que a futura edição seria publicada em 7 idiomas: ingles, frances, italiano, 
alemão, japonês, espanhol e numa das línguas escandinavas, a ser escolhida pelos 
governos escandinavos, que foi a norueguesa. Em 1930 completou-se a nova edição 
a qual foi adotada pela conferencia internacional radiotelegráfica de madri em 1932; 
era composta de duas partes: uma para sinais visuais e outra para radiotelegraficos ( 
a edição brasileira era de um volume com duas partes). Palavras e frases relativas a 
aeronaves foram introduzidas no Vol. II, juntamente com uma Seção Médica e os 
sinais de livre pratica foram elaborados com a assistencia e a supervisão do escritório 
internacional de higiene publica. O código, principalmente o Vol. II (parte de sinais 
rádio), foi preliminarmente idealizado para uso por navios ou aeronaves e estações 
costeiras. Para comunicações com armadores, agentes e arsenais foi introduzido um 
certo numero de grupos. Essa mesma conferencia (Madri – 1932) estabeleceu um 
comitê permanente para revisar o código, sempre que necessário, para dar orentação 
em questões relativas ao seu uso e procedimentos e para examinar sugestões de 
alterações. O governo do reino unido encarregou-se das tarefas de secretário-geral. 
 14 
 
O comitê Permanente reuniu-se somente uma vez em 1933 e introduziu alguns 
acrescimos e correções. 
 A conferencia administrativa de radio da união internacional de 
telecomunicações sugeriu, em 1947, que o código internacional de sinais deveria ser 
da esfera de competencia da organização maritima internacional (IMO). Em janeiro de 
1959, a primeira assembléia da IMO (Internacional Maritime Organization) decidiu que 
a Organização poderia assumir todo Código Internacional de Sinais, a fim de atender 
as exigencias atuais dos navegantes. 
 Foi criado um subcomitê no comitê de segurança maritima da organização para 
rever o código e prepará-lo em nove idiomas oficiais, isto é, os sete originais (ingles, 
frances, italiano, alemão, japonês, espanhol e norueguês) e mais russo e grego, e 
estudar propostas para um novo código radiotelefônico e sua relação com o código 
internacional de sinais. O subcomitê compunha-se de representantes dos seguintes 
países: Argentina, República Federal Alemã, França, Grécia, Itãlia, Japão, Noruega, 
Reino Unido, Estados Unidos da América do Norte e União das Repúblicas Socialistas 
Soviéticas. As seguintes organizações internacionais governamentais e não 
governamentais contribuiram e supervisionaram a preparação do código revisto: 
Organização Meteorológica Mundial, Organização Internacional de Aviação Civil, 
Organização Mundial de Saúde, Organização Internacional do Trabalho, Agência 
Internacional de Navegação, Comitê Radio Marítimo Internacional e confederação 
internacional das uniões de livre comércio. O código revisto foi concluido em 1964 e 
adotado pela quarta assembléia da IMO em 1965. 
 As principais características do código revisto eram as seguntes: 
a) Fazer, em principio, face as situações essencialmente ligadas à segurança 
da navegação e da vida humana, especialmente no caso de advirem 
diferenças de idioma; 
b) Ser adequado para transmissão por todos os métodos (inclusive 
radiotelegrafia e radiotelefonia) e, obviamente, eliminar a necessidade de 
um código radiotelefonico em separado; 
c) Cada sinal com um significado completo. 
Adequado a transmissões por todos os meios de comunicações, o código entrou em 
vigor em 1° de abril de 1969. 
 15 
 
A presente edição incorpora todas emendas havidas até o documento 
COM/CIRC. 98 de 13 de outubro de 1986, do subcomitê de radiocomunicações da 
Organização Marítima Internacional, a vigorar, esta ultima, em 1° de janeiro de 1988. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 16 
 
3 CONCEITOS GERAIS 
 
Antes de dar continuidade no enfoque principal da monografia é importante fixar 
alguns conceitos para que não ocorra nenhuma falha na compreensão de termos que 
foram utilizados na confecção da pesquisa. 
 
3.1 Navegação 
Um dos conceitos mais importantes a ser abordado é o de navegação. O que 
vem a ser navegação? Existem diversos conceitos para tal palavra tais como: 
“Navegação é normalmente descrita como o processo de direcionar o movimento de 
um veículo, de modo diligente e seguro de um ponto a outro”(MAURÍCIO, 1993), 
“navegação é a ciência e a arte de conduzir com segurança, dirigir e controlar os 
movimentos de um veículo, desde o ponto de partida até o seu destino” (MIGUENS, 
1983), dentre outras definições. Apesar da diferença entre as palavras utilizadas para 
definir navegação, todas transmitem em si o mesmo significado, que consiste 
basicamente em conduzir, de forma segura qualquer unidade flutuante de um ponto 
ao outro fazendo uso de todos os artificios proporcionados pela ciencia e da arte 
pessoal de navegar. 
 
3.2 Tipos de Navegação 
Apesar de existir diversas outras classificações, é tradicionamente reconhecidoque a navegação apresenta três tipos principais sendo eles baseados nos limites de 
distancias navegadas. São eles, navegação oceânica, navegação costeira e 
navegação em aguas restritas. 
 
3.2.1 Navegação Oceanica 
A navegação oceânica é a navegação ao largo, em alto-mar, normalmente 
praticada a mais de 50 milhas da costa. 
 
3.2.3 Navegação Costeira 
 A navegação costeira, como o proprio nome diz é a navegação que ocorre 
mais próximo da costa, em distancias que, normalmente, variam entre 50 a 3 milhas 
da costa, popularmente conhecida como a navegação feita a vista de terra, onde o 
 17 
 
navegante utiliza de acidentes naturais ou artificiais (pontas, cabos, ilhas, faróis, torres 
edificações, etc.) para determinar a posição do navio no mar. 
 
3.2.3 Navegação em águas restritas 
 navegação em águas restritas que é a navegação praticada em portos ou suas 
proximidades, em barras, baías, canais, rios, lagos, proximidades de perigos ou 
quaisquer outras situações em que a manobra do navio é limitada pela estrita 
configuração da costa ou da topografia submarina. É também a navegação feita a 
menos de três milhas da costa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 18 
 
4 MÉTODOS DE SINALIZAÇÃO 
 De acordo com o código internacional de sinais, existem diversos métodos de 
sinalização utilizados para estabelecer contato, entre eles: 
 
4.1 Sinalização por bandeiras 
Um conjunto de bandeiras (regimento) consiste de 26 bandeiras alfabéticas, dez 
galhardetes numerais, três cornetas substitutas e o galhardete do código (Distintivo 
do Código Internacional de Sinais-DCI). 
 
Figura 1: Bandeiras Alfabéticas, galhardetes numerais, cornetas substitutas e 
distintivo do código ou galhardete de resposta. 
 
Fonte:https://diariodoavoante.wordpress.com/tag/quadro-de-bandeiras-alfabeticas/ 
 
 
Existem algumas regras para utilização dos sinais por bandeiras. Como regra 
geral, deverá ser usada somente uma içada de cada vez. Cada içada ou grupo de 
içadas deve ser mantido no ar até que seja reconhecido pela estação receptora. 
Quando dois ou mais grupos forem içados numa mesma adriça, eles deverão ser 
separados pela adriça separadora. A estação transmissora deverá sempre içar seus 
sinais de modo que a sejam mais facilmente visíveis pela estação receptora, isto é, 
em tal posição que as bandeiras não fiquem ocultas por fumaça etc... e panejem 
livremente. 
 
 
 
 
https://diariodoavoante.wordpress.com/tag/quadro-de-bandeiras-alfabeticas/
 19 
 
4.1.1 Chamadas 
Os indicativos de chamada da estação com quem se quer com quem se quer 
comunicar deverão ser içados ao mesmo tempo que o sinal. Se nenhum indicativo for 
içado, deverá ser compreendido que o sinal é endereçado a todas as estações dentro 
do campo visual da transmissora. 
 
4.1.2 Respondendo os Sinais 
As estações receptoras, isto é, aquelas às quais forem endereçados quaisquer 
sinais, ou a que for indicada num determinado sinal, deverão içar o galhardete de 
resposta (também conhecido como distintivo do codigo internacional – dci) a meio, tão 
logo avistem o sinal transmitido e deverão atropetá-lo tão logo o reconheçam 
(entendam-no); logo que for arriado o sinal na estação transmissora, o DCI deverá ser 
posto a meio, sendo atopetado logo que o sinal seja içado pela transmissora e 
reconhecido pela receptora e, assim por diante, sempre com o mesmo procedimento: 
a meio quando for avistado o sinal, atopetado quando for reconhecido, novamente a 
meio, esperando o próximo sinal, e atopetado quando reconhecido 
 
4.1.3 Completando Sinais 
Para completar sinais a estação transmissora deverá içar isoladamente o 
galhardete de resposta (DCI) após a última içada do sinal, a fim de indicar que o 
completou. A estação receptora responderá da forma prescrita no parágrafo anterior. 
 
4.1.4 Como agir em caso de não distinguir sinais 
Se a estação receptora não puder distinguir, claramente, o sinal que lhe foi 
enviado, deverá manter o galhardete de resposta içado a meio. Se, todavia, puder 
distinguir o sinal, mas lhe for impossível entendê-lo, poderão ser içados os seguintes 
sinais: “ZQ” = “Seu sinal parece ter sido codificado incorretamente. Solicidto verificar 
e repeti-lo integralmente” ou “ZL” = “Recebi seu sinal, todavia não pude compreendê-
lo”. 
 
4.1.5 Como Soletrar 
 Os nomes mencionados no texto das mensagens deverão ser soletrados, 
usando-se as bandeiras alfabéticas. Se necessário, o sinal YZ que significa: “As 
 20 
 
palavras que se seguem estão em linguagem clara (não codificada)” poderá ser 
usado. 
 
4.1.6 Sinais de uma letra 
 Consiste na representação de uma bandeira isoladamente que possui um 
respectivo significado, como mostrado na imagem abaixo: 
 
Figura 2: Sinais de uma letra 
 
Fonte:http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id
=6308 
 
4.2 Sinalização por lampejos 
 
 As mensagens transmitidas por lampejos são divididas nas seguintes partes: 
Chamada – consiste do sinal de chamada geral ou do indicativo da estação chamada 
(receptora). Ela é respondida pelo sinal de resposta. 
Identificação – a estação transmissora fará o sinal “DE” seguido de seu indicativo ou 
nome. O sinal será repetido (devolvido) pela estação receptora, que então transmitirá 
seu próprio indicativo ou nome. Este será então repetido pela estação transmissora. 
Texto – consiste de grupos em linguagem clara ou codificados. Quando forem usados 
grupos deste código, eles deverão ser precedidos pelo sinal “YU”. Palavras em 
http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=6308
http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=6308
 21 
 
linguagem clara poderão ser incluídas no texto, quando o sinal contiver nomes, locais, 
etc. O recebimento de cada palabra ou grupo, pela estação receptora, será acusado 
através da transmissão da letra “T”. 
Fecho – consiste no sinal de termino “AR” que deverá ser respondido pela letra “R”. 
 
Se todo o texto estiver em linguagem clara o mesmo procedimento deverá ser 
observado. A chamada e a identificação poderão ser omitidas quando duas estações 
já tenham estabelecido comunicações anteriomente e ja tenham trocado mensagens. 
 
4.3 Sinais Acústicos 
 Devido à própria natureza dos equipamentos usados (apito, sereia, etc.), as 
comunicações acústicas são necessariamente lentas. Frequentemente, o uso 
indiscriminado de sinais cria sérias situações de confusão no mar. Assim, é desejável 
que os sinais acùsticos de cerração sejam usados o minimo indispensável. Sinais, que 
não sejam de uma só letra, deverão ter seu uso restrito às ocasiões de emergencia e 
nunca em aguas densamente navegadas. 
 Os sinais no método acústico deverão ser executados pausadamente e da 
maneira mais clara possível. Poderão ser repetidos, se necessário, porém a intervalos 
suficientemente longos, de modo a assegurar que nenhuma confusão possa ser feita 
e que, principalmente, não sejam confundidos sinais de uma só letra com grupos de 
duas letras. 
 Os comandantes de navios devem ter em mente que os sinais de uma letra do 
codigo, que estiverem marcados com um asterisco, quando feitos pelo método 
acústico, só poderão ser executados de acordo com as determinações do 
regulamente internacional para evitar abalroameno no mar. Para o caso de sinais de 
uma letra de uso exclusivo entre navios quebra-gelo e navios assistidos também é 
válida a presente observação. 
 
 
 
 
 
 
 
 22 
 
4.4 Radiotelefonia 
 É oportuno lembrar que, no caso de ser usado o Código Internacional de Sinais 
para contornar as dificuldades de língua existentes,as regras e principios do 
regulamente de radiocomunicações da UIT deverão ser observados. As letras e os 
algarismos deverão ser pronunciados de acordo com as tabelas fonética 
 
Figura 3: Tabela fonética para algarismos 
 
Fonte:https://docesdivagacoes.com.br/2015/10/31/alfabeto-fonetico-da-otan/ 
 
 
 
Figura 4: Alfabeto fonético internacional 
 
Fonte: http://www.alfabetofonetico.com.br/alfabeto-fonetico-internacional 
 
 
https://docesdivagacoes.com.br/2015/10/31/alfabeto-fonetico-da-otan/
http://www.alfabetofonetico.com.br/alfabeto-fonetico-internacional
 23 
 
4.4.1 Método de chamada 
Quando forem chamadas as estações costeiras ou as estações de navios, os 
indicativos ou os nomes deverão ser utilizados. 
 A chamada consiste em: 
- indicativo ou nome da estação chamada, 
não mais que três vezes por chamada; 
- o grupo DE (DELTA ECHO) 
- o indicativo ou nome da estação que está chamando, 
não mais três vezes por chamada. 
 
Os nomes que apresentarem alguma dificuldade (nomes de estações) deverão 
ser soletrados. Após o estabelecimento do contato, é desnecessário transmitir-se 
indicativo ou nome da estação mais que uma vez. 
 
4.4.2 Como responder chamadas 
O atendimento de chamadas consiste em: 
- o indicativo ou nome da estação que chamou, 
não mais que três vezes 
- o grupo DE (DELTA ECHO); e 
- o indicativo ou nome da estação chamada, pronunciado 
não mais que três vezes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 24 
 
4.5 Sinalização Morse com os braços, com ou sem bandeirolas 
 
 Normalmente, para este método ambos os braços deverão ser usados pelo 
operador, todavia, nos casos em que seja difícil ou mesmo impossível, os sinais 
poderão ser feitos com um braço somente.Todas as mensagens deverão ser 
encerradas com o sinal de fim de transmissão AR (ALFA ROMEO) 
 
Tabela 5: Tabela de sinais morse para transmissão com os braços, com ou sem 
bandeirolas 
 
Fonte: https://sites.google.com/site/crisflopt/Home/aids-menu/cod-signal & 
http://www.qsl.net/zz1nja/pxpy/codigo_morse.htm 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://sites.google.com/site/crisflopt/Home/aids-menu/cod-signal
http://www.qsl.net/zz1nja/pxpy/codigo_morse.htm
 25 
 
5 COMUNICAÇÃO VISUAL 
 
5.1 Transmissão de mensagens através de bandeiras 
As bandeiras além de indicar funções individuais podem também representar 
outros tipos de avisos quando içadas em conjunto, abaixo seguem alguns exemplos 
de duas ou três combinações removidos do “código internacional de sinais” publicado 
em 1969 pela IMO (International Maritime Organization) e DPC (Diretoria de Portos e 
Costas) 
 
5.1.1 Mensagem de perigo e emergencia 
Estando próximo a se perder o navio, em uma situação na qual os tripulantes 
precisarão em breve abandonar o navio e o sistema de comunicação via rádio não 
funciona, faz-se do uso das bandeiras para se enviar mensagens que já possuem 
significado pré determinado. Lembrando que cada letra abaixo representa uma letra 
no alfabeto fonético “A” alpha, “B” bravo, etc... 
 
Exemplos de mensagens: 
 AC – Estou abandonando meu navio. 
 AF - Não tenho intenção de abandonar meu navio. 
 AI – O navio (indicado por sua posição e/ou nome ou indicativo se for necessário) 
terá que ser abandonado. 
 
Havendo um acidente com carga perigosa ou necessidade de um médico faz-
se uso das seguintes mensagens: 
AJ – Sofri um sério acidente nuclear, aproxime-se com precaução. 
FE – Estou rumando para a posição do acidente a toda força. Espero chegar na hora 
indicada. 
AN 1 – Necessito de um médico; tenho vítimas com queimaduras graves 
AP – Tenho …. (número) vítimas. 
 
Mensagens relacionado à Aeronaves ou Helicópteros, exemplos: 
BB - Você pode pousar em meu convés. 
BE – Estabeleci comunicação com a aeronave em perigo em ....MHz. 
BG – A aeronave ainda está flutuando. 
 26 
 
BL – Tenho falhas no motor mas continuo voando. 
BO – Vamos saltar de paraquedas. 
FV – As buscas com aeronave/helicóptero será interrompida devido às condições 
desfavoráveis. 
BQ – A velocidade da minha aeronave em relação ao solo é .... (nós ou quilômetros 
por hora). 
BV – Não posso enviar helicóptero. 
 
Pedidos de assistencia, exemplos: 
CB 1 – Solicito auxílio imediato; estou com uma banda perigosa. 
CL – Ofereci auxílio mas ele foi dispensado. 
CM – Um ou mais navios estão auxiliando o navio em perigo. 
CV 1 – Você pode ir em auxílio do navio indicado (na lat. ....long. ....)? 
 
Mensagens relacionado à balsas, exemplos: 
CW 3 – A embarcação/balsa está à deriva. 
DH 3 – Quantas lanchas a motor utilizáveis você tem ? 
DI – Solicito embarcações para .... (número) pessoas. 
DK – Enviar todas embarcações/balsas disponíveis. 
DN 1 – Você viu ou ouviu algo acerca da embarcação/balsa ? 
 
Mensagens relacionado à Incapacidade de operar, ou à deriva, naufrágio. Exemplos: 
DT – Avistei o navio incapacitado de operar na lat. ... long. ... na hora indicada. 
DU – Estou derivando a ... (número) nós, na direção aproximada .... graus. 
DY 4 – Qual a profundidade do local onde o navio afundou ? 
Perigo 
NC – Estou em perigo e solicito auxílio imediato. 
EJ – Recebi o sinal de perigo transmitido pela estação costeira indicada. 
EL 1 – Qual é a posição do navio em perigo ? 
EO – Não posso localizar o navio/aeronave em perigo por causa da pouca visibilidade. 
Posição 
EZ 1 – Você pode me dar minha posição de acordo com as marcações tomadas pelas 
estações radiogoniométricas sob seu controle ? 
FA – Você poderia fornecer minha posição ? 
 27 
 
FC 2 – Indique sua posição por sinais visuais. 
HT – Indique a posição dos sobreviventes, lançando sinais pirotécnicos. 
Mensagens de busca e salvamento, exemplos: 
CR – Dirijo-me em auxílio do navio/aeronave em perigo (lat....long....). 
FF – Interceptei um SOS/MAYDAY proveniente do navio (nome ou indicativo) (ou 
aeronave) na posição lat... long..., na hora indicada. 
MF – O rumo para chegar a mim é .... 
FR 6 – A velocidade de busca deverá ser de... nós. 
GC 1 – Os resultados da busca são negativos. Continuo a busca. 
GO – Não posso retirar de bordo as pessoas. 
GX – Informe sobre os resultados do salvamento. 
 
Mensagens de busca à sobreviventes, exemplos: 
HG – Localizei sobreviventes numa embarcação de salvamento na lat.... long.... (ou 
marcação... tomada do lugar indicado, distância...). 
HL – Ainda não localizei os sobreviventes. 
HO – Recolha os sobreviventes nos gelos à deriva na lat.... long..... 
 
5.1.2 Mensagem referente à acidentes e avarias 
 Mensagens também podem ser transmitidas através de bandeiras quando o 
assunto é referente à acidentes e avarias. Seja com intenção de ajudar, ou ser 
ajudado. 
 
Mensagens de colisão, exemplos: 
HV – Você colidiu ? 
HW 7 – Eu (ou o navio indicado) colidi/colidiu com um gelo flutuante. 
HZ – Houve uma colisão entre os navios indicados (nomes ou indicativos). 
KA – Solicito uma camisa de colisão com urgência. 
 
Mensagens de avarias, exemplos 
IA 7 – Sofri avarias nas escotilhas. 
IB 1 – Meu navio está seriamente avariado. 
ID – As avarias podem ser reparadas no mar. 
RO 1 – Meu hélice está enrascado por uma espia ou cabo. 
 28 
 
Mensagens relacionadas a mergulhadores fazendo operações marítimas, exemplos: 
IN 4 – Solicito um mergulhador para liberar o ferro. 
IO – Não tenho mergulhador 
IP – Será enviado um mergulhador tão logo seja possível (ou à hora indicada). 
 
Mensagens de Incêndio e explosão, exemplos: 
IT – Tenho incêndio a bordo. 
IY – Posso controlar o incêndio sem auxílio. 
JA – Necessito equipamentos de combate a incêndio. 
JB – Há perigo de explosão. 
JD 2 – Houve explosão na carga. 
 
Mensagens relacionadas a encalhe, abicagem, exemplos: 
JI – Você está encalhado ? 
JK – Estava em preamar na ocasião do encalhe. 
JN – Você deve abicar o navio na lat.... long..... 
JO 2 – Estou flutuandona popa. 
JR 4 – Espero (ou o navio indicado espera) reflutuar quando a visibilidade melhorar. 
 
Mensagens relacionadas a Água Aberta, exemplos: 
JW – Estou com Água aberta. 
JX 1 – Não posso deter a água aberta. 
JY 2 – A água aberta está sob controle. 
 
Mensagens em operações de reboque com rebocadores , exemplos: 
Z – Solicito Rebocador. 
KH 1 – Um rebocador com prático se dirige para você. 
KJ – Estou rebocando um objeto submerso. 
KL – Vejo-me obrigado a parar o reboque temporariamente. 
KT – Passar-me um cabo de reboque. 
KZ 3 – Estou tesando o cabo. 
LB 1 – O cabo de reboque está preso sob volta ao mordente. 
LF 1 – Não posso arriar mais espia/cabo. 
LG 7 – Largar a(s) espia(s). 
 29 
 
QD – Estou dando adiante. 
QE – Tenho seguimento para vante. 
LI 1 – Aumente a velocidade. 
 
5.1.3 Mensagens de auxílio a navegação 
 As mensagens transmitidas por bandeira não necessariamente precisam ser 
mensagens de emergencia, podem ser também mensagens relacionadas à assuntos 
referentes à auxílio a navegação. 
 
Mensagens de auxílio à navegação, exemplos: 
LL – A bóia (ou baliza) da lat.... long.... foi retirada. 
LO 1 – A barca-farol (nome) está fora de sua posição. 
LR – A barra não é perigosa. 
LV – Indique minha marcação tomada de você. Acenderei um holofote. 
LZ 1 – Tenho intenções de passar pelo canal/via de acesso. 
ME 1 – Qual é o rumo para ir a (nome do lugar)? 
 
Mensagens de perigos à navegação, exemplos: 
MM 1 – Os destroços estão indicados por bóia(s). 
MO – Colidi com um banco de areia ou um objeto submerso (lat....long....). 
MS – Meu navio é uma perigosa fonte de radiação. 
MY 5 – É perigoso guinar para bombordo. 
NA 2 – A navegação somente é possível com auxílio de prático. 
 
Mensagens referentes à profundidade (calado), exemplos: 
NK – Não há profundidade suficiente. 
PW 2 – Qual é a profundidade na preamar e na baixamar aqui (ou lugar indicado)? 
NT 2 – Qual é seu calado com lastro? 
OE – Seu calado não deve exceder ... (número) pés ou metros. 
 
Mensagens referentes à navegação eletrônica, exemplos: 
OI 1 – Você está equipado com radar ? 
OO – Meu radiogoniômetro está inoperante. 
EW 5 – Minha posição foi obtida por Sistema de Posicionamento Eletrônico. 
 30 
 
Mensagens sobre minas e luzes de navegação, exemplos: 
OW 1 – Existe um campo minado ao longo da costa. Você não deve aproximar-se 
muito. 
PA 1 – Navegue cuidadosamente no canal varrido. 
PE – Apague todas as luzes exceto as de navegação. 
 
Mensagens de instruções para navegação e governo, exemplos: 
PH 1 – Governe de modo a vir na minha direção. 
PL 1 – Deixe a bóia (ou objeto indicado) por boreste. 
PQ 1 – Mantenha-se mais afastado da costa. 
 
Mensagens de maré, exemplos: 
PT 1 – A maré está subindo. 
QC – Espere até a preamar. 
 
5.1.4 Mensagem de manobras 
 Mensagens de manobras também são transmitidas, com o objetivo de informar 
à outra embarcação sua intenção de manobra, evitando a ocorrencia de possíveis 
acidentes. 
 
Mensagens de manobras adiante – atrás – atracação a contrabordo... Exemplos: 
QD 4 – Darei adiante muito devagar. 
QJ – Tenho seguimento para ré. 
QP 1 – Tentarei atracar a seu contrabordo. 
 
Mensagens de fundeio, exemplos: 
QX 1 – Você tem permissão para fundear. 
RC 1 – Meu navio garrou. 
KP 2 – Preciso buscar abrigo ou fundeadouro tão logo seja possível. 
 
Mensagens referentes à manobras – máquinas – hélice, exemplos: 
RU 1 – Estou fazendo experiências de manobra. 
RL – Pare as máquinas imediatamente. 
RO 2 – Perdi meu hélice. 
 31 
 
CB 8 – Necessito auxílio imediato; tenho o eixo propulsor partido. 
 
Mensagens de desembarque – embarque – seguir – suspender. Exemplos: 
RP – O desembarque aqui é altamente perigoso. 
RS – Não é permitido a ninguém vir a bordo. 
RV 1 – Siga para o destino. 
SF 2 – A que horas você suspenderá ? 
 
Mensagens referente à velocidade, parada... Exemplos: 
SG – Minha velocidade atual é ... nós. 
SO 1 – Você deve parar. Aproe para o largo. 
SQ 3 – Você deve parar, ou pairar sob máquinas; estou indo para seu bordo. 
 
5.1.5 Mensagens meteorológicas 
 Mensagens relacionados à fenomenos meteorológicos também podem ser 
transmitidas. 
 
Mensagens referentes à estado das nuvens, ventos fortes, tormentas, tormentas 
tropicais. Exemplos: 
VI 1 – Qual é, em centenas de metros, a altura estimada da base das nuvens baixas 
? 
VJ – É esperado um vento forte vindo da direção indicada. 
VK – É esperada uma tormenta vinda da direção indicada. 
VL – Aproxima-se uma tormenta tropical (ciclone, furação, tufão). Tome as devidas 
precauções. 
 
Mensagens relacionadas ao estado do gelo, icebergs, quebra-gelo. Exemplos: 
VR 7 – O gelo derivante entrou na área ou se comprimiu com outro. 
VW – Vi icebergs na lat.... long..... 
CD 9 – Solicito auxílio de um navio quebra-gelo. 
 
Mensagens informando pressão atmosférica, temperatura, mar, marulho. Exemplos: 
WP 2 – A indicação barométrica está subindo rapidamente. 
WV 1 – Espera-se que a temperatura do ar esteja abaixo de zero (graus centígrados). 
 32 
 
WX – A direção verdadeira do mar em dezenas de graus é ... (número). 
XC – Qual é o estado do marulho em sua área (ou área próxima da lat.... long....)? 
 
Mensagens de visibilidade, meteorologica e vento. Exemplos: 
XJ – A visibilidade é de ... (número) décimos de milha marítima. 
XT 2 – Não se espera modificação nas condições do tempo. 
XZ 4 – O vento está de rajadas. 
 
5.1.6 Mensagens de comunicação 
 Essas por sua vez são as mais utilizadas, pois estão presentes em todos os 
tipos de comunicação. 
 
Mensagens de recebimento, chamada e cancelamento. Exemplos: 
YK – Não posso responder sua pergunta. 
YM – Quem está me chamando? 
YN – Cancele meu último sinal/mensagem. 
 
Mensagens de comunicado, recepção e repetição. Exemplos: 
YU – Usarei para comunicar-me com sua estação grupos do Código Internacional de 
Sinais. 
ZM – Transmita (ou fale) mais lentamente. 
ZP – Meu último sinal foi incorreto. Vou repeti-lo corretamente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 33 
 
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
A navegação, atualmente, é uma ciência bastante precisa, cujas bases são o 
conhecimento e a tecnologia. Dessa forma, o Oficial de Náutica deve estar sempre 
atento a possíveis situações na qual exijam tais conhecimentos, provando assim, sua 
capacidade de ocupar tal posição. 
Tudo atualmente é comunicação, qualquer conversa, trabalho ou 
apresentação, tudo é uma mensagem que precisa ser passada de alguem para 
alguem. Tendo em vista a exatidão necessária para que uma navegação segura possa 
ser realizada, grande parte do conteúdo apresentado nesse trabalho foi dedicado à 
análise das formas de comunicação existentes e aplicáveis em situações na qual a 
comunicação verbal não se fazia possível. 
O constante aperfeiçoamento dos equipamentos existentes a bordo, que foi 
uma das consequências do retrocesso desse método antigo, não justificam a não 
utilização desses metódos, reafirmando assim, a importancia de obter tais 
conhecimentos. Assim como a navegação astronomica é indispensável ao navegante 
devido aos instrumentos nauticos modernos, a comunicação internacional 
padronizada seja ela por bandeiras, código morse, etc... Faz-se necessária quando a 
comunicação verbal não é possível. Evitando assim, erros e acidentes que poderiam 
ocorrer devido a falha na comunicação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 34 
 
REFERÊNCIAS 
Alfabeto fonético internacional. Disponível em: 
http://www.alfabetofonetico.com.br/alfabeto-fonetico-internacional 
 
Bandeiras Alfabéticas, galhardetes numerais, cornetas substitutas e distintivo 
do código ou galhardete de resposta. Disponível em: 
https://diariodoavoante.wordpress.com/tag/quadro-de-bandeiras-alfabeticas/ 
 
Diretoria de Hidrografia e Navegação, Manual de Sinalização Náutica,Vol. I, 
1ª Edição, 2005. 
 
International Maritime Organization e Diretoria de Portos e Costas, Código 
Internacional de Sinais, 1969. 
 
Sinais de uma letra. Disponível em: 
http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&
artigo_id=6308 
 
Tabela de sinais morse para transmissão com os braços, com ou sem 
bandeirolas. Disponível em: http://www.qsl.net/zz1nja/pxpy/codigo_morse.htm 
& https://sites.google.com/site/crisflopt/Home/aids-menu/cod-signal 
 
Tabela fonética para algarismos. Disponível em: 
https://docesdivagacoes.com.br/2015/10/31/alfabeto-fonetico-da-otan/ 
 
 
 
 
 
 
http://www.alfabetofonetico.com.br/alfabeto-fonetico-internacional
https://diariodoavoante.wordpress.com/tag/quadro-de-bandeiras-alfabeticas/
http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=6308
http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=6308
http://www.qsl.net/zz1nja/pxpy/codigo_morse.htm
https://sites.google.com/site/crisflopt/Home/aids-menu/cod-signal
https://docesdivagacoes.com.br/2015/10/31/alfabeto-fonetico-da-otan/

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