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FACULDADE ÚNICA DE IPATINGA – POLO POMPÉU TUTORA: Juliana Coelho dos Santos ALUNA: Juliana Aparecida Messias CURSO: Segunda Licenciatura em Física DISCIPLINA: Planejamento e Avaliação Escolar AVALIAÇÃO FORMATIVA A palavra avaliação é sinônima de observação, análise, verificação, julgamento, juízo. De modo geral, a cultura de avaliação em nossas escolas ainda é baseada em exames que valorizam apenas dados quantitativos ao final de cada ciclo de aprendizagem, sem uma prática contínua do avaliar, nem sempre valorizam os dados qualitativos. Um método antiquado e alienado. Neste sentido, é muito importante a avaliação formativa. Ela propõe o acompanhamento do desenvolvimento das aprendizagens do aluno. As informações do resultado obtido pelo aluno alimentam e direcionam de forma significativa a ação pedagógica, aproximando de maneira considerável professor e aluno. A avaliação formativa é um excelente recurso para o professor, uma vez que representa uma excelente ferramenta para identificar lacunas no percurso de aprendizagem, evidenciando problemas, seja no desenvolvimento pessoal do aluno, ou no sistema de ensino. A avaliação formativa integra o processo de ensino e aprendizagem e tem como objetivo maior determinar o nível de aprendizagem obtido pelo aluno em um conteúdo ensinado, bem como especificar o que o aluno ainda não aprendeu. Assegura que todos os alunos atinjam os objetivos propostos (mesmo que uns aprendam antes que os outros) e permite que os professores e educandos percebam seus erros e acertos. A avaliação deste tipo é um norte para que o professor repense sua prática pedagógica e valore o que o aluno sabe ou não sabe. Mudar as práticas avaliativas atuais, mais frequentemente quantitativas, para uma avaliação formativa envolve mudanças de paradigma, de postura e novo entendimento do processo educacional. Entretanto, sabemos que mudanças desse tipo não acontecem da noite para o dia. Não basta mudar as políticas educacionais e os documentos orientadores para que se transforme toda a concepção com relação à avaliação e ao processo ensino-aprendizagem. Para essa mudança é imprescindível que se efetivem investimentos na formação do professor que estimulem discussões nos espaços educacionais das novas concepções – suas fragilidades, possibilidades e dificuldades –; é necessário que sugestões, críticas, adesões e resistências surjam dos protagonistas que irão colocar em prática essas concepções e metodologias que serão elaboradas. Mas, para que isto se efetive, a clareza conceitual é imprescindível. Para Perrenoud (1999), a avaliação formativa deve levar O professor a observar mais metodicamente os alunos, a compreender melhor seus funcionamentos, de modo a ajustar de maneira mais sistemática e individualizada suas intervenções pedagógicas e as situações didáticas que propõe, tudo isso na expectativa de otimizar as aprendizagens: “A avaliação formativa está portanto centrada essencial, direta e imediatamente sobre a gestão das aprendizagens dos alunos (pelo professor e pelos interessados)”. Essa concepção se situa abertamente na perspectiva de uma regulação intencional, cuja intenção seria determinar ao mesmo tempo o caminho já percorrido por cada um e aquele que resta a percorrer com vistas a intervir para otimizar os processos de aprendizagem em curso. (Perrenoud, 1999, p. 89) A avaliação formativa é aquela que consegue precisar a evolução do aluno durante o processo ensino e aprendizagem, possibilitando ao docente avaliar e ajustar as práticas pedagógicas a fim de melhorar e adequar essas práticas a serviço da aprendizagem. Pode-se destacar a avaliação formativa como aquela que não só orienta o trabalho docente, mas também a que permite ao aluno ajustar seus esforços nos aspectos da aprendizagem que necessitam de maiores investimentos para serem apropriados. A sociedade educativa em tempos modernos exige uma prática diferenciada, uma vez que a escola trabalhe a vigor do desenvolvimento integral do educando, assim, preparando-o para o exercício na sociedade. Sendo assim, a avaliação aplicada adequadamente, torna-se uma ferramenta primordial no processo de ensino-aprendizagem significativo. O avaliar correta mente traduz em uma atuação preocupada na desenvoltura do aluno. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PERRENOUD, P. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens - entre duas lógicas • Est. Aval. Educ., São Paulo, v. 22, n. 50, p. 553-576, set./dez. 2011 lógicas. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999. __________. Práticas da avaliação da aprendizagem e sua relação com a formação continuada de professores no cotidiano do trabalho escolar. Estudos em Avaliação Educacional, São Paulo, v. 16, n. 32, p. 111-114, jul./dez. 2005.