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CLASSES GRAMATICAIS Como você pode ver, as palavras da língua portuguesa são agrupadas em dez grupos, ou melhor dizendo, em dez classes gramaticais. São agrupadas a partir de critérios morfológicos, semânticos e sintáticos. A primeira classe gramatical que estudaremos é a dos Substantivos. Vamos lá? Uma característica típica do substantivo é que a ele podem ser associadas outras palavras que modificam, especificam e/ou restringem seu significado. Todas as paixões juvenis contribuem para nosso amadurecimento emocional. Substantivos Adjetivos Pronomes Artigos Numerais Verbos Advérbio Preposições Conjunções Interjeições Variáveis Invariáveis Substantivo Semanticamente, é a palavra que nomeia tudo o que tem substância, tudo o que existe, tudo o que imaginamos existir ou tudo o que é conceito abstrato. Morfologicamente, é uma palavra que varia em gênero e número, ou seja, pode mudar de forma por meio de desinências e de afixos. Sintaticamente, ou seja, na oração, normalmente é o núcleo dos termos sintáticos. Palavras associadas ao substantivo paixões Palavras associadas ao substantivo amadurecimento Classificação geral dos substantivos O substantivo, dependendo do aspecto segundo o qual é considerado admite diferentes classificações. Veja a seguir: Observações: A classificação substantivo concreto não se relaciona ao sentido usual da palavra “concreto” (real, físico, visível). Substantivos como Deus, alma, fada, saci, dragão, assombração, fantasma etc., embora nomeiem seres que não existem na realidade material, podem ser considerados como tendo existência autônoma, própria, por isso classificam-se como substantivos concretos. Note que cada um dos pares de classificação é independente dos demais. Assim, o substantivo livro, por exemplo, tem estas quatro classificações: comum, primitivo, simples e concreto. Quanto à designação Comum Nomeia todos os seres de uma mesma espécie. Ex.: livro, computador, rodovia. Próprio Nomeia, individualmente, um determinado ser. Ex.: Isabel, Uruguai, Pará. Quanto à formação Primitivo Não se origina de outra palavra. Ex.: livro, Isabel, fantasma. Derivado Origina-se de outra palavra. Ex.: computador, paraense, livraria. Quanto à forma Simples Formado por uma única palavra ou radical. Ex.: livro, fantasma, desligamento. Composto Formado por mais de uma palavra ou radical. Ex.: lobisomem, sexta-feira, petróleo. Quanto ao tipo de ser nomeado Concreto Nomeia seres / coisas (reais ou imaginários) de existência própria. Ex.: livro, fantasma, Deus, Isabel. Abstrato Nomeia ações, sensações, sentimentos, conceitos etc. Ex.: abraço, dor, medo, beleza. Flexões dos substantivos Como visto anteriormente, o substantivo é uma palavra variável, isto é, uma palavra que pode ter sua forma alterada para exprimir determinados aspectos gramaticais. menina meninos Flexão para mudar de gênero: masculino > feminino Flexão para mudar o número: singular > plural As flexões do substantivo podem indicar, portanto, gênero e número. Gênero dos substantivos Os substantivos, considerados na perspectiva do gênero, subdividem-se em dois grupos: os de gênero masculino e os de gênero feminino. É masculino todo substantivo ao qual podemos antepor o artigo o(s) e é feminino todo substantivo ao qual podemos antepor o artigo a(s). (o) vendedor (os) problemas (a) música (as) trevas A flexão masculino-feminino A maioria dos substantivos forma o feminino por meio de flexão: a desinência -a é acrescentada à forma do masculino. Esse acréscimo às vezes exige adaptações na terminação do masculino. • Vendedor – vendedora • Gato – gata • Presidente – presidenta • Leão – leoa Existe um pequeno número de substantivos que têm uma palavra específica para o masculino e outra para o feminino. Nesses casos, não ocorre, portanto, flexão para formar o feminino. • Homem – mulher • Zangão – abelha • Cavaleiro – amazona • Cavalheiro – dama A flexão não cria uma nova palavra; apenas cria, por meio de desinências específicas (-a, para feminino; -s para o plural), uma nova forma da mesma palavra. Essa nova forma, por não ser outra palavra, não precisa aparecer no dicionário. Assim é que, no dicionário, aparece, por exemplo, aluno, mas não aluna, nem alunos, porque essas formas são apenas flexões de aluno, e não outras palavras. Número dos substantivos Número é a flexão do substantivo que exprime a quantidade de seres que ele nomeia. Assim: • Singular: o substantivo está no singular quando nomeia um único ser (ex.: árvore) ou um conjunto de seres considerados como um todo (ex.: cardume). • Plural: o substantivo no plural nomeia mais de um ser (ex.: árvores) ou mais de um conjunto de seres (ex.: cardumes). Plural dos substantivos compostos Quando o substantivo composto não tem hífen, sua flexão de plural se faz como se ele fosse uma palavra simples. Por exemplo: rodapé > rodapés; girassol > girassóis. Quando se trata de compostos que apresentam hífen, o plural se faz, na maioria dos casos, de acordo com a seguinte regra geral: • Onça-pintada Substantivos uniformes Existem substantivos que dispõem de apenas uma forma para o masculino e para o feminino; são chamados, por isto, de substantivos uniformes. O / a gerente; o / a artista (comuns de dois gêneros) A testemunha; a criança; o cônjuge (sobrecomuns); A cobra macho / a cobra fêmea; o mamão macho / o mamão fêmea (epicenos) Mudança da significação com a mudança de gênero Certos substantivos têm um significado quando empregados no masculino e outro quando empregados no feminino. Alguns exemplos: o capital (bens materiais) – a capital (cidade); o cabeça (chefe, líder) – a cabeça (parte do corpo). O plural de um substantivo composto é a reunião das formas de plural das palavras que o constituem. Plural de onça = onças Plural de pintada = pintadas Onças-pintadas • Sempre-viva Obs.: guarda-florestal = guardas-florestais Guarda-roupa = guarda-roupas Salva-vidas = salva-vidas 1. Classifique os substantivos em destaque nas orações abaixo: a) Esta é minha flor favorita. b) Dom Casmurro é um romance. c) A honestidade é essencial nas relações humanas. Plural de sempre = não existe Plural de viva = vivas Sempre-vivas Palavra que não tem plural, por isso mantém-se invariável. 1. Se os elementos formadores são ligados por preposição (de, com, sem...), apenas a primeira palavra vai para o plural. Pé de moleque = pés de moleque; água-de-colônia = águas-de- colônia 2. Se o segundo elemento indica finalidade/especificação do primeiro, pode-se aplicar tanto a regra geral como flexionar apenas o primeiro. Navio-escola = navios-escolas ou navios-escola (escola indica a finalidade do navio) 3. Compostos em que aparece verbo. Verbo + outra palavra – o verbo fica no singular. - cata-vento = cata-ventos Verbos repetidos – plural nos dois ou só no segundo elemento. - corre-corre = corres-corres ou corre-corres (plural mais usual) Verbos de sentidos contrários – os dois continuam no singular - o ganha-perde = os ganha-perde d) O cardume migrava para a desova. e) O ferreiro ensinava-lhe o ofício. Assinale a alternativa que possui um substantivo comum, simples, concreto e primitivo: a) casebre b) girassol c) Helena d) honestidade e) menina Relacione as colunas de acordo com a classificação dos substantivos em destaque: I. Substantivo abstrato II. Substantivo concreto ( ) Minha aliança de casamentoé de ouro. ( ) O crescimento econômico depende de uma nova aliança comercial. A palavra livro é um substantivo a) próprio, concreto, primitivo e simples. b) comum, abstrato, derivado e composto. c) comum, abstrato, primitivo e simples. d) comum, concreto, primitivo e simples. As palavras TIETÊ e PESCA são, respectivamente, substantivos: a) próprio e concreto. b) comum e próprio. c) concreto e próprio. d) comum e abstrato. e) próprio e abstrato. 6. Retire do texto 3 substantivos comuns e 3 substantivos próprios. O anúncio do vencedor do Prêmio Nobel de Literatura de 2016 surpreendeu muitas pessoas. No dia 13 de outubro, a Academia Sueca anunciou que o astro norte-americano da música pop, Bob Dylan, era o premiado. A escolha foi recebida com pouca receptividade por alguns e com alegria e reconhecimento por muitos. Estes consideram que a escolha inusitada reflete um avanço na forma de entender a arte literária. As manifestações negativas giram justamente pelo fato de Dylan ser músico e, apesar de poeta, não ser escritor de ofício. A Academia Sueca, a responsável pela seleção do escritor, declarou que a escolha levou em conta a criação de novas expressões poéticas. Adjetivo Semanticamente, o adjetivo é um caracterizador, um modificador de sentido. Morfologicamente, normalmente o adjetivo varia em gênero, número e grau. Sintaticamente, o adjetivo exerce duas funções na frase: adjunto adnominal ou predicativo (do sujeito ou do objeto). As classes gramaticais modificadas por um adjetivo são o substantivo (normalmente), o pronome, o numeral, qualquer palavra de valor substantivo (verbo no infinitivo, por exemplo) e até uma oração substantiva. Veja: i. Rocha Lima e Celso Cunha eram excelentes. ii. Eles eram excelentes. iii. Os dois eram excelentes. iv. Acho excelente resolver exercícios de Português. Reveja esta reprodução do quadro Guernica: Nesse texto, as palavras instigante, surpreendente, revolucionário e político são empregadas para atribuir características ao substantivo “quadro”; a palavra espanhol, por sua vez, caracteriza o substantivo “pintor”. Essas cinco palavras funcionam, nesse texto, como adjetivos. O adjetivo é um recurso essencial para dar expressividade ao texto quando se descreve uma pessoa, um objeto ou uma paisagem. Releia o trecho a seguir e observe como a escolha dos adjetivos contribui decisivamente para criar a impressionante imagem da personagem, uma mulher louca, durante um incêndio. Instigante, surpreendente, revolucionário, político. Assim é Guernica, quadro em que o pintor espanhol Pablo Picasso expõe e denuncia os horrores da guerra. [...] a Bruxa surgiu à janela da sua casa, como à boca de uma fornalha acesa. Estava horrível; nunca fora tão bruxa. O seu moreno trigueiro, de cabocla velha, reluzia que nem metal em brasa; a sua crina preta, desgrenhada, escorrida e abundante como as das éguas selvagens, dava-lhe um caráter fantástico de fúria saída do inferno. [...] AZEVEDO, Aluísio. O cortiço Trigueiro: da cor do trigo maduro; amarelado tendendo ao marrom. Se tomarmos as palavras japonês e doente isoladamente, como classifica-las? Tanto podem ser substantivos como adjetivos. Só poderemos classificá-las partindo da função que exercem num determinado contexto. Por exemplo, em o japonês doente temos japonês designando um ser (portanto, um substantivo) e doente modificando esse substantivo (portanto, um adjetivo). A situação se inverte quando falamos o doente japonês; agora doente é um substantivo e japonês é um adjetivo. Formação dos adjetivos Da mesma forma que os substantivos, os adjetivos também podem ser classificados em simples / compostos e primitivos / derivados. Tomemos o exemplo: O povo brasileiro não é triste, apesar da situação socioeconômica do país. Temos três adjetivos: brasileiro, triste, socioeconômica. Levando em consideração apenas o radical, brasileiro e triste apresentam apenas um radical (são, portanto, simples), enquanto socioeconômica apresenta dois radicais (é, pois, composto). Por outro lado, triste não deriva de nenhuma outra palavra (é, portanto, primitivo); já o adjetivo brasileiro deriva do substantivo Brasil (é, pois, derivado). Dessa forma, temos: a) adjetivo simples – formado por um só radical: triste, brasileiro, alegre, bonita etc.; b) adjetivo composto – formado por mais de um radical: socioeconômica, latino- americano etc.; c) adjetivo primitivo – é aquele que não deriva de um substantivo ou de um verbo: claro, grande, livre, leve, triste etc.; d) adjetivo derivado – é aquele que deriva de um substantivo ou de um verbo. Na formação de adjetivos derivados, é fundamental o papel desempenhado pelos sufixos, como nos casos de: brasileiro (Brasil + eiro, sufixo que indica origem), escolar (escoa(a) + ar, sufixo que indica relação, pertinência), tolerante (toler(ar) + ante, sufixo que indica qualidade, estado). Adjetivo pátrio O adjetivo pátrio, ou seja, aquele que se refere a países, estados, cidades etc. A maioria desses adjetivos forma-se pelo acréscimo de um sufixo (que indica origem, procedência) ao substantivo que denomina localidade, como ocorre no adjetivo brasileiro. Acre – acreano Bahia – baiano Campinas – campinense ou campineiro Goiás – goiano Equador – equatoriano Irã – iraniano Locução adjetiva Compare os destaques nestas frases: Em 1, o substantivo “quadro” é caracterizado pelo adjetivo impressionista. Em 2, ao substantivo “quadro” associa-se a expressão do Impressionismo, que, por desempenhar o mesmo papel que o adjetivo – caracterizar o substantivo -, classifica-se como locução adjetiva. Em Gramática, chama-se locução à reunião de duas ou mais palavras com valor de uma só. Locução adjetiva é, portanto, a reunião de duas ou mais palavras equivalentes a um único adjetivo. Geralmente, as locuções adjetivas são formadas por uma preposição e um substantivo, como nos exemplos: Dente de cão = canino Água de chuva = pluvial Ou por uma preposição e um advérbio, como nos exemplos a seguir: Pneus de trás = traseiros jornal de ontem Palácio dos Doges em Veneza (1881), obra-prima do pintor impressionista francês Pierre-Auguste Renoir (1841-1919) 1. Este é um quadro impressionista. 2. Este é um quadro do Impressionismo. É bom atentar para o fato de que nem toda locução adjetiva possui um adjetivo correspondente, como em: Mulher sem graça herói sem nenhum caráter Em que as locuções destacadas são evidentemente adjetivas, apesar de não possuírem um adjetivo equivalente: Sem graça não é o mesmo que desgraçada! Sem nenhum caráter não é o mesmo que descaracterizado! A posição do adjetivo em relação ao substantivo A posição usual do adjetivo é depois do substantivo, formado sequências do tipo substantivo + adjetivo. Nessas sequências, o adjetivo exprime, de maneira direta e objetiva, a característica do substantivo. Por exemplo: Sob o sol claro de abril, duas pombas brancas admiram a beleza do dia. Muitas vezes, no entanto, o falante, para enfatizar o adjetivo e/ou atribuir a ele um valor mais pessoal, mais subjetivo, inverte a ordem normal, criando sequências do tipo adjetivo + substantivo. Veja o exemplo a seguir: Em sua curta vida, o delirante explorador viveu fantásticas aventuras. Agora considere o folheto publicitário ao lado, que divulgava o lançamento de um prédio de apartamentos. Observe que o adjetivo nova muda de sentido: anteposto ao substantivo – nova casa – significa “outra, diferente da casa atual”; posposto ao substantivo – casa nova – significa “recém- construída, que nunca foi habitada”. Essa alteração de sentido do adjetivo, provocada pela mudançade sua posição em relação ao substantivo, pode ocorrer também com outras palavras dessa classe gramatical. Veja outros exemplos: • Falso médico: indivíduo que, sem ser médico, pratica a medicina. Médico falso: indivíduo formado em medicina e que não é sincero; é fingido. • Mau aluno: aluno desinteressado; que não se dedica ao estudo. Aluno mau: aluno perverso, cruel, maldoso. • Velho amigo: amigo de há muito tempo; de longa data. Amigo velho: amigo de idade avançada. Flexões do adjetivo Gênero O adjetivo concorda em gênero com o substantivo por ele modificado, podendo, portanto, ser flexionado em masculino e feminino. Entretanto, é necessário reconhecer, inicialmente, dois tipos de adjetivos: a) uniformes: apresentam uma única forma para o masculino como para o feminino. Compreendem a quase totalidade dos adjetivos terminados em a, e, m, l, z e dos paroxítonos terminados em s: democrata, hipócrita, fluminense, rio-grandense, jovem, ágil, pueril, amável, infeliz, simples etc.; Venha para sua nova casa nova ✓ Construção em fase final ✓ Totalmente financiado ✓ Mude em dezembro ✓ Lazer completo ✓ Segurança 24 horas. b) biformes: apresentam uma forma para o masculino e outra para o feminino. Nesse caso, a formação do feminino geralmente segue as mesmas regras que o substantivo: o jogador brasileiro – a jogadora brasileira o rapaz burguês – a moça burguesa Número O adjetivo também concorda em número com o substantivo por ele modificado, flexionando-se em singular e plural. Segue, de modo geral, as mesmas regras que o substantivo: A menina bonita – as meninas bonitas o lutador chinês – os lutadores chineses Plural dos adjetivos compostos No plural de um adjetivo composto, somente o último adjetivo formador – o da direita – vai para o plural. Se o último elemento formador não for adjetivo, o composto é invariável. Veja os exemplos a seguir: • Tratado anglo-franco-italiano = tratados anglo-franco-italianos Agora, vamos considerar os adjetivos compostos “verde-claro” e “verde-musgo” e observar, nos exemplos abaixo, a diferença que eles apresentam na flexão de plural. • Tapete verde-claro = tapetes verde-claros • Tapete verde-musgo = tapetes verde-musgo Por que “verde-claro” tem plural, mas “verde-musgo” é invariável? Observe que claro é adjetivo (ex.: dia claro), por isso, conforme a regra geral, no adjetivo composto esse elemento vai para o plural: “verde-claros”. Por outro lado, musgo não é adjetivo (e sim substantivo), por isso, conforme a regra, não vai para o plural e, consequentemente, o adjetivo composto fica invariável. adjetivo Adjetivo composto no plural 1. Os adjetivos azul-marinho e azul-celeste são invariáveis. = camisas azul- marinho; bandeiras azul-celeste 2. O adjetivo surdo-mudo tem plural nos dois elementos, e não apenas no último (conforme determina a regra geral). = crianças surdas-mudas 3. As expressões adjetivas formadas por cor + de + substantivo são invariáveis, inclusive quando o segmento “cor de” fica subentendido. = paredes cor de terra Grau dos adjetivos Dizer que um adjetivo varia em grau significa dizer que, em algumas construções, ele terá seu valor intensificado – normalmente por um advérbio ou por um sufixo. Existem duas situações em que o adjetivo pode variar em grau: em uma estrutura de comparação ou em uma de superlativação. Compare os empregos do adjetivo “interessante” nestes dois enunciados: Nessas duas frases, o adjetivo não só caracteriza o substantivo “documentário” como também expressa a intensidade dessa característica. Comparando os exemplos, é fácil observar que, em cada caso, a intensificação do adjetivo se faz por meio de diferentes mecanismos gramaticais. Assim: Em 1 – ao adjetivo “interessante” associa-se a palavra intensificadora “mais”: mais interessante. Em 2 – ao adjetivo “interessante” associa-se o sufixo intensificador -íssimo: interessantíssimo. 1. O documentário a que assistimos hoje foi mais interessante que o filme de ontem. 2. A TV Escola apresentou outro documentário interessantíssimo. Comparativo De superioridade Este verão está mais quente que chuvoso. O documentário foi mais interessante que o filme. De igualdade Este verão está tão quente quanto chuvoso. O documentário foi tão interessante quanto o filme. De inferioridade Este verão está menos quente que chuvoso. O documentário foi menos interessante que o filme. Estabelece uma relação de comparação entre duas características de um mesmo ser, ou compara uma determinada característica atribuída a dois seres. Superlativo Indica que uma característica é atribuída em máxima (ou mínima) intensidade ao substantivo. Subdivide-se, como mostra o quadro em absoluto e relativo. Absoluto Relativo Indica que a característica é atribuída a um ser isoladamente e, dependendo da forma como se apresenta, pode ser analítico ou sintético. - analítico: palavra intensificadora + adjetivo A TV Escola apresenta documentários muito interessantes. - sintético: adjetivo + sufixo intensificador A TV Escola apresenta documentários interessantíssimos. A característica é atribuída a um ser, relacionando-a a outros seres que também apresentam tal característica. Pode ser de superioridade ou comparação. - superioridade: o mais [adjetivo] de Aquela região era a mais rica do estado. - inferioridade: o menos [adjetivo] de Ele é o menos irresponsável da turma. Na variedade padrão do idioma, o adjetivo não admite aumentativo nem diminutivo. Na linguagem popular, no entanto, é comum os falantes empregarem adjetivos com sufixos aumentativos ou diminutivos para obter determinados efeitos de sentido. Veja alguns exemplos: - O atacante de nosso time é muito lento, pesadão. - O namorado dela é bem bonitão, hein?! - O carro é velho, mas até que é bonzinho. - Paula não viajou porque o bebê dela está doentinho. Exercícios 1. Sobre os adjetivos, é correto afirmar: a) Classe de palavras que se caracteriza por delimitar o substantivo, atribuindo-lhe qualidades, estados, aparência etc. b) Classe de palavra invariável que modifica o sentido do verbo, do adjetivo e do advérbio. c) Classe de palavra que vem antes do substantivo, indicando se ele é determinado ou indeterminado. d) Classe de palavra invariável que exprime estados emocionais. e) Conjuntos de verbos que, em uma determinada frase, desempenham valor de um único verbo. 2. Assinale a alternativa correta em relação à classificação dos adjetivos destacados nas frases: I. Carolina comprou para a mãe um vestido amarelo-claro. II. Ele estava feliz porque foi aprovado no vestibular. III. A torcida ficou feliz pela conquista do título. IV. O mineiro Carlos Drummond de Andrade é considerado um dos maiores poetas brasileiros. V. A menina bonita colocou um laço de fita no cabelo e foi para a escola. a) biforme, pátrio, derivado, primitivo e composto. b) primitivo, composto, biforme, pátrio e derivado. c) composto, primitivo, primitivo, pátrio e biforme. d) composto, derivado, primitivo, pátrio e biforme. 3. Assinale a sequência correta em relação aos tipos de adjetivos e suas definições: I. Adjetivos formados por apenas um radical. II. Adjetivos formados por dois ou mais radicais. III. Adjetivos que não são derivados de outra palavra em língua portuguesa. IV. Adjetivos formados a partir de outros substantivos ou verbos. V. Adjetivos que se referem à origem ou nacionalidade do substantivo. ( ) pátrios ( ) primitivos ( ) compostos ( ) derivados ( ) simples a) II, III, V, IV e I b)V, IV, III, III e I c) I, III, IV, II e V d) V, III, II, IV e I 4. Assinale a oração em que o termo cego(s) é um adjetivo: a) Os cegos, habitantes de um mundo esquemático, sabem onde ir... b) O cego de Ipanema representava naquele momento todas as alegorias da noite escura da alma… c) Todos os cálculos do cego se desfaziam na turbulência do álcool. d) Naquele instante era só um cego pobre. e) ... da Terra que é um globo cego girando no caos. 5. Relacione as colunas de acordo com a classificação dos adjetivos: I. adjetivo composto II. adjetivo derivado III. adjetivo pátrio a) carioca b) rosa claro c) azulado d) socioeconômico e) facial 6. Assinale a alternativa correta em relação à classificação dos adjetivos destacados nas frases: I. Comprei um vestido verde-água. II. Todos ficaram tristes pela derrota do time. III. João ficou alegre após a aprovação. IV. O baiano Caetano Veloso é considerado um dos maiores cantores da música brasileira. V. Aquele jogador é muito alto. a) biforme, pátrio, derivado, primitivo e composto. b) primitivo, composto, biforme, pátrio e derivado. c) composto, primitivo, primitivo, pátrio e biforme. d) composto, derivado, primitivo, pátrio e biforme. 7. Há situações em que o adjetivo muda de sentido, caso seja colocado antes ou depois do substantivo. Observe: Lá se vão os pobres meninos Pelas ruas da cidade. Meninos pobres, pelas ruas da cidade rica. Qual é o significado da primeira e da segunda ocorrência da palavra “pobres” no trecho acima? a) humildes/modestos b) mendigos/sem recursos c) dignos de pena/improdutivos d) dignos de compaixão/desprovidos de recursos e) ingênuos/sem posses Vejamos que o substantivo pires é uniforme, isto é, apresenta uma única forma tanto para o singular como para o plural; por designar um objeto, seu gênero é mera convenção. A palavra que nos indica o número e o gênero do substantivo pires é o artigo. Desse modo, temos: - O pires (o artigo indica que o substantivo é masculino e que está no singular); - Os pires (o artigo indica que o substantivo é masculino e que está no plural). Se tomamos como exemplo o substantivo dentista, comum de dois gêneros, verificamos que o artigo nos indica a flexão de gênero: O dentista – a dentista Por outro lado, perceba a diferença entre as duas frases abaixo: Paulo pegou o carro. Paulo comprou um carro. Na primeira frase, está implícita a ideia de que o receptor da mensagem sabe qual carro Paulo pegou, isto é, trata-se de um carro determinado. Na segunda frase, está claro que Paulo pegou um carro qualquer, não-específico, ou seja, um carro indeterminado. Assim, podemos encontrar dois tipos de artigo: Artigo Semanticamente, o artigo não tem valores embutidos em si, mas, quando se liga a um substantivo num determinado contexto, passa a desempenhar inúmeros papéis discursivos: individualizar ou generalizar, indicar conhecimento ou desconhecimento, apreciação ou depreciação, determinação ou indeterminação, intimidade, aproximação numérica, intensificação, proximidade, etc. Morfologicamente, é uma classe variável em gênero e número. Sintaticamente, o artigo é um termo que funciona sempre como adjunto adnominal. a) artigo definido: indica um substantivo específico, determinado. Dependendo da flexão de gênero e de número, assume as formas o, a, os, as: “A professora me repreendia: ‘Quem não estuda não come merenda’ Mas lá em casa meu pai me acudia: ‘Não há aquele que com fome aprenda’.” Observe as possíveis variações de gênero e de número no primeiro verso: O professor me repreendia. As professoras me repreendiam. Os professores me repreendiam. b) artigo indefinido: indica um ser / uma coisa qualquer dentre outros da mesma espécie. Dependendo da flexão de gênero e de número, assume as formas um, uma, uns, umas. Retomando o exemplo anterior, teremos: Uma professora me repreendia. Um professor me repreendia. Umas professoras me repreendiam. Uns professores me repreendiam. Além das formas simples apresentadas (o, a os, as, um, uma, uns, umas), os artigos apresentam formas combinadas com preposições. O artigo definido combina-se com as preposições a, de, em, por, originando, por exemplo, as formas ao, do, nas, pelos, etc. Quando o artigo definido (a, as) aparece combinado com a preposição a, temos um caso que merece destaque especial: a essa fusão de duas vogais idênticas, graficamente representada por um a com acento grave (à, às), dá-se o nome de crase. Eles lançaram um alerta à nação. (à = preposição a + artigo definido feminino singular a) Um dado interessante é que o artigo tomado isoladamente, fora de qualquer contexto, nada significa. Anteposto a qualquer palavra transforma-a em substantivo: o amar, o sim, o louco, o longe etc. Nos exemplos acima, temos um verbo, dois advérbios e um adjetivo que foram substantivados. Esses são os casos mais comuns de derivação imprópria. O artigo indefinido combina-se com as preposições em e de, originando, por exemplo, as formas num, numas, duns etc. “Cena de sangue num bar da Avenida São João.” (P. Vanzolini) Exercícios 1. Das orações ora retratadas, explique a diferença de sentido existente entre elas, no que se refere ao artigo que acompanha o substantivo: Eu acompanhei a garota até sua casa. Encontrei uma garota por onde eu passava. ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ 2. Classifique as orações de acordo com o código representado: A – artigo definido B – artigo indefinido a) Uns alunos chegaram mais cedo à escola ( ). b) O bem sempre vencerá o mal ( ). c) Preciso de uma explicação para o fato ( ). d) Chegaram as encomendas ( ). e) Nesta loja vendem-se uns artigos importados ( ). 3. As duas manas Lousadas! Secas, escuras e gárrulas como cigarras, desde longos anos, em Oliveira, eram elas as esquadrinhadoras de todas as vidas, as espalhadoras de todas as maledicências, as tecedeiras de todas as intrigas. E na desditosa cidade, não existia nódoa, pecha, bule rachado, coração dorido, algibeira arrasada, janela entreaberta, poeira a um canto, vulto a uma esquina, bolo encomendado nas Matildes, que seus olhinhos furantes de azeviche sujo não descortinassem e que sua solta língua, entre os dentes ralos, não comentasse com malícia estridente. (Eça de Queirós, A ilustre Casa de Ramires) No texto, o emprego de artigos definidos e a omissão de artigos indefinidos têm como efeito, respectivamente: a) atribuir às personagens traços negativos de caráter; apontar Oliveira como cidade onde tudo acontece. Não se contrai preposição com qualquer artigo antes de sujeito de verbo no infinitivo: - Em alguns programas televisivos, já se falou muito do futebol um dia ser suplantado pelo MMA. (inadequado) - Em alguns programas televisivos, já se falou muito de o futebol um dia ser suplantado pelo MMA. (adequado) b) acentuar a exclusividade do comportamento típico das personagens; marcar a generalidade das situações que são objeto de seus comentários. c) definir a conduta das duas irmãs como criticável; colocá-las como responsáveis pela maioria dos acontecimentos na cidade. d) particularizar a maneira de ser das manas Lousadas; situá-las numa cidade onde são famosas pela maledicência. e) associar as ações das duas irmãs; enfatizar seu livre acesso a qualquer ambiente na cidade. 4. Assinale a alternativa que apresenta, respectivamente: artigo indefinido feminino no plural, artigo definido feminino no singular, artigo indefinido masculino no singular, artigo definidofeminino no plural. a) As meninas mais bonitas da rua são uma tal de Gabriele, uma menina loira que mora uns três quilômetros daqui e a Luciene, uma morena que mora em uma casa cinza. b) Hoje fizemos a reunião de pais e entregamos as provas bimestrais e uns informativos sobre a semana pedagógica, na qual faremos uma gincana. c) Há um mercado a 200 m daqui, caso as senhoras queiram comprar uns pães de queijo para receber o padre. d) Sei que umas pessoas desaprovarão a minha atitude, mas sei também que um ou outro ficará do meu lado até que as coisas se resolvam. e) Os armários da cozinha sofreram apenas uns arranhões, mas as cadeiras de uma das salas de jantar ficaram bastante danificadas. Flexão Gênero a) Os numerais cardinais um, dois e as centenas a partir de duzentos apresentam flexão de gênero: Um homem e duas mulheres formam o elenco da peça. Ele comprou duzentos gramas de mortadela. Ele comprou duzentas rosquinhas. b) Os numerais ordinais variam em gênero: Domingo foi disputada a décima primeira rodada do campeonato. Você é a segunda pessoa a perguntar isso! Numeral Semanticamente, o numeral indica, essencialmente, quantidade absoluta (cardinal), quantidade fracionária (fracionário), quantidade multiplicativa (multiplicativo) e ordem, sequência, posição (ordinal), de coisas e pessoas. Morfologicamente, é uma classe variável em gênero e número. É um determinante que acompanha o substantivo ou o substitui. Sintaticamente, o numeral é um termo que funciona como adjunto adnominal quando acompanha um substantivo; quando substitui o substantivo, tem função substantiva (ou seja, funciona como núcleo do sujeito, predicativo do sujeito, objeto direto, indireto, complemento nominal, agente da passiva, adjunto adverbial e aposto) Ele é o segundo aluno a perguntar isso! c) Os numerais multiplicativos, quando usados com o valor de substantivo, são invariáveis; quando usados com valor de adjetivo, apresentam flexão de gênero: A dívida é o triplo da sua. (neste caso, valor de substantivo) Ele fez duas apostas triplas na loteria esportiva. (tripla = valor de adjetivo) d) Os numerais fracionários concordam com os cardinais que indicam o número das partes; o fracionário meio concorda com o substantivo por ele modificado: Um terço da sala está presente; evidentemente, duas terças partes estão ausentes. Meio-dia. Meia hora. Número a) Os cardinais milhão, bilhão, trilhão etc. variam em número: Somos cento e trinta milhões de brasileiros. A população da China já passou de um bilhão. b) Os ordinais variam em número: Os primeiros a chegar ganharão vários prêmios. As terceiras colocadas, em cada grupo, serão rebaixadas. c) Os multiplicativos são invariáveis quando usados com o valor se substantivo; apresentam flexão de número quando usados como adjetivos: As nossas dívidas são o triplo da sua. (triplo: valor de substantivo) Ele fez uma aposta tripla na loteria. (tripla: valor de adjetivo) Meio-dia e meio ou meio-dia e meia? É muito comum se ouvir a expressão meio-dia e meio como equivalendo a 12h 30 min. No entanto, ela é inadequada. É necessário lembrar, em primeiro lugar, que o numeral fracionário meio concorda em gênero com a palavra da qual ele é uma fração. Por exemplo: Cinco metros e meio (cinco metros e mais meio metro) Três léguas e meia (três léguas mais meia légua) Portanto, o correto é meio-dia e meia, uma vez que está subentendida a palavra hora, ou seja, meio-dia (12h) mais meia hora (30min). Ele fez três apostas triplas na loteria. (triplas: valor de adjetivo) d) Os fracionários variam em número, concordando com os cardinais que indicam o número das partes: Se um quarto de salame custa R$20,00, dois quartos não podem custar R$50,00. Cuidado com os numerais que se tornam verdadeiros substantivos (processo de derivação imprópria). Isso se dá quando se denominam os números, de modo que eles não indicam quantidade ou ordem no contexto: – O número sete é ímpar. – O numeral primeiro e o numeral segundo são ordinais. – O vinte e quatro no jogo do bicho é veado, sendo associado pejorativamente, por isso, a homossexuais. – A professora escreveu dois oitos no quadro, no entanto deveria escrever três oitos. Agora, há certo numeral que pode gerar confusão: um(a). Podemos confundir tal numeral com artigo indefinido ou com pronome indefinido. Ou melhor, podíamos. Artigo indefinido: a forma um deve ser artigo indefinido: – Se for omissível: “Morreu um grande poeta araçatubense.”, que, omitido o artigo, se reduz a: “Morreu grande poeta araçatubense.”. – Se alternar com o artigo definido: “Um homem prevenido vale por dez.” equivale a “O homem prevenido vale por dez.”. Pronome Indefinido: a forma um será pronome indefinido: – Se ocorrer em paralelo com pronome indefinido: “Um filho estuda Direito, o outro Medicina.”. Numeral: a forma um será numeral: – Se ocorrer em paralelo com outro numeral: “Escapou um preso, e dois foram mortos.”. – Se responder à pergunta “quanto”: “Quantos filhos você tem?” “Um filho.”. – Se vier articulado com “somente, apenas, só” ou “sequer”: “Tenho somente um amigo.”, “Nunca perdeu sequer uma discussão.”. – Quando um puder ser expandido por somente ou qualquer outro sinônimo. “Existe um Deus no céu.” = “Existe somente um Deus no céu.” – Se posposto a um substantivo, tiver o valor de ordinal: “Abra o livro na página um.” (isto é, na primeira página). Nesse caso, fica invariável; não se deve dizer na página uma ou vinte e uma. – Nas expressões “um(a) dos(as) que”, um(a) é numeral. Classificação dos pronomes Dependendo do papel que desempenham na estrutura do enunciado, os pronomes subdividem-se em seis grupos: 1. pronomes pessoais 2. pronomes possessivos 3. pronomes demonstrativos 4. pronomes indefinidos 5. pronomes relativos 6. pronomes interrogativos Pronomes pessoais Um discurso – ato linguístico de comunicação – realiza-se por meio de relações que se estabelecem entre um emissor, um receptor e o assunto (alguém ou alguma coisa a que o emissor se refere). Esses três componentes denominam-se, pela ordem: 1ª pessoa, 2ª pessoa e 3ª pessoa do discurso. Vamos observar este diálogo entre o garotinho Calvin e Susie, sua colega de escola. Pronomes Semanticamente, pode apresentar inúmeros sentidos, a depender do contexto: posse, indefinição, generalização, questionamento, apontamento, aproximação, afetividade, ironia, depreciação etc. Morfologicamente e discursivamente, o pronome é uma classe de palavras normalmente variável em gênero e número e que se refere a elementos dentro e fora do discurso. É um determinante quando acompanha o substantivo. Sintaticamente, funciona como adjunto adnominal, quando acompanha o substantivo; quando o substitui, tem função substantiva (funciona como núcleo do sujeito, predicativo do sujeito, objeto direto, objeto indireto etc). Vamos identificar, no primeiro quadrinho, as três pessoas do discurso: Agora observe, nas duas falas, estes pronomes empregados pelos dois interlocutores: • Na fala de Calvin: Você > representa Susie (2ª pessoa). • Na fala de Susie: Eu > representa a própria Susie (1ª pessoa). [n]ele > representa “o trabalho” (3ª pessoa) Você > representa Calvin (2ª pessoa) Os pronomes você, eu e ele são exemplos de pronomes pessoais. As três pessoas do discurso podem ocorrer no singular ou no plural e, dependendo do enunciado, elas são representadas por diferentes formas de pronomes pessoais. Vejamos: 1ª pessoa Do singularEu, me, mim, comigo Do plural Nós, nos, conosco 2ª pessoa Do singular Tu, te, ti, contigo Você, o/a, se, si, consigo, lhe Do plural Vós, vos, convosco Vocês, os/as, se, si, consigo, lhe “Oi, Susie! Você escreveu o seu trabalho?” Emissor: Calvin > 1ª pessoa Receptor: Susie > 2ª pessoa Assunto: o trabalho > 3ª pessoa “É, eu levei a tarde toda nele. E você?” Emissor: Susie > 1ª pessoa Receptor: Calvin > 2ª pessoa Assunto: o trabalho > 3ª pessoa WATTERSON, Bill. Os dez anos de Calvin e Haroldo. São Paulo: Best News, 1996 Pronomes pessoais são pronomes que, num ato de comunicação, representam as três pessoas do discurso. 3ª pessoa Do singular Ele/ela, o/a, se, si, consigo, lhe Do plural Eles/elas, os/as, se, si, consigo, lhes Subdivisão dos pronomes pessoais Uma palavra, quando participa da estrutura de uma oração, além de integrar uma determinada classe gramatical (substantivo, adjetivo, pronome etc.), exerce também outra função, chamada de função sintática. A função sintática de uma palavra depende das associações que ela estabelece com as demais palavras com as quais se combina para formar a oração. Os pronomes pessoais, dependendo de como são empregados nas orações, podem exercer a função sintática de sujeito ou de complemento. Essa dupla possibilidade de função leva a uma subdivisão desses pronomes em pronomes pessoais do caso reto e pronomes pessoais do caso oblíquo. Assim: Se o pronome pessoal exerce a função de sujeito Pronome do caso reto Se o pronome pessoal exerce a função de complemento Pronome do caso oblíquo 1. Oração – qualquer frase ou parte de frase construída em torno de um verbo. 2. Sujeito – termo (palavra ou expressão) com o qual o verbo estabelece relação de concordância. Exemplos: Dois aviões cruzaram o céu. À noite, caiu um temporal. 3. Complemento – o termo que, na oração, completa o sentido de um verbo ou de um nome. Exemplos: Dois aviões cruzaram o céu. Eles confiam em nós. Veja nestes exemplos: Nós concordamos com ele. Nós = pronome reto (porque é o sujeito) Ele = pronome oblíquo (não é sujeito; é complemento) Ele trouxe o livro para nós. Ele = pronome reto (porque é o sujeito) Nós = pronome oblíquo (não é sujeito; é complemento) Note, pelos exemplos, que a classificação de uma forma pronominal como pronome reto ou pronome oblíquo não é fixa; ela depende da função sintática que o pronome exerce no enunciado. O quadro a seguir apresenta, para consulta, as diferentes formas de pronomes pessoais e as funções – sujeito ou complemento – que elas exercem. Principais empregos dos pronomes pessoais Emprego das formas eu e mim, tu e ti: 1. Fernanda trouxe a moto para mim. 2. a) Fernanda trouxe a moto para eu vender. b) Fernanda trouxe a moto para mim vender. (o mim não exerce função de sujeito). Observe que, nessa última frase, a forma oblíqua mim está desempenhando o papel de sujeito de vender. De acordo com a norma padrão, nisso não deve ocorrer. 3. Para mim, vender a moto será muito fácil. Nesse exemplo, o pronome mim não é sujeito de vender. O que ocorre é que essa frase está invertida; sua ordem normal seria: Vender a moto será muito fácil para mim. 4. a) Algumas discussões acontecem entre mim e ti/você/ela/ela. b) Algumas discussões acontecem entre eu e tu/ti/você/ele/ela. (o certo seria “entre mim e ti/você/ela/ele...”) As formas eu e tu estão fora de sua função específica (a de sujeito), sendo uma construção que não é aceita pela norma padrão. Emprego das formas ele(s)/ela(s) e o(s)/a(s) Você nunca concordou com elas. Ontem de manhã, convidei-as para a festa. Ontem de manhã, convidei elas para a festa. (Ontem de manhã, convidei-as para a festa ou Ontem de manhã, eu as convidei para a festa). Uniformidade de tratamento Na variedade padrão da língua, para indicar, mais de uma vez, uma determinada pessoa gramatical, é necessário manter a uniformidade gramatical, ou seja, devem-se empregar de maneira uniforme os pronomes referentes a essa pessoa. Assim, por exemplo: • Tu > te > ti > contigo • Você > o/a > lhe > se > si > consigo Observe, nestes enunciados, a ocorrência da uniformidade de tratamento: - Se te encontrarmos lá, falaremos contigo. (tratamento uniforme = tu) - Você é minha amiga, por isso sempre a apoiarei. (tratamento uniforme = você) Diferentemente do que acontece na variedade padrão, na língua coloquial – e também na língua culta menos formal – os falantes usualmente misturam as formas de tratamento. Veja neste exemplo: - Você é minha amiga, por isso sempre te apoiarei. Pronomes demonstrativos Observe que, no primeiro quadrinho, Jon emprega “aquele rato”, para indicar que o rato está longe do próprio Jon (1ª pessoa do discurso) e também longe de Garfield, que é o ouvinte (2ª pessoa do discurso). Agora observe os destaques neste trecho de diálogo entre dois colegas de escola: - Serginho, tá sabendo que a prova de Química foi adiada?! - Uau! Ainda bem, Lu! Quem disse isso? Nesse caso, a palavra isso foi empregada para retomar elementos textuais que fazem parte da fala de um dos interlocutores, ou seja, elementos que fazem parte do próprio discurso. Considere mais esta frase: Note que, ao empregar esta, o emissor localiza no tempo atual a época a que ele se refere. As três palavras analisadas nos textos anteriores – aquele, isso e esta – são exemplos de pronomes demonstrativos. Por conta das profundas mudanças que vêm ocorrendo na economia, esta época, por muitos anos, será tema de acalorados debates entre os defensores e os críticos da globalização. Pronomes demonstrativos são pronomes que têm por função: - situar a posição de um ser / uma coisa no espaço, relativamente ao emissor (1ª pessoa do discurso) - posicionar, no próprio discurso, elementos textuais já referidos ou que serão referidos mais adiante. - situar, no tempo, um fato ou uma informação. Dependendo das características do elemento a ser indicado, o demonstrativo assume uma determinada forma. Veja o quadro a seguir: Formas variáveis Formas invariáveis Este, esta, estes, estas Isto Esse, essa, esses, essas Isso Aquele, aquela, aqueles, aquelas Aquilo Emprego dos pronomes demonstrativos Este, esta, estes, estas, isto 1. No espaço 2. No texto 3. No tempo Indicam o que está próximo da 1ª pessoa do discurso (quem fala/escreve) Referem-se, geralmente, a algo que irá ser dito/escrito. Indicam tempo atual, presente (em relação ao momento da fala). Nos exemplos a seguir, observe as correspondências com os números (1,2,3) dos quadros acima: 1. Esta cicatriz que tenho na perna é dos tempos em que eu jogava futebol. 2. O grande sentido da vida é este: ser feliz. 3. Faz tempo que espero por este dia; hoje vou fazer um passeio pelo maravilhoso rio Araguaia. Esse, essa, esses, essas, isso 1. No espaço 2. No texto 3. No tempo Indicam o que está próximo da 2ª pessoa do discurso (quem ouve/lê) Referem-se, geralmente, a algo que já foi dito/escrito. Marcam um tempo anterior próximo ou posterior (em relação ao momento da fala). Nos exemplos a seguir, observe as correspondências com os números (1,2,3) dos quadros acima: 1. Quanto custou esse relógio que você está usando? 2. Dinheiro e fama. Nada mais que isso parece dar sentido à vida dela. 3. Segundo pesquisas, esse fim de ano será muito bom para o comércio. Ele retornou do exterior nesse sábado e já voltou a trabalhar. Aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo 1. No espaço 2. No texto 3. No tempo Indicam o que está longe da 1ª pessoa e também da 2ª pessoa do discurso. Indicam um elemento referido anteriormente a outro.Indicam tempo distante, bem anterior ou posterior ao momento da fala. Nos exemplos a seguir, observe as correspondências com os números (1,2,3) dos quadros acima: 1. Visto aqui do avião, aquele rio é um risco na floresta. 2. César e Raul são artistas. Aquele é ator; este é músico. César e Raul são artistas. Este é músico; aquele é ator. Observação: Note, nesses exemplos, que, em referência a dois elementos já citados, usa-se aquele/aquela/aquilo para o citado em primeiro lugar e este/esta/isto para o citado em segundo lugar. 3. Meu avô mudou-se para cá ainda menino. Naquela época, aqui só havia fazendas de café. Os demonstrativos e a coesão textual Os pronomes demonstrativos são fundamentais para a coesão textual, uma vez que um de seus papéis é justamente fazer referência a elementos do próprio texto. Quando os demonstrativos são empregados para indicar elementos do texto, a referência pode ocorrer por retomada (anáfora) ou por antecipação (catáfora). Assim, esses pronomes subdividem-se em dois grupos: Exemplos: - “Seu” Gilberto foi nosso professor de História. Esse, sim, era um mestre! - Muitas vezes lhe ocorria esta ideia: largar tudo e ir viver numa praia. - Nunca mais fizemos viagens como aquelas de nossa juventude. Demonstrativos anafóricos Referem-se a elementos textuais (pessoa, coisa, ideia, fato etc.) criados no texto antes do demonstrativo. Demonstrativos catafóricos Referem-se a elementos textuais posicionados depois do próprio demonstrativo. Pronomes indefinidos Leia o diálogo entre os dois personagens deste cartum: Nas falas dos personagens ocorrem expressões nas quais os substantivos ganham sentido vago, genérico. Observe: - No segundo quadrinho: “algumas horas” – não é possível saber com exatidão quantas horas faltam para o meteoro chocar-se com a Terra. - No terceiro quadrinho: “toda vida” – expressão não permite identificar de que vida se trata; a palavra “toda” associada ao substantivo “vida” atribui a ele um sentido amplo, indefinido. - No terceiro quadrinho: “qualquer ocasião” – a palavra “qualquer” torna indefinido (geral) o sentido da palavra “ocasião”. Nas três expressões analisadas, as palavras “algumas”, “toda” e “qualquer” são exemplos de pronomes indefinidos. Variáveis Invariáveis Locuções pronominais Algum(uns), alguma(s), certo(s), certa(s), nenhum(uns), nenhuma(s), todo(s), toda(s), qualquer, quaisquer, outro(s), outra(s), bastante(s), muito(s), muita(s), um(uns), uma(s), pouco(s), pouca(s). Alguém, cada, ninguém, algo, tudo, mais, outrem, demais, nada, menos. Cada um Qualquer um Todo aquele que Um ou outro Quem quer que Obs.: Todo, todos, Toda, todas No plural, exprimem ideia de totalidade. No singular e sem determinante, significam qualquer/cada. No singular e com determinante, são adjetivos e significam inteiro(a); no singular (depois do substantivo), também têm esse mesmo sentido. Exemplos: - Dificilmente os alunos acertam todas as questões da prova. - Se toda cidade tivesse uma biblioteca seria ótimo. - Em junho, toda a cidade se prepara para a festa. - Em junho, a cidade toda se prepara para a festa. Pronomes relativos Considere as duas orações abaixo, a respeito de uma importante pintora brasileira e de seu trabalho mais conhecido. Note que a oração 2 repete o nome (substantivo) Tarsila do Amaral, já citado na oração 1. Vimos que é possível evitar a repetição de um nome substituindo-o por um pronome. Se, no caso dessas orações, quisermos fazer a substituição e manter separadas as orações, usaremos um pronome pessoal. Assim: • Poucos conhecem a obra de Tarsila do Amaral. Ela pintou o Abaporu. Se, no entanto, quisermos reunir as duas orações em uma única frase, empregaremos outro tipo de pronome. Veja: • Poucos conhecem a obra de Tarsila do Amaral, que pintou o Abaporu. Pronome indefinido é um tipo de pronome que se emprega para fazer uma referência vaga, geral e indeterminada à 3ª pessoa do discurso (ser, coisa ou ideia a respeito de quem/que se fala). 1. Poucos conhecem a obra de Tarsila do Amaral. 2. Tarsila do Amaral pintou o Abaporu. Abaporu (1928), quadro de Tarsila do Amaral (1886-1973). Pronome pessoal 1ª oração 2ª oração Nessa frase, o substantivo Tarsila do Amaral aparece explicitamente apenas na primeira oração; na segunda ele passou a ser representado pela palavra que. Essa palavra é, nessa frase, um pronome relativo. Veja, no quadro, as palavras que podem funcionar como relativos: Variáveis Invariáveis o/a qual; os/as quais cujo(s), cuja(s) quanto(s), quanta(s) Que Quem Onde, aonde Principais características e empregos dos pronomes relativos I. O duplo papel dos relativos Os pronomes relativos caracterizam-se pelo duplo papel que, simultaneamente, desempenham na estrutura dos enunciados: a) substituem um termo antecedente; b) iniciam sempre uma nova oração. Exemplos: Muitos imigrantes sonhavam com o regresso ao país onde haviam nascido. Meu amigo, que sempre faz turismo no exterior, pouco conhece do próprio Brasil. Note que, neste exemplo, a segunda oração se encaixa entre duas partes da primeira. II. A presença/ausência de preposição antes dos relativos Pronome relativo é o pronome que retoma um substantivo (ou outro pronome) já citado numa oração, substituindo-o no início da oração seguinte. 1ª oração 2ª oração Pronome relativo Pronome relativo 2ª oração 1ª oração Em certos enunciados, dependendo da estrutura da oração em que aparece o pronome relativo, pode ser que, antes dele, seja necessário introduzir uma preposição (de, em, contra, sobre, a etc.). Veja estes exemplos: O pai foi a única pessoa em quem ele sempre confiou. A única coisa com a qual tínhamos preocupação eram os recursos para a obra. A presença da preposição precedendo o pronome relativo é, no entanto, uma característica exclusiva da variedade padrão do idioma; na variedade coloquial, os falantes nunca a empregam na construção dos enunciados. Compare: • Nesta rua ficava a casa que morei vários anos. = variedade coloquial • Nesta rua ficava a casa em que morei vários anos. = variedade padrão III. Os pronomes relativos que e quem A forma que é o relativo de uso mais amplo e pode ter, como antecedente, palavras que nomeiam pessoas ou coisas. Exemplos: Conheço o aluno que ganhou o prêmio. Os romanos criaram edificações que até hoje impressionam. Pronome relativo Preposição exigida pelo verbo confiar (confiar em alguém). Pronome relativo Preposição exigida pelo substantivo preocupação (ter preocupação com algo/alguém). Não aparece a preposição exigida pelo verbo morar. Preposição exigida pelo verbo morar (morar em algum lugar). O relativo quem é usado exclusivamente para retomar antecedentes que designam pessoas (ou seres personificados). Exemplos: O funcionário a quem entreguei o documento não foi aquele. O jaguar, a quem os povos andinos temiam, era considerado um deus. IV. Os pronomes relativos cujo(s) e cuja(s) Esses relativos são empregados entre dois substantivos, estabelecendo entre eles uma ideia de posse. Observe o exemplo a seguir: O Iguaçu é um rio cujas cataratas dão um espetáculo de impressionante beleza. Esta é uma doença contra cujos males os médicos lutam. V. Os empregos relativos onde e aonde Essas duas formas, que na variedade padrão da língua só podem ser empregadas para indicar lugar, têm empregos diferentes. Assim: Exemplos: A polícia isolou a região onde havia garimpos ilegais. Nesse exemplo, em vez de onde, também poderíamos usar em que ou na qual. A cidade aondevocê irá nas próximas férias fica no litoral? Nesse exemplo, em vez de aonde, também poderíamos usar a que ou à qual. pessoa ser personificado Observe: rio cujas cataratas = cataratas do rio Observe: doença contra cujos males = contra os males da doença Onde – indica “lugar em que” Aonde – indica “lugar a que” Em que Exercícios: 1. Preencha as lacunas com os pronomes demonstrativos adequados: a) _________ pontinhos lá no céu não são estrelas, são satélites artificiais. (esses – estes – aqueles) b) O que estou dizendo é verdade mesmo. Vi tudo com _______ olhos! (esses – estes – aqueles) c) Sinto um arrepio quando ela me fita com ________ lindos olhos azuis. (esses – estes – aqueles) d) Meus amigos, _________ momento, ao me despedir de vocês, quero agradecer o apoio que me deram. (neste – nesses – naquele) e) Nossa! Você está ridículo com __________ terno xadrez! (esse – este – aquele) O trecho a seguir é o início de uma crônica do escritos Moacyr Scliar. Leia-o PARA ELE, O FIM DO ANO era sempre uma época dura, difícil de suportar. Sofria daquele tipo de tristeza mórbida que acomete algumas pessoas nos festejos de Natal e de Ano Novo. No seu caso havia uma razão óbvia para isso: aos 70 anos, solteirão, sem parentes, sem amigos, não tinha com quem celebrar, ninguém o convidava para festa alguma. O jeito era tomar um porre, e era o que fazia, mas o resultado era melancólico: além da solidão, tinha de suportar a ressaca. 2. Relativamente aos valores semânticos e aos mecanismos de referência e coesão estabelecidos pelos pronomes nesse trecho, assinale a afirmação incorreta: a) “ele”, empregado no início da crônica, não tem um referente explícito, o que generaliza (torna mais vaga) a caracterização do personagem. b) Em “daquele tipo de tristeza” o demonstrativo evidencia que o cronista se refere a um tipo de tristeza que já é do conhecimento de mundo do leitor. c) “isso” é um anafórico que retoma a ideia expressa em “ser acometido pela tristeza mórbida nos festejos de Natal e Ano Novo”. d) Nas expressões “algumas pessoas” e “festa alguma” o indefinido tem, nos dois casos, valor de negação. e) Em “e era o que fazia”, o o funciona como demonstrativo anafórico e tem como referente a expressão “tomar um porre”. 3. A colocação do pronome oblíquo está incorreta em: a) Para não aborrecê-lo, tive de sair. b) Quando sentiu-se em dificuldade, pediu ajuda. c) Não me submeterei aos seus caprichos. d) Ele me olhou algum tempo comovido. e) Não a vi quando entrou. 4. Encontramos pronome indefinido em: a) "Muitas horas depois, ela ainda permanecia esperando o resultado." b) "Foram amargos aqueles minutos, desde que resolveu abandoná-las." c) "A nós, provavelmente, enganariam, pois nossa participação foi ativa." d) "Havia necessidade de que tais ideias ficassem sepultadas." e) "Sabíamos o que você deveria dizer-lhe ao chegar da festa." 5. Assinale a alternativa onde o pronome pessoal está empregado corretamente: a) Este é um problema para mim resolver. b) Entre eu e tu não há mais nada. c) A questão deve ser resolvida por eu e você. d) Para mim, viajar de avião é um suplício. e) Quando voltei a si, não sabia onde me encontrava. 6. Assinale a alternativa onde o pronome pessoal está empregado corretamente: a) Este é um problema para mim resolver. b) Entre eu e tu não há mais nada. c) A questão deve ser resolvida por eu e você. d) Para mim, viajar de avião é um suplício. e) Quando voltei a si, não sabia onde me encontrava.
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