Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS PUBLICIDADE E PROPAGANDA ARTE E PUBLICIDADE Profª. Luciana Hidemi Nomura Alessandra Teixeira do Nascimento O que é Imagem em Arte e Publicidade Goiânia 2014 ALESSANDRA TEIXEIRA DO NASCIMENTO O que é Imagem em Arte e Publicidade Trabalho elaborado para a disciplina de Arte e Publicidade, Turma COS1015- A01 para fim avaliativo parcial de N1. Profª. Luciana Hidemi Nomura Goiânia 2014 1. CONCEITO DE IMAGEM O termo Imagem origina-se do latim imago que significa figura, sombra e imitação. Platão e Aristóteles teorizaram acerca do assunto. Do ponto de vista platônico, a imagem seria uma projeção da mente, uma projeção da idéia, à luz de sua teoria do idealismo. Já Aristóteles, controversamente, à luz da teoria do realismo, acreditava que a imagem era a representação mental do objeto real, sendo requisitada através dos sentidos. A imagem é algo que tem como essência o fato de emitir significados e é o meio de expressão mais antigo do que as palavras. De acordo com o Dicionário Aurélio (2001) imagem significa: 1. Representação de uma pessoa ou uma coisa pela pintura, a escultura, o desenho, etc. 2. Pequena estampa que representa um assunto religioso ou qualquer outro. 3. Reprodução visual de um objeto dada por um espelho, um instrumento de óptica. 4. Parecença, semelhança: o homem foi feito à imagem de Deus. 5. Representação das pessoas, dos objetos no espírito: a imagem dela me persegue. 6. Metáfora, processo pelo qual se tornam mais vivas as idéias, emprestando ao objeto uma forma mais sensível: há belas imagens neste poema. Para SANTAELLA; NÖTH (2001, p.15): O mundo das imagens se divide em dois domínios. O primeiro é o domínio das imagens como representações visuais: desenhos, pinturas, gravuras, fotografias e as imagens cinematográficas, televisivas, holo e infográficas pertencem a esse domínio. Imagens, nesse sentido, são objetos materiais, signos que representam nosso meio ambiente visual. O segundo é o domínio imaterial das imagens na nossa mente. Neste domínio, as imagens aparecem como visões, fantasias, imaginações, esquemas, modelos ou, em geral, como representações mentais. Independente das abordagens, entende-se como imagem algo utilizado para representar outra coisa. Mas a imagem é mais do que uma simples representação, ela pode ser expressiva de sentimentos que dependendo da situação muda o seu contexto. Para ARGAN (2004), “a imagem em si, não é boa nem má, mas é possível se servir das imagens para uma finalidade boa ou perversa.”. Como a imagem atua sobre intenções, podemos utilizá-la para comover, persuadir e manipular de acordo com a finalidade que queremos. 2. A IMAGEM NA ARTE “A arte é um objeto estético, feito para ser visto e apreciado pelo seu valor intrínseco.” (JANSON, 2001), ou seja, a arte é tudo aquilo que nos causa admiração, nos transmite emoção e nos leva a outras realidades. Segundo ARGAN (2004), o fazer artístico significa produzir imagens e essas imagens, devido a sua flexibilidade e possibilidade de transformar pensamentos, permitem que o artista as utilize da maneira que considerar mais oportuna, de acordo com a finalidade emotiva que o aspira. A arte não é mais do que uma técnica, um método, um tipo de comunicação ou de relação; mais especificamente, é uma técnica de persuasão que deve levar em conta não só as próprias possibilidades e os próprios meios, mas também as disposições do público a que se dirige. (ARGAN, 2004) Seguindo o raciocínio de ARGAN (2004), a arte demonstra que até as imagens fora do cotidiano comum das pessoas podem, por meio da técnica de persuasão, tornar-se perceptíveis, comunicáveis, porque a imaginação vale bem mais por sua produtividade do que por seu eventual conteúdo de verdade. Assim, as imagens quando coligadas a arte podem comunicar inúmeras coisas de imediato e simultaneamente, dando abertura para as emoções que o artista colocou na obra serem passadas. 3. A IMAGEM NA PUBLICIDADE A publicidade é uma prática social persuasiva e a imagem por ser tão sedutora e retórica é hoje um fator de grande relevância na publicidade. Há vários tipos de publicidade; anúncio, comercial, spot, cartaz, outdoors, entre outros. Um anúncio, por exemplo, não possui o som e o movimento utilizado em comerciais e spots, devido a isso é necessário que o emissor consiga captar a atenção do receptor apenas com o olhar e transmitir não só a mensagem perceptível pela imagem, como também os conceitos desejados. Essas informações são tão subjetivas que, quando bem elaborada, o subconsciente absorve as informações sem que o consciente perceba e aí então a persuasão desejada ocorre. A imagem encanta, seduz e persuade de maneira subjetiva, definindo o plano sensível do processo de comunicação. Segundo ARGAN (2004): A persuasão ideológica se torna o modo essencial do exercício da autoridade: seu instrumento ainda é a propaganda, e a propaganda atua no nível e com os meios da imagem. Há uma propaganda indireta, que prepara genericamente os ânimos para os compromissos que serão cobrados de tempos em tempos, e há uma propaganda direta, que visa a um fim determinado e imeditado. Exemplificando esses dois tipos de propaganda, podemos citar como propaganda indireta as ações da Coca-Cola, que já é uma marca consolidada e sempre transmite a mesma filosofia para continuar sendo lembrada. Como propaganda direta podemos citar uma qualquer de lançamento de carro, onde a pretensão é que o público saiba que aquele carro está no mercado disponível para compra, é algo direcionado e imediato. Além da imagem na publicidade, podemos relacionar a arte com a publicidade, pois estas têm caminhos que se cruzam, mesmo andando em direções distintas. Publicidade e arte são diferentes, mas ambas dividem o ideal clássico da beleza e como estímulo a criatividade, referências artísticas permeiam o campo da publicidade. Segundo o semioticista Winfried Nöth, a publicidade pode ser relacionada com a arte – e com muitas ressalvas – quando se apropria de alguns formatos artísticos, ou quando ela mesma pretende fazer arte. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARGAN, Giulio Carlo. Imagem e Persuasão: ensaios sobre o barroco. São Paulo: Companhia das Letras, 2004. IASBECK, Luiz Carlos A. A Arte no Horizonte da Publicidade.UnB/DF. CARDOSO, Lúcia de Fátima P.; FILHO, G. P.; CAMPELLO, S. B. O Conceito de Imagem na obra de Sophie Calle. In: ANPAP – XIX Encontro da Associação Nacional de Pesquisadores em Artes Plásticas 2010, Salvador – BA. Disponível em: < http://www.anpap.org.br/anais/2010/pdf/chtca/lucia_de_fatima_padilha_cardoso.pdf> Acesso em: 25/03/2014. SANTAELLA, Lucia; NÖTH, Winfreid. Imagem: cognição, semiótica e mídia. São Paulo: Iluminuras, 2001. JANSON, H. W. História Geral da Arte: O Mundo Antigo e a Idade Média. 2ª Ed. São Paulo: Martins Fontes, 2001. http://www.anpap.org.br/anais/2010/pdf/chtca/lucia_de_fatima_padilha_cardoso.pdf ANEXOS A marca italiana de café expresso “Lavazza” utilizou-se da imagem do Homem Vitruviano de Leonardo Da Vinci para seu calendário. Campanha do Museu Margs para incentivar a doação de obras. Slogan da Campanha: “É a sua vez de ser apreciado. Doação para o Museu MARGS.”
Compartilhar