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Unidade I_ A cidade e o urbano_ um estudo de Geografia Urbana

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Geografia Urbana
A cidade e o urbano: um estudo de Geografia Urbana
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Profa. Dra. Vivian Fiori 
Revisão Textual:
Prof. Ms. Luciano Vieira Francisco 
5
Esta Unidade trata dos processos de existência das cidades, dando ênfase à visão ocidental, 
especificamente europeia, sobre o assunto. Além disso, aborda as concepções sobre o que é 
rural e urbano. 
Assim, é fundamental compreender que há diferentes sentidos para tais categorias, ou seja, 
há diversificadas maneiras e concepções para definir cada um desses termos e suas relações, 
tanto tecnicamente, como teoricamente. 
Nesse sentido, é importante perceber que há uma dinâmica urbana atual que transforma os 
espaços e torna mais difícil fazer uma separação do que é rural e urbano, já que as relações 
campo-cidade estão cada vez mais complexas e integradas. 
Finalmente, para alcançar tais objetivos leia atentamente o texto da Disciplina, realize as 
atividades propostas e procure ler os materiais complementares. 
Nesta Unidade discutiremos sobre a história das cidades e os conceitos de 
rural-urbano e campo-cidade, evidenciando as diversas concepções sobre esses 
termos, tanto teoricamente, quanto tecnicamente. 
Para atingir os objetivos, lembre-se da importância de uma leitura atenta dos 
textos desta Disciplina, bem como empenho na realização das atividades 
propostas nesta Unidade. 
A cidade e o urbano: um estudo de 
Geografia Urbana
 · Introdução
 · Um breve processo histórico
 · Teorias e a situação no Brasil
6
Unidade: A cidade e o urbano: um estudo de Geografia Urbana
Contextualização
Leia atentamente o seguinte texto:
A produção espacial realiza-se no cotidiano das pessoas e aparece como forma de 
ocupação e/ou utilização de determinado lugar num momento específico. Do ponto 
de vista do produtor de mercadorias, a cidade materializa-se enquanto condição 
geral da produção (onde se produz a mais-valia) e da circulação (onde esta é 
realizada). Assim entendida, a cidade é também o mercado (de matérias-primas, 
mercadorias e de força de trabalho); as atividades de apoio à produção (escritórios, 
agências bancárias, depósitos etc.). Todavia, como o processo é concentrado, a 
cidade deverá expressar essa concentração (CARLOS, 1992, p. 46).
Nessa visão, Ana Fani A. Carlos mostra os diferentes usos do espaço em uma cidade capitalista. 
Nessa encontramos as atividades produtivas, caso da indústria, onde se materializam as relações 
de trabalho e a exploração da mais valia. É onde também se encontram atividades de serviços, 
ou seja, de apoio à produção e à existência das pessoas que ali vivem, tais como agências 
bancárias, unidades básicas de saúde, transporte e distribuição de correspondências etc.
Na cidade também há concentração de atividades e de ocupação com uma morfologia 
espacial, ou seja, formas espaciais, com padrões de arruamentos, diversificados estilos de 
moradias onde diferentes classes sociais vivem o cotidiano.
A cidade capitalista é desigual e isso pode ser apreendido até mesmo pela observação de 
sua paisagem com diferentes usos do território, dos mais pobres, que a veem como espaço de 
moradia, como um abrigo; assim como dos atores hegemônicos que a tratam como recurso e 
possibilidade de consumo, com um uso especulativo, capitalista e como mercadoria. 
Ainda que tais condições sejam comuns na cidade capitalista, contudo, cabe lembrar que 
as cidades já existem antes do capitalismo. Então, como eram as cidades antes desse sistema? 
Quais as diferenças? Todas passaram pelos mesmos processos? 
7
Introdução
Nessa Unidade trataremos sobre questões relativas à Geografia urbana, iniciando pelo 
processo e origem das cidades no mundo e, em uma segunda etapa, discutindo os conceitos de 
urbano e rural, evidenciando a opinião de alguns autores, bem como determinados aspectos 
técnicos sobre este tema.
Um breve processo histórico
Ao longo da história humana o indivíduo foi se tornando mais sedentário; de homens e 
mulheres nômades, alguns povos foram elaborando técnicas que lhe permitiram cultivar 
vegetais, criando, assim, a agricultura, bem como animais, cujas atividades requeriam novas 
técnicas e conhecimento. Tais técnicas geralmente tinham relação com o que o meio propiciava, 
desse modo, eram locais, bem como a própria atividade econômica existente dependia dos 
ciclos da natureza. 
Esse período é o que Milton Santos chamava de meio natural. Momento histórico no qual 
homens e mulheres dependiam do ritmo da natureza e do que se dispunha no meio em que 
viviam, como explica o autor:
Quando tudo era meio natural, o homem escolhia da natureza aquelas suas 
partes ou aspectos considerados fundamentais ao exercício da vida, valorizando, 
diferentemente, segundo os lugares e as culturas, essas condi¬ções naturais 
que constituíam a base material da existência do grupo. Esse meio natural 
generalizado era utilizado pelo homem sem grandes transformações. As técnicas 
e o trabalho se casavam com as dádivas da natureza, com a qual se relacionavam 
sem outra mediação. O que alguns consideram como período pré-técnico exclui 
uma definição restritiva. As transformações impostas às coisas naturais já eram 
técnicas, entre as quais a domesticação de plantas e animais aparece como um 
momento marcante: o homem mudando a Natureza, impondo-lhe leis. A isso 
também se chama técnica (SANTOS, 2006, p. 235).
A divisão social do trabalho foi se tornando mais complexa à medida que esses grupos 
humanos foram domesticando plantas e animais e não viviam somente de caça, coleta de 
vegetais e pesca, atividades que atualmente denominamos de extrativistas. Ainda assim, 
recorriam a técnicas para caçar, pescar, coletar vegetais e plantar. 
Na aldeia, onde em geral se desenvolvia uma divisão de trabalho mais comunitária, 
desenvolveu-se a produção de excedentes, o que permitia a troca, ou seja, o comércio entre 
aldeias. Em geral, nos povos e civilizações mais antigos não havia ainda a figura do comerciante, 
por exemplo, separada do agricultor. Na maioria dos casos, a mesma pessoa plantava, colhia e 
vendia o seu produto. 
8
Unidade: A cidade e o urbano: um estudo de Geografia Urbana
Alguns autores (MUMFORD, 1998) consideram que esse processo foi criando uma maior 
concentração de pessoas e levou ao início da formação das cidades. Isso variou conforme 
os lugares. Desse modo, não podemos afirmar que tudo o que se deu em um determinado 
momento da história fosse igual para todos os lugares do mundo, havendo sempre diferentes 
temporalidades sociais e espaciais, mesmo no mundo de hoje. 
Muito do que sabemos sobre a origem das cidades tem relação com alguns textos e análises 
históricos, documentos encontrados, objetos, utensílios e, em alguns casos, as próprias 
construções arquitetônicas que resistiram ao tempo ou suas ruínas, todos serviram como 
elementos para uma análise de como se constituíam as cidades. 
É importante ressaltar também que as produções acadêmico-científicas que existem no Brasil 
originam-se principalmente dos europeus, por isso, acostumamo-nos a contar a história das 
cidades pelo viés acadêmico desse continente.
De qualquer modo, e em geral, alguns povos tornaram-se mais sedentários e de aldeias, 
cujo modo de vida era mais próximo à natureza, de modo que foram criando técnicas que 
lhes permitiram um modo de vida um pouco mais complexo, conforme comenta Ana Fani 
Alessandri Carlos (1992, p. 60): 
Por volta de 8000 a.C. o homem aprofunda suas relações com o meio circundante 
aproveitando a terra para o plantio, iniciando um rudimentar princípio de 
organização. Aproximadamente no ano 6000 a.C., inovações técnicas, tais como 
arado de relha, aliadas ao deslocamento para os vales fluviais (inicialmente 
Tigre, Eufrates, Nilo, Indo e mais tarde o rio Ucango na China), cuja inundação 
deixava – em extensas áreas alagadas um lodo bastante fértil, dão à agricultura 
um notável impulso. As inovações tecnológicas prosseguem e no ano 5000 a.C. 
já se podianotar a presença de diques, canais e vales de irrigação.
Nas atuais regiões do Oriente Médio, bem como na China e na Índia, no contexto da citação 
acima houve no entorno dos vales fluviais (de rios) as primeiras civilizações e a formação das 
cidades, nesse caso a proximidade da disponibilidade da água e do solo fértil eram fundamentais 
à existência desses povos. 
Nem sempre havia uma rígida distinção entre o que seria o campo e a cidade. No antigo Egito, 
por exemplo, havia uma proximidade entre a cidade construída para os deuses e para servir de 
administração do reino (aos faraós), assim como os campos de cultivo em torno do rio Nilo. 
Desse modo, cita-se como exemplo algumas cidades antigas e onde seriam suas localizações 
atuais, comparadas à provável época de origem: Jericó, atual Jordânia, 5000 a.C.; UR, atual 
Iraque, 5000 a.C.; Tróia, Turquia, 3500 a.C.; Roma, atual Itália, 2700 a.C. 
UR, por exemplo, situava-se na confluência dos rios Tigre e Eufrates, na antiga Mesopotâmia 
(atual Iraque) e, por meio da cidade, controlava o comércio marítimo da região. Tais cidades 
geralmente tinham uma relação com o comércio, mas também com a religião, pois nessas havia 
templos destinados aos deuses, bem como algumas também eram cidadelas.
As cidadelas constituíam-se em cidades muradas, pois havia preocupação de invasões de 
outros povos em alguns lugares do Oriente Médio, região em que essa prática era comum. 
A cidade era vista como meio de proteção contra as agressões de outros povos e também se 
tornava um espaço sagrado, pois as construções dos templos e outros símbolos religiosos eram 
uma forma de materialização do respeito aos deuses. 
9
Para isso a divisão social ficava cada vez mais complexa conforme surgiam novos atores 
sociais, tais como: arquitetos, engenheiros, sacerdotes, militares, escribas, reis e rainhas, além 
de escravos que comumente eram usados para construir tais cidades. 
Um exemplo de grande cidade antiga é Roma. Tratava-se do centro do Império Romano, 
cujo domínio, na Idade Antiga, alcançou o Norte da África e parte do atual Oriente Médio. Os 
romanos eram hábeis engenheiros, de modo que além de templos, construções administrativas, 
também criaram espaços livres, tais como banhos públicos, praças, estádios (caso do Coliseu de 
Roma), aquedutos etc. 
Um exemplo de construção em Roma, menos comentada, é a Cloaca Máxima, uma imensa 
fossa construída no século VI, que servia como obra à rede de esgotos, como cita Lewis Mumford 
(1998, p. 237):
Observava o geógrafo Estrabão que, enquanto os gregos atendiam principalmente 
à beleza e a fortificação, aos portos e ao solo fértil, ao planejar suas cidades, os 
romanos eram notáveis pelo calçamento das ruas, pelo suprimento de água e 
pelos esgotos. Essa característica já estava plenamente demonstrada por volta 
do século V d.C.
Mesmo em algumas cidades que foram dominadas pelos romanos havia construções de 
espaços livres, aquedutos (Figura 1), estádios etc.
Figura 1 – Vista do aqueduto de Segóvia, Espanha.
Fonte: Vivian Fiori, 2011. 
Este aqueduto foi construído para trazer água à cidade, provavelmente em torno 50 d.C, 
durante o período que egóvia fazia parte do Império Romano.
Onde hoje se considera o Continente americano também havia civilizações que criaram 
algumas cidades, caso de Teotihuacán, próxima à atual cidade do México, cuja origem estima-
se ao século I d.C. e que alcançou cerca de 120.000 habitantes até o século II d.C.
10
Unidade: A cidade e o urbano: um estudo de Geografia Urbana
Figura 2 – Vista das pirâmides de Teotihuacán, México
Fonte: Vivian Fiori, 2012.
Na Europa, com a decadência do Império Romano, a Europa Ocidental passou por um 
significativo processo de mudanças. Trata-se do período da Idade Média, entre os séculos V e XV. 
Nessa época, a igreja passou a ter um papel importante na vida social e na construção dos espaços. 
A típica paisagem medieval europeia era formada por igrejas e moradias nas quais geralmente 
tornavam-se espaço para morar e trabalhar, como explica Lewis Mumford (1998, p. 313):
Para resumir a moradia medieval, pode-se dizer que se caracterizava pela ausência 
geral do espaço funcionalmente diferenciado. Nas cidades, todavia, essa falta de 
especialização interior foi compensada por um desenvolvimento mais completo 
das funções domésticas nas instituições públicas. Embora a casa pudesse carecer 
de um forno privado, havia um forno público na padaria próxima ou na casa de 
pasto. Embora pudesse carecer de um banheiro privado, havia na vizinhança uma 
casa de banho municipal. Embora pudesse carecer de facilidades para isolar e 
tratar de um membro doente, havia numerosos hospitais.
Outra característica das cidades europeias na Idade Média era a existência de cidadelas 
(Figura 3) terem uma vida mais pacata, comunitária e relacionada à vida religiosa cristã, 
inclusive com os hospitais vinculados à igreja, denominados de santas casas. 
Nesse sentido, apenas algumas cidades como Gênova e Veneza, situadas na atual Itália, 
continuaram realizando comércio mais intenso e, portanto, em geral, as cidades regrediram de 
tamanho nesse período, pois o modo de vida era predominantemente rural.
Figura 3 – Vista da muralha de Ávila, Espanha.
Fonte: Vivian Fiori, 2011. 
A muralha foi construída no período medieval, mais precisamente ao final do século XI. 
Atualmente a cidade se expandiu para além da muralha.
11
Importante ressaltar que tal situação é específica de parte da Europa, pois enquanto isso em 
cidades como Bagdá – situada no atual Iraque –, estima-se que alcançava mais de um milhão 
de habitantes. Bagdá, entre os séculos IX e XI, tornou-se um grande centro de cultura e Ciência 
da época, assim como Córdoba e Granada, na atual Espanha, eram ocupadas pelos árabes e já 
figuravam como importantes nesse período. 
A grande transformação das cidades europeias veio com o mercantilismo e reinos absolutistas, 
a partir da qual a cidade passou a ser também espaço de morada da nobreza, em uma segregação 
espacial clara entre a nobreza e os demais moradores. Com construções suntuosas para a corte 
em detrimento da população em geral. 
Posteriormente, com o processo capitalista, ampliaram-se tais mudanças. Na segunda metade 
do século XVII e XIX esse processo se intensificou, levando à expropriação de camponeses na 
Europa, bem como criando uma nova característica para as cidades. Em um primeiro momento, 
tal processo deu-se mais na Inglaterra, posteriormente o modo de produção capitalista foi se 
expandindo pela Europa e outros continentes. 
A primeira mudança social foi o surgimento das classes sociais formadas basicamente 
pela burguesia e proletariado (operários), habitando as mesmas cidades, mas em bairros ou 
distritos significativamente segregados, coexistindo ainda com formas pretéritas de existência, 
caso da nobreza. 
Desse modo, houve, sobretudo na Europa, diversas mudanças da Idade Média à Idade 
Moderna, como explica o geógrafo Marcelo Lopes de Souza (2007, p. 68):
Considere-se uma cidade européia medieval: nela, a separação espacial entre 
ricos e pobres, ou entre segmentos sociais com status diverso, era, ainda, pouco 
complexa em comparação com uma grande cidade capitalista industrial do 
século XIX na própria Europa, ou em uma grande cidade no “Terceiro Mundo” 
atual. Na cidade medieval havia, sem dúvida, uma dimensão ”horizontal” da 
divisão espacial do trabalho (como no caso dos bairros onde se concentravam 
os artesãos vinculados a uma dada corporação de ofício) e da separação entre 
estratos sociais, mas a mistura de classes e estratos era grande, sobretudo do 
ponto de vista “vertical”: no mesmo prédio coabitavam o mestre artesão e sua 
família, seus aprendizes e empregados e o local de trabalho, ocupando andares 
diferentes. Em contraste, o capitalismo trará consigo uma separação crescente 
entre local de trabalho e local de moradia, e os locais de moradia dos industriais 
e, até certo ponto, e cada vez mais, também dos locais de moradiados pequeno-
burgueses e profissionais liberais – enfim, da dita classe média.
Com o processo capitalista, a separação do local de trabalho e da moradia, bem como a 
existência dos apinhados prédios com cortiços, tornaram-se comuns nas cidades industrializadas 
na Europa e nos EUA no final do século XIX e início do XX. 
Em relação às condições de acesso à moradia, com o capitalismo surgiu a propriedade 
privada e o acesso à terra tornou-se uma disputa que atendia ao interesse dos novos atores 
sociais do mercado imobiliário, bem como aos proprietários fundiários urbanos, ou seja, os 
donos de terra urbana.
12
Unidade: A cidade e o urbano: um estudo de Geografia Urbana
Maria Stella Martins Bresciani, mediante uma citação de Engels, evidencia as condições 
do cotidiano, pelas quais passavam as classes operárias de Londres no século XIX, conforme 
afirmação de Engels (apud BRESCIANI, 2004, 1989, p. 25):
uma massa de casas de três a quatro andares, construídas sem planejamento, 
em ruas estreitas, sinuosas e sujas, abriga parte da população operária. Nas 
ruas a animação é intensa, um mercado de legumes e frutas de má qualidade 
se espalha, reduzindo o espaço para os passantes. O cheiro é nauseante. A 
cena torna-se mais espantosa no interior das moradias, nos pátios e nas ruelas 
transversais: “não há um único vidro de janela intacto, os batentes das portas 
e janelas estão quebrados, e as portas, quando existem, são feitas de pranchas 
pregadas. Nas casas, até os porões são usados como lugar de morar e em toda 
parte acumulam-se detritos e água suja. Aí moram os mais pobres dentre os 
pobres, os trabalhadores mal pagos misturados aos ladrões, aos escroques e às 
vítimas da prostituição.
Outra mudança diz respeito à exploração do trabalho humano, esse que nesse processo 
capitalista industrial tornou-o mais abstrato. Se, por exemplo, antes do processo capitalista um 
agricultor produzisse arroz, esse o fazia em todo o processo. Plantava, cuidava da manutenção, 
colhia e vendia, portanto, na divisão social do trabalho esse era seu papel.
Com a indústria houve uma divisão do próprio processo e cada um especializava-se em 
uma fase da produção e ainda havia a exploração do trabalhador, esse que vendia sua força 
do trabalho em troca de um salário. Por meio desse trabalho, Marx e Engels citam que houve a 
exploração da mais valia, que é o trabalho não pago.
Paulo Sandroni (1982) usa um exemplo didático em seu livro O que é mais valia?, 
cuja essência e ideia principal segue-se:
O autor sugere um fictício grupo de pescadores que trabalhava de forma tradicional; 
pescava-se um pouco a cada dia e parte da produção do trabalho era consumida 
(subsistência), enquanto a outra parte comercializa-se. Portanto, o produto da pesca 
em parte virava mercadoria (valor de troca). Ao vender, os pescadores colocavam o 
preço e recebiam pelo que produziam. Ou seja, pescavam, por exemplo, dez peixes, 
consumiam cinco e outros cinco vendiam e recebiam pela produção trocada por 
dinheiro desses cinco ou trocavam por outros produtos. 
Eis que chega uma indústria pesqueira na região, com mais técnicas e tecnologias, 
grandes navios, equipamentos (trabalho morto), cujas máquinas e técnicas faziam 
da produção e da produtividade maiores. Aos poucos, começam a competir com os 
pescadores tradicionais. Com o tempo, não tendo como competir com os preços e 
alta produtividade da indústria pesqueira, esses pescadores tradicionais passam a 
trabalhar para essa indústria da pesca. Ao definir o salário do trabalhador (pescador), 
a empresa não lhe paga tudo o que esse produziu, ou seja, o pescador – agora 
empregado assalariado – produz milhares de peixes por mês, mas seu salário ao final 
desse período não é proporcional ao número de peixes produzidos. 
Desse modo, esse trabalho que não é pago é a mais valia. Ou seja, pesca milhares de 
peixes, mas ganha um salário bem menor, de modo que o restante é a exploração da 
mais valia de seu trabalho como parte do processo capitalista de produção.
13
Para explicar esses processos relativos ao campo e cidade, Henri Lefebvre definiu três 
períodos da história: um é a Era camponesa, na qual predominava a atividade agrícola e a vida 
no campo; depois um período industrial, na Revolução Industrial – a partir do século XVIII –, 
que se iniciou na Europa Ocidental e foi propagada pela expansão capitalista, com predomínio 
da indústria e de sua forma racional na organização do espaço e nas condições do trabalho e, 
por fim, a Era urbana, com predomínio do modo de vida urbano, ou da sociedade urbana.
Nessa perspectiva de Lefebvre, o urbano é o modo de vida, que atualmente chega até o campo, 
de modo que para esse autor cidade e urbano não são sinônimos. Contudo, cabe novamente 
ressalvar que nem todos os lugares do mundo passaram por esses três períodos destacados. 
Já Milton Santos define o momento pós-Revolução Industrial como período técnico-científico, 
porque a revolução das técnicas com as novas descobertas – caso da máquina a vapor, sistema 
ferroviário, fabricação do aço, uso dos combustíveis fósseis (carvão e petróleo), eletricidade (final 
século XIX) etc. – revolucionaram as formas de produção, dos transportes e da vida urbana, 
conforme afirma o autor:
Esse meio técnico vem sofrendo transformações sucessivas e, segundo os 
períodos, com diferente intensidade nas diversas partes do mundo. Naqueles 
países ou regiões onde eram disponíveis técnicas mais avançadas e elas podiam 
ser aplicadas à transformação da natureza, encontraremos também um meio 
técnico mais complexo. [...] Todavia, apenas recentemente é que se pôde falar 
num meio técnico-científico, contemporâneo do período de mesmo nome da 
civilização humana. Esse período coincide com o desenvolvimento da Ciência 
das técnicas, isto é, da tecnologia, e, desse modo, com a possibilidade de aplicar 
a Ciência ao processo produtivo (SANTOS, 1981, p. 37).
Essas mudanças nas técnicas ou na tecnociência, atreladas ao processo capitalista alteraram 
o modo de vida nas cidades, pois o tempo capitalista passou a ser predominante nas relações 
sociais, nas condições do trabalho, na apropriação do espaço e no uso do território pelas 
diferentes classes sociais. 
Então, se a cidade antiga, em geral, tinha o templo para os deuses e a da Idade Média na 
Europa tinha a igreja como centro das relações sociais; na paisagem da cidade industrial o 
relógio da fábrica, o cortiço e os bairros das elites foram evidenciando as novas mudanças.
Mais recentemente, no século XX, a urbanização intensificou-se no mundo, já com uma 
lógica mais global, sobretudo pós-Segunda Guerra Mundial (entre 1939 e 1945). As grandes 
metrópoles passaram a ser as cidades que concentraram principalmente atividades de serviços 
e comércio especializado. 
Contudo, é fundamental sempre verificar as especificidades dos lugares e suas diversas 
temporalidades e contextos. No Continente africano, por exemplo, apenas na segunda metade 
do século XX foi iniciado um processo mais intenso de urbanização, que, no entanto, não 
foi precedido de um processo de industrialização. Apesar disso, o grau de urbanização nesse 
continente ainda é significativamente baixo quanto comparado a outras partes do mundo. 
Situação diferente de parte do Continente asiático, que já tinha cidades gigantescas no século 
XX, sendo algumas significativamente antigas, anteriores ao capitalismo, inclusive. Cabe lembrar, 
portanto, que o capitalismo transforma as formas de existência das cidades, mas as cidades 
existem antes desse regime.
14
Unidade: A cidade e o urbano: um estudo de Geografia Urbana
Teorias e a situação no Brasil 
Definir o que é cidade e urbano, bem como rural e campo, pode ser algo complexo. Na 
verdade, atualmente ambos os espaços são cada vez mais integrados e complementares em 
algumas partes do mundo, entre as quais no Brasil. 
Alguns autores (BERNADELLI, 2006) buscam a definição do urbano e do rural considerando 
alguns critérios, entre os quais: tamanho demográficoe número de habitantes; densidade da 
ocupação; aspectos morfológicos do espaço; tipos de atividades desenvolvidas; modo de vida; 
geração de inovações, entre outros (Quadro 1).
Quaisquer desses critérios podem ser discutíveis, mas em conjunto podem ajudar a compreender 
algumas características desses espaços. Atualmente os recursos de imagem de satélite do Google 
Maps, do Google Earth ou do Google Street View permitem ter uma maior proximidade com as 
formas espaciais dos lugares (morfologia espacial), mesmo à distância (imagem remota).
Por meio dessas imagens é possível observar o desenho, por exemplo, das ruas, do padrão de 
ocupação etc., permitindo, em princípio, precisar qual tipo de atividade econômica predomina, 
entre outras características. 
Quadro 1 – Alguns critérios de definição entre rural e urbano.
Critérios Rural Urbano
Tamanho demográfico e 
número de habitantes
Menor Maior
Densidade da ocupação Menor Maior
Aspectos morfológicos
Maior extensão, mas 
menor densidade
Maior número de arruamentos, 
de ocupação mais concentrada
Os tipos mais comuns de 
atividades desenvolvidas
Agropecuária e 
extrativismo
Indústria, comércio e serviços
O modo de vida
Mais próximo à natureza 
e, em geral, mais atrelado 
à uma vida familiar
Mais dinâmico, atrelado 
principalmente ao modo 
capitalista
Geração de inovações
Apresenta-se com menos 
inovações
As inovações, em geral, 
chegam primeiro
Adaptado de Bernardelli (2006).
Levando-se em conta tais critérios, pode-se ter certa ideia sobre urbanidade e ruralidade, 
contudo, há diversas situações que no mundo de hoje, sobretudo com o processo de globalização 
e com a inserção do capitalismo no campo, esses juízos podem ser questionados. 
É o caso, por exemplo, das atividades econômicas, já que há também agroindústria no 
campo, assim como a concepção de que na cidade há mais inovações tecnológicas. Com o 
capitalismo no campo e o agronegócio, por exemplo, tais técnicas – caso da Biotecnologia – 
chegam também mais ao campo. Assim, Maria Lúcia Bernardelli (2006, p. 48) explica sobre o 
critério do modo de vida: 
15
A vida rural é associada, geralmente, com uma expressiva valorização da 
comunidade, valores de vida da família e também ao papel importante da 
religião. A vida urbana tem como característica agrupar mais as pessoas a partir 
da sua profissão, muito mais do que somente a partir da família ou da orientação 
religiosa. Obviamente, essa é uma consideração geral. Outra consideração a ser 
lembrada é a de que, quando pensamos em “modo de vida rural”, pensamos 
haver maior articulação entre o espaço de trabalho e o espaço de vida como, 
por exemplo, no caso de uma pequena propriedade.
Contudo, em alguns casos, apesar desses critérios, é difícil fazer uma definição rígida sobre 
tais termos. Para alguns autores, como Lefebvre, urbano e cidade não são sinônimos, dado que 
esse autor urbano possui relação com o modo de vida e mesmo no campo atualmente temos 
um modo de vida cada vez mais urbano.
Do ponto de vista formal, cabe à cada prefeitura municipal a definição do perímetro urbano 
e, a partir desse, o município assume obrigação de dotá-lo de infraestrutura urbana, caso de 
coleta de lixo (resíduos sólidos urbanos), arruamentos, aprovação de loteamento urbano etc.
Se há um imóvel na área formalmente urbana (perímetro urbano), a prefeitura poderá, 
considerando-se seus critérios, cobrar o Imposto Predial e Territorial Urbano (Iptu), mas se for 
imóvel na área rural, será o Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR), pago ao Instituto 
Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), órgão do governo federal.
Art. 32 – O imposto, de competência dos municípios, sobre a 
propriedade predial e territorial urbana tem como fato gerador 
a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por 
natureza ou por acessão física, como definido na Lei Civil, 
localizado na zona urbana do município.
§ 1º – Para os efeitos desse imposto, entende-se como zona 
urbana a definida em lei municipal; observado o requisito 
mínimo da existência de melhoramentos indicados em pelo 
menos 2 (dois) dos incisos seguintes, construídos ou mantidos 
pelo Poder Público:
 I – meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais;
 II – abastecimento de água;
 III – sistema de esgotos sanitários;
 IV – rede de iluminação pública, com ou sem posteamento 
para distribuição domiciliar;
 V – escola primária ou posto de saúde a uma distância 
máxima de 3 (três) quilômetros do imóvel considerado.
§ 2º – A Lei municipal pode considerar urbanas as áreas 
urbanizáveis, ou de expansão urbana, constantes de 
loteamentos aprovados pelos órgãos competentes, destinados 
à habitação, à indústria ou ao comércio, mesmo que 
localizados fora das zonas definidas nos termos do parágrafo 
anterior (fonte: Lei n.º 5.172, de 25 de outubro de 1966. 
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5172.htm>).
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5172.htm
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Unidade: A cidade e o urbano: um estudo de Geografia Urbana
Pode também ocorrer situações de propriedade aparentemente rural, caso de chácaras, cujas 
localizações possam ser urbanas. Então, é fundamental separar os processos do que seria urbano 
e rural da definição técnica. Cabe à prefeitura municipal a definição do perímetro urbano de um 
município. 
No Quadro a seguir há uma síntese da definição técnica e administrativa da questão no 
Brasil:
Quadro 2 – Alguns critérios técnico-administrativos sobre rural e urbano.
Critérios Detalhamento Responsável
Definição do perímetro 
urbano
Define a área urbana formalmente
Prefeitura municipal
Imposto territorial
Se urbano, é o Imposto Predial e Territorial 
Urbano (Iptu) Se urbano, é o Imposto 
Predial e Territorial Urbano (Iptu)
Se rural, é o Imposto sobre a Propriedade 
Territorial Rural (ITR)
Instituto Nacional de 
Colonização e Reforma 
Agrária (Incra)
Sede do município
Toda sede de município no Brasil pelo 
Decreto-Lei n.º 311/1938 é cidade e 
sua população contada como urbana
Decreto-Lei Federal
Divisão de terras e 
formalização
Se urbana, lote urbano (m²) Prefeitura municipal
Se rural, hectares, alqueires etc. Incra
Elaborado por Vivian Fiori, 2014.
Desse modo, como afirma Roberto Luís Monte-Mór (2006, p. 6):
Os adjetivos urbano e rural, todavia, referentes à cidade e ao campo, ganharam 
autonomia apenas recentemente e dizem respeito a uma gama de relações 
culturais, sócio-econômicas e espaciais entre formas e processos derivados da 
cidade e do campo sem, no entanto, permitirem a clareza dicotômica que os 
caracterizava até o século passado. Ao contrário, cada vez mais as fronteiras 
entre o espaço urbano e o espaço rural são difusas e de difícil identificação.
Assim, não cabe a separação e dicotomia entre o que seja urbano-rural, cidade-campo, 
pois há lugares no mundo que esses espaços estão cada vez mais integrados, não competindo, 
portanto, compreendê-los separadamente, dado que ambos têm relação e interfere um no outro.
Há, por exemplo, trabalhadores agrícolas que moram na área urbana, ou atividades como 
o pesque-pague que ficam no limiar entre o rural e o urbano. Há também casos de processos 
urbanos de ocupação, caso de favelas, que se instalam em áreas que legalmente são rurais. Ou 
seja, judicialmente não fazem parte do perímetro urbano definido pela prefeitura municipal, 
mas são sistemas de vida urbana. 
17
Ao longo do tempo, criaram-se termos para expressar essa transição entre o rural e o urbano, 
é o caso da expressão “subúrbio”, que etimologicamente vem de sub-urbe, onde urbe é a 
cidade. Então, o subúrbio é a transição entre a cidade, dotada de infraestrutura urbana e com 
um modo de vida igualmente urbano, para aquele rural. 
Nos EUA, por exemplo, os subúrbios se referem aos lugares de moradia mais afastados da 
cidade, da urbe, mas que não são rurais. Logo, subúrbio não é sinônimo de popular, como ficou 
mais conhecido no Brasil.
No caso do Brasil, devido ao fato de os chamados“trens de subúrbios”, em cidades como o 
Rio de Janeiro, situarem-se em bairros populares, fixou-se o sentido equivocado de que subúrbio 
seria uma região popular, quando na verdade tratam-se de bairros suburbanos porque, em um 
primeiro momento, eram espaços em transição. 
Finalizando, evidencia-se nesta Unidade que ao longo da história humana a existência das 
cidades passou por inúmeras transformações e por diferentes contextos espaciais. Atualmente, 
definir o que é urbano e rural é ainda mais complexo, pois os espaços estão cada vez mais 
integrados, o que dificulta a apreensão e compreensão de forma dicotômica, ou seja, de modo 
separado. 
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Unidade: A cidade e o urbano: um estudo de Geografia Urbana
Material Complementar
Caro(a), aluno(a),
Como material complementar, leia os seguintes textos:
HESPANHOL, Rosangela Aparecida de Medeiros. Campo e cidade, rural e urbano no 
Brasil contemporâneo. Revista Mercator. Fortaleza, v. 12, n. esp. 2, p. 103-112, 
set. 2013. Disponível em: <http://www.mercator.ufc.br/index.php/mercator/article/
viewFile/1177/499>. Acesso em: 11 out. 2014.
MONTE-MÓR, Roberto Luís. O que é urbano no mundo contemporâneo. Belo 
Horizonte, MG: Ufmg/Cedeplar, 2006. p. 1-14. Disponível em: <http://www.cedeplar.ufmg.
br/pesquisas/td/TD%20281.pdf>. Acesso em: 20 set. 2014.
http://www.mercator.ufc.br/index.php/mercator/article/viewFile/1177/499
http://www.mercator.ufc.br/index.php/mercator/article/viewFile/1177/499
http://www.cedeplar.ufmg.br/pesquisas/td/TD%20281.pdf
http://www.cedeplar.ufmg.br/pesquisas/td/TD%20281.pdf
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Referências
BERNARDELLI, Maria Lúcia Falconi da Hora. Contribuição ao debate sobre o urbano e o rural. 
In: SPOSITO, Maria Encarnação Beltrão; WHITACKER, Artur Magon (Org.). Cidade e campo: 
relações e contradições entre urbano e rural. São Paulo: Expresso Popular, 2006.
BOTELHO, Adriano. O urbano em fragmentos: a produção do espaço e a moradia pelas 
práticas do setor imobiliário. São Paulo: Annablume; FAPESP, 2007. 
BRESCIANI, Maria Stella Martins. Londres e Paris no século XIX: o espetáculo da pobreza. 
São Paulo: Brasiliense, 2004. 
CARLOS, Ana Fani A. A cidade. São Paulo: Contexto, 1992.
LEFEVBRE, Henry. O direito à cidade. Trad. Rubens Eduardo Frias. São Paulo: Centauro, 2001. 
MONTE-MÓR, Roberto Luís. O que é urbano no mundo contemporâneo. Belo Horizonte, 
MG: UFMG/Cedeplar, 2006. p. 1-14.
MUMFORD, Lewis. A cidade na história: suas origens, transformações e perspectivas. São 
Paulo: Martins Fontes, 1998. 
SANDRONI, Paulo. O que é mais valia? Col. Primeiros Passos, n. 65. São Paulo: 
Brasiliense, 1982.
SANTOS, Milton. A urbanização brasileira. São Paulo: Editora da Universidade de São 
Paulo, 2008.
SANTOS, Milton. A natureza do espaço: Técnica e tempo. Razão e emoção. São Paulo: 
Edusp, 2006.
SANTOS, Milton. “Espaço e capital: o meio técnico-científico”, In Anais do 4º Encontro 
Nacional dos Geógrafos, Associação dos Geógrafos Brasileiros, Seção Regional Rio de Janeiro, 
julho, 1981.
SOUZA, Marcelo Lopes de. ABC do desenvolvimento urbano. Rio de Janeiro: Bertrand 
Brasil, 2007.
SPOSITO, Maria Encarnação Beltrão; WHITACKER, Arthur Magon (Org.). Cidade e campo: 
relações e contradições entre urbano e rural. São Paulo: Expressão Popular, 2006.
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Unidade: A cidade e o urbano: um estudo de Geografia Urbana
Anotações
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