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Anatomia da Hipófise

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Sabrina B 
 
 
1 
 
 
A glândula hipófise, chamada antigamente de 
glândula pituitária (do latim, Pituita = 
secreção mucosa), está localizada na sela 
turca (uma formação do osso esfenoide), na 
fossa média do crânio. 
Galeno acreditava que a secreção nasal era 
proveniente do encéfalo, atribuindo o nome 
de pituitária. 
Somente no século XVII que verificaram que a 
hipófise não está relacionada com a secreção 
nasal. 
O termo hipófise significa hipo = abaixo; fise = 
crescimento, o nome foi atribuído a glândula 
por se desenvolver (crescer) abaixo do 
encéfalo. 
Pode ser dividida em duas partes: neuro-
hipófise (parte posterior da glândula) e a 
adeno-hipófise (parte anterior da glândula) 
entre elas há uma pequena porção 
denominada de parte intermédia (atrofiada 
no ser humano, contudo em outras espécies 
apresenta funções relevantes). 
Inferiormente a hipófise podemos localizar o 
seio esfenoidal do osso esfenóide, que forma 
parte do teto da cavidade nasal, assim, o 
acesso cirúrgico minimamente invasivo da 
hipófise é por meio da cavidade nasal, 
atravessando o seio esfenoidal e acessando a 
hipófise inferiormente (acesso 
transesfenoidal). 
Na região ântero-superior da hipófise 
podemos localizar o quiasma óptico (uma 
formação do hipotálamo) que contém o 
cruzamento das fibras nasais da retina de cada 
olho (as fibras nasais de cada retina captam 
informações visuais do campo temporal). 
Em torno da hipófise podemos observar o seio 
cavernoso (um plexo venoso) e lateralmente a 
hipófise as artérias carótidas internas. 
 
NETTER: Frank H. Netter Atlas De Anatomia 
Humana. 5 ed. Rio de Janeiro, Elsevier, 2011. 
A glândula hipófise é uma estrutura ovóide 
(cerca de 12 mm de diâmetro transversal e 8 
mm de diâmetro anteroposterior, e com um 
peso médio de 500 mg no adulto), é contińua 
com o infundib́ulo, um prolongamento 
HIPÓFISE 
Sabrina B 
 
 
2 
 
inferior oco, de formato cônico, derivado do 
túber cinéreo do hipotálamo. 
Está localizada na sela turca ou fossa 
hipofisária (uma formação do osso 
esfenoide), localizada na fossa média do 
crânio. 
De forma simples, ela pode ser dividida 
em duas partes: neuro-hipófise (parte 
posterior da glândula) e a adeno-
hipófise (parte anterior da glândula). 
Inferiormente à hipófise, podemos localizar 
o seio esfenoidal do osso esfenóide, que 
forma parte do teto da cavidade nasal. 
Assim, o acesso cirúrgico minimamente 
invasivo da hipófise é por meio da cavidade 
nasal, atravessando o seio esfenoidal e 
acessando a hipófise inferiormente (acesso 
transesfenoidal). 
 
 
Desenvolvimento 
embrionário 
A hipófise está localizada no centro da sela 
turca (região denominada de fossa hipofisial), 
separada do restante do encéfalo por uma 
prega, de formato circular, derivada da dura-
máter. 
Podemos dividir a hipófise em duas partes: 
• A neuro-hipófise: que se origina 
do sistema nervoso (no 
diencéfalo), que tem seu 
crescimento em direção inferior ( 
em azul). 
A neurohipófise consiste em uma porção 
volumosa, denominada histologicamente de 
parte nervosa (pars nervosa). 
• A adenohipófise: de origem 
ectodérmica a partir de uma 
projeção da boca primitiva 
(estomodeu), que desenvolve em 
direção superior, formando a bolsa 
de Rathke (em vermelho). 
Constituída pelas partes: distal (pars distalis), 
tuberal (pars tuberalis) e intermédia (pars 
intermédia). 
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J.; 
ABRAHAMSOHN, P. Histologia básica: texto e 
atlas. 13. ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2017. 
Na primeira imagem do lado esquerdo 
observe a linha em laranja esquematizando o 
ectoderma e a linha em azul o tubo neural. 
Em seguida, o assoalho do diencéfalo se 
desloca inferiormente, enquanto o teto da 
cavidade oral primitiva se projeta 
superiormente. 
O ectoderma forma a bolsa de Rathke com 
sua parede anterior se dilatando (diminuindo 
Sabrina B 
 
 
3 
 
o tamanho da cavidade – observe o espaço 
diminuto da bolsa de Rathke na figura do lado 
direito). 
A neuro-hipófise (parte nervosa) continua fixa 
ao diencéfalo por meio de um pedículo 
denominado de infundíbulo (composto por 
axônios provenientes de núcleos 
hipotalâmicos). 
A adeno-hipófise não tem conexão 
anatômica com o sistema nervoso, sendo 
constituída por três partes, a maior delas é 
denominada de parte distal (pars distalis), 
uma parte que circunda o infundíbulo 
denominada de parte tuberal (pars tuberalis), 
e uma terceira parte denominada de parte 
intermédia (pars intermedia). 
A neuro-hipófise e a adeno-hipófise são 
separadas por uma pequena fissura (esquício 
da bolsa de Rathke). 
A neuro-hipófise inclui a parte 
posterior (pars nervosa), o infundíbulo e 
a eminência mediana (próximo ao túber 
cinério). 
 
Corte sagital do encéfalo com foco na região 
hipotálamo-hipofisária. 
Identifique a eminência mediana, na região 
proximal do infundíbulo. 
Na eminência mediana neurônios 
parvocelulares liberam hormônios que 
influenciam a secreção de outros hormônios 
da adeno-hipófise. 
Os corpos celulares agrupados no sistema 
nervoso formam núcleos. 
No hipotálamo os núcleos supraóptico e 
paraventricular (magnocelulares), projetam 
seus axônios em direção a neurohipófise. 
Os axônios partem dos núcleos e alcançam 
a neuro-hipófise atravessando o infundíbulo. 
Na região da neuro-hipófise há a formação 
de uma rede capilar proveniente da artéria 
hipofisária inferior, desta forma, os 
hormônios produzidos no hipotálamo são 
secretados pela neurohipófise na rede 
capilar. 
Vascularização 
As artérias da hipófise originam-se das 
artérias carótidas internas, são 
elas:artérias hipofisárias inferiores e 
superiores. 
A artéria hipofisária inferior circunda e 
entra na neuro-hipófise para suprir seu leito 
capilar, recebendo os hormônios secretados: 
ADH e ocitocina. 
As artérias hipofisárias superiores suprem 
a eminência mediana do túber cinério, a parte 
superior do infundíbulo. 
Nessa região formam o plexo capilar 
primário (que recebe os hormônios 
liberadores dos neurônios parvocelulares do 
hipotálamo). 
Esse plexo capilar primário é drenado pelas 
veias porta-hipofisários, em direção ao plexo 
capilar secundário, que está localizado em 
torno da adeno-hipófise, desta forma, os 
hormônios liberadores do hipotálamo 
alcançam os trofos da parte distal da hipófise, 
controlando sua secreção. 
Sabrina B 
 
 
4 
 
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J.; 
ABRAHAMSOHN, P. Histologia básica: texto e 
atlas. 13. ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2017. 
 
Os hormônios do hipotálamo são secretados 
na corrente sanguínea de acordo com a 
presença de hormônios liberadores 
(releasing) ou inibidores. 
São eles: 
 
GHRH (hormônio liberador de hormônio do 
crescimento); 
GHIH (Hormônio inibidor do GH); 
TRH (hormônio liberador de tireotrofina); 
CRH (hormônio liberador de corticotrofina); 
GnRH (hormônio liberador de 
gonadotrofina); 
PRH (Hormônio estimulador da prolactina); 
PIH (Hormônio inibidor da prolactina). 
 
Esses hormônios são liberados 
pelos neurônios parvicelulares do 
hipotálamo (principalmente provenientes do 
núcleo arqueado). 
A liberação desses hormônios é feita no plexo 
capilar primário, formado pela artéria 
hipofisária superior (na região superior do 
infundíbulo). 
Na corrente sanguínea, esses hormônios são 
transportados pelas veias porta-hipofisárias 
até o plexo capilar secundário, localizado na 
região da adeno-hipófise, desta forma, 
atuando sobre as células cromófilas basófilas 
ou acidófilas (somatotrofos, corticotrofos, 
tireotrofos, gonadotrofos e lactotrofos). 
Adeno-hipófise 
A adeno-hipófise é altamente vascularizada. 
Ela consiste em células epiteliais de 
tamanho e formato variados, organizadas 
em cordões ou agregados irregulares, entre 
os quais se encontram capilares fenestrados 
de paredes delgadas. 
A maioria dos hormônios sintetizados pela 
adeno-hipófise são tróficos (relacionados à 
ela). 
 
São seis hormônios no total: 
 
SabrinaB 
 
 
5 
 
• Prolactina (Prl) = estimula o 
crescimento do tecido da mama e 
a produção do leite. 
• Hormônio do crescimento (GH) 
= envolvido no controle do 
crescimento do corpo. 
• Hormônio tireoestimulante (TSH 
– tireotrofina) = como o próprio 
nome diz, estimula a glândula 
tireóide a produzir os hormônios T3 
e T4 . 
• Hormônio 
adrenocorticotrófico (ACTH – 
corticotrofina) = controla a 
secreção de certos hormônios do 
córtex da glândula suprarrenal. A 
pró-opiomelanocortina (POMC) é o 
precursor da adrenocorticotrofina 
(ACTH), ambos são hormônios 
glicoproteicos. 
• Hormônio luteinizante (LH) 
= induz a secreção de 
progesterona pelo corpo lúteo e a 
síntese de testosterona pelas 
células de Leydig no testículo. 
• E hormônio folículo 
estimulante (FSH) = estimula o 
crescimento de folículos ovarianos 
e a secreção de estrógenos pelo 
ovário, e a espermatogênese 
(atuando sobre as células 
testiculares de Sertoli). 
Os dois últimos denominados 
de gonadotrofinas. 
A secreção dos hormônios da adeno-
hipófise é regulada por ações hormonais 
provenientes do hipotálamo, via sistema 
porta-hipofisário. 
 
As células epiteliais endócrinas, que 
secretam os diferentes hormônios da 
adeno-hipófise, são distinguidas em parte 
pelas suas diferentes afinidades por 
corantes. 
Quando as células têm afinidade com o 
corante são denominadas 
de cromófilas (que podem 
ser acidófilas ou basófilas). 
 
São células acidófilas: 
• Somatotrópica = secretores 
de GH, hormônio do crescimento ou 
também chamada de 
somatotropina. 
• Lactotrópica ou Mamotrópica = 
secretores de prolactina. 
 
São células basófilas: 
• Gonadotrópica = secretores de FSH e 
LH 
• Tireotrópica = secretores de TSH 
• Corticotrópica = secretores de ACTH 
e α-MSH (que estimula a produção 
de melatonina) 
Quando não tem afinidade com corante são 
denominadas de cromófobas. 
 
 
As células cromófobas são consideradas 
células cromófilas quiescentes ou 
Sabrina B 
 
 
6 
 
degranuladas, ou células precursoras 
imaturas; elas constituem até a metade das 
células da adeno-hipófise. 
 
Repare na imagem que as células acidófilas e 
basófilas foram coradas, enquanto que a 
cromófoba permanece sem corar. 
Neuro-hipófise 
A neuro-hipófise secreta dois 
hormônios produzidos pelos núcleos 
hipotalâmicos (supra-óptico e 
paraventricular): 
Ocitocina e hormônio antidiurético (ADH 
ou vasopressina). 
A vasopressina (ou hormônio antidiurético, 
ADH), que controla a reabsorção de água pelos 
rins (por inserção de canais de aquaporina no 
túbulo contorcido distal e ducto coletor); 
E a ocitocina, que promove a contração da 
musculatura lisa uterina (durante o parto) e a 
ejeção do leite pela mama (durante a 
lactação).

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