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Patologia Geral

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Disfunção do organismo. É o estudo da doença 
 
CONCEITOS BÁSICOS 
Lesões: qualquer alteração funcional e estrutural 
que ocorre nos tecidos 
Patogenia: sequência de eventos que ocorre em 
uma determinada doença 
Etiologia: causa da doença 
 
ÁREAS DA PATOLOGIA 
• Patologia geral 
• Patologia experimental – de cultura de célula 
• Patologia especial – focada em cada sistema do 
organismo 
• Patologia comparada – compara com outros 
animais 
• Patologia cirúrgica 
 
PATOLOGIA GERAL 
Composta pelos processos: 
• Degeneração – adaptação, lesão, morte celular 
• Inflamação e Reparo 
• Distúrbios Circulatórios 
• Alterações de Crescimento e da Diferenciação 
Celular 
 
DEGENERAÇÃO 
Homeostasia: capacidade do organismo de se 
manter em equilíbrio 
Quando uma célula recebe um estímulo de baixa 
intensidade, a resposta desenvolvida será 
adaptação. Se o estímulo nocivo for de alta 
intensidade, ou a célula não conseguir sofrer 
adaptação, a resposta produzida será a lesão. Caso 
o estímulo seja leve e transitório, a lesão será 
reversível. Nessas lesões, as células produzem 
alterações morfológicas, funcionais e bioquímicas, 
e não desenvolvem uma nova homeostasia. Se o 
estímulo for intenso e progressivo, a lesão será 
irreversível. 
Os fatores que determinam a lesão são: grau de 
intensidade da agressão, tipo tecidual envolvido, e 
o tempo de exposição. 
A lesão irreversível pode seguir 2 caminhos: 
necrose ou apoptose. Na necrose ocorre a morte 
de uma grande população de células de forma 
desprogramada e descontrolada. Na apoptose 
ocorre a morte de uma ou poucas células de forma 
controlada e programada. 
 
 
Natureza do Estímulo Nocivo 
Estímulos fisiológicos alterados 
• Aguda e transitória/ progressiva e grave: 
redução de oxigênio, lesão química (picada de 
cobra), infecção microbiana 
• Crônica: alterações metabólicas, genéticas ou 
adquiridas 
As alterações microscópicas irão se refletir em 
alterações macroscópicas 
 
 
ADAPTAÇÃO 
As células criam uma nova homeostasia. Tem 
alteração reversível no tamanho, número, 
fenótipo, atividade metabólica e fisiológica em 
resposta a alterações ambientais. Essa adaptação 
pode ser encontrada em: hipertrofia, hiperplasia, 
atrofia, metaplasia. 
 
Hipertrofia 
Ocorre o aumento do tamanho das células, que 
resulta no aumento do órgão. As células possuem 
um sensor de estiramento que detectam aumento 
de carga. Substâncias antagonistas, como 
hormônios, se ligam em receptores celulares. Os 
receptores de estiramento quando estimulados 
junto a hormônios e fatores de crescimento, induz 
a transdução de sinais dentro das células, e 
estimulam o aumento da produção de proteínas 
contráteis. Dessa forma, a célula melhora seu 
desempenho mecânico. Porém a célula precisa 
crescer, e faz isso a partir da secreção de fatores 
de crescimento, que de forma autócrina induzem 
a expansão da superfície da membrana 
plasmática. 
 
 
Hiperplasia 
Aumento do número de células de um órgão ou 
tecido, resultando em um aumento da massa. Está 
associada a células que possuem capacidade 
mitótica - não é observada em tecidos nervosos 
(neurônios), fibra muscular estriada esquelética e 
cardíaca. É dividida em Fisiológica e Patológica 
Hiperplasia Fisiológica 
Pode ser hiperplasia hormonal, que aumento a 
capacidade funcional de um tecido, ou hiperplasia 
compensatória, quando aumenta massa do tecido 
após lesão ou ressecção parcial (ex: hepatoctemia) 
Hiperplasia Patológica 
Excesso de hormônios ou fatores de crescimento 
(ex: hiperplasia prostática; hiperplasia 
endometrial, quando há a proliferação das células 
do endométrio no próprio útero). 
 
 
Infecções virais – genes virais e células infectadas 
produzem fatores de crescimento que estimulam 
a proliferação celular (ex: papilomavírus) 
 
 
Atrofia 
Diminuição do estímulo que reflete na diminuição 
do tamanho e número de células, então ela pode 
ser numérica, que diminui o número de células, ou 
volumétrica, quando há a diminuição do volume 
das células. Pode ser fisiológica ou patológica 
Fisiológica 
Ex: atrofia de estruturas embrionárias; do útero 
pós parto 
Patológica – local ou generalizada 
• Redução da carga de trabalho; 
• Perda da inervação 
• Diminuição do suprimento sanguíneo – atrofia 
senil 
• Nutrição – desnutrição protéico-calórica 
(marasmo); caquexia 
• Perda de estimulação endócrina 
• Pressão 
 
 
Metaplasia 
Alteração reversível onde um tecido celular é 
substituído por outro mais resistente, sempre da 
mesma origem. Ex: cálculos nos ductos excretores 
das glândulas salivares, pâncreas ou ductos 
biliares 
 
LESÃO CELULAR 
O que gera essas lesões são: hipóxia; agentes 
físicos; agentes químicos e drogas; agentes 
infecciosos; reações imunológicas; alterações 
genéticas; desequilíbrio nutricional. 
 
 
 
 
Degeneração Vacuolar 
Quando se tem esse quadro, as funções das células 
diminuem enquanto a lesão permanece. Em dado 
momento começam a aparecer alterações 
bioquímicas que, quando ultrapassam as 
capacidades funcionais da célula, indicam uma 
lesão irreversível 
A lesão reversível se caracteriza pela presença de 
vacúolos intracitoplasmáticos (dentro da célula), 
pela preservação da membrana plasmática e do 
núcleo celular – Manifestação morfológica 
 Lesões passam a ser irreversíveis quando o 
núcleo não se preserva 
 
Degeneração Glicogênica 
Células que estocam glicogênio – como os 
hepatócitos 
Vacúolo sem coloração; pra confirmar essa 
degeneração, é necessária a utilização do corante 
PAS (ácidoperiódico de Shiff), que mostra o 
glicogênio – não cora com HE 
Glicose no sangue ⟶ fígado (começa a estocar 
glicogênio dentro dos hepatócitos). Ex: diabetes 
melito 
 
 
Degeneração Hidrópica 
Vacúolos sem coloração, contendo H2O em seu 
interior 
Falhas na bomba sódio-potássio fazem com que o 
sódio fique acumulado no interior da célula. Este 
acúmulo aumenta a osmolaridade e a entrada de 
água na célula por osmose. A água se acumula no 
citoplasma em vacúolos. – Acontece porque a 
bomba precisa ganhar ATP, se as células na 
fabricam ATP, a bomba não funciona. 
60% do ATP produzido é usado pra fazer a bomba 
funcionar 
 
Degeneração Hialina 
Vacúolos com proteínas em seu interior. O 
glomérulo não filtra essas proteínas, e as células 
ficam com excesso, fazendo com que as proteínas 
se acumulem nos vacúolos. É comum em doenças 
renais 
Vacúolos ficam fortemente corados pela eosina 
 
 
Degeneração Gordurosa 
Acontece em células não adipócitas. Vacúolos sem 
coloração, com gordura em seu interior 
 
Esteatose: tem que fixar por congelamento e 
cortar no criostato. Usar o corante denominado 
Suddam Black, que cora a gordura em tons de 
preto 
 
 
Características Citoplasmáticas 
• Sempre patológica 
• Resposta tecidual exuberante 
• Desnaturação protéica + alterações nucleares – 
aumento da acidofilia tecidual pela eosina 
• Eventos bioquímicos intracelulares 
• Manifestação morfológica de necrose – cerca 
de 6 horas 
• Aspecto vítreo 
• Perde ou comprometimento dos limites 
celulares 
 
 
 
 
NECROSE 
As células que morrem por necrose possuem um 
aspecto vítreo. Na necrose ocorre a perda ou 
comprometimento dos limites celulares. Pra 
caracterizar populações de células necróticas, se 
deve procurar: 
• Aumento da acidofilia tecidual 
• Aspecto vítreo 
• Perda dos limites celulares 
• Alterações nucleares 
Entre os eventos bioquímicos que ocorrem com a 
célula, a queda do pH citoplasmático desencadeia 
em sequência: 
• Picnose: condensação da cromatina 
decorrente a queda do pH 
• Cariorexis: fragmentação do núcleo com a 
ruptura da cromatina e perda da carioteca 
• Cariólise: influxo de Ca2+ ativa grupos 
enzimáticos que dissolvem a cromatina. Se 
observa a imagem negativa do núcleo 
 
 
 
Tipos de Necrose 
Depende do tipo de tecido envolvido, causa e 
manifestação 
• Necrose de coagulação 
• Necrose de liquefação 
• Necrose caseosa 
• EsteatonecroseNecrose de Coagulação 
todos os tecidos, exceto no tecido nervoso 
Etiologia: 90% isquemia / hipoxia; 10% insultos 
infecciosos e tóxicos 
Tem preservação da arquitetura tecidual 
Em necroses mais tardias, o tecido passa de pálido 
pra hemorrágico. A necrose acomete primeiro o 
parênquima e depois os vasos 
Macroscopicamente: palidez do tecido e 
arquitetura preservada - Palidez caracteriza 
infarto 
 
Microscopicamente: aumento da acidofilia, perda 
de limites celulares, preservação do arcabouço 
tecidual 
 
 
Necrose de Liquefação 
Tecido Nervoso 
Etiologia: isquemia tecidual; inflamação 
bacteriana com infiltrado de neutrófilos. O tecido 
se liquefaz 
Tecido nervoso em insultos isquêmicos → excesso 
de lisossomos em neurônios. Tecidos associados a 
infiltrado leucocitário (neutrófilos liberam 
enzimas digestivas que agem no tecido). É a única 
necrose que diminui a acidofilia tecidual 
Macroscopicamente: malácia 
 
Microscopicamente: áreas necróticas são 
caracterizadas pela presença de lacunas, que são 
espaços sem tecido. Perda dos limites celulares e 
tissulares; arcabouço tecidual é completamente 
perdido 
 
 
Necrose Caseosa 
Qualquer tecido com infecção bacteriana 
Termo caseum = semelhante ao queijo ricota 
Qualquer tecido que tenha infecção por tipos 
específicos de bactérias como as do gênero 
Mycobacterium. Mais frequente em linfonodos e 
pulmões, mas afeta qualquer tecido 
Macroscopicamente: branco amarelado, friável, 
áreas escurecidas (calcificação) 
 
Microscopicamente: aumento da acidofilia 
tecidual; perda dos limites celulares; perda do 
arcabouço tecidual com retenção do tecido, o que 
diferencia da necrose de liquefação 
 
Esteatenose 
Necrose do tecido adiposo 
Etiologia: traumas mecânicos no tecido, 
principalmente no subcutâneo. Enzimático → 
gordura periférica ao pâncreas. Quadros de 
pancreatite ou neoplasias faz com que as enzimas 
sejam liberadas na cavidade em cima do tecido 
adiposo. 
Macroscopicamente: coloração acastanhada que 
varia ao branco 
 
Microscopicamente: aumento da acidofilia 
tecidual; perda dos limites celulares; preservação 
do arcabouço tecidual; deposição de cálcio – após 
a deposição, ocorre perda do arcabouço tecidual 
 
 
MECANISMOS DA LESÃO CELULAR 
 
NECROSE 
Lesão hisquêmica – hipóxia 
Na lesão isquêmica ocorre a hipóxia tecidual. As 
células da região afetada deixem de receber o 
suprimento sanguíneo adequadamente. As células 
com baixa oferta de O2 terão uma interrupção na 
fosforilação oxidativa, o que levará a queda do ATP 
intracelular. A bomba de Na+K+ATPase deixará de 
funcionar adequadamente, acarretando o 
acúmulo de Na intracelular. O sódio acumulado irá 
promover o influxo de H2O por osmose pro 
interior da célula, gerando uma lesão reversível 
denominada degeneração hidrópica. Nessa 
degeneração ocorrerá a tumefação das organelas 
como mitocôndrias, retículo endoplasmático liso e 
rugoso. Os ribossomos irão se despregar da 
membrana do retículo rugoso acarretando uma 
drástica diminuição da síntese protéica celular. 
Para manter a mínima produção de ATP, a célula 
aciona a via anaeróbia no qual produz ácido lático, 
levando a diminuição do pH intracelular. A acidez 
intracelular induz as alterações nucleares 
começando pela picnose. A picnose é ponto de 
não retorno, onde é caracterizada a lesão celular 
irreversível. A queda no nível de O2 faz com que 
os canais iônicos funcionem de forma inadequada. 
O cálcio passa a entrar na célula e ativar 
complexos enzimáticos que agem no núcleo 
promovendo a fragmentação da cromatina 
(cariorexis) e sua digestão (cariólise). Lípases que 
promovem a quebra de fosfolipídios gerando 
instabilidade nos sistemas de membranas. 
Proteases que desnaturam as proteínas gerando 
colapso do citoesqueleto e das organelas em geral. 
Os lisossomos que são pequenas vesículas 
membranosas e protéicas se rompem, 
promovendo um derrame enzimático 
denominado de bolsa suicida, que culmina na 
morte celular por necrose. 
O derrame enzimático pode comprometer o 
tecido e expandir a lesão 
 
 
LESÃO DE REPERFUSÃO 
O aumento dos níveis de O2 abruptamente pode 
fazer com que a molécula se combine com Ca, H, 
gerando EROS (espécies reativas de oxigênio), que 
são moléculas instáveis que causam peroxidação 
lipídica, desnaturação protéica e lesão no DNA 
podendo aumentar a extensão da lesão tecidual. 
 
Lesão Química 
• Cloreto de mercúrio – se liga em proteínas de 
membrana 
• Cianeto – age nas proteínas do complexo IV 
(mitocôndrias - ↓ATP 
• Substâncias que agem no citocromo P450 
(farmacologia) 
 
Lesão Fisiológica 
Embriogênese Ocorre a involução de tecidos 
hormônio-dependentes sob privação hormonal e 
perda celular em populações celulares 
proliferativas. Acontece a eliminação de linfócitos 
autorreativos potencialmente nocivos 
 
Lesão Patológica 
Lesão de DNA. Tem um acúmulo de proteínas 
anormalmente dobradas e a morte celular em 
certas infecções (apoptose) 
A apoptose pode ocorrer de duas maneiras: 
• Via intrínsica 
• Via extrínsica 
Via Intrínsica: desencadeada pela mitocôndria; 
em situações de provação de O2 ou hormônios; 
alteração na mitocôndria causada por baixa oferta 
de O2. Aumenta a permeabilidade da membrana 
mitocondrial acarretando a saída do citocromo C. 
O citocromo C no citoplasma da célula ativa grupos 
enzimáticos denominados de caspases. Uma das 
classes caspases clivam aspartato e cisteína no 
citoesqueleto em corpos apoptóticos. Outra classe 
de caspases age no núcleo clivando a cromatina de 
forma direcionada. Os corpos apoptóticos serão 
fagocitados por macrófagos teciduais. 
 
Via Extrínsica: Citocina TNF (fator de necrose 
tumoral) se liga em receptores da membrana 
plasmática. O receptor irá desencadear a ativação 
de uma sequência de aminoácidos 
intracitoplasmáticos. Esses aminoácidos ativados 
irão ativar enzimas caspases. Apoptose pela via 
extrínsica é mais comum nos linfonodos. 
 
 
 
Aguda e Crônica 
 
INFLAMAÇÃO 
Resposta do tecido conjuntivo vascularizado à 
injuria tecidual 
Cornelio Celsius → 4 sinais cardinais: 
• Rubor (hiperemia) 
• Tumor (aumento de volume tecidual) 
• Calor (aumento da temp. local) 
• Dor (mediadores químicos) 
Inflamação é um evento protetor pro organismo, 
com objetivo de livrar o organismo de injuria e de 
suas consequências. É um evento complexo que 
envolve reações nos vasos e nos leucócitos. É 
dividida em: 
• Inflamação aguda 
• Inflamação crônica 
 
INFLAMAÇÃO AGUDA 
Tem um rápido início com curta duração (horas ou 
poucos dias) 
Tem como característica a exsudação de fluídos e 
proteínas do plasma pro tecido (edema), e 
migração dos leucócitos, principalmente os 
neutrófilos, pros tecidos injuriados 
 
Microambiente normal, com a arteríola se 
ramificando nos capilares, e os capilares se 
transformando em vênulas 
 
Leva leucócitos e proteínas do plasma pro local 
onde tem injuria no tecido. A presença de um 
agente injuriante promoverá ação de 3 
componentes básicos do processo inflamatório: 
Alteração no calibre vascular e consequente 
aumento do fluxo sanguíneo 
1) Vasoconstrição distancia as junções das 
células endoteliais e causa o extravasamento 
das proteínas plasmáticas pro interstício 
2) Migração de leucócitos do sangue pro 
interstício (virou edema porque não tinha 
mais albumina o sangue) 
Edema 
Pode ser gerado através de um quadro de ascite 
(acúmulo de líquido na cavidade abdominal). A 
ascite já é consequência de algo, e normalmente é 
problema hepático 
 
ESTÍMULOS 
Infecções (bact. viral, fúngica, parasitária). Qual 
receptor da imunidade inata que capta esses 
invasores? R: receptores do tipo toll, quando ele é 
estimulado, a célula libera mediadores químicos 
que induzem a resposta inflamatória aguda. 
 Infecção por diferentes microrganismos é 
um estimulo pra inflamação aguda. 
• Necrose tecidual:moléculas liberadas por 
células necróticas funcionam como 
mediadores químicos pró-inflamação 
• Corpos estranhos (carregam microrganismos) 
• Reações imunes 
 
EVENTOS VASCULARES 
 
• Transudato: ultrafiltrado do plasma com baixo 
teor proteico e celular 
• Exsudato: acúmulo de proteínas e células do 
sangue no interstício (pus) 
AUMENTO DA PERMEABILIDADE VASCULAR 
A primeira manifestação é a vasodilatação e 
depois vasoconstrição 
Causas 
• Histamina e óxido nítrico liberado por células 
(efeito rápido) 
• Lesão no endótélio gerada por toxinas 
(podem durar horas ou dias) 
• Injúria vascular por leucócito (inflamação 
tardia) 
• Transictose (moléculas presentes no vaso 
migram pro tecido e o principal estimulador é 
o VEGF - Fator de Crescimento Endotelial 
Vascular) 
Agente injuriante no tecido: induz a liberação de 
histamina e óxido nítrico que são substâncias que 
agem no músculo liso dos vasos provocando 
vasodilatação. A vasodilatação leva ao aumento 
do fluxo sanguíneo e conseqüentemente os 
seguintes sinais cardinais da inflamação são 
sentidos: calor e rubor. O aumento do fluxo 
sanguíneo leva ao aumento da pressão 
hidrostática nos vasos fazendo com que líquido 
plasmático extravasa pro interstício. O fluxo 
sanguíneo no vaso diminui e aumenta a 
viscosidade do sangue. O aumento da viscosidade 
do sangue, faz com que as hemácias movam-se 
lentamente gerando um quadro de estase ou 
congestão, provocando vermelhidão no tecido. 
 
 
 
 
Recrutamento dos Leucócitos pro locais de injuria 
e infecção 
 
A função crítica do processo inflamatório é levar 
leucócitos para os locais de injúria tecidual, 
objetivando eliminar os agentes agressores. O 
aumento da viscosidade do sangue e diminuição 
do fluxo sanguíneo faz com que fagócitos sofram 
marginação para a periferia do vaso. Enquanto os 
macrófagos, mastócitos e células endoteliais lidam 
com o agente injuriante, citocinas como o TNF e a 
IL-1 são secretados e estimulam as células 
endoteliais a expressarem em sua membrana 
proteínas Selectinas. (p-selectina; e-selectina) 
• P- Selectina promove o rolamento do fagócito 
e baixa adesão. 
• E- Selectina promove principalmente a 
adesão. 
A célula fagocitária promove ligamento e 
desligamento nas selectinas no endótelio rolando 
entre as células. As quimiocinas e as citocinas irão 
estimular as células endoteliais a expressarem 
uma integrina ICAM que se liga em INTEGRINAS 
dos fagócitos de maneira ativa e estável. Quando 
ocorre a ligação da ICAM na célula endotelial com 
a integrina dos fagócitos, induz-se uma adesão 
estável. Os fagócitos param de rolar e se aderem 
firmemente à membrana do endotélio. Os 
fagócitos param de rolar e se aderem firmemente 
à membrana do endotélio. O citoesqueleto do 
fagocito é todo reorganizado e a célula fica 
completamente espalhada. Atraídos pelas altas 
concentrações de quimiocinas e proteínas do 
sistema complemento presentes nos tecidos, os 
fagócitos começam a emitir pseudópodes devido 
às alterações no seu citoesqueleto e a passar pela 
lâmina basal dos vasos sanguíneos. Os produtos 
microbianos e as citocinas inflamatórias como o 
TNF levam os capilares a vazamentos, permitindo 
que proteínas circulantes, incluindo as proteínas 
do complemento e anticorpos, saiam dos vasos 
sanguíneos e sejam introduzidas ao local de 
infecção tecidual. Essas proteínas trabalham em 
conjunto com os fagócitos para destruir os agentes 
ofensores. 
 
CLASSIFICAÇÃO/LOCAIS DE INFLAMAÇÃO 
(sufixo -ite) 
• Estomatite: boca 
• Gastrite: estômago 
• Enterite: intestino 
• Duodenite: duodeno 
• Tiflite: ceco 
• Hepatite: fígado 
• Balanite: pênis 
• Postite: prepúcio 
• Esplenite: baço 
• Cardite: coração 
• Dermatite: pele 
• Colecistite: vesícula biliar 
• Cistite: bexiga / vesícula urinária 
 
CLASSIFICAÇÃO EXSUDATO 
• Seroso: reação de hipersensibilidade e infecção 
viral 
• Catarral: processos bacterianos ou viral – 
protege mucosas (aderente) 
• Fibrinoso: contém fibrina; presente em 
infecções bacterianas, virais e fúngicas 
• Purulento: pus – grande qntd. de neutrófilos 
mortos (cores e odores variados) 
• Hemorrágico: presença do sangue 
 
INFLAMAÇÃO CRÔNICA 
Longa duração, menos exsudativa e mais 
proliferativa devido aos eventos de macrófagos, e 
provocam tímidas alterações vasculares. Suas 
principais células são as mononucleadas 
(macrófagos) 
 Inflamação aguda evolui pra crônica quando 
tem persistência do agente injuriante dentro 
de 3-5 dias. A persistência do agente 
injuriante promove infiltração de 
mononucleados 
 
Essa persistência ocorre devido a: 
• Agentes que driblam a fagocitose 
• Agentes de difícil digestão 
• Agentes inertes (madeira, vidro, ferro) 
• Agentes de exposição contínua 
A inflamação é dividida em: 
• Inespecífica 
• Granulomatosa 
Objetivo: 
Retirar o agente injuriante e remover o tecido 
morto 
 
INESPECÍFICA 
Derivada da aguda. Agentes inertes, virais e 
bactérias intracelulares acionam essa inflamação 
crônica 
Processo da Inflamação 
 
• Nefrite: rim 
• Rinite: narina 
• Pneumonite 
(pneumonia): pulmão 
• Bronquite: brônquios 
• Metrite: útero 
• Oforite: ovário 
• Mastite: gl. Mamária 
• Orquite: testículo 
 
Monócitos são recrutados por quimiotaxia até o 
sítio de lesão por mediadores químicos (fator de 
crescimento derivado de plaquetas, fator de 
crescimento tecidual, fibronectina, colágeno). Os 
compostos químicos no sítio de lesão atraem os 
monócitos pro local. Essas células migram do vaso 
pro tecido injuriado seguindo os mesmos 
preceitos da inflamação aguda (marginação, 
rolamento, adesão e transmigração). Nos tecidos 
o monócito precisa sofrer ativação pra se 
converter em macrófagos. A ativação dos 
macrófagos pode ser imunológica ou não-
imunológica. 
Imunológica: 
Nos tecidos ocorre interação entre os linfócitos e 
macrófagos e a produção de intérferons. Esses 
intérferons fazem a ativação dos monócitos em 
macrófagos. (intérferons = injuria viral). Se não 
ocorrer produção de intérferon, ele não sofre 
ativação. 
Não-imunológica: 
LPS (bactérias Gram– ou outros constituintes 
bacterianos) podem interagir com os monócitos 
que são induzidos a se converter em macrófagos. 
 
A ativação dos macrófagos leva a alterações 
morfológicas e funcionais nessas células: 
• Citoplasma amplo 
• Aumento da atividade fagocítica 
• Aumento de fatores de crescimento (induz a 
proliferação dos fibroblastos e formação de 
novos vasos – angiogênese) 
• Aumento de citocinas (faz com que ocorra 
atração de mais leucócitos pro sítio de lesão) 
Macrófago prepara o tecido pro reparo 
 Fibroplasia: proliferação de fibroblastos e 
aumento do colágeno 
 
A entrada de um agente injuriante induz o 
fenômeno da inflamação aguda que é 
essencialmente vascular e celular,durante de 
horas até dias (poucos). Em dado momento a 
inflamação evoluiu para crônica, quando o nível de 
mediadores químicos atinge nível suficiente para 
atrair monócitos do sangue para o tecido 
injuriado. Os mediadores químicos da inflamação 
crônica irão provocar essencialmente alterações 
celulares de proliferação e as vasculares são 
tímidas. Os mediadores químicos teciduais atraem 
quimicamente os monócitos para o tecido 
injuriado. Eles passam pelo mesmo processo dos 
neutrófilos: marginação, rolamento, adesão e 
transmigração. Nos tecidos, os monócitos 
precisam sofrer ativação que ocorre por duas vias: 
IMUNE ou NÃO IMUNE. Na IMUNOLÓGICA a 
interação dos monócitos com linfócitos acarreta a 
produção de intérferons que induz a ativação dos 
monócitos em macrófagos. Na NÃO 
IMUNOLÓGICA a interação dos monócitos com o 
LPS de bactérias gram-negativas e outros 
compostos bacterianos promove ativação destas 
células em macrófagos. 
Macrófagos ativados vão ter duas funções na 
inflamação crônica: 
• Anular o agente injuriante através do 
processo de fagocitose. 
• Produzir PDGF (fator de crescimento 
derivados de plaquetas) e TGF (fator de 
crescimento tecidual) queservem como 
estímulos para proliferação de fibroblastos e 
deposição de colágeno (fibroplasia); 
Produzem VEGF (Fator de crescimento 
endotelial vascular) e TGT (fator de 
crescimento tecidual) que servem como 
estímulos para a formação de novos vasos 
(angiogênese). 
 O tecido com fibroplasia e angiogênese 
recebe o nome de tecido de granulação. 
Quando a inflamação crônica forma nódulos, ela 
recebe o nome de granulomatosa. Nessa, 
observa-se as células distribuídas em forma de 
nódulo não difuso. Esta alteração morfológica no 
tecido recebe o nome de granuloma. 
 
GRANULOMA 
Tipo corpo estranho aparece quando substâncias 
inertes como fio de nailon, vidro, madeira 
penetram no corpo do animal e não são 
fagocitadas. O nódulo de células restringe o 
agente. O imune, normalmente é caseoso e ocorre 
devido a infecções por bactérias do gênero 
Micobacterium ou fungos intracelulares. Estes 
agentes de difícil digestão são aprisionados em um 
granuloma que é mediado e mantido por células T. 
O nódulo restringe o agente injuriante. 
 
 
A lesão em uma célula ou tecido vai iniciar 
automaticamente um processo de cura desse 
tecido, e essa cura pode ser dividida em 2: 
• Regeneração 
• Reparo 
Regeneração 
Tecido volta a seu estado original. São tecidos com 
alta capacidade proliferativa e se renovam 
constantemente pela alta quantidade de células 
tronco 
Reparo 
Uma parte do tecido é restaurada, mas com 
desarranjos estruturais; não volta a seu estado 
original 
• Ferida: crescimento de tecido cicatricial em 
quadros agudos. A parte cicatrizante é o 
reparo 
• Inflamação crônica: faz com que o tecido sofra 
um reparo, mas se encaminha pra uma fibrose 
 
 
O que determina o encaminhamento pro reparo 
ou pra regeneração? 
Se a lesão atinge principalmente o parênquima do 
tecido, as células remanescentes iniciam um 
processo proliferativo, se reorganizam, e se 
encaminham pra regeneração 
Se a lesão atinge áreas do parênquima e estroma, 
o tecido conjuntivo se prolifera de forma 
desorganizada junto com as células do 
parênquima e o tecido perde parte do seu 
arcabouço, ocorre um reparo 
 Estroma: tecido de sustentação 
 Parênquima: células funcionais do tecido 
(ex: no fígado é o hepatócito) 
 
CONTROLE DA PROLIFERAÇÃO CELULAR E 
DO CRESCIMENTO TECIDUAL 
Células tronco nos tecidos podem se dividir e gerar 
novas células tronco. Algumas podem se 
diferenciar em populações de células estáveis. 
Algumas células estáveis passam por um último 
processo de diferenciação e se convertem em 
células terminalmente diferenciadas. 
As populações de células estáveis podem ser 
controladas através da proliferação ou da morte 
celular por apoptose 
 
Os tecidos em geral possuem nichos/populações 
de células tronco. 
• Na pele, as células tronco ficam localizadas 
próximas ao folículo piloso e das gl. sebáceas 
• No intestino as células tronco se localizam na 
região das criptas 
 
 
 
CICLO CELULAR E REGULAÇÃO DA 
REPLICAÇÃO 
 
 
Células lábeis 
Células dotadas de ciclo vital curto. Produzidas 
pelo organismo, permitem o crescimento e a 
renovação constante dos tecidos onde ocorrem, 
ex: leucócitos, hemáceas ou eritrócitos, e células 
epiteliais. Basicamente são células que 
constantemente passam por todas as etapas do 
ciclo celular: G0 → G1 → S → G2 → M → G0 
 
Células estáveis 
Células dotadas de ciclo vital médio ou longo, 
podendo durar meses ou anos. Produzidas 
durante o período de crescimento do organismo, 
essas células só voltam a ser formadas em 
condições excepcionais, como na regeneração de 
tecidos (ex: fratura óssea). Dentre as células 
estáveis, podemos citas: osteócitos, hepatócitos, 
células pancreáticas, musculares lisa. Essas células 
permanecem em G0, mas podem entrar em G1 e 
continuar o ciclo celular até o processo de divisão 
 
Células permanentes 
Células de ciclo vital muito longo, coincidindo 
geralmente, com o tempo de vida do indivíduo. 
São produzidas apenas durante o período 
embrionário. Na eventual morte dessas células, 
não há reposição, uma vez que o indivíduo nasce 
com o número completo e necessário de suas 
células permanentes. Essas células simplesmente 
aumentam de volume, acompanhando o 
crescimento do indivíduo. Ex: neurônios, células 
musculares estriadas esqueléticas e cardíacas. 
 
FATORES DE CRESCIMENTO 
Célula: compostos químicos que orientam a 
proliferação e o crescimento de diversos tipos 
celulares. Esses fatores se ligam em receptores das 
células alvo e podem desencadear a transcrição de 
genes que alteram o ciclo celular 
 
HGF 
Fator de crescimento de hepatócitos. 
É produzido por células mesenquimais e 
estimulam a proliferação de hepatócitos, epitélios 
VEGF 
Fator de crescimento endotelial vascular. 
Produzido por células endoteliais, macrófagos, 
fibroblastos. Mitogênico pra células endoteliais e 
estimuladas da angiogênese (formação de novos 
vasos) 
PDGF 
Fator de crescimento derivado de plaquetas 
Produzido por plaquetas, macrófagos, endotélio, 
músculo liso. É quimiotático pra macrófagos e 
fibroblastos. Ativa neutrófilos, macrófagos e 
fibroblastos. É mitogênico pra fibroblastos, 
endotélio, músculo liso, e estimula angiogênese e 
contração de feridas 
FGF 
Fator de crescimento dos fibroblastos 
Produzido por macrófagos, mastócitos, linfócitos 
T, endotélio e fibroblastos. É quimiotático e 
mitogênico pra fibroblastos; Angiogênico e 
estimula contração de feridas 
 
MATRIZ E INTERAÇÕES CELULARES 
O estroma dos tecidos exerce importantes funções 
no organismo animal: 
• Fornece suporte mecânico 
• Faz o controle do crescimento celular através 
de fatores 
• Realiza manutenção das células que precisam 
sofrer diferenciação 
• Fornece o arcabouço pra renovação do tecido 
É a matriz que estabelece o microambiente 
tecidual (células + fatores presentes no tecido). 
Armazena e apresenta moléculas reguladoras 
 
REPARO, CICATRIZ E FIBROSE 
Quando ocorre uma lesão com destruição do 
parênquima e do estroma, a cura do tecido não irá 
ocorrer por regeneração, mas sim por reparo com 
deposição de colágeno e formação de um tecido 
cicatricial 
A cicatrização é um processo fibroproliferativo 
com ampla deposição de colágeno 
O reparo pela deposição de tecido conjuntivo 
inclui as seguintes características básicas: 
• Inflamação 
• Angiogênese 
• Migração e proliferação de fibroblastos 
• Formação de cicatriz 
• Remodelamento do tecido conjuntivo 
Caso o estímulo lesivo seja removido, a inflamação 
é aguda e o reparo é por cicatrização. Caso não 
ocorra a remoção do estímulo lesivo, a inflamação 
evolui pra crônica, com fibroplasia e reparo por 
fibrose 
 
CICATRIZAÇÃO 
Neurônio não tem capacidade proliferativa – é um 
problema 
 
ANGIOGÊNESE 
Processo de formação de novos vasos 
Em animais jovens é um processo normal de 
desenvolvimento. Em adultos, ocorre durante 
cicatrização de um ferimento, revestimento 
uterino pós cio, prática de exercícios aumento o 
fluxo no músculo card. e esquelético e em 
neoplasias malignas também 
Etapas 
1) Vasodilatação: provocada pelo óxido 
nítrico do tecido, quem induz sua secreção 
é o VEGF, secretado pelos fibroblastos. 
2) Fatores teciduais como o VEGF ativam 
metaloproteinases, que rompem a 
membrana basal do vaso 
3) Migração das células endoteliais pro local 
do estímulo angiogênico 
4) Proliferação das células endoteliais - 
substitui as que saíram e formam novos 
vasos 
5) Maturação das células endoteliais, que 
inclui inibição do crescimento e 
remodelagem em tubos capilares 
6) Recrutamento das células próximas ao 
endotélio (pericitos e músculos lisos) pra 
formar o vaso maduro 
 
 
 
CURA DE FERIDAS CUTÂNEAS 
 
Inflamação 
Quando ocorre uma lesão com destruição do 
parênquima e do estroma, a cura do tecido não irá 
ocorrer por regeneração, e sim por reparo com 
deposição de colágeno e formação de um tecido 
cicatricial 
 
A: cicatrização por 1º intenção – pega as bordas da 
ferida e faz a aproximaçãodelas (já ta 
acontecendo inflamação aguda pelos neutrófilos) 
B: cicatrização por 2º intenção – quando as feridas 
não são tão próximas. 
 
Proliferação 
Etapa da casquinha 
Ocorre formação do tecido de granulação. No 
período de 24-72h se forma o tecido de 
granulação (fibroplasia + angiogênese) 
Em um período de 3-7 dias, houve proliferação do 
tecido epitelial e a reepitelização. Na inflamação 
de 2º intenção, essa reepitelização é mais 
demorada, e consequentemente, um retardo no 
processo cicatricial 
Na cicatrização por 2º intenção, a angiogênese é 
aumentada 
Tecido de Granulação 
 
 
Maturação 
Macrófagos liberam fatores que promovem a 
migração de fibroblastos pro sítio da lesão. E 
liberam também fatores que estimulam a 
proliferação dos fibroblastos. Após algumas 
semanas, é observada apenas uma discreta fibrose 
na derme e perda de folículo piloso e glândulas 
anexas da pele 
 
Cicatrização 
Tecido conjuntivo acelular destituído de infiltrado 
inflamatório 
Aspectos Patológicos 
1) Formação deficiente da cicatriz 
2) Formação excessiva dos componentes de 
reparo 
3) Formação de contraturas 
 
Fatores Sistêmicos 
• Nutrição – principalmente déficit protéico e de 
vit. C (constituinte dos colágenos) 
• Estado metabólico (diabetes melito) e 
circulatório 
• Presença de glicocorticóides (possuem efeito 
anti-inflamatório – inibe a secreção de citocinas 
e fatores de crescimento) 
Fatores Locais 
• Infecção (fator que mais influencia na cura das 
feridas) 
• Fatores mecânicos 
• Corpos estranhos 
• Tamanho, localização e tipo da ferida 
 
Cicatrização Deficiente 
Ocorre por formação inadequada do tecido de 
granulação ou pela deposição da matriz 
extracelular. Isso pode gerar: 
• Deiscência da ferida – abertura dos pontos 
• Ulceração – vascularização inadequada 
(depressões no tecido) 
 
Formação Excessiva 
Pode gerar um quadro de cicatriz hipertrófica 
(colágenos excessivos) e queloide (depósito de 
colágeno além da margem de lesão) 
 
 
Formação de Contraturas 
Um exagero no processo da cicatrização origina a 
contratura, e resulta em deformidades da ferida e 
dos tecidos circundantes (queimaduras) 
 
 
Fibrose 
É semelhante ao processo de cicatrização, mas a 
fibrose lesão → inflamação → deposição de 
colágeno no tecido, que causa um prejuízo na 
função do órgão. Surge em processos crônicos 
Os macrófagos ativados liberam fatores de 
crescimento pra proliferação de fibroblastos. Essa 
proliferação aumenta a deposição de colágeno. Os 
macrófagos liberam fatores que inibem as 
metaloproteinases (enzimas que degrada 
colágeno). A persistência desse colágeno no tecido 
gera um quadro de fibrose. 
 
 
 
TROMBOPOESE 
A medula óssea possui células-tronco 
hematopoética pluripotente. Essas células 
recebem fatores de crescimento e reprodução, 
portanto estão constantemente fazendo mitose, 
crescendo e se dividindo. Essas células-tronco 
indiferenciadas recebem indutores de 
diferenciação externos à medula óssea. Esses 
fatores de diferenciação agem no DNA dessas 
células transformando áreas de heterocromatina 
em eucromatina. 
A célula-tronco hematopoética pluripotente pode 
receber estímulos e se diferenciar em 2 tipos de 
células, sendo elas: Célula projenitora mielóide 
comum, e Célula projenitora linfática comum 
A Célula projenitora mielóide comum pode seguir 
3 caminhos: 
• Receber estímulos pra virar uma colônia de 
células formadoras de granulócitos e 
monócitos, que vão gerar células no final 
do processo, como células dendríticas, 
neutrófilos, eosinófilos, mastócitos, 
monócitos/macrófagos 
• Receber estímulos e se transformar em 
uma Unidade Formadora de Colônia 
Blastos e se dividir até se transformar em 
hemáceas 
• Recebe estímulos de trombopoetina (TPO), 
SCF, IL-3 e irá se diferenciar e unidade 
formadoras de colônia megacariócitos 
(célula comprometida com a 
trombopoetina) 
 A unidade formadora de colônia 
megacariócito vai receber um banho de TPO, 
SCF, IL-3 e vai se transformar em 
megacarioblasto. O megacarioblasto passará 
pelo processo de endomitose, processo no 
qual a célula divide o código genético sem 
realizar citocinese, o megacarioblasto recebe 
um banho de TPO, SCF, IL-3 e IL-6 e se 
converte em célula denominada de 
promegacariócito. O promegacariócito é 
marcado por uma expansão do complexo de 
golgi e elevada síntese proteica, ele recebe 
um banho de TPO e IL-11 e se transforma em 
megacariócito. O megacariócito recebe o 
estímulo de TPO, fragmenta pedaços de 
citoplasma envolto por membrana e libera na 
circulação. Esses fragmentos recebem o nome 
de plaquetas/trombócitos 
A célula projenitora linfática comum (segue o 
caminho e se diferencia em células NK, linf. T e B) 
 
ROMPIMENTO DO VASO SANGUÍNEO 
Provoca: 
• Constrição vascular 
• Formação de tampão plaquetário (é imediato, 
precisa do coágulo) 
• Formação de coágulo sanguíneo 
• Crescimento de tecido fibroso 
A Constrição da musculatura vascular é provocada 
por: 
• Espasmo vascular local 
• Fatores teciduais e plaquetários 
• Reflexos nervosos autônomos – SNA 
As plaquetas são anucleadas, com citoplasma rico 
em actina miosina e trombosteina (proteínas 
contrateis). Elas conservam vesículas de RE e CG 
com cálcio e possuem mitocôndrias 
 
EDEMA 
 acúmulo de líquido no interstício 
Pressão hidrostática é a pressão do líquido na 
parede vascular do sangue. A pressão 
coloidosmótica é a pressão exercida pelas 
proteínas, principalmente a albumina, no interior 
dos vasos, atraindo o líquido do interstício. 
A pressão hidrostática é maior que a 
coloidosmótica, favorecendo o processo de 
filtração do líquido do vaso para o interstício. 
Conforme o sangue circula no leito do capilar, a 
pressão hidrostática vai diminuindo, e 
consequentemente, a filtração diminui também. 
Em dado momento, a pressão hidrostática fica 
menor que a coloidosmótica. As proteínas 
plasmáticas passam a atrair novamente o líquido 
do interstício para o interior do vaso. Esse 
processo é chamado de absorção. 
 
 
O que pode gerar edema? 
• Alteração na pressão coloidosmótica e 
hidrostática (aumento) 
• Quadros de acúmulo de sódio e água, que 
pode ocorrer pela insuficiência renal ou pela 
ativação do sistema renina-angiotensina 
• Alterações no sistema linfático 
• Inflamação 
 
Insuficiência Congestiva Cardíaca Esquerda 
 
 
Insuficiência Congestiva Cardíaca Direita 
 
 
 
Uma das grandes funções do rim é a reabsorção no 
túbulo contorcido proximal. Conforme o sódio é 
reabsorvido, ele traz água junto, e isso os mantém 
equilibrados. Se o nível de sódio estiver alto, não 
tem reabsorção e ele é eliminado pela urina. 
Se o rim não funciona, não tem esse balanço e o 
organismo retém o sódio e a água, aumentando o 
volume de sangue, e consequentemente entrando 
no quadro de edema. 
 
HIPEREMIA E CONGESTÃO 
Decorrem de um aumento local do volume 
sanguíneo. 
A hiperemia é um processo ativo resultante da 
dilatação arteriolar, levando a um aumento do 
fluxo sanguíneo. O tecido afetado se torna 
vermelho (eritema) devido ao congestionamento 
dos vasos com sangue oxigenado. 
Congestão é um processo passivo resultante da 
redução do fluxo sanguíneo em um tecido, 
podendo ser sistêmica, como na insuficiência 
cardíaca. Os tecidos com congestão apresentam 
uma cor que varia do vermelho-escuro ao azul 
(cianose), devido à estase dos glóbulos vermelhos 
e ao acúmulo de hemoglobina desoxigenada. A 
congestão normalmente leva ao edema por 
aumento da pressão hidrostática. 
Um sangue congesto por muito tempo gera 
hipóxia tecidual e lesão isquêmica hipóxica, 
levando a necrose. 
Pequenos capilares podem se romper durante a 
congestão e gerar quadros hemorrágicos. 
 
FÍGADO 
 
 
 
1: vaso calibroso significa que o sangue ta 
congestionado 
 
HEMORRAGIA 
Extravasamento de sangue no espaço 
extravascular. A hemorragia pode ser externa ou 
estar confinada dentro de um tecido;qualquer 
acúmulo nos tecidos é chamado de hematoma. 
• 1 – 2mm: petéquias 
• 3 mm: purpuras 
• 1-2cm: equimoses 
Hemotórax: acúmulo de sangue no tórax 
Hemopericárdio: acúmulo de sangue no pericárdio 
Hemoperitonio: presença de sangue no abdômen 
Hematrose: 
A perda de 20% do volume de sangue gera pouco 
impacto. >20% podem levar ao choque 
(hemorrágico) 
Choque: hipotensão sistêmica que leva a hipóxia e 
necrose generalizada 
 
TROMBOSE 
 
TRÍADE DE VIRCHOW - Lesão Endotelial; - Fluxo 
Sanguíneo Anormal; - Hipercoagulabilidade. 
Lesão Endotelial. A lesão endotelial é 
particularmente importante para a formação de 
trombos no coração ou na circulação arterial, onde 
normalmente as altas taxas do fluxo podem, de 
outro modo, impedir a coagulação por prevenir a 
adesão plaquetária e diluir os fatores de 
coagulação ativados. 
O que leva a lesão endotelial? Hipertensão, fluxo 
turbulento, endotoxinas, desvios genéticos e 
metabólicos. Uma disfunção endotelial pode ser 
induzida por uma ampla variedade de injúrias, 
incluindo hipertensão, fluxo sanguíneo 
turbulento, endotoxinas bacterianas, lesões por 
radiação, anormalidades metabólicas. 
O fluxo sanguíneo anormal leva a estase do sangue 
e consequente adesão das plaquetas no endotélio 
e concentração dos fatores de coagulação. 
desordens primárias (genéticas) e secundárias 
(adquiridas) 
 
DESTINOS DO TROMBO 
O trombo é um coágulo 
Propagação: plaqueta e fibrina 
Embolização: trombo se desaloja do vaso e entra 
na circulação 
Dissolução: trombo jovens - acúmulo de AP-T 
ativa o plasminogênio, e a plasmina faz fibrinólise 
Organização e recanalização : se o trombo for 
mais velho começa a entrar células do endotélio, 
fibroblastos e musculo liso, formando uma massa 
de trombo incorporada no vaso 
 
 
 
EMBOLIA 
Um êmbolo é uma massa intravascular solta, 
sólida, líquida ou gasosa que é transportada pelo 
sangue para um local distante do seu ponto de 
origem. 
Embolo: massa intravascular solta que é 
transportada pelo sangue; objetos que se alojam 
nos vasos e destroem o fluxo sanguíneo; pode ser 
algo sólido, líquido ou gasoso. 
Embolia: obstrução → isquemia → hipóxia → 
necrose 
 
 
INFARTO 
Um infarto é uma área de necrose isquêmica 
causada pela oclusão do suprimento arterial ou da 
drenagem venosa. 
Quase todos os infartos resultam da oclusão 
arterial trombótica ou embólica. Ocasionalmente, 
os infartos podem ser causados por outros 
mecanismos como a hemorragia, ou por 
compressão extrínseca do vaso (tumores). 
Classificação: 
Infarto vermelho e infarto branco 
Infarto vermelho ocorre em locais onde p sangue 
se acumula na zona infartada (comum em ovário e 
pulmão), aspecto vermelho 
Infarto branco é quando tem a oclusão e não tem 
mais penetração do sangue nas áreas infartadas 
(comum no coração, baço e rim), aspecto branco 
 
 
 Normal necrose de coagulação 
 
CHOQUE 
Via final para muitos eventos clínicos. 
O choque é caracterizado por hipotensão 
sistêmica, devido à redução do débito cardíaco ou 
pela redução efetiva do volume sanguíneo 
circulante. 
 
 
 
Rompimento do vaso: 
• Constrição vascular 
• Agregação plaquetária (tampão) 
• Formação do coágulo 
• Tecido fibroso 
Mais de 50 substâncias que afetam a coagulação 
sanguínea forma encontradas no sangue e nos 
tecidos. Divididos em pro-coagulantes e 
anticoagulantes 
A coagulação envolve 3 etapas: 
1) Forma o complexo chamado: complexo 
ativador da Protrombina 
2) Protrombina se converte em trombina 
3) Fibrinogênio forma fibrina → tecido 
fibroso 
No complexo ativador de protrombina existem 
duas vias: via intrínseca e via extrínseca 
(acontecem juntas). Proteínas plasmáticas 
chamadas de fatores de coagulação sanguínea 
inativos, quando estão ativas, desencadeiam 
sucessivas reações. 
 
Via Extrinseca – 
ativada pela lesão do vaso e libera fator III 
Etapas: 
1) Liberação do fator tecidual III, nessa etapa 
a lesão no vaso faz com que o fator III seja 
liberado dos tecidos pro sangue 
2) Ativação do fator X: o fator tecidual III 
entra em contato com o fator VII inativo, 
tornando o fator VII ativo. O fator VII ativo 
se liga quimicamente ao fator IV (cálcio). O 
complexo fator VII (ativo) + fator IV (cálcio) 
agem sobre o Fator X (inativo), o tornando 
X ativo. 
3) Formação do complexo ativador de 
protrombina: o fator X ativo se liga 
quimicamente ao fator III tecidual, ao 
cálcio (fator IV) e ao fator V, formando o 
complexo. 
4) O CAP (fator X + ator III + fator IV + fator V) 
se liga quimicamente ao fator IV (cálcio) e 
ao fator II (protrombina). Com essa ligação, 
o fator II se divide em fragmentos de 
trombina. Os níveis de trombina na região 
lesionada começam a aumentar. 
 
 
Via Intrínseca 
1) Ativação do fator XII: a exposição do 
colágeno ao sangue faz com que o fator XII 
(inativo) se converta em fator XII ativo. 
Nessa etapa as plaquetas liberam o fator 
plaquetário 3. 
2) Ativação do fator XI: o fator XII ativo se liga 
ao cianogênio e a pré-calicreina, e atuam 
sobre o fator XI inativo, o transformando 
em fator XI ativo 
3) Ativação do fator IX: o fator XI ativo reage 
com o fator IV (cálcio) e faz com que o fator 
IX inativo vire fator IX ativo 
4) Ativação do fator X: trombina 
anteriormente produzida reage com o 
fator VIII inativo, formando o fator VIII 
ativo. O fator IX ativo + fator IV + fator 
plaquetário 3 irão agir sobre o fator X 
inativo, formando o fator X ativo. 
5) Formação do CAP: o fator X ativo + fator III 
tecidual + fator IV + fator V formam o CAP. 
Uma molécula de cálcio se liga ao 
complexo ativador de protrombina e o 
fator II que se divide em moléculas de 
trombina. 
 
Plaquetas soltam o fator lactário III 
 
 
COÁGULO 
O fígado produz constantemente uma proteína 
denominada fibrinogênio. As moléculas de 
fibrinogênio tem atração química e em condições 
ideias se polimerizam formando uma rede de 
fibras denominada fibrina. O fígado constrói o 
fibrinogênio com uma molécula denominada 
fibrinopeptídeo, que impede a polimerização do 
fibrinogênio e, consequentemente, a formação da 
fibrina. 
As moléculas de trombina removem o 
fibrinopeptídeo do fibrinogênio. Dessa forma, o 
fibrinogênio começa a se polimerizar formando 
uma rede de fibras denominada fibrina instável. 
Nessa fibrina, moléculas do fator XIII (fator 
estabilizador de fibrina) irão criar ligações 
covalentes formando a fibrina estável. 
 
LISE DO COÁGULO 
O coágulo aprisiona uma grande quantidade de 
substâncias, sendo células e proteínas 
plasmáticas. Uma das moléculas aprisionadas no 
coágulo é o plasminogênio produzido pelo fígado 
(conforme as células endoteliais se renovam, essas 
secretam AP-T: ativador de plasminogênio 
tecidual), que também é secretado pelas 
plaquetas e tecidos. 
Quando a célula endotelial volta a criar conexões 
com as vizinhas formando a lâmina basal (2 dias), 
os níveis de AP-T no coágulo chegam ao máximo e 
começam a atuar sobre o plasminogênio, que vai 
se convertendo em plasmina. 
A plasmina é uma enzima fibrinolítica que começa 
a fragmentar/clivar o coágulo. A superfície do vaso 
volta a ficar íntegra. 
A vitamina K é quem altera os estados ativo e 
inativo, pelo fígado. Uma deficiência nessa 
vitamina promove problemas na síntese de 
protrombina, fator VII, IX, X. 1 dia sem a produção 
de trombina pelo fígado gera problemas na 
coagulação. 
Por que não se formam coágulos em condições 
fisiológicas? Uniformicidade do endotélio; 
membrana do endotélio possui glicocálix que 
repele os fatores de coagulação. 
O endotélio possui uma proteína denominada 
trombomodulina. Essa proteína se liga 
quimicamente a eventuais trombinas circulantes. 
Quando essa ligação corre, é ativado a proteína C 
no plasma, que age inativando os fatores V e VIII 
da coagulação. 
A heparina é produzida pelos basófilosno sangue 
e mastócitos nos tecidos. Heparina inativa 
trombina, fator IX, X, XI, XII 
 
Neoplasia (ou neoplasma) é um “novo 
crescimento” composto de células, originalmente 
derivadas de tecidos normais, que sofreram 
alterações genéticas herdadas que permitem que 
elas se tornem relativamente não responsivas a 
controles de crescimento normais e se expandam 
além de seus limites anatômicos normais.
 
 
Com o reconhecimento de que o desenvolvimento 
do tumor é um processo passo a passo, as 
alterações potencialmente pré-neoplásicas têm 
assumido um novo significado clínico e 
diagnóstico. Essas alterações incluem: 
• Hiperplasia (aumento do número de células 
em um tecido) 
• Metaplasia (transformação de um tipo de 
célula diferenciada em outro) 
• Displasia (padrão anormal de crescimento do 
tecido). 
 
NOMECLATURA 
As neoplasias são definidas como tumores 
benignos e malignos, divididas em origens 
mesenquimais e epiteliais. 
 
TUMORES DE ORIGEM 
MESENQUIMAL 
 
Benignos 
Os tumores benignos originados das células 
mesenquimais são normalmente denominados 
através da adição do sufixo -oma ao nome da 
célula de origem. 
EX: um lipoma é um tumor benigno derivado de um 
lipócito (“célula de gordura”). Um fibroma é um 
tumor benigno de origem fibroblástica. 
 
Malignos 
Um tumor maligno de origem mesenquimal é um 
sarcoma. Um prefixo ou modificador indica a 
origem do tecido. 
EX: um lipossarcoma é um tumor maligno derivado 
de um lipoma. Um fibrossarcoma é um tumor 
composto de fibroblastos malignos. 
 
ORIGEM EPITELIAL 
 
Benigno 
• Epitélio Glandular (sufixo -adeno + nome 
do órgão acometido). Por ser benigno, é 
chamado de adenoma. 
EX: adenoma no rim = adenoma renal 
• Epitélio Não-Glandular pode ser um 
papiloma (papiloma + órgão de origem), 
quando tem um pequeno crescimento, ou 
pode ser um pólipo (pólipo + órgão), 
caracterizado por um grande crescimento 
de células. 
 Papilomas são mais conhecidos por sua 
ocorrência viral. É um vírus que se instala nas 
células epiteliais e induz sua proliferação 
benigna. (ex: verruga) 
 
Maligno 
• Carcinoma + órgão. 
Se for no epitélio normal é usado só carcinoma. Se 
for no epitélio glandular, é usado o termo 
adenocarcinoma + órgão. Os adenocarcinomas 
costumam ser mais agressivos por serem mais 
profundos. 
 
TUMORES MISTOS 
São tecidos que misturam origem epitelial com 
mesenquimal, chamados de teratomas (benigno)/ 
teratocarcinomas, de origem embrionária. 
 
 
 
 
CARACTERÍSTICAS DAS NEOPLASIAS 
 
 
Tireóide – adenoma (benigno) 
 
Intestino – adenocarcinoma 
 
 
lipoma 
 
lipossarcoma (não vê mais tecido adiposo) 
 
 
Sangue – leucemia linfóide aguda 
(aumento do nº de linfócitos) 
 
 
Intestino – pólipo 
(crescimento de uma massa de células pra fora da 
cavidade – invadindo a luz, tratamento cirúrgico) 
DIAGNÓSTICO 
 
EX de laudo: células de aparência diferenciada, 
estrutura, presença de anaplasia (aumento da 
relação núcleo-citoplasma), crescimento lendo, 
poucas figuras de mitose e as que existem são 
normais, não tem aspecto invasivo, crescimento 
coeso, não possui metástase = neoplasia benigna 
 
TAXA DE CRESCIMENTO 
 
As células têm um controle que varia de acordo 
com seu ciclo. 
As proteínas controlam a proliferação; 
Diferenciação; Reparo do DNA (p53); Morte 
Divisão da taxa de crescimento celular 
Proliferação 
↓ 
Diferenciação 
(célula vai se diferenciar em célula específica, 
com função) 
↓ 
Apoptose 
(células que não conseguem se diferenciar) 
 
 
 
 
 
 
Freios moleculares = proteínas que controlam a 
proliferação. 
A célula neoplásica é uma célula com alta taxa de 
proliferação, baixa taxa de diferenciação, pouco 
reparo no DNA e pouca morte celular (vira a célula 
tumoral, em um tempo de anos, porque tem que 
ter um acúmulo de mutações, no sistema de 
proliferação, diferenciação, reparo no DNA e 
controle da apoptose). 
 Se for uma célula benigna, ainda tem reparo 
do DNA. Se for maligno o reparo diminui. 
O período latente para o tumor é o tempo antes 
que o tumor se torne clinicamente detectável. 
A menor massa clinicamente detectável é de 
aproximadamente 1 cm de diâmetro e contém 
aproximadamente cerca de 10 elevado a nove 
células. Para originar um tumor desse tamanho, 
uma única célula transformada deve sofrer 
aproximadamente 30 rodadas de divisão celular, 
se toda a progênie permanecer viável e capaz de 
replicação. 
Assim, quando a maioria dos tumores se torna 
clinicamente evidente, eles, provavelmente, vêm 
se desenvolvendo há muitos anos no hospedeiro. 
No entanto, uma vez que os tumores alcançam 
tamanho clinicamente detectável, seu 
crescimento pode parecer ser muito rápido 
porque somente 10 ciclos de duplicação são 
necessários para converter 1 g de tumor em 1 kg.

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