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Vias Aferentes x Vias Eferentes + lesão medular

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Vias Aferentes x Vias Eferentes
	
A via aferente leva informação da periferia para o centro e é uma via sensitiva, enquanto a via eferente leva informação do centro para a periferia e é uma via motora.
LESÃO MEDULAR
Dano em alguma parte da medula espinhal ou dos nervos na extremidade do canal espinhal. A lesão medular traumática pode ocorrer devido a um golpe súbito ou corte na coluna vertebral. Uma lesão na medula espinhal costuma causar perda permanente de força, sensibilidade e funções abaixo do local da lesão.
Laís Souza sofreu uma lesão na terceira vértebra (C3) da coluna cervical. Além da fratura de uma das vértebras, houve deslocamento e compressão das demais localizadas abaixo. Com risco inicial de vida, a lesão causou ainda outros três problemas: o comprometimento da função motora, que impossibilita a movimentação do pescoço para baixo, a perda de sensibilidade da região abaixo do pescoço e das funções autonômicas, que envolvem o funcionamento intestinal e urinário.
O Sistema Nervoso Autônomo é a porção do sistema nervoso central (SNC) que controla a maioria das funções viscerais do organismo. Ao invés dos músculos esqueléticos, seus agentes efetores são os músculos lisos, o músculo cardíaco, as glândulas e parte do tecido adiposo. Esse sistema ajuda a controlar a pressão arterial, a motilidade gastrointestinal, a secreção gastrointestinal, o esvaziamento da bexiga, a sudorese, a temperatura corporal e muitas outras funções.
O sistema nervoso autônomo é ativado, principalmente, por centros localizados na medula espinal, no tronco cerebral e no hipotálamo. Além disso, porções do córtex cerebral, em especial do córtex límbico, podem transmitir sinais para os centros inferiores, e isso pode influenciar o controle autônomo.
Desta forma a lesão de Laís é considerada irreversível pelos especialistas, já que o tecido neurológico tem capacidade mínima de autorregeneração, pois, em tese, não há recuperação de neurônios danificados. Nestas lesões, os cotos proximais começam a se regenerar, enviando brotos para a área acometida; entretanto, esse crescimento é bloqueado pela proliferação de astrócitos no local da lesão fazendo com que os brotos axonais se retraiam. Porém, a atleta passa por um lento processo de recuperação dos movimentos com a ajuda de um tratamento experimental e inédito com células-tronco.
No tratamento de Laís, células-tronco retiradas da bacia e da pélvis da atleta foram multiplicadas, cultivadas e injetadas no local da lesão. A resposta ainda é lenta, no entanto, mostra-se eficiente até o momento, já que Laís relata sentir sensações no corpo todo, como pés, mãos e tórax. O próximo passo será a aplicação de células nervosas retiradas da perna, conhecidas como células Schwann.
As células de Schwann formam a bainha de mielina, que tem um papel importante para isolar eletricamente os axônios e, assim, permitir uma melhor condução dos sinais elétricos. Além de proverem suporte para o crescimento dos neurônios, liberam substâncias que atraem os axônios, guiando o crescimento. Sendo assim, aumentar o número de células de Schwann no local lesionado pode acabar sendo uma estratégia eficiente para o tratamento de lesões no tecido nervoso.
Cromatólise ocorre especialmente após interrupção da continuidade dos axônios que formam os nervos periféricos, e é um processo associado a aumento do RNA ribossômico e da síntese proteica para a regeneração axonal, sendo por isso mesmo denominada reação axonal ou retrógrada.

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