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eletricidade-vol-1-UC2-Senai pdf

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ELETRICIDADE
VOLUME 1
SériE EnErgia – gEraçãO, TranSMiSSãO E DiSTribUiçãO
ELETRICIDADE
VOLUME 1
Série energia – geração, TranSmiSSão e DiSTribuição
ConFeDeração naCionaL Da inDÚSTria – Cni
Robson Braga de Andrade
Presidente
DireToria De eDuCação e TeCnoLogia – DireT
Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti
Diretor de Educação e Tecnologia
SerViço naCionaL De aPrenDiZagem inDuSTriaL – Senai
Conselho nacional
Robson Braga de Andrade
Presidente 
Senai – Departamento nacional
Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti
Diretor Geral
Gustavo Leal Sales Filho
Diretor de Operações
ELETRICIDADE
VOLUME 1
Série energia – geração, TranSmiSSão e DiSTribuição
Senai 
Serviço Nacional de 
Aprendizagem Industrial 
Departamento Nacional
Sede 
Setor Bancário Norte • Quadra 1 • Bloco C • Edifício Roberto 
Simonsen • 70040-903 • Brasília – DF • Tel.: (0xx61) 3317-9001 
Fax: (0xx61) 3317-9190 • http://www.senai.br
© 2017. Senai – Departamento nacional
© 2017. Senai – Departamento regional da bahia
A reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico, me-
cânico, fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia autorização, 
por escrito, do SENAI.
Esta publicação foi elaborada pela Equipe de Inovação e Tecnologias Educacionais do 
SENAI da Bahia, com a coordenação do SENAI Departamento Nacional, para ser utilizada 
por todos os Departamentos Regionais do SENAI nos cursos presenciais e a distância.
Senai Departamento nacional 
Unidade de Educação Profissional e Tecnológica – UNIEP
Senai Departamento regional da bahia 
Inovação e Tecnologias Educacionais – ITED
FICHA CATALOGRÁFICA
S491e
 Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional.
 Eletricidade / Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, Departa- 
 mento Nacional, Departamento Regional da Bahia. - Brasília: SENAI/DN, 2017.
 216 p.: il. - (Série Energia - Geração, Transmissão e Distribuição, v. 1).
 ISBN 978-85-505-0268-7
 1. Engenharia elétrica. 2. Eletricidade. 3. Matemática aplicada. 4. Circuitos 
 elétricos. I. Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. II. Departamento 
 Nacional. III. Departamento Regional da Bahia. IV. Eletricidade. V. Série Energia - 
 Geração, Transmissão e Distribuição.
 CDU: 621.3
Lista de ilustrações
Figura 1 - A importância da comunicação ..............................................................................................................20
Figura 2 - A comunicação na sala de aula ...............................................................................................................21
Figura 3 - Placa ..................................................................................................................................................................21
Figura 4 - O fluxo da comunicação ............................................................................................................................23
Figura 5 - O processo de comunicação ...................................................................................................................23
Figura 6 - O mundo da informação ..........................................................................................................................27
Figura 7 - Trabalho em equipe x individual ...........................................................................................................35
Figura 8 - Espírito de equipe ........................................................................................................................................36
Figura 9 - Ética na balança ............................................................................................................................................38
Figura 10 - O tesouro matemático .............................................................................................................................44
Figura 11 - Os conjuntos numéricos .........................................................................................................................45
Figura 12 - Números naturais no controle remoto ..............................................................................................45
Figura 13 - Reta real .........................................................................................................................................................49
Figura 14 - Qual o valor correto ..................................................................................................................................52
Figura 15 - Frações ...........................................................................................................................................................57
Figura 16 - Propriedade fundamental da proporção ..........................................................................................61
Figura 17 - Placa de sinalização ..................................................................................................................................72
Figura 18 - Ângulos ........................................................................................................................................................74
Figura 19 - Tipos de triângulos ....................................................................................................................................75
Figura 20 - O retângulo ..................................................................................................................................................75
Figura 21 - O quadrado .................................................................................................................................................76
Figura 22 - O círculo, a circunferência e o raio ......................................................................................................76
Figura 23 - Paralelepípedo ...........................................................................................................................................79
Figura 24 - Triângulo retângulo .................................................................................................................................80
Figura 25 - Círculo trigonométrico ...........................................................................................................................82
Figura 26 - Triângulo pitagórico ................................................................................................................................83
Figura 27 - Medição de peça .......................................................................................................................................85
Figura 28 - A eletricidade ao nosso redor ..............................................................................................................89
Figura 29 - O átomo .......................................................................................................................................................92
Figura 30 - Eletrização por atrito ...............................................................................................................................93
Figura 31 - Eletrização por contato (-) ......................................................................................................................94
Figura 32 - Eletrização por contato (+) .....................................................................................................................94
Figura 33 - Eletrização por indução (+) ....................................................................................................................95
Figura 34 - Eletrização por indução (-) ......................................................................................................................96Figura 35 - Forças de atração e repulsão .................................................................................................................97
Figura 36 - Campo elétrico ........................................................................................................................................ 100
Figura 37 - A pilha ......................................................................................................................................................... 101
Figura 38 - Modelo didático de uma pilha ........................................................................................................... 102
Figura 39 - O interior de uma pilha ......................................................................................................................... 103
Figura 40 - Geração de energia por ação de pressão ....................................................................................... 103
Figura 41 - Gerador de energia por ação magnética ....................................................................................... 104
Figura 42 - Gerador de energia por ação térmica ............................................................................................. 105
Figura 43 - Efeito fotoelétrico na célula fotovoltaica ....................................................................................... 106
Figura 44 - Usina hidrelétrica .................................................................................................................................... 107
Figura 45 - Usina hidrelétrica - componentes ..................................................................................................... 107
Figura 46 - Funcionamento de uma usina termoelétrica ............................................................................... 108
Figura 47 - Placas espelhadas ................................................................................................................................... 109
Figura 48 - Central geradora eólica ........................................................................................................................ 109
Figura 49 - Sistema de distribuição de energia elétrica .................................................................................. 110
Figura 50 - Circuito elétrico ....................................................................................................................................... 111
Figura 51 - Circuito aberto e circuito fechado .................................................................................................... 112
Figura 52 - O visor do amperímetro ....................................................................................................................... 112
Figura 53 - Comportamento da corrente contínua .......................................................................................... 113
Figura 54 - Comportamento da corrente alternada ......................................................................................... 114
Figura 55 - O visor do voltímetro ............................................................................................................................. 114
Figura 56 - O visor do ohmímetro ........................................................................................................................... 116
Figura 57 - O multímetro ............................................................................................................................................ 117
Figura 58 - O resistor no circuito elétrico ............................................................................................................ 121
Figura 59 - Resistores .................................................................................................................................................. 122
Figura 60 - Resistor de 4700 Ω .................................................................................................................................. 124
Figura 61 - Resistor de 270 Ω .................................................................................................................................... 124
Figura 62 - Resistores de vários tamanhos ........................................................................................................... 125
Figura 63 - Trimpot ....................................................................................................................................................... 125
Figura 64 - Potenciômetro ......................................................................................................................................... 126
Figura 65 - Símbolos dos resistores ........................................................................................................................ 127
Figura 66 - Circuito em série ..................................................................................................................................... 128
Figura 67 - Circuito equivalente ............................................................................................................................... 129
Figura 68 - Circuito em série 2 .................................................................................................................................. 130
Figura 69 - Circuito em série 3 .................................................................................................................................. 131
Figura 70 - Circuito em paralelo ............................................................................................................................... 132
Figura 71 - Circuito equivalente .............................................................................................................................. 134
Figura 72 - Circuito em paralelo 2 ........................................................................................................................... 136
Figura 73 - Circuito em paralelo 2 reduzido ........................................................................................................ 137
Figura 74 - Circuito em paralelo 2 equivalente .................................................................................................. 137
Figura 75 - Circuito em paralelo 3 ........................................................................................................................... 138
Figura 76 - Circuito misto ........................................................................................................................................... 140
Figura 77 - Correntes no circuito misto ................................................................................................................. 140
Figura 78 - Circuito misto reduzido ........................................................................................................................ 141
Figura 79 - Circuito misto equivalente .................................................................................................................. 142
Figura 80 - Circuito misto exemplo......................................................................................................................... 143
Figura 81 - Lâmpadas em série e em paralelo .................................................................................................... 147
Figura 82 - Circuito com cinco resistores ............................................................................................................. 148
Figura 83 - Circuito com seis resistores ................................................................................................................ 150
Figura 84 - Condutor de cobre ................................................................................................................................ 152
Figura 85 - As correntes no nó .................................................................................................................................155
Figura 86 - As tensões da malha .............................................................................................................................. 156
Figura 87 - Circuito misto 2 ........................................................................................................................................ 158
Figura 88 - Circuito misto, corrente nos resistores ............................................................................................ 159
Figura 89 - Circuitos do teorema da superposição .......................................................................................... 161
Figura 90 - Circuito com duas fontes .................................................................................................................... 161
Figura 91 - Circuito de duas fontes: malhas e nó ............................................................................................... 162
Figura 92 - Correntes das malhas do circuito de duas fontes ....................................................................... 165
Figura 93 - Detalhamento de corrente no resistor R2 .................................................................................... 166
Figura 94 - Circuito de duas fontes (Fonte 1) ...................................................................................................... 167
Figura 95 - Correntes do circuito de duas fontes (Fonte 1) ............................................................................ 169
Figura 96 - Circuito de duas fontes (Fonte 2) ...................................................................................................... 170
Figura 97 - Correntes do circuito de duas fontes (Fonte 2) ............................................................................ 172
Figura 98 - Circuito equivalente de Thévenin ..................................................................................................... 173
Figura 99 - Circuito 1 teorema de Thévenin ........................................................................................................ 174
Figura 100 - Circuito 2 teorema de Thévenin ...................................................................................................... 174
Figura 101 - Circuito 3 teorema de Thévenin ...................................................................................................... 175
Figura 102 - Circuito 4 teorema de Thévenin ...................................................................................................... 176
Figura 103 - Circuito 5 teorema de Thévenin ...................................................................................................... 176
Figura 104 - Circuito final teorema de Thévenin ................................................................................................ 177
Figura 105 - Circuito equivalente de Norton....................................................................................................... 178
Figura 106 - Equivalência entre circuito de Norton e Thévenin ................................................................... 179
Figura 107 - Circuito 1 teorema de Norton .......................................................................................................... 180
Figura 108 - Circuito 2 teorema de Norton .......................................................................................................... 180
Figura 109 - Circuito 3 teorema de Norton .......................................................................................................... 180
Figura 110 - Circuito 4 teorema de Norton .......................................................................................................... 181
Figura 111 - Circuitos equivalentes ........................................................................................................................ 182
Figura 112 - Ponte de Wheatstone ......................................................................................................................... 183
Figura 113 - Visor do wattímetro ............................................................................................................................. 187
Figura 114 - Circuito com 7 resistores ................................................................................................................... 190
Figura 115 - Circuito com 9 resistores ................................................................................................................... 195
Figura 116 - Aparelhos que aproveitam do efeito Joule ................................................................................ 199
Figura 117 - Circuito considerando resistência interna .................................................................................. 200
Figura 118 - Circuito alimentado por fonte DC .................................................................................................. 203
Gráfico 1 - População total do Brasil, homens e mulheres 2000-2030 .........................................................30
Gráfico 2 - Consumo mensal de energia elétrica ............................................................................................... 197
Quadro 1 - Figuras, áreas e perímetro .......................................................................................................................77
Quadro 2 - Estudiosos da eletricidade .......................................................................................................................91
Quadro 3 - Valores da Constante eletrostática K ....................................................................................................97
Quadro 4 - Materiais condutores e isolantes ........................................................................................................ 118
Quadro 5 - Correntes em cada resistor ................................................................................................................... 192
Quadro 6 - Valores de tensão e corrente em cada resistor .............................................................................. 193
Tabela 1 - Relatório de produção .................................................................................................................................28
Tabela 2 - Múltiplos e submúltiplos ............................................................................................................................72
Tabela 3 - Senos, cossenos e tangentes ....................................................................................................................82
Tabela 4 - Código de cores para resistores ............................................................................................................ 123
Tabela 5 - Resistividade elétrica dos materiais .................................................................................................... 152
Tabela 6 - Valores de corrente .................................................................................................................................... 172
Tabela 7 - Valores de potência na carga em função da resistência da carga ............................................ 201
Sumário
1 Introdução ........................................................................................................................................................................15
2 Comunicação e informação .......................................................................................................................................19
2.1 Envio.................................................................................................................................................................20
2.2 Intenção ..........................................................................................................................................................21
2.3 Recepção ........................................................................................................................................................222.4 Confirmação ..................................................................................................................................................22
3 Dados e informações ....................................................................................................................................................27
3.1 Seleção ............................................................................................................................................................28
3.2 Sistematização ..............................................................................................................................................29
3.3 Organização ..................................................................................................................................................29
3.4 Apresentação ................................................................................................................................................30
4 Trabalho em grupo e individual ...............................................................................................................................35
4.1 Espírito de equipe .......................................................................................................................................36
4.2 Individualismo ..............................................................................................................................................37
4.3 Ética ..................................................................................................................................................................38
4.3.1 Ética nos relacionamentos .....................................................................................................38
5 Matemática aplicada ....................................................................................................................................................43
5.1 Conjuntos numéricos e números decimais .......................................................................................44
5.1.1 Conjunto dos números naturais (N) ...................................................................................45
5.1.2 Conjunto dos números inteiros (Z) .....................................................................................46
5.1.3 Conjunto dos números racionais (Q) .................................................................................47
5.1.4 Conjunto dos números irracionais (I) .................................................................................47
5.1.5 Conjunto dos números reais (R) ..........................................................................................48
5.1.6 Conjunto dos números complexos (C) ..............................................................................49
5.2 Arredondamento .........................................................................................................................................50
5.3 Operações com números decimais.......................................................................................................52
5.3.1 Soma e subtração .....................................................................................................................53
5.3.2 Multiplicação ..............................................................................................................................53
5.3.3 Divisão...........................................................................................................................................54
5.4 Frações, potenciação e radiciação .........................................................................................................56
5.4.1 Frações ..........................................................................................................................................56
5.4.2 Potenciação .................................................................................................................................59
5.4.3 Radiciação ....................................................................................................................................60
5.5 Razão e proporção: direta e inversa, proporções e porcentagem .............................................61
5.5.1 Razão .............................................................................................................................................61
5.5.2 Proporção ....................................................................................................................................61
5.5.3 Porcentagem ..............................................................................................................................63
5.6 Equações de 1º e 2º grau ..........................................................................................................................64
5.6.1 Classificação dos tipos de equação ....................................................................................64
5.6.2 Equação de 1º grau .................................................................................................................64
5.6.3 Equação de 2º grau ..................................................................................................................69
5.7 Múltiplos e submúltiplos ..........................................................................................................................71
5.8 Notação científica ........................................................................................................................................73
5.9 Geometria espacial e plana .....................................................................................................................74
5.10 Trigonometria .............................................................................................................................................80
5.10.1 Funções trigonométricas .....................................................................................................80
5.10.2 Funções trigonométricas inversas ....................................................................................82
5.10.3 Teorema de Pitágoras ............................................................................................................83
5.11 Dígitos significativos na leitura de instrumentos ..........................................................................85
6 Fundamentos da eletricidade ...................................................................................................................................89
6.1 Histórico ..........................................................................................................................................................90
6.2 Carga elétrica ................................................................................................................................................92
6.3 Eletrização dos corpos ...............................................................................................................................93
6.3.1 Eletrização por atrito................................................................................................................93
6.3.2 Eletrização por contato ...........................................................................................................94
6.3.3 Eletrização por indução ..........................................................................................................94
6.4 Lei de Coulomb e força elétrica ..............................................................................................................96
6.5 Campo elétrico .......................................................................................................................................... 100
6.6 Potencial elétrico ......................................................................................................................................101
6.7 Diferença De Potencial (DDP) .............................................................................................................. 101
6.8 Fontes geradoras por ação: pressão, química, magnética, térmica, mecânica, luminosa ...................................................................................................................................................... 102
6.8.1 Geração de energia por ação química............................................................................ 102
6.8.2 Geração de energia através de pressão ......................................................................... 103
6.8.3 Geração de energia por ação magnética ...................................................................... 104
6.8.4 Geração de energia por ação térmica ............................................................................ 104
6.8.5 Geração de energia por ação mecânica ........................................................................ 105
6.8.6 Geração de energia por ação luminosa ......................................................................... 105
6.9 Grandezas fundamentais ....................................................................................................................... 111
6.9.1 Corrente elétrica ..................................................................................................................... 112
6.9.2 Tensão elétrica......................................................................................................................... 114
6.9.3 Resistência elétrica ................................................................................................................ 116
6.10 Materiais elétricos .................................................................................................................................. 117
6.10.1 Condutores ............................................................................................................................ 117
6.10.2 Isolantes .................................................................................................................................. 118
7 Circuitos elétricos ....................................................................................................................................................... 121
7.1 Resistores..................................................................................................................................................... 122
7.2 Circuito em série ....................................................................................................................................... 128
7.2.1 Resolução de circuitos em série ........................................................................................ 129
7.3 Circuito em paralelo ................................................................................................................................ 132
7.3.1 Resolução de circuitos em paralelo ................................................................................. 133
7.4 Circuito misto ............................................................................................................................................. 140
7.4.1 Resolução de circuitos mistos ........................................................................................... 141
8 Princípios de leis e teoremas .................................................................................................................................. 147
8.1 Leis de Ohm ................................................................................................................................................ 148
8.1.1 Primeira Lei de Ohm ............................................................................................................. 148
8.1.2 Segunda Lei de Ohm ............................................................................................................ 151
8.2 Leis de Kirchhoff ....................................................................................................................................... 155
8.2.1 Lei de Kirchhoff das correntes ........................................................................................... 155
8.2.2 Lei de Kirchhoff das tensões .............................................................................................. 156
8.3 Aplicação das leis de Kirchhoff para resolução de circuitos de múltiplas fontes .............. 160
8.3.1 Aplicação direta das Leis de Kirchhoff ........................................................................... 162
8.3.2 Método de Maxwell .............................................................................................................. 165
8.3.3 Teorema da superposição ................................................................................................... 167
8.4 Teorema de Thévenin .............................................................................................................................. 173
8.5 Teorema de Norton .................................................................................................................................. 178
8.6 Ponte de Wheatstone.............................................................................................................................. 183
9 Potência em corrente contínua ............................................................................................................................. 187
9.1 Definição ..................................................................................................................................................... 188
9.2 Energia elétrica .......................................................................................................................................... 195
9.3 Lei de Joule ................................................................................................................................................. 199
9.4 Máxima transferência de potência ..................................................................................................... 200
9.5 Rendimento ................................................................................................................................................ 203
Referências ........................................................................................................................................................................ 207
Minicurrículo do autor .................................................................................................................................................. 211
Índice .................................................................................................................................................................................. 213
Introdução
1
Prezado(a) aluno(a),
É com grande satisfação que o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) traz o 
livro didático de Eletricidade, volume 1.
Este livro tem como objetivo ajudar no desenvolvimento de fundamentos técnicos e cien-
tíficos relativos às grandezas e ao funcionamento de circuitos eletroeletrônicos, bem como 
capacidades sociais, organizativas e metodológicas, de acordo com a atuação do profissional 
no mundo do trabalho. 
O conteúdo deste livro está organizado em capítulos e dividido em dois volumes, no primei-
ro volume, abordaremos: comunicação e informação, dados e informações, trabalho em grupo 
e individual, matemática aplicada, fundamentos de eletricidade, circuitos elétricos, princípios 
de leis e teoremas e potência em corrente contínua. O segundo volume compreenderá mag-
netismo e eletromagnetismo, corrente alternada, medidas elétricas e princípios da eletrônica. 
Atualmente, o mercado de trabalho busca profissionais qualificados e que consigam se des-
tacar entre as atividades que lhes são propostas em diversas áreas, e não é diferentecom a 
eletricidade. É buscando atender as exigências do mercado que este volume apresenta os con-
teúdos de forma que desperte as suas habilidades tanto no desenvolvimento pessoal quanto 
no desenvolvimento técnico.
ELETRICIDADE - VOLUME I16
Durante nosso estudo, abordaremos assuntos que lhe permitirão desenvolver:
CAPACIDADES SOCIAIS, ORGANIZATIVAS E METODOLÓGICAS
a) Cumprir normas e procedimentos;
b) Identificar diferentes alternativas de solução nas situações propostas;
c) Manter-se atualizado tecnicamente;
d) Ter capacidade de análise;
e) Ter senso crítico;
f) Ter senso investigativo;
g) Ter visão sistêmica;
h) Demonstrar organização nos próprios materiais e no desenvolvimento das atividades;
i) Estabelecer prioridades;
j) Ter cuidado com ferramentas, instrumentos e insumos colocados à sua disposição;
k) Comunicar-se com clareza;
l) Demonstrar atitudes éticas;
m) Demonstrar postura de cooperação;
n) Ter proatividade;
o) Ter responsabilidade;
p) Trabalhar em equipe. 
CAPACIDADES TÉCNICAS
a) Aplicar princípios de química e física;
b) Aplicar princípios de trigonometria;
c) Efetuar a medição de grandezas elétricas;
d) Efetuar cálculos de operações fundamentais de matemática;
e) Identificar as ferramentas adequadas para realização dos testes de acordo com a classe de tensão;
f) Identificar as ferramentas, equipamentos e instrumentos de medição adequados para as medi-
ções e os testes;
g) Identificar ausência de tensão;
h) Identificar características elétricas de materiais, componentes, instrumentos e equipamentos;
 1 INTRODUÇÃO 17
i) Identificar e interpretar unidades de medidas elétricas;
j) Identificar grandezas elétricas;
k) Identificar o funcionamento de circuitos eletroeletrônicos;
l) Identificar os instrumentos de medição;
m) Identificar princípios de funcionamento dos componentes e dos equipamentos;
n) Identificar terminologias técnicas;
o) Interpretar diagramas e esquemas elétricos;
p) Interpretar simbologia de componentes elétricos;
q) Reconhecer princípios da física (eletricidade, magnetismo, eletromagnetismo e mecânica);
r) Reconhecer princípios de química (reações químicas);
s) Reconhecer princípios de trigonometria;
t) Utilizar procedimentos e normas específicos de medição.
Lembre-se de que você é o principal responsável por sua formação e isso inclui ações proativas, como:
a) Consultar seu professor-tutor sempre que tiver dúvida;
b) Não deixar as dúvidas para depois; 
c) Estabelecer e cumprir um cronograma de estudo;
d) Quando o estudo se prolongar um pouco mais, reservar um intervalo para descanso.
Bons estudos!
Comunicação e informação
2
Neste capítulo, vamos estudar sobre o processo de comunicação e informação, aprender 
sobre comunicação escrita e comunicação verbal, os participantes no processo de comuni-
cação: emissor, receptor, mensagem, canal e como o processo de comunicação impacta no 
exercício da profissão do técnico em eletrotécnica.
Comunicação é o ato que envolve a transmissão e a recepção de mensagens entre o trans-
missor e o receptor, através da linguagem oral, escrita ou gestual, por meio de sistemas con-
vencionados de signos e símbolos. A partir deste conceito, podemos dividir o processo de 
comunicação em dois tipos: verbal e não verbal. A comunicação verbal busca transmitir infor-
mações e pode ser dividida em oral e escrita. Quando duas pessoas se encontram e conversam 
sobre o que ocorreu no seu final de semana, ou em uma reunião de setor em uma empresa na 
qual o supervisor apresenta as metas mensais, estão fazendo uso da comunicação oral. Já a 
leitura de um livro ou de um relatório técnico pode ser considerada como comunicação escrita. 
A comunicação não verbal não utiliza palavras para transmitir as mensagens. O uso de gestos, 
imagens, sinais e expressão corporal e facial são exemplos de comunicação não verbal. Neste 
capítulo, teremos o foco na comunicação verbal.
 No ambiente de trabalho, é fundamental que a comunicação flua entre os funcionários de 
maneira saudável, o que facilita o intercâmbio de informações e troca de experiências e possi-
bilita o crescimento da força de trabalho. O técnico em eletrotécnica deve ter bastante atenção 
ao processo de comunicação, pois a supressão ou não compreensão de uma informação pode 
colocar sua vida em risco. Um exemplo claro desta situação ocorre quando uma máquina passa 
por uma parada programada, quando isto acontece é comum que as equipes de manuten-
ção elétrica e mecânica aproveitem este tempo para realizar os reparos. Para a segurança dos 
membros de cada equipe, além de seguir os procedimentos de segurança da empresa, é fun-
damental que os funcionários de cada equipe informem o progresso e, principalmente, sobre 
a conclusão dos trabalhos aos membros da outra equipe, evitando que a máquina seja religada 
com algum funcionário realizando manutenção. 
ELETRICIDADE - VOLUME I20
Figura 1 - A importância da comunicação
Fonte: SENAI DR BA, 2017.
CURIOSIDADES
O telefone é um dos meios de comunicação mais populares atualmente, 
foi inventado por Alexander Graham Bell em 10 de março de 1876.
(Fonte: SUPERINTERESSANTE, 2014). 
2.1 envio
Para compreendermos melhor o processo de comunicação, vamos adotar um processo comunicativo 
no qual temos de um lado um emissor, que é a pessoa responsável por enviar a mensagem, e do outro lado 
o receptor, que é quem recebe a mensagem. O idioma e as palavras utilizadas na mensagem são essenciais 
para transmitir a informação. É interessante evitar o uso de gírias e termos desconhecidos pelo receptor. O 
processo de envio da mensagem está diretamente conectado com a recepção da mesma, é preciso enviar 
pensando em quem irá receber, isso facilita a compreensão da informação enviada. Caso a comunicação 
ocorra de forma manuscrita, é importante garantir que o destinatário consiga entender o que está escrito.
 2 ComuniCação e informação 21
Observe a mensagem a seguir e tente identificar quem exerce cada papel explicado anteriormente.
Figura 2 - A comunicação na sala de aula
Fonte: SENAI DR BA; SHUTTERSTOCK, 2017.
Observando a imagem, podemos ver como funciona o processo de comunicação: temos o professor 
que é responsável pelo envio da mensagem, a quem chamamos de emissor, e os alunos que recebem a 
informação e são considerados receptores. O teor destas informações depende da intenção do emissor, 
como veremos a seguir.
2.2 intenção
A intenção de uma mensagem está relacionada ao objetivo do emissor em enviar uma mensagem, 
como por exemplo: informar quando a concessionária de energia entrega um folheto avisando que irá sus-
pender o fornecimento de energia; intenção de questionar quando um aluno pergunta: “Professor, haverá 
avaliação hoje?”; uma mensagem também pode ter a intenção de alertar, como a placa a seguir.
PERIGO
CERCA
ELÉTRICA
Figura 3 - Placa
Fonte: SENAI DR BA, 2017.
ELETRICIDADE - VOLUME I22
Ao ver uma placa como mostrada na figura anterior, o indivíduo é alertado do perigo oferecido pela 
cerca elétrica; ou ainda instigar quando ouvimos a frase “Qual o sentido da vida? “, dentre outras possibi-
lidades.
Assim como ocorre na etapa de envio da mensagem, para que a intenção do emissor alcance o recep-
tor, ele deve definir o(s) objetivo(s) da mensagem e, então, procurar a melhor forma de se expressar, seja 
na forma escrita ou oral. 
 FIQUE 
 ALERTA
Ao utilizar da comunicação oral, é importante escolher bem as palavras e a entona-
ção correta para que a mensagem seja compreendida corretamente pelo destinatá-
rio.
2.3 reCepção
Outra etapa fundamental para que a comunicação ocorra de maneira correta é a recepção, ela consiste 
na chegada da mensagem até o receptor. Na comunicação oral, a recepção acontece quando ouvimos a 
mensagem do emissor, na comunicação escrita, quando é feita a leitura da mensagem deixada.
2.4 Confirmação
A comunicação estabelece um canal não só para que o emissor consiga enviar a sua mensagem, mas 
também para que o receptor possa emitir a resposta dele,certificando-se de que a mensagem original foi 
compreendida corretamente ocorrendo a confirmação. Imagine uma situação em que Emílio e Matheus, 
dois técnicos em eletrotécnica, seguem para a instalação de lâmpadas em uma residência. Então, Emílio 
fala: “Matheus, você pode desligar o disjuntor do circuito de iluminação?”, Matheus responde “Sim”, a res-
posta de Matheus, ainda que fosse negativa, confirmaria a Emílio que a mensagem dele foi recebida com 
sucesso. 
Veja, a seguir, um fluxograma de como ocorre o processo de comunicação: o processo tem início com 
o emissor, quando ele envia uma mensagem; a mensagem carrega a intenção do emissor; a chegada da 
mensagem ao receptor configura a etapa de recepção; após isto, o receptor emite uma mensagem como 
forma de confirmação, sinalizando ao emissor que sua mensagem foi recebida. 
 2 ComuniCação e informação 23
Emissior Mensagem Receptor
Envio Intenção Recepção
Con�rmação
Figura 4 - O fluxo da comunicação
Fonte: SENAI DR BA, 2017.
 SAIBA 
 MAIS
Para conhecer mais sobre a evolução do processo de comunicação ao longo dos anos, 
acesse Revista Superinteressante > história > a história da comunicação.
A figura a seguir consegue ilustrar o processo de comunicação, neste caso, de forma oral. 
Precisamos substituir 
o disjuntor geral da 
fábrica.
Temos um disjuntor
adequado no
almoxarifado?
Figura 5 - O processo de comunicação 
Fonte: SENAI DR BA, 2017.
Na figura anterior, temos todo o processo de comunicação ilustrado. O personagem masculino é o 
emissor e usa da comunicação oral para transmitir sua mensagem, que tem intenção informativa, e é rece-
bida pela personagem feminina que confirma o recebimento questionando o emissor.
ELETRICIDADE - VOLUME I24
CaSoS e reLatoS
Um ruído na comunicação 
A empresa ABC produz e comercializa papel toalha há 25 anos, sua sede fica na cidade de Vitória, 
capital do Espírito Santo. Pelas diretrizes da empresa, o serviço de manutenção elétrica é sempre re-
alizado em duplas, desta forma é possível que um funcionário atue como supervisor do outro, o que 
dificulta a tomada de decisões precipitadas que podem colocar a vida de ambos em risco. 
Durante uma inspeção de rotina na esteira transportadora, João, que é técnico em eletrotécnica e 
atua como eletricista na empresa, percebeu que o sinalizador luminoso, que indicava que a estei-
ra estava em funcionamento, não estava aceso durante a operação da máquina, então ele propôs 
a Pedro, que também é técnico em eletrotécnica e colega de equipe, que fizessem alguns testes 
para observar se o sinalizador estava realmente com defeito. Após os testes, eles concluíram que 
o led precisaria ser substituído, então Pedro pediu que João fosse ao almoxarifado e trouxesse um 
sinalizador visual vermelho 220 V. João saiu agoniado sem prestar atenção no trecho da mensagem 
que especificava que o dispositivo deveria ser para 220 V. Ao chegar ao almoxarifado, ele pediu 
um sinalizador visual vermelho ao atendente que lhe entregou o dispositivo com 127 V. João não 
conferiu a voltagem e retornou ao local onde Pedro estava, entregando-lhe o dispositivo. Ao fazer a 
conferência das informações impressas no led, Pedro percebeu que aquele era um sinalizador para 
uma tensão de 127 V e que, se fosse inserido no sistema, provocaria a queima do dispositivo. Ao 
confrontar João, ele percebeu que ele não tinha ouvido toda a mensagem e o orientou a ficar mais 
atento ao realizar uma tarefa, e solicitou que fizesse uma segunda visita ao almoxarifado para trocar 
o sinalizador pelo correto. A situação apresentada reforça a importância de uma boa comunicação e 
atenção que devemos ter na realização das atividades no ambiente de trabalho.
Ao solicitar um material, é sempre importante saber as especificações do dispositivo ou equipamento. 
As atividades do setor elétrico, normalmente, expõem os profissionais ao perigo, então devem ser tratadas 
com atenção.
 2 ComuniCação e informação 25
 reCapituLanDo
Neste capítulo, estudamos o processo de comunicação. Aprendemos que a comunicação pode ser 
verbal ou não verbal, que a comunicação verbal é baseada na utilização de palavras e pode ocorrer 
de maneira escrita ou oral. Vimos que a linguagem não verbal, por outro lado, faz o uso de gestos, 
imagens e expressões.
Aprendemos que a comunicação é estabelecida entre o emissor, aquele que envia a mensagem, e o 
receptor, aquele que recebe a mensagem; que a mensagem enviada tem uma intenção, que pode 
ser: informar, alertar, questionar, dentre outras possibilidades; que comunicar-se é um processo di-
nâmico e através da confirmação da mensagem o receptor se torna emissor, pois ele também envia 
sua mensagem informando àquele que emitiu a mensagem original que sua mensagem foi recebida 
com sucesso.
Vimos também que, no ambiente profissional, a comunicação é fundamental para garantir o exer-
cício correto das atribuições e evitar riscos desnecessários, principalmente no que tange à área de 
eletricidade. Além disso, vimos que as placas devem transmitir mensagens de maneira clara e que 
estabelecer um canal de comunicação com os colegas de trabalho também é fundamental, bem 
como compartilhar experiências e manter uma postura colocando em evidência a segurança, que 
pode garantir a volta pra casa ao fim do expediente. 
Dados e informações
3
Neste capítulo, estudaremos sobre dados e informações, quais as diferenças entre esses 
conceitos, o processo para produção de informação, passando pela seleção, sistematização, 
organização e apresentação da informação.
Dados e informações são conceitos muito próximos e que muitas vezes são confundidos, 
mas que tratam de assuntos diferentes. Dados são um tipo de informação não tratada, da-
dos isolados não conseguem se fazer compreender, falham em transmitir uma mensagem, 
enquanto informação é obtida quando os dados são tratados. 
No nosso dia a dia, estamos cercados de diversos conteúdos. Aparelhos que nos acompa-
nham ao longo do dia, como smartphones, são fontes de informações, seja através de con-
versas ou através de portais de notícia. A imagem a seguir nos mostra como as informações 
conseguem viajar o mundo de uma maneira muito rápida. Utilizando os mais diversos veículos 
de comunicação em nossas casas, ouvindo rádio, assistindo TV ou mesmo utilizando o smar-
tphone temos acesso à grande parte dessas informações que são disponibilizadas em alta ve-
locidade e que podem ser utilizadas para vários propósitos.
Figura 6 - O mundo da informação 
Fonte: SENAI DR BA, 2017.
 
ELETRICIDADE - VOLUME I28
Aparelhos como o telefone, o rádio e a televisão nos fornecem dados e informações de maneira rápida 
e despercebida, um exemplo disto ocorre quando acompanhamos um programa de músicas no rádio e 
durante o intervalo acompanhamos o anúncio de uma notícia. 
3.1 seleção
A seleção dos dados é uma etapa fundamental da construção da informação a ser repassada. E pode se 
referir tanto ao tópico ou assunto a ser estudado, quanto aos dados que serão coletados. É durante a sele-
ção que o tópico ou assunto estudado se define, a partir desta escolha são definidos o público-alvo e, con-
sequentemente, de onde serão coletadas as informações e a estratégia de coleta de dados. Por exemplo, 
em um processo eleitoral, além da intenção de voto (candidato), conhecer idade, sexo, local da residência 
podem ajudar a melhorar a apresentação da informação, pois os dados coletados e organizados dessa for-
ma facilitam a compreensão da informação que se pretende transmitir. Para um outro exemplo, a tabela a 
seguir nos mostra o relatório da produção das máquinas em uma empresa de alimentos.
MÁQUINAS
Máquina A
Máquina B
Máquina C
Máquina D
Total
QUANTIDADE PRODUZIDA
POR DIA
21
7
8
4
40
PORCENTAGEM
52,5%
17,5%
20%
10%
100,0%
RELATÓRIO DE PRODUÇÃO DE PANETONES
Tabela 1 - Relatório de produção
Fonte: SENAI DR BA, 2017.
A tabela anterior nos mostrou o relatório parcial de produção de panetones em uma empresa do ramo 
alimentício que trabalhacom massa de trigo para salgados e panetones, perceba que, ao final do dia, é 
possível coletar os dados de produção de cada máquina. Este é o dado que será processado. A próxima 
etapa para construir a informação é a sistematização, veja, a seguir, como funciona este processo.
 3 DaDos e informações 29
3.2 sistematização
A sistematização é a etapa responsável por agrupar os dados, é o que torna o dado coletado isolada-
mente parte de um sistema maior. Os dados isoladamente não são assimilados como informação, e podem 
induzir a conclusões erradas. Um exemplo que nos permite observar esta possibilidade ocorre quando 
observamos um valor isolado como: da quantidade de panetones produzidos, dez foram reprovados pelo 
controle de qualidade. Qual é a relevância deste valor? É muito? Pouco? Se o total produzido for 20 este é 
um índice de reprovação muito alto, contudo, se for 10 em 20.000 unidades já passa a ser um valor aceitá-
vel.
A informação faz o uso dos dados e consegue informar o leitor a partir do que lhe foi apresentado. 
Considerando a tabela – relatório de produção – depois da coleta do valor produzido de cada máquina, os 
dados serão agrupados e processados. No caso dessa tabela, a informação foi disponibilizada em forma de 
porcentagem e o valor referente a cada máquina foi calculado em relação ao total e disponibilizado para 
que pudéssemos compreender a informação de maneira prática.
 SAIBA 
 MAIS
Para ampliar os seus conhecimentos sobre a evolução da informação ao longo do 
tempo, leia: GLEICK, James. A informação. Tradução Augusto Pacheco Calil. São Paulo: 
Companhia das letras, 2013.
3.3 organização
Depois de processados, é importante que os dados sejam organizados para que possam transmitir a 
informação desejada. Após agrupados pela sistematização, é necessário organizar os dados para que pos-
sam ser apresentados ao público-alvo. Ao transmitir uma informação, espera-se que ela possa ser compre-
endida pelo maior número de pessoas possível e, para isto, dados podem ser organizados em forma de 
lista, tabela, dentre outras formas.
CURIOSIDADES
A criptografia é um conjunto de técnicas que permitem que uma men-
sagem seja codificada de modo que só o emissor e o receptor possam 
entender a informação.
(Fonte: GARRETT, 2012).
ELETRICIDADE - VOLUME I30
3.4 apresentação
Uma vez que os dados passam por todas as etapas estudadas anteriormente, é chegada a etapa de 
apresentação da informação, uma etapa crucial, pois é a partir dela que a informação será visualizada pelo 
público-alvo. A apresentação consiste em escolher como a informação será disponibilizada, se em forma 
de listas, gráficos, tabelas. Os gráficos, rankings e tabelas favorecem a compreensão da informação de ma-
neira rápida, pois com uma observação simples é possível entender o objetivo da pesquisa, por exemplo.
200
0
200
3
200
6
200
9
201
2
201
5
201
8
202
1
202
4
202
7
203
0
População total Homens Mulheres
Brasil
População total, homens e mulheres 2000-2030
240.000.000
180.000.000
120.000.000
60.000.000
População total: 206.081.432
2016
Gráfico 1 - População total do Brasil, homens e mulheres 2000-2030
Fonte: INSTITUTO..., [20--].
 FIQUE 
 ALERTA
Ao apresentar uma informação, é de fundamental importância a escolha dos termos 
corretos, para que o público-alvo consiga compreender de maneira direta. 
Observe, no gráfico anterior, como é fácil perceber que a população total do Brasil vem crescendo e 
tende a se manter nessa condição até 2030, que é a data máxima informada pelo gráfico. Esta informação 
poderia ser disponibilizada em forma de tabela, por exemplo, com cada ano e o respectivo número de 
pessoas, contudo, o gráfico é uma forma de apresentação interessante, pois possui apelo visual forte, o que 
facilita a compreensão, além de permitir a criação de uma linha do tempo, promovendo uma visão mais 
ampla da informação.
 3 DaDos e informações 31
Casos e relatos
A importância da informação
Vinícius trabalha no setor de manutenção de uma empresa que produz produtos de limpeza e todos 
os meses passa pelo mesmo problema, o acoplamento do misturador principal do setor de produ-
ção quebra, pois é um sistema de conexão rígido que trabalha sob ação de vibrações, o que reduz 
drasticamente a vida útil do dispositivo.
Durante a reunião da área de trabalho, Vinícius apresentou, ao seu gestor, dados de quebra da má-
quina que possuía ocorrência mensal e sugeriu que o acoplamento fosse substituído por outro ade-
quado a locais expostos à vibração. Ao ser questionado sobre os ganhos da aplicação deste novo 
sistema, Vinícius não conseguiu justificar a aplicação do sistema, já que aumentaria o custo para a 
empresa. O gestor solicitou que ele apresentasse uma justificativa sobre os ganhos para a empresa 
desse novo sistema. 
Na semana seguinte, Vinícius fez um levantamento do custo do acoplamento rígido, assim como a 
vida útil baseando-se nos relatórios de quebra de equipamento que a empresa tinha, junto a isto 
ele também contabilizou o tempo que a máquina ficava sem produzir enquanto a equipe de manu-
tenção efetuava a substituição do acoplamento defeituoso. Munido dessas informações, na reunião 
seguinte ele apresentou sua justificativa e propôs novamente a substituição do dispositivo, que foi 
aprovado, pois o gestor percebeu o prejuízo provocado pela quebra do equipamento para a em-
presa e acabou provando através dessas informações que o novo modelo de acoplamento seria um 
investimento que se pagaria em pouco tempo. 
É preciso lembrar que a apresentação da informação é o final do processo e depende de todas as outras 
etapas, e que para garantir um bom produto final é importante selecionar, processar e agrupar os dados da 
maneira correta para que a apresentação consiga fazer com que o público-alvo compreenda a informação.
ELETRICIDADE - VOLUME I32
 reCapitUlanDo
Neste capítulo, aprendemos sobre dados e informação. Vimos que os dados são um estado prévio da 
informação que precisam ser processados para que possam ser compreendidos de maneira comple-
ta. Foi possível compreender que a apresentação das informações pode ocorrer através de tabelas, 
listas, gráficos, mas que para chegar na etapa de apresentação é preciso fazer a seleção de dados, 
sistematização e organização.
 Vimos também que a construção de informação é um processo interligado e deve ser planejado 
desde a seleção do assunto a ser estudado, a definição da estratégia para coleta de informações, 
método de organização e a forma de apresentação são pontos que irão impactar diretamente na 
compreensão da informação. 
Estudamos também que a apresentação da informação é uma etapa muito importante no processo 
de transmissão da mensagem, pois é a partir dela que o público alvo tem contato com a informação 
construída pelo estudo, que a apresentação pode ocorrer por meio de listas, gráficos, tabelas, etc., e 
que a escolha da forma de apresentação da informação deve levar em consideração o público-alvo 
e a própria informação obtida. 
 3 DaDos e informações 33
Trabalho em grupo e individual
4
Neste capítulo, iremos estudar sobre trabalho em grupo e individual, como o profissional 
atual precisa balancear estas duas características para conseguir se manter no mercado de 
trabalho. Ainda neste capítulo, trataremos sobre ética, e a ética nos relacionamentos, princi-
palmente no ambiente de trabalho. Existe um ditado popular que diz: “Sozinho chego mais 
rápido, mas juntos iremos mais longe”. Esta frase resume bem as diferenças entre trabalhar 
em equipe e de maneira independente, a atuação individual permite uma abordagem mais 
imersiva e que permite que o profissional desenvolva seu próprio ritmo de trabalho, contudo, 
a colaboração entre colegas permite que desafios maiores sejam superados, além disto, um 
colega que atua motivando o outro serve como consulta e a cooperação permite que um com-
plemente o trabalho do outro. 
Enquanto profissionais, devemos ter a capacidade de trabalhar de formaindividual ou em 
grupo, atualmente as empresas possuem programas de valorização e planejamento de car-
reira, o que faz com que o funcionário se sinta parte ativa dela e não apenas responsável por 
executar uma função por uma quantidade de horas e dias, mas para que essa relação funcione, 
é preciso uma postura ética, seja de funcionário para funcionário como de funcionário para 
empresa. 
A ética está relacionada à conduta e postura do ser humano, o profissional a vivencia dia-
riamente ao desempenhar sua função sem ferir seus princípios e ao buscar uma convivência 
harmoniosa com todos. A imagem a seguir ilustra a perspectiva do trabalho em equipe e o 
individual.
Figura 7 - Trabalho em equipe x individual 
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2017.
ELETRICIDADE - VOLUME I36
Vejamos, a seguir, como se dá o espírito de equipe. 
4.1 espíriTo de equipe
A prática do espírito de equipe é uma característica que faz com que o indivíduo enxergue as situações 
de outra forma, colocando em primeiro plano o objetivo do grupo em detrimento da realização individual. 
O espírito de equipe faz com que o profissional busque o diálogo e a integração com os colegas, cons-
truindo um relacionamento profissional mais consistente que trará resultados positivos e um ambiente de 
trabalho melhor.
Figura 8 - Espírito de equipe
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2017.
No ambiente de trabalho, é comum que as empresas separem as equipes de trabalhos em grupo, e 
proponham dinâmicas para aproximar os funcionários. Criar um ambiente de trabalho melhor para os fun-
cionários reflete em profissionais mais satisfeitos e que procuram vestir a camisa da empresa, por acreditar 
fazer parte de uma organização e não apenas estar realizando uma função desconexa. 
CAsos e reLATos
O poder do trabalho em equipe 
Thiago é estagiário do setor elétrico de uma empresa que produz refrigerante. Uma das suas atri-
buições é desmontar painéis elétricos que estão em desuso e testar os componentes elétricos para 
um possível reaproveitamento. Recentemente, a fábrica passou por um processo de modernização, 
o que fez com que vários quadros elétricos fossem substituídos, aumentando consideravelmente o 
volume de trabalho de Thiago.
 4 TrAbALho em grupo e individuAL 37
Após uma semana das substituições, a esteira principal, responsável pelo transporte de garrafas pela 
linha de produção, apresentou um defeito que a equipe de manutenção não conseguiu identificar 
a origem ou solucionar, desta forma, decidiram substituir o painel por completo pelo painel antigo 
até descobrir qual foi o problema ocorrido. Contudo, ao chegar à oficina, identificaram que Thiago já 
havia desmontado o painel antigo.
Thiago entrou em pânico ao saber que precisariam do painel que ele havia desmontado, pois sabia 
que teria que remontá-lo do zero, sem conhecer o funcionamento completo do equipamento. Esta 
era uma tarefa que duraria dias, talvez semanas e que, ao final da montagem, poderia apresentar 
problemas de funcionamento. A sorte dele foi que João, gerente do setor de manutenção elétrica, 
solicitou aos seus colegas de trabalho que o ajudassem a montar o quadro. Thiago respirou aliviado, 
pois com a colaboração da equipe, ao fim do dia, o problema foi resolvido e a fábrica voltou a operar 
normalmente.
Uma relação profissional mais próxima entre os funcionários faz com que um cuide da segurança do 
outro no exercício diário da profissão, além disto, a aproximação permite que as críticas de caráter cons-
trutivo sejam feitas e compreendidas corretamente promovendo o desenvolvimento dos funcionários e, 
consequentemente, da empresa como um todo. 
 FIQUE 
 ALERTA
Ter espírito de equipe não significa transformar a equipe de trabalho em uma segun-
da família, é importante saber separar as relações pessoais das profissionais.
4.2 individuALismo
Ao contrário do espírito de equipe, o individualismo preza pela autonomia individual em detrimento 
do coletivo. Pessoas com essa característica mantêm o foco em si e nas suas tarefas. No mundo atual, é 
comum esta característica ser associada a algo ruim, pois a maioria das empresas busca um ambiente 
integrado, contudo, é preciso lembrar que um grupo é formado por indivíduos e que fazer parte de uma 
equipe e buscar um objetivo maior não, necessariamente, impede que este trace seus próprios objetivos.
 Por conta da falta de integração e comunicação com os outros funcionários, normalmente este tipo 
de profissional tende a ter uma dificuldade maior em aceitar críticas, visto que uma crítica ao seu trabalho 
acaba sendo interpretada como uma crítica pessoal.
Para manter o exercício da profissão de maneira saudável e produtiva, é fundamental manter um equi-
líbrio entre espírito de equipe e individualismo. Fazer parte de um grupo e conseguir desempenhar sua 
função é fundamental, contudo, isto não pode se tornar uma dependência a ponto de não conseguir de-
senvolver atividades independentes. 
ELETRICIDADE - VOLUME I38
4.3 ÉTiCA
Ética vem do grego ethos que significa modo de ser. É o conjunto de valores, regras ou instruções que 
condicionam o comportamento humano. Desta forma, é comum dividirmos o conceito de ética em dois, 
o que chamamos de ética universal, entendido pela sociedade como uma ética padrão e conhecida por 
grande parte dos cidadãos; enquanto do outro lado temos a ética pessoal, onde cada pessoa impõe seus 
próprios limites de acordo com o tipo de educação que foi submetida e experiências de vida.
Figura 9 - Ética na balança
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2017.
Baseado neste conceito, quando a ética pessoal diverge da ética universal, nasce o que conhecemos 
como atitude antiética, pois, para o senso pessoal do indivíduo, o que é considerado uma atitude normal 
pode não ser visto assim pelo resto da sociedade
CURIOSIDADES
O estudo da ética se estende ao longo de vinte e cinco séculos buscando 
ordenar as ações humanas de acordo com cada época.
(Fonte: PEGORARO, 2006).
4.3.1 ÉTICA NOS RELACIONAMENTOS
Com o conceito de ética estabelecido anteriormente, fica fácil compreender o impacto de uma postura 
ética ou não nos relacionamentos. Para um relacionamento pessoal, a ética é fundamental, pois atitudes 
éticas formam uma imagem coerente da pessoa praticando aquilo que acredita e defende. No meio pro-
fissional, uma postura ética é fundamental entre os funcionários para que as atividades sejam executadas 
corretamente e sem colocar em risco a saúde dos colegas.
 4 TrAbALho em grupo e individuAL 39
 SAIBA 
 MAIS
Para ampliar os conhecimentos sobre a ética e a evolução do conceito ao longo do 
tempo, leia: PEGORARO, Olinto. Ética dos maiores mestres através da história. 4. ed. 
Petrópolis: Vozes, 2006.
Um exemplo de atitude ética no trabalho é quando o supervisor do setor informa aos seus subordina-
dos sobre os riscos do exercício da profissão. Mantendo uma postura transparente para que os funcioná-
rios possam se prevenir corretamente evitando acidentes. 
ELETRICIDADE - VOLUME I40
 reCApiTuLAndo
Neste capítulo, vimos a importância do aspecto pessoal no ambiente de trabalho, que conceitos 
como individualismo e espírito em equipe estão presentes todos os dias durante o exercício da pro-
fissão. Vimos também que ao mesmo tempo em que cada profissional precisa ter capacidade de 
desenvolver suas atividades individualmente, é fundamental que este consiga realizar um trabalho 
colaborativo como membro de uma equipe.
Aprendemos que no setor técnico é fundamental a cooperação entre os funcionários, visto que mui-
tas tarefas são dependentes de uma equipe; outro aspecto importante observado neste estudo é 
o desenvolvimento da relação de equipe, pois é vital, no exercício da profissão, que cada membro 
cuide da segurança do outro. 
Estudamos também que a ética é um conceito básico relacionado a valores, regras ou instruções que 
condicionam o comportamento humano, ou seja, modo de ser, e sua aplicação deve estar presente 
em todas as comunidades que o profissional faça parte e é importante para o bom relacionamentoentre os colegas de trabalho, que deve ser fundamentado em confiança e respeito.
 4 TrAbALho em grupo e individuAL 41
Matemática aplicada
5
Este capítulo será fundamental para o nosso estudo de eletricidade, pois ele fornecerá a 
base matemática para que possamos fazer os cálculos relacionados à eletricidade. Conjuntos 
numéricos, arredondamento, operações com números decimais, frações, potenciação e radi-
ciação serão temas abordados, além destes, equações de primeiro e segundo grau, múltiplos e 
submúltiplos, notação científica, geometria espacial e plana, trigonometria e dígitos significa-
tivos na leitura de instrumentos também serão foco do nosso estudo.
A matemática está presente desde as mais simples às mais complexas tarefas que realiza-
mos no nosso dia a dia. Quando vamos à padaria e compramos pães e fazemos a conferência 
do troco, ou quando utilizamos uma expressão para converter um valor de temperatura em 
graus Celsius para Fahrenheit, independente da nossa profissão, faremos uso da matemática 
de alguma forma. Contudo, profissões como: engenheiros, contadores, administradores, eletri-
cistas, técnicos de manutenção, entre outros, fazem uso cotidiano desta ciência. 
A evolução da matemática acompanhou a evolução do ser humano sempre buscando aten-
der às suas necessidades. No início, a necessidade primordial da matemática era a contagem, 
contar o número de pessoas pertencentes a um grupo, quantidades de alimentos e afins. Con-
forme apareceram novas demandas, como a necessidade de representar uma dívida, ou ainda 
expandir os estudos das raízes negativas, a matemática precisou ser desenvolvida para solu-
cionar tais problemas.
O processo evolutivo da matemática se deu graças a muitos estudiosos que se dedicaram 
a novas descobertas ao longo do tempo, como: Arquimedes, Pitágoras, Isaac Newton, Carl 
Gauss, Leohard Euler, que tiveram seus nomes imortalizados em grandezas, fórmulas e contri-
buição para o desenvolvimento da sociedade. 
ELETRICIDADE - VOLUME I44
2x2 + 7x - 5 
= 0∆ 
= b
2 - 4.a
.c
Figura 10 - O tesouro matemático
Fonte: SENAI DR BA, 2017.
5.1 conjuntos nuMéricos e núMeros deciMais
Os conjuntos numéricos são agrupamentos de números de acordo com uma regra que forma o conjun-
to, cada conjunto é simbolizado por uma letra, N para os naturais, Z para os inteiros. No caso do conjunto 
dos números naturais, por exemplo, são números positivos, incluído o zero. Os números decimais perten-
cem ao conjunto dos números racionais e são utilizados para preencher a lacuna deixada pelos números 
inteiros em representar uma parte incompleta do todo.
Além dos conjuntos, também temos os subconjuntos que são subdivisões dos conjuntos. O símbolo * 
(asterisco) exclui o zero de um conjunto, combinando o asterisco com o símbolo de um conjunto criamos 
um subconjunto, por exemplo: N*, que é o subconjunto dos números naturais excluindo o zero. Além do 
asterisco, temos também o sinal de + (mais) e o sinal de – (menos) que dão origem a subconjuntos, con-
tudo, ao contrário do asterisco, inclui apenas números positivos e negativos, respectivamente. A seguir, 
veremos mais um pouco sobre os conjuntos numéricos e seus tipos.
 5 MateMática aplicada 45
Conjunto dos números
racionais (Q)
Conjunto dos números
irracionais (I)
Conjunto dos números
inteiros (Z)
Conjunto dos números
naturais (N)
Conjunto dos números reais (R)
Figura 11 - Os conjuntos numéricos
Fonte: SENAI DR BA, 2017.
5.1.1 Conjunto dos números naturais (n)
O conjunto dos números naturais é formado por números inteiros e positivos, incluindo zero.
N= {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7...}
Subconjunto de N:
N* é formado pelos números naturais positivos, excluindo zero.
N* = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7...}
Na imagem a seguir, poderemos ver uma aplicação cotidiana dos números naturais.
Figura 12 - Números naturais no controle remoto
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2017.
ELETRICIDADE - VOLUME I46
Como vimos na imagem anterior, os números naturais estão presentes no controle, nas teclas que per-
mitem a inserção do número do canal. Além do controle, é comum encontrá-los em micro-ondas e qual-
quer outro equipamento que possua teclado numérico. Com a necessidade de atender à novas demandas, 
foi necessário expandir as possibilidades de números e com isso nasceu um outro conjunto dos números 
inteiros, que engloba uma maior quantidade de números.
5.1.2 Conjunto dos números inteiros (Z)
O conjunto dos números inteiros inclui números negativos e positivos além do número zero. 
Observe:
Z = {..., -4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4...}
Os subconjuntos de Z são formados a partir de subdivisões do conjunto original, que você pode obser-
var a seguir:
Z* é formado pelos números inteiros negativos e positivos, excluindo o zero.
Z* = {..., -4, -3, -2, -1, 1, 2, 3, 4...} 
Z+ é formado pelos números inteiros positivos, incluindo o zero.
Z+ = {0, 1, 2, 3, 4...}
Z*+ é formado pelos números inteiros positivos, excluindo o zero.
Z*+= {1, 2, 3, 4...}
Z- é formado pelos números inteiros negativos, incluindo o zero.
Z- = {..., -4, -3, -2, -1, 0}
Z*- é formado pelos números inteiros negativos, excluindo o zero.
Z*- = {..., -4, -3, -2, -1}
O conjunto dos números inteiros incorpora os números negativos e permite aplicações financeiras, en-
volvendo dívidas. Os conjuntos estudados até aqui só abrangiam números inteiros, para atender à necessi-
dade de representar valores não inteiros, temos o conjunto dos números racionais que será visto a seguir.
 5 MateMática aplicada 47
5.1.3 Conjunto dos números raCionais (Q)
O conjunto dos números racionais agrupa todos os números que podem ser escritos em forma de fra-
ção. Este conjunto contém os conjuntos naturais e inteiros citados anteriormente. Além deles, fazem parte 
deste conjunto frações positivas e negativas, além do número zero.
Q = {…,-3,-2,- 3 ,-1, -1 ,0, 1 ,1, 3 ,2...}
2 2 2 2
Os subconjuntos de Q são formados a partir de subdivisões do conjunto original, que você pode obser-
var a seguir:
Q* é o conjunto dos números que podem ser expressos em forma de fração, excluindo o zero.
Q* = {…,-3,-2,- 3 ,-1, -1 , 1 ,1, 3 ,2...}
2 2 2 2
Q+ é formado pelos números positivos que podem ser expressos em forma de fração, incluindo o zero.
Q+ = {…,0, 
1 ,1, 3 ,2...}
2 2
Q*+ é formado pelos números positivos que podem ser expressos em forma de fração, excluindo o zero.
Q*+={ 
1 ,1, 3 ,2...}
2 2
Q- é formado pelos números negativos que podem ser expressos em forma de fração, incluindo o zero.
Q- = {…-3,-2, -3 ,-1, -1 ,0}
2 2
Q*- é formado pelos números negativos que podem ser expressos em forma de fração, excluindo o zero.
Q*-= {…-3,-2, -3 ,-1, -1 }
2 2
Mesmo expandindo cada vez uma variação maior de números, alguns pareciam que não se encaixavam 
em conjunto nenhum, e com isto o conjunto dos números irracionais foi formado.
5.1.4 Conjunto dos números irraCionais (i)
O conjunto dos números irracionais é um conjunto à parte dos citados até aqui. Como podemos ver 
na figura 11, Conjuntos numéricos, este conjunto é composto por números infinitos não periódicos1, que 
por isso não podem ser expressos em forma de fração de maneira precisa. Como exemplos de números 
irracionais temos:
1 Números não periódicos: são números que não possuem repetição periódica de algarismos.
ELETRICIDADE - VOLUME I48
Raízes quadradas não exatas, como é o caso da raiz quadrada do número 2.
√2 = 1,414214...
A proporção matemática expressa pela letra grega π (Pi), muito usada para o cálculo de área e perímetro 
de circunferências.
π = 3,141593...
O algarismo neperiano ou número de Nepper, muito utilizado no estudo dos logaritmos. 
e = 2,718281...
O conjunto dos números irracionais e o dos racionais (que engloba inteiros e naturais) até aqui estavam 
dissociados, contudo, a criação de um novo conjunto, conjunto dos números reais, permitiria a junção 
destes dois elementos.
5.1.5 Conjunto dos números reais (r)
O conjunto dos números reais é formado através da união

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