Buscar

MUSCULO DO CORE

Prévia do material em texto

Centro Universitário São Francisco de Barreiras 
Fisioterapia, noturno 
Alunas: Jamilli, Alessandra , Debora, Erica Jordana e Leane 
Cinesioterapia 
Professor: Diogo 
 
 Musculo do core: 
É definido como complexo de 29 músculos da região lombo-pélvico-quadril, ele é 
centro da gravidade do nosso corpo e região onde começa todos os movimentos. 
Como na anatomia funcional o musculo do core é capaz de permitir a manutenção da 
relação comprimento–tensão normal entre os músculos agonistas e antagonistas 
funcionais. Assim, ele mantém a artrocinemática ideal desse complexo durante os 
movimentos. Essa maior estabilização proporciona maior eficiência neuromuscular, 
permitindo a aceleração, desaceleração e estabilização dinâmica ideal durante 
movimentos funcionais. Além disso, ela também proporciona estabilidade proximal 
para movimentos eficientes dos membros inferiores e superiores. 
Anatomia do musculo do core: 
 Transverso espinhal 
O grupo transverso espinhal inclui os músculos rotadores, interespinhais, 
intertransversais, semi espinhais e multífidos. Esses músculos são pequenos e possuem 
uma vantagem mecânica para contribuírem na movimentação: eles possuem 
principalmente fibras do tipo I e, portanto, são projetados para a estabilização. 
Pesquisadores descobriram que o grupo dos músculos transverso espinais possuem de 
duas a seis vezes mais fusos musculares que os encontrados em músculos maiores. 
Por isso, tem sido estabelecido que esse grupo é responsável principalmente por 
fornecer informação proprioceptiva ao Sistema Nervoso Central. 
Além disso, ele também responde pela estabilização inter segmentar e pela 
desaceleração excêntrica do movimento de flexão e rotação da unidade vertebral 
durante movimentos funcionais. 
Os multífidos são os mais importantes dos músculos transverso espinais. Isso acontece 
pois têm a capacidade de estabilização intersegmentar para a parte lombar da coluna 
vertebral em todas as posições. Por exemplo: quando há uma ativação dos multífidos, 
há uma rigidez aumentada em L4 e L5. 
 
 Eretor da espinha 
Os principais músculos do core posteriores adicionais incluem o eretor da espinha, o 
quadrado do lombo e o latíssimo do dorso. O grupo muscular eretor da espinha, 
especificamente, funciona para fornecer estabilização intersegmentar dinâmica, 
desaceleração excêntrica de flexão e rotação do tronco durante atividades dinâmicas. 
 Quadrado do lombo 
O músculo quadrado do lombo, por sua vez, tem por função principal ser uma espécie 
de estabilizador em plano frontal que trabalha sinergicamente com o glúteo médio e o 
tensor da fáscia lata. 
 Latíssimo do dorso 
O latíssimo do dorso, por fim, tem o maior braço de momento de todos os músculos 
do core posteriores. Por isso, ele também gera o maior efeito sobre o complexo 
lombo-pélvico-quadril. 
 
Anatomia dos músculos do core abdominais 
Ao falar sobre os músculos do core abdominais, por sua vez, novamente abordaremos 
os mais importantes, que são: reto do abdômen, oblíquo externo, oblíquo interno e 
transverso do abdome. Os abdominais são compostos por quatro músculos que atuam 
como uma unidade integrada. Esta ajuda a manter a boa cinemática postural. Quando 
trabalham de forma eficaz, os músculos do core da região abdominal oferecem 
estabilização nos planos sagital, frontal e transverso por meio do controle de forças 
que atingem o complexo lombo-pélvico-quadril. 
 Reto do abdômen 
O músculo reto do abdômen desacelera a extensão e a flexão lateral do tronco 
excentricamente, além de agir na estabilização dinâmica durante os movimentos. 
 Oblíquos externos 
Os oblíquos externos, por sua vez, trabalham concentricamente para produzir rotação 
contralateral e flexão lateral ipsilateral, além de trabalharem excentricamente para 
desacelerar extensão, rotação e flexão lateral de tronco durante os movimentos 
funcionais. 
 
 Oblíquos internos 
Já os oblíquos internos trabalham concentricamente para produzir rotação ipsilateral e 
flexão lateral. Eles também trabalham excentricamente para desacelerar a extensão, 
rotação e flexão lateral. Além disso, os oblíquos internos se ligam à camada posterior 
da fáscia toracolombar criando uma força de tensão lateral sobre a fáscia; isso gera 
uma estabilidade translacional intrínseca e rotacional da unidade vertebral. 
 Transverso do abdômen 
O transverso do abdômen é, provavelmente, o mais importante dos músculos do core 
abdominais, pois suas ações são direcionadas para aumentar a pressão intra 
abdominal. Isso fornece estabilização dinâmica contra o estresse rotacional e 
translacional na região lombar, possibilitando uma ótima eficiência neuromuscular 
para o complexo lombo–pélvico-quadril. É importante citar, também, que pesquisas 
têm demonstrado que o transverso do abdômen trabalha em mecanismo Feed-
Forward, contraindo sempre de forma antecipatória à iniciação do movimento dos 
membros ou de outros músculos abdominais, independentemente das direções das 
forças reativas. Foi demonstrado que, tal qual o multífido, o transverso do abdômen 
permanece ativo durante os movimentos do tronco, sugerindo que este músculo tem 
papel importante na estabilização do mesmo. 
 
 Anatomia dos músculos do core do quadril 
Por fim, quando tratamos dos músculos do core do quadril, temos que os mais 
importantes são os seguintes: Psoas, Glúteo médio, Glúteo máximo e os Isquiotibiais. 
Entenda como funciona cada um deles: 
 Psoas 
O músculo psoas é o responsável pela flexão do quadril e rotação lateral em cadeia 
aberta, bem como pela extensão lombar, flexão lateral e rotação em cadeia fechada. O 
psoas também desacelera de forma excêntrica a extensão e rotação medial do quadril, 
bem como a extensão e rotação medial do tronco. Esse músculo ainda trabalha em 
sinergismo com os eretores da espinha superficiais e gera uma força de cisalhamento 
anterior entre L4 e L5. Os eretores da espinha profundos, multífidos e parede 
abdominal profunda neutralizam essa força. Junto dos Glúteos mínimo, médio e 
máximo e do tensor da fáscia lata, o psoas forma um grupo de importantes músculos 
para o tratamento de escoliose. 
 
 
 Glúteo médio 
O glúteo médio age como estabilizador primário da pelve e do membro inferior no 
plano frontal durante os movimentos funcionais. Já durante movimentos em cadeia 
fechada, ele desacelera a adução e a rotação medial femoral. Quando o glúteo médio 
está fraco, há um aumento de sobrecarga na articulação femoropatelar e sobre a 
articulação tibiofemoral. Esse quadro leva, ainda, à dominância sinergística do tensor 
da fáscia lata e do quadrado do lombo. Isso gera rigidez no trato iliotibial na parte 
lombar da coluna vertebral, afetando a biomecânica normal do complexo lombo-
pélvico-quadril, da articulação tibiofemoral, e da articulação femoropatelar. 
 Glúteo máximo 
O glúteo máximo, por sua vez, é um dos músculos do core que age concentricamente 
em cadeia aberta para acelerar a extensão e a rotação lateral do quadril, além de agir 
de forma excêntrica para desacelerar a flexão do quadril e a rotação medial do fêmur. 
Ele também é o principal estabilizador dinâmico da articulação sacroilíaca. 
 Isquiotibiais 
Os músculos do core isquiotibiais agem de forma concêntrica para flexionar o joelho, 
estender o quadril e rodar a tíbia. Quando agem na forma excêntrica, eles desaceleram 
a extensão do joelho, a flexão do quadril e a rotação da tíbia. 
 
Exercícios para fortalecer o musculo do core: 
1. Abdominal na barra 
Indicado para pessoas que já tenham um bom nível de treinamento, pois uma força 
muscular insuficiente pode impedir a execução correta do exercício. O trabalho, aqui, 
fica mais concentrado na porção inferior do abdômen. Ao levantar-se as pernas até a 
posição horizontal, os músculos anteriores do quadril acabam trabalhando mais do 
que os abdominais, que participam na elevação das pernas acima da linha do horizontee dependem desse erguimento simultâneo do quadril. O exercício é interessante para 
os corredores porque auxilia nos movimentos dos músculos das coxas. 
2. Prancha abdominal 
Fundamental para o trabalho dos músculos do core, a prancha é um exercício estático 
que trabalha principalmente os abdominais, em especial o reto abdominal e seus 
sinergistas. Altamente funcional, a prancha abdominal usa da ação da gravidade na 
carga do exercício, acompanhando o nível de treinamento e fase de periodização para 
aumento do tempo de execução e redução do tempo de descanso. 
3. Ponte (elevação pélvica) 
A elevação pélvica é um movimento bastante usado nos treino de glúteos, estrutura 
que também faz parte do core. Eles ajudam na estabilização dos movimentos e na 
manutenção da postura adequada. O exercício também foca nos músculos 
paravertebrais, de vital importância para o fortalecimento do core. Ele pode ser feito 
tanto de maneira dinâmica quanto estática. No movimento estático, entretanto, a 
ênfase maior será nos músculos lombares. Também é possível executar o movimento 
com apenas um pé apoiado no solo, aumentando a necessidade de estabilização, ou 
com um bosu, criando maior instabilidade. 
4. Rotação lateral na polia 
A rotação lateral na polia tem como principal foco o desenvolvimento dos músculos 
abdominais laterais. Conhecidos como oblíquos, eles são fundamentais para a 
manutenção adequada da postura durante a corrida. O exercício permite trabalhar 
com uma ampla variedade de cargas, adaptadas às necessidades do praticante. Aos 
corredores, vale a regra: maior carga se o mesociclo de corrida estiver trabalhando 
com força, e menor carga e mais repetições se o trabalho for com resistência. A 
rotação lateral na polia, porém, não é indicada para pessoas com problemas da coluna, 
como hérnia de disco. 
5. Abdominal com rotação na polia alta 
O trabalho nos músculos oblíquos e no reto abdominal é o principal foco desse 
exercício – altamente funcional para qualquer corredor. Aqui, como na rotação lateral 
na polia, é possível controlar a carga para usá-la de maneira específica em cada fase do 
treinamento. 
6. Abdominal no banco declinado 
Esse exercício aumenta a exigência de estabilização e força dos músculos do core, uma 
vez que, na porção final do movimento, não há apoio para o dorso. Assim, a prática é 
indicada para pessoas com bom controle muscular e que precisam fortalecer ainda 
mais a região central do tronco. 
7. Flexão lombar no solo 
Nos treinos para os músculos do core, os exercícios voltados aos músculos lombares 
são obrigatórios. A flexão lombar, por exemplo, trabalha tanto a coluna lombar quanto 
o tronco e as pernas. A prática pode ser feita de maneira dinâmica, com movimentos 
contínuos, ou, dependendo do objetivo, o aluno pode ir até o ponto final da extensão 
e manter esta posição por um determinado tempo. 
 
Referências 
Aspden RM. Rewiew of the functional anatomy of the spinal ligaments and the erector 
spinae muscles. Clin Anat. 1992;5:372-87. 
 
Cresswell AG, Grundstrom H, Thortensson A. Observation on intra-abdominal pressure 
and patterns of abdominal intra muscular activity in man. Acta Physiol Scand. 
1992;144:409-18. 
 
Cresswell AG, Oddson L. Thorstensson A. The influence of sudden pertubations on 
trunk muscle activityand intra-abdominal pressure while standing. Exp Brain Res. 
1994;98:336-41. 
 
Crisco J, Panjab MM. The intersegmental and multisegmental muscles of the lumbar 
spine. Spine. 1991;16:793-9. 
 
Wilke HJ, Wolf S, Claes LE, Arand M, Wiesend, A. Stability increase of the lumbar spine 
with different muscle groups: a biomechanical in vitro study. Spine. 1995 
Jan;15(20):192-8. 
Musculo do core, oito exercícios para fortalecer musculo do core, secad Artmed, 2018, 
disponível em: https://secad.artmed.com.br/blog/educacao-fisica/exercicios-
musculos-do-core/ , acesso em: 22/09/2021

Continue navegando