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Barreiras hematoencefálica e hematoliquórica

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Barreiras hematoencefálica e hematoliquórica 
 
GENERALIDADES 
Dispositivos que impedem ou dificultam a 
passagem de substância: 
• Entre o sangue e o tecido nervoso → 
barreira hematoencefálica 
• Entre o sangue e o liquor → barreira 
hematoliquórica 
 
Principais funções das barreiras: 
• Impedir a passagem de agentes tóxicos 
para o sistema nervoso central, como 
venenos, toxinas 
• Impedir a passagem de 
neurotransmissores encontrados no 
sangue, como adrenalina → em grandes 
quantidades, poderia alterar o 
funcionamento do cérebro se não fosse 
barrada 
• Permitir a entrada de substâncias 
importantes para o funcionamento das 
células do tecido nervoso, como glicose e 
aminoácidos → portão que barra a entrada 
de algumas substâcias e permite a entrada 
de outras 
Obs: há evidência de que a barreira 
hematoliquórica também funciona como 
portão, utilizando essencialmente os mesmos 
mecanismos da barreira hematoencefálica 
para transporte de substâncias 
 
PLEXOS CORÓIDES 
Estruturas especializadas no teto dos terceiro 
e quarto ventrículos e nas paredes dos 
vesntrículos laterais do encéfalo 
Pregas altamente ramificadas de tecido 
conjuntivo frouxo vascularizado da pia-máter, 
recobertas por um epêndima modificado → 
epitélio com atividade secretora e de 
transporte de íons 
Células ependimárias modificadas produzem 
o líquido cerebroespinal, ou liquor 
 
Capilares fenestrados no tecido conjuntivo 
frouxo → altamente permeáveis 
 
LÍQUOR 
• Solução salina, clara geralmente viscoso 
→ normalmente contém pouca proteína e 
não há células sanguíneas 
• Produzido por células ependimárias 
modificadas localizadas nos plexos 
coroides 
• Função principal → proteção mecânica → 
atua como um “amortecedor” entre o SNC 
e o tecido ósseo 
• Circula nos ventrículos encefálicos, no 
canal central da medula espinal (canal 
ependimário) e no espaço subaracnóideo 
→ reabsorvido em pequenas projeções no 
espaço subaracnóideo denominadas 
granulações aracnóideas, que se projetam 
no interior dos seios da dura máter → 
devolvem o líquido cerebroespinal à 
circulação venosa 
• Transporte ativo de sódio e cloreto das 
células ependimárias para o LCR → água 
é transportada por osmose 
 
GRANULAÇÃO ARACNÓIDEA 
Pequenos “tufos” que penetram no interior dos 
seios da dura-máter 
Levam pequenos prolongamentos de espaço 
subaracnóideo 
Realizam a absorção do líquor 
 
BARREIRA HEMATOLIQUÓRICA 
Localizada nos plexos coróides → neste caso, 
a barreira não está nos capilares (que são 
fenestrados), mas sim no ápice do epitélio 
ependimário → voltado para a cavidade 
ventricular 
Epitélio ependimário dos plexos coróides → 
possui junções oclusivas que unem as células 
próximo à superfície ventricular e impedem a 
passagem de macromoléculas → base 
anatômica da barreira hematoliquórica 
 
BARREIRA HEMATOENCEFÁLICA 
Formada por endotélio + membrana basal 
muito fina + pés vasculares dos astrócitos 
(camadas quase completa em torno do 
capilar) 
Sede da barreira hematoencefálica → 
endotélio! 
Endotélio dos capilares do SNC → distintos 
dos demais capilares: 
1. Células endoteliais são unidas por junções 
oclusivas que impedem a penetração de 
macromoléculas 
2. Não existem fenestrações, que são 
pequenas áreas em que o endotélio se 
reduz a uma fina membrana muito 
permeável 
3. São raras as vesículas pinocitóticas → nos 
demais endotélios elas são frequentes e 
importantes no transporte de 
macromoléculas 
 
 
VARIAÇÕES NA PERMEABILIDADE 
• A permeabilidade da barreira 
hematoencefálica não é a mesma em 
todas as áreas: 
1- certas substâncias penetram facilmente no 
núcleo caudado e no hipocampo, mas têm 
dificuldade de penetrar no resto do encéfalo 
2- certos agentes farmacológicos, quando 
injetados no sangue, não agem em 
determinadas áreas do sistema nervoso 
porque não as atingem, podendo, entretanto, 
agir em outras áreas vizinhas 
• Em fetos e recém-nascidos: 
1- barreira hematoencefálica é mais fraca → 
deixa passar maior número de 
substâncias inicialmente no desenvolvimento 
→ capilares apresentam fenestrações 
2- em pessoas mais velhas → substâncias 
produzidas pelos pés dos astrócitos causam a 
perda dessas fenestrações 
 
ÓRGÃOS CIRCUNVENTRICULARES 
Em algumas áreas do cérebro, a barreira 
hematoencefálica não existe: 
1- endotélios são fenestrados e desprovidos 
de junções oclusivas 
2- se distribuem em volta do III e IV ventrículos 
→ órgãos circunventriculares 
 
Órgãos circunventriculares: 
1- podem ser receptores de sinais químicos do 
sangue 
2- podem estar relacionados direta ou 
indiretamente com a secreção de hormônios 
 
Estruturas: 
1- glândula pineal → secreta o hormônio 
melatonina 
2- eminência média → envolvida no transporte 
de hormônios do hipotálamo para a adeno-
hipófise 
3- neuro-hipófise → local de liberação de 
hormônios hipotalâmícos 
4- órgão subfornicial → neurônios são 
sensíveis à baixa concentração de 
angiotensina 2 → estimulam o centro da sede 
no hipotálamo lateral → aumenta a sede 
5- órgão vascular da lâmina terminal → 
neurônios são sensíveis ao aumento da 
pressão osmótica do sangue, desencadeando 
a sede e estimulando a secreção de 
hormônios antidiuréticos pelo hipotálamo 
6- área postrema → neurônios sensíveis a 
sinais químicos do sangue, como a CCK

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