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complicações orais do tratamento oncológico Domine as cinco principais complicações orais que podem acometer pacientes oncológicos E - B O O K E D U A R D O F R E G N A N I , P h D V I N I C I U S R A B E L O T O R R E G R O S S A , P h D Eduardo Fregnani Cirurgião dentista Doutor em Ciências Médicas (AC Camargo Cancer Center) Mestre em Estomatopatologia (FOP/ UNICAMP) Mais de 50 artigos científicos internacionais publicados Vinicius Rabelo Torregrossa Cirurgião dentista Mestre e Doutor em Estomatopatologia (FOP/UNICAMP) Residência em Odontologia Hospitalar (Complexo HUPES/UFBA) Especialista em Implantodontia (FACSETE/CEOPA - SP) @dr.eduardo.fregnani @drviniciusrabelo OS AUTORES Que saber mais sobre nossa h is tor ia? Acesse @drviniciusrabelo Sei que você está aqui por um motivo, talvez o mesmo motivo que nos fez construir as nossas carreiras voltadas ao atendimento de pacientes com alterações de saúde. Logo ao se formar, nos considerávamos aptos a realizar relativamente bem uma exodontia simples, uma restauração, ou mesmo um procedimento periodontal. Porém, a insegurança batia e nos complicavámos quando esse paciente era…digamos, especial. Você já imaginou receber um paciente em tratamento oncológico, ou mesmo dias antes de realizar um transplante de medula óssea, com uma solicitação médica pedindo que você avalie e remova os seus focos de infecção em boca? Ou ainda, imagine ser acionado para avaliar lesões bucais que apareceram de forma aguda em um paciente internado,, neutropênico, durante a quimioterapia. É disso que estamos falando! Foi exatamente isso que aconteceu conosco, e você pode imaginar que não foi fácil… Esse foi um dos motivos que nos levaram a estudar nos grandes centros de formação do Brasil e do exterior no intuito de conhecer mais e cuidar melhor dos nossos pacientes. Mas não queremos que você, necessariamente, passe pelo mesmo longo e demorado caminho que passamos. Na verdade, queremos que, daqui para frente, o atendimento de pacientes com alterações de saúde, incluindo os pacientes oncológicos, torne-se algo menos complicado em sua vida. APRESENTAÇÃO @dr.eduardo.fregnani Seja bem vindo! Eduardo e Vinicius. Pensando nisso, nós criamos nesse material gratuito um resumo das cinco principais complicações orais em pacientes oncológicos e algumas dicas sobre como manejá-las. Chegou a hora de você se PREPARAR para atender MELHOR e com mais SEGURANÇA seus pacientes. Conte sempre conosco, ÍNDICE Cânce r x odon to log ia : p rec i samos queb ra r pa rad igmas Como usa r e s se e-book? Domine as p r i nc ipa i s comp l i cações o ra i s do t ra tamento onco lóg ico 3.1 3 2 1 @drviniciusrabelo @dr.eduardo.fregnani Mucos i te o ra l Os teo r rad ionec rose 3.2 Di s função sa l i va r3.3 I n fecções opo r tun i s ta s3.4 Osteonec roses med icamentosas3.5 A lgumas cons ide rações pa ra você4 Le i t u ra Suge r ida5 PRECISAMOS QUEBRAR PARADIGMAS CÂNCER X ODONTOLOGIA Q u e m s ã o o s p a c i e n t e s o n c o l ó g i c o s ? Q u a i s s ã o a s m o d a l i d a d e s d e t r a t a m e n t o e m p r e g a d a s n o t r a t a m e n t o o n c o l ó g i c o ? Q u a i s s ã o a s p r i n c i p a i s c o m p l i c a ç õ e s o r a i s d o t r a t a m e n t o o n c o l ó g i c o ? C o m o a t e n d e r p a c i e n t e s o n c o l ó g i c o s c o m s e g u r a n ç a n o c o n s u l t ó r i o o d o n t o l ó g i c o ? Q u a l é o p a p e l d o C i r u r g i ã o D e n t i s t a e m u m a e q u i p e m u l t i d i s c i p l i n a r d e O n c o l o g i a ? @drviniciusrabelo @dr.eduardo.fregnani @drviniciusrabelo É fato que você irá se deparar , ao longo de sua carreira acadêmica ou profissional , com pacientes que possuem um diagnóstico estabelecido de câncer e que estão sob cuidados de uma equipe multidisciplinar de Oncologia . Ou mesmo poderá atender pacientes que já sobreviveram ao câncer . Isto se deve à combinação de protocolos agressivos multimodais , que podem envolver cirurgia e/ou quimiorradioterapia , novas terapias medicamentosas , ou o uso de células progenitoras hematopoiéticas ( leia-se transplante de medula óssea) , que possibilitaram um aumento considerável da sobrevida dos pacientes oncológicos nas últimas décadas . I n fe l i zmen te , não te r i de ia sob re como re sponde r e s tas c i nco pe rgun tas ac ima a inda é uma rea l idade comum en t re C i ru rg iões Den t i s ta s e e s tudan tes de Odon to log ia . Fa la r sob re cânce r e suas seque las a i nda ge ra descon fo r to , medo e neg l igênc ia em mu i to s . De fa to , QUEREMOS MUDAR ESTE CENÁR IO! Mas pr imeiro vamos te dar uma not íc ia… O número de CDs capac i tados para reconhecer e manejar as pr inc ipa i s compl icações buca is do tratamento oncológ ico de fo rma PREVENTIVA e RESOLUTIVA a inda é pequeno . I s so para não fa la r do grande número de equipes mult id i sc ip l inares de Oncolog ia que CARECEM de prof i s s iona is espec ia l i s tas para in tegrarem os seus t imes . O sucesso das terapias supracitadas ocorreu às custas de importantes toxicidades/complicações , responsáveis por impactar de maneira significativa a qualidade de vida deste grupo de pacientes , com aumento da morbidade e dos custos globais associados ao tratamento oncológico . @dr.eduardo.fregnani Vamos em frente! Esse é o PROPÓSITO de reunirmos aqui as principais informações que você precisa para atender com mais SEGURANÇA pacientes oncológicos. COMO USAR ESTE E-BOOK? Para DOMINAR uma área do conhecimento é preciso IMERGIR em tudo que for relacionado a esse assunto. @drviniciusrabelo Esteja disposto a ler um conteúdo correlato ao tema proposto toda semana! Ler artigos científicos relacionados à etiopatogenia do câncer, sobre quais tumores são mais prevalentes na região de cabeça e pescoço ou sobre quais lesões orais apresentam um maior potencial de malignização já é um bom começo. SEMPRE ALÉM A Oncologia é uma área do conhecimento extremamente vasta, que exige muito estudo e dedicação. Tenho certeza de que esse e-book pode ser o seu pontapé inicial nessa jornada enriquecedora. Mas de nada adianta ler este e-book, se você não se aprofundar no tema, buscar artigos científicos, outros livros, ou ir a congressos e se aproximar dos melhores. É por isso que gostaríamos que você aplicasse algumas das dicas abaixo para facilitar o seu processo de aprendizagem: CRIE OU PARTICIPE DE LIGAS ACADÊMICAS OU GRUPOS DE ESTUDO Fazer parte de uma liga acadêmica, comunidade ou grupo de amigos interessados em aprender algo FUNCIONA!!! Vocês poderão se revezar no resumo dos tópicos e apresentarem entre si. Assim vocês economizam tempo e compartilham suas experiências. APRESENTE TRABALHOS CIENTÍFICOS Uma boa maneira de ir à fundo em um tema é produzir ciência sobre ele! E nada mais motivador do que produzir um trabalho e apresentá-lo em um simpósio ou congresso científico. Isso também irá lhe aproximar dos melhores especialistas da área, pois é lá que esses caras estão. Não perca essa chance! SIGA O NOSSO PERFIL NO INSTAGRAM @dr.eduardo.fregnani e @drviniciusrabelo Lá nós postamos diariamente dicas e conteúdos informativos sobre como atender pacientes sistemicamente complexos com segurança no consultório odontológico. Você não vai perder, certo?! @dr.eduardo.fregnani DOMINE AS 5 PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES ORAIS DO TRATAMENTO ONCOLÓGICO As complicações orais do tratamento oncológico são comuns, e podem ser divididas em AGUDAS e TARDIAS, como veremos ao longo do nosso e-book OSTEORRADIONECROSE E x p o s i ç ã o d e o s s o n e c r ó t i c o p o r u m p e r í o d o m í n i m o d e 3 - 6 m es e s e m á r e a c o m h i s t ó r i c o d e R a d i o t e r a p i a ( R T ) @drviniciusrabelo @dr.eduardo.fregnani OSTEORRADIONECROSE O termo osteorradionecrose (ORN) foi primeiramente descrito por Regaud em 1922, sendo atualmente descrita como a exposição de osso necrótico por um período mínimo de 3-6 meses em área com histórico de Radioterapia (RT), embora haja casos no qual a ORN pode ser visualizada radiograficamente apesar da mucosa oral estar hígida. A prevalência de ORN gira em torno de 5%, havendo uma diminuição na sua incidência ao longo das últimas décadas, principalmente devido a melhorias nas técnicas de RT e pelos cuidados preventivos de higiene oral. Um dos mais importantes fatores de risco para ORN relacionados ao paciente são as doenças periodontais e as extrações dentárias efetuadas pouco antes, durante ou após a RT. A doença também apresenta aumento da incidência quando da presença de cáries dentárias não tratadas na zona irradiada e periodontites ativas. As manifestações clínicas da ORN são muito variáveis, podendo ser observado desde erosão óssea superficial até fratura patológica. Mais comumente a ORN manifesta-se na região posterior de mandíbula, podendo apresentar dor local, trismo, halitose, exposição óssea e formação de fístulas para pele ou mucosa oral. Entretanto, em alguns casos, os pacientes não apresentam sintomatologia dolorosa, apenas pequenos sequestros ósseos O tratamento dependerá da extensão da lesão. Em casos precoces, medidas conservadoras que envolvem o uso de antibioticoterapia, são as mais indicadas para resolução do quadro. Em casos mais complexos, a abordagem cirúrgica é a conduta mais adequada, com debridamento radical dos tecidos ósseos e remoção das partes moles desvitalizadas. Anotações ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ _____________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ _____________________________________________________________ OSTEORRADIONECROSE MUCOSITE ORAL A m u c o s i t e o r a l ( M O ) é c o n s i d e r a d a u m a d a s m a i s c o m u n s e d e b i l i t a n t e s t o x i c i d a d e s a g u d a s d o t r a t a m e n t o o n c o l ó g i c o . @drviniciusrabelo @dr.eduardo.fregnani MUCOSITE ORAL As manifestações da MO podem ocorrer em diferentes cenários, acometendo cerca de 20% – 40% dos pacientes que recebem quimioterapia (QT) convencional isolada, 60% – 85% dos pacientes submetidos ao transplante de células tronco hematopoiéticas (TCTH ou TMO) e quase 100% dos pacientes submetidos à radioterapia (RDT) na região de cabeça e pescoço. Muitas vezes erroneamente definida como “aftas” na boca, a MO é extremamente dolorosa, mesmo em suas formas não ulceradas. Seu curso clínico varia conforme o regime de tratamento oncológico empregado, apesar de apresentar uma progressão clínica previsível. De uma forma geral, a presença de eritema é comum a partir do 3º e 4º dia pós-QT, com o pico de formação das úlceras entre o 7º e 10º dia pós-QT. Esse curso tende a ser mais alongado e grave em pacientes submetidos à quimiorradioterapia combinada. O impacto negativo e as consequências para um paciente que desenvolve um grau severo de MO são devastadoras. Funções básicas como a deglutição e a fonação podem ser prejudicadas, levando o paciente ao uso opioides, modificações em sua dieta habitual, perda de peso, aumento do risco de infecções locais e sistêmicas e, nos casos mais graves, ao uso de nutrição parenteral (administração da dieta por uma via diferente da gastrointestinal) e até mesmo à interrupção transitória dos regimes de quimioradioterapia. A escala preconizada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é a mais utilizada mundialmente para classificar a MO, já que ela combina dados funcionais (habilidade de comer) com dados objetivos (eritema, ulceração). Diversas estratégias medicamentosas e não-medicamentosas têm sido propostas para o controle dos sintomas e redução da gravidade da MO. Dentre elas, a fotobiomodulação (FBM) laser destaca-se como uma alternativa eficaz, com efeito profilático e curativo para a MO. MUCOSITE ORAL Anotações ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ DISFUNÇÃO SALIVAR A d i s f u n ç ã o s a l i v a r é u m a d a s c o m p l i c a ç õ e s b u c a i s m a i s i m p a c t a n t e s e m p a c i e n t e s o n c o l ó g i c o s . @drviniciusrabelo @dr.eduardo.fregnani DISFUNÇÃO SALIVAR O termo “disfunção” caracteriza de maneira mais ampla as alterações salivares quantitativas e qualitativas que podem ser encontradas neste grupo de pacientes durante, ou mesmo anos após o tratamento oncológico. Os esquemas terapêuticos de QT isolados são capazes de causar alterações salivares que geralmente tendem a regredir meses após o tratamento. Entretanto, as principais alterações salivares são manifestadas nos pacientes que foram submetidos a esquemas de RDT na região de cabeça e pescoço combinados ou não esquemas de QT. Nestes últimos, o quadro de disfunção salivar é mais severo e muitas vezes irreversível a médio e longo prazo. A toxicidade causada aos ductos salivares, com subsequente inflamação, fibrose e destruição acinar faz com que, tanto a secreção quanto a composição salivar sofram alterações. Nos pacientes submetidos ao TCTH alogênico (isto é, quando a medula óssea doada pertence a outro indivíduo, aparentado ou não), esses efeitos podem ser acentuados pela manifestação da Doença do enxerto-contra-hospedeiro crônica (DECHc), uma importante e frequente complicação desta modalidade de tratamento. A consequência é a presença de sintomas de boca seca (xerostomia), que podem vir acompanhadas de hipossalivação (redução do fluxo salivar) e alterações nos componentes inorgânicos salivares. Esse quadro de disfunção salivar causa um impacto psicológico significativo nos pacientes acometidos, aumentando a chance de infecções oportunistas (ex.: candidose oral), alterações do paladar e do risco para o desenvolvimento da cárie dentária (conhecida como cárie de radiação ou cárie relacionada à hipossalivação). @drviniciusrabelo @dr.eduardo.fregnani O tratamento da disfunção salivar tem poucas alternativas não medicamentosas, e é majoritariamente realizado através da introdução de substitutos salivares (ex.: saliva artificial), estimulantes e lubrificantes orais. Nestes casos, a gestão dos principais efeitos bucais secundários, como a cárie de radiação e infecções oportunistas se faz necessário, através de consultas periódicas com um Cirurgião Dentista capacitado. Anotações ______________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ DISFUNÇÃO SALIVAR INFECÇÕES OPORTUNISTAS O s p a c i e n t e s c o m c â n c e r p e r m a n e c e m e m r i s c o s u b s t a n c i a l d e d e s e n v o l v e r i n f e c ç õ e s g r a v e s , a p e s a r d o s a v a n ç o s s i g n i f i c a t i v o s n a t e r a p i a e n o s c u i d a d o s d e s u p o r t e . @drviniciusrabelo @dr.eduardo.fregnani INFECÇÕES OPORTUNISTAS Infecções bacterianas, fúngicas e virais são comumente encontradas na cavidade oral, contribuindo para a morbimortalidade nessa população de pacientes. Prevenção, diagnóstico precoce e definitivo, além do manejo adequado são críticos para garantir os melhores resultados do tratamento. As lesões provenientes da toxicidade indireta ocorrem devido aos efeitos em células específicas. Tais efeitos podem provocar trombocitopenia ou granulocitopenia quando atingem a medula óssea, propiciando o surgimento de hemorragias e infecções oportunistas, respectivamente. Os agentes antineoplásicos ocasionam uma deleção no sistema imune do paciente, favorecendo ao surgimento de infecções. Com isso, infecções por micro-organismos oportunistas (Candida albicans, Herpes Simples Vírus (HSV), citomegalovírus, varicela zoster) são frequentes e tendem a potencializar os sinais e sintomas apresentados pelos pacientes. Anotações ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ OSTEONECROSES MEDICAMENTOSAS (ONM) O s p r i m e i r o s r e l a t o s d e O N M f o r a m a s s o c i a d o s a o u s o d e B i s f o s f o n a t o s ( B F ) , e m 2 0 0 3 e 2 0 0 4 , p o r c i r u r g i õ e s o r a i s e m a x i l o f a c i a i s . @drviniciusrabelo @dr.eduardo.fregnani OSTEONECROSES MEDICAMENTOSAS (ONM) As principais medicações associadas ao desenvolvimento de ONM são representadas por medicamentos antireabsortivos e são exemplificados pelos bisfosfonatos orais e endovenosos e pelo denosumabe (inibidores do ligante RANK). São medicamentos que vêm sendo amplamente utilizados para o tratamento das doenças oncológicas como mieloma múltiplo, ou que apresentam altos índices de metástases ósseas, como o câncer de mama, próstata e pulmão, além de desordens associadas ao aumento do metabolismo ósseo, tais como a osteoporose. Os critérios necessários para o diagnóstico adequado de ONM são: 1 Tratamento atual ou anterior com antirreabsortivos ou anti- angiogênicos 2 Osso exposto ou osso que pode ser sondado através de uma fístula intra e/ou extraoral na região maxilofacial que tenha persistido por mais de oito semanas; 3 Ausência de história de tratamento radioterápico nos maxilares ou doença metastática em região de maxilares. Diversos são os fatores de risco descritos para o desenvolvimento de ONM, dentre eles podemos citar: fatores anatômicos, traumatismos relacionados ao uso de próteses, periodontites apicais, doenças pediodontais, diabetes mellitus, tratamentos orais cirúrgicos tais como exodontias e intervenções periodontais. O tratamento depende bastante do estadiamento da patologia, mas usualmente opta-se, nos estágios mais precoces, por tratamentos conservadores, baseados em irrigação diária com Clorexidina 0,12%, controle clínico e radiográfico e antibioticoterapia prolongada. Nos estágios mais avançados, a ressecção cirúrgica é a alternativa terapêutica mais recomendada atualmente. @drviniciusrabelo @dr.eduardo.fregnani Anotações ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ OSTEONECROSES MEDICAMENTOSAS (ONM) ALGUMAS CONSIDERAÇÕES PARA VOCÊ O tratamento oncológico causa diversos efeitoscolaterais, dentre os quais as manifestações oraisdecorrentes da toxicidade à mucosa e daimunossupressão. Neste e-book pontuamos as 5principais complicações orais que você deve dominar. A Odontologia para pacientes oncológicos pode ser definida como uma prática que visa aos cuidados das alterações orais que exigem procedimentos de equipes multidisciplinares nos atendimentos de média e alta complexidade. A inserção do Cirurgião Dentista pode contribuir para minimizar o risco de infecções,melhorar a qualidade de vida, reduzir o tempo deinternação e diminuir o uso de medicamentos ou mesmo da nutrição parenteral. Assim, a participação do cirurgião-dentista em equipes multidisciplinares oncológicas é visto atualmente como indispensável. Blakaj A, Bonomi M, Gamez ME, Blakaj DM. Oral mucositis in head and neck cancer: Evidence-based management and review of clinical trial data. Oral Oncol. 2019 Aug;95:29- 34. doi: 10.1016/j.oraloncology.2019.05.013. Epub 2019 Jun 6. Review. Boer CA, Correa MEP, Tenuta LMA, Souza CA, Vigorito AC. Post allogeneic hematopoietic stem cell transplantation (HSCT) changes in inorganic salivary components. Support.Care Cancer. 2015: 1-7. Dawes C. How much saliva is enough for avoidance of xerostomia? Caries Res. 2004; 38(3): 236-40. Epstein JB, Tsang AH, Warkentin D, Ship JA. The role of salivary function in modulating chemotherapy-induced oropharyngeal mucositis: a review of the literature. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod. 2002; 94(1): 39-44. Fenoll-Palomares C, Muñoz Montagud JV, Sanchiz V, Herreros B, Hernández V, Mínguez M, Benages A. Unstimulated salivary flow rate, pH and buffer capacity of saliva in healthy volunteers. Rev Esp Enferm Dig. 2004 Nov;96(11):773-83. Hensley ML, Hagerty KL, Kewalramani T, Green DM, Meropol NJ, Wasserman TH, Cohen GI, Emami B, Gradishar WJ, Mitchell RB, Thigpen JT, Trotti A 3rd, von Hoff D, Schuchter LM. American Society of Clinical Oncology 2008 clinical practice guideline update: use of chemotherapy and radiation therapy protectants. J Clin Oncol. 2009 Jan 1;27(1):127-45. doi: 10.1200/JCO.2008.17.2627. Epub 2008 Nov 17. Laaksonen M, Ramseier AM, Rovo A, Jensen SB, Raber-Durlacher JE, Zitzmann NU, et al. Longitudinal assessment of hematopoietic stem cell transplantation and hyposalivation. J Dent Res. 2011; 90(10): 1177-82. Soares TC, Correa ME, Cintra GF, Miranda EC, Cintra ML. The impact of morphological and immunohistological changes in minor salivary glands on the health of the oral cavity in HSCT patients. Bone Marrow Transplant. 2013; 48(12): 1525-29. Villa A, Sonis ST. Mucositis: pathobiology and management. Curr Opin Oncol. 2015 May;27(3):159-64. doi: 10.1097/CCO.0000000000000180. Review. Zadik Y, Arany PR, Fregnani ER, Bossi P,Antunes HS, Bensadoun RJ, Gueiros LA, Majorana A, Nair RG, Ranna V, Tissing WJE, Vaddi A, Lubart R, Migliorati CA, Lalla RV, Cheng KKF, Elad S; Mucositis Study Group of the Multinational Association of Supportive Care in Cancer/International Society of Oral Oncology (MASCC/ISOO). Systematic review of photobiomodulation for the management of oral mucositis in cancer patients and clinical practice guidelines. Support Care Cancer. 2019 Oct;27(10):3969-3983. doi: 10.1007/s00520- 019-04890-2. Epub 2019 Jul 8. leitura sugerida: "E JUNTO DOS BÃO QUE A GENTE FICA MIÓ" GUIMARÃES ROSA GOSTOU DO NOSSO E-BOOK? Temos um convite para lhe fazer. Nos envie um e-mail e fique atento... Vem coisa boa por aí! Continue nos acompanhando nas redes sociais: @drviniciusrabelo @dr.eduardo.fregnani suporte.odontoonco@gmail.com
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